Dentro de Mim escrita por Milady Sara


Capítulo 5
Leitura e preocupação


Notas iniciais do capítulo

Milhões de beijos pra Semideusa 4ever por me ajudar com a escolha das músicas!! >3



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“O caminho da maldade não lhe é imposto, você que decide se quer segui-lo ou não.”

"Os corajosos são aqueles que mesmo tremendo de medo lutam por um bem maior."



"Sorrir é a melhor maneira de lidar com situações difíceis."



Ravena POV

Assim que cheguei no meu quarto e já tinha esquecido parcialmente aquele incidente joguei Beijos Infernais na escrivaninha e pulei na cama com o outro livro e comecei a ler.

Era uma história estranha. Mais estranha até do que a minha.

Uma mulher, com seus 20 e poucos anos, que herdara poderes paranormais de um dos avós, começa a ter os mesmos problemas que eu. Um poder grande e desconhecido aparecia, ela não conseguia controla-lo, a tal gosma preta... E suas emoções ficando mais fortes.

A história era um pouco confusa e vaga às vezes, mas isso era compreensível, Drica (esse era o nome dela) parecia muito perturbada, com o passar do tempo, os problemas aumentaram, ela tinha colapsos e flashes, às vezes ficava desequilibrada. Aquilo me deu arrepios. Olhei para o relógio, eram nove horas. Não estava com sono então continuei a ler.

Drica tinha cada vez mais problemas. Então decidiu visitar seu avô, de quem tinha herdado seus poderes. Ele disse saber o que estava acontecendo com ela, pois tinha acontecido com seu irmão há muito tempo. Irmão que Drica não conhecia... Porque ele havia morrido.

Foi uma longa conversa com o vovô Vincent. Segundo ele, o irmão, Hector, havia conseguido ajuda com alguns anciões. Ao que parecia, existiam três opções:

1 – Tentar resistir aos poderes, e morrer.

2 – Sucumbir a eles e se tornar um monstro.

3 – Drena-los

Parei de ler por um segundo. Era meia-noite. Respirei fundo e continuei.

Como drenar os poderes era a questão. Ao que parece existia um templo, em alguma floresta e algo ou alguém lá podia fazer isso. Hector não teve essa oportunidade, pois eles eram muito jovens e os pais não deixaram, mesmo sabendo dos riscos. Resultado, ele morreu tentando resistir.

Vincent tinha uma caixa com lembranças do irmão, fotos, objetos e um mapa, para o templo. Hector havia conseguido tudo para se salvar, menos a viagem. O templo ficava na Eslovênia. Nas outras duas páginas do livro o mapa tinha sido reproduzido com perfeição e detalhadamente. Drica o levou para casa para pensar no assunto.

Querendo ou não, era sua única escolha. Ou então pessoas próximas a ela pagariam o preço. Ela quase matara o primo um dia. Precisava encontrar aquele templo.

Desviei os olhos do livro. E se aquilo acontecesse comigo? E se eu acabasse ferindo alguém? E se ferisse meus amigos?

Fui interrompida de meus pensamentos por luzes vermelhas piscantes e uma sirene. Alarme. Olhei para o relógio. Duas da manhã. Então Robin apareceu na minha porta.

– É Plasmus. Acha que pode ajudar?

Aqueles pensamentos ainda ecoavam na minha cabeça.

– Claro...

Mutano POV

Tudo bem, eu confesso. Sou fanático por Sobrenatural. Ficamos assistindo até meia-noite, e depois fomos cada um para o nosso quarto. Inclusive Robin e estelar o que me surpreendeu.

Deitei na cama, mas por mais que tentasse não conseguia dormir. Não parava de pensar em Ravena. Por que ela estava tão assustada? Alguma coisa tinha acontecido. Mas o que? Ela estava com algum problema? E se estava, por que não contava para nós?

Era idiotice minha me preocupar com ela. Afinal era Ravena, ela resolvia tudo sozinha. Sempre foi assim.

Já que não conseguia dormir mesmo, peguei meu Ipod para ouvir música. E evitar a emice.

Que droga! De repente parecia que eu só tinha música romântica! Feel, I Must Be Dreaming e... Por que elas não estavam nas pastas? Quem as espalhou? Provavelmente a mesma pessoa que colocou One Thing na sequência... Ah, você me paga Ciborgue.

Continuei procurando as músicas até que achei I'm Just a Kid. Ótimo! Perfeito! Qualquer coisa menos música romântica!

Comecei a ouvir e a cantar baixinho, quando de repente, meu quarto começou a piscar vermelho e a sirene interrompeu a música. Cara! Por que sempre no refrão?

Joguei o Ipod na cama e fui para corredor, Estelar e Ciborgue estavam lá, Robin chegou logo em seguida com Ravena.

– O que ela faz aqui? - perguntou Ciborgue. - Achei que ela estava de folga.

– Ela disse que estava bem para lutar. - respondeu Robin. Ravena olhava para o chão pensativa. Bem... Ah tá... Sei...

Plasmus estava em um depósito na parte leste da cidade, parece que além de entulho tinha um pouco de lixo radioativo lá. Ou seja, lanche para ele.

Entramos discretamente e nos escondemos atrás de algumas caixas. Robin explicou o plano e o blábláblá da rotina de sempre. Podíamos ver Plasmus a alguns metros de distância, estávamos preparados, em posição, só esperando o sinal de Robin. Mas tinha um problema. Ravena.

Ela estava encolhida no canto, segurando os ombros como se estivesse com frio e com os olhos apertados. Como eu disse... Nada bem.

– Ravena, o que houve? - Robin perguntou, mas ela não respondeu. - Vocês dois cuidem dela. - ele disse para mim e Estelar. - Ciborgue e eu vamos na frente. - assentimos. Ele e Ciborgue começaram a se aproximar sorrateiramente e nós nos viramos para Ravena, que continuava do mesmo jeito.

– Ravena, o que aconteceu? - perguntou Estelar.

– Eu não posso... Vai acontecer de novo... Eu não... - ela gaguejava. Foi difícil entender, mas, ao que parece ela estava com medo de atacar e o incidente se repetir.

– Mas aquilo foi porque você recebeu muita pressão da parte de Jinx. - disse Estelar.

– Mas e se...

– Ei... - digo me intrometendo na conversa e fazendo olhar para mim. - Você não precisa entrar efetivamente na batalha. Tem muitos galões e caixas aqui que você pode usar. Fica na retaguarda, ok? - digo olhando em seus olhos na medida do possível graças aquele capuz maldito. Não era hora pra uma crise. Ela hesita um pouco, morde o lábio, mas assentiu mesmo assim.

Demos sinal positivo para Robin. Estelar e eu começamos a escalar as caixas. Ravena ficou de pé ainda apreensiva. Vou ensinar você a ver quando as pessoas não estão bem mais tarde Robin.

– Vai ficar tudo bem. - sussurro sorrindo para ela, que não respondeu.

Então Robin deu o sinal e atacamos! Nosso objetivo era simples, atordoa-lo, deixa-lo confuso, para que Ciborgue conseguisse uma brecha e jogasse gás sonífero em sua garganta. Moleza.

Eu estava em minha forma de guepardo, era forte e veloz, ótima para atacar e fugir, além de dar voltas em Plasmus. Existe jeito melhor de confundir uma gosma de sete metros?

Os ataques eram aleatórios e não planejados. Em um segundo eu atacava o peito, Estelar a cabeça, Robin as costas e Ciborgue as pernas. No outro eu atacava a cabeça, Robin as pernas e assim por diante. E nos momentos em que ele consegue se concentrar em um de nós e atacar, Rae interceptava com um barril ou caixa.

Tudo ia bem, até que, ele percebeu que alguma coisa em particular o estava impedindo de abater os ratinhos que o incomodavam. Seu olhar se focou em Ravena e num piscar de olhos ele lançou/esticou seu braço para pega-la, ela tentou desvia-lo jogando tudo o que podia, mas não adiantou, ele e agarrou e a trouxe para si. Merda!

Ele começou a envolvê-la com sua gosma enquanto nós o atacávamos tentando derruba-lo ou faze-lo soltar Ravena. Estelar atacava furiosamente o casulo onde Ravena estava.

Então aconteceu. Como no cinema, uma onda de choque. Janelas quebraram, caixas rangeram e do casulo de gosma onde Ravena estava saíram explosões e tentáculos de energia escura. A boa notícia: ela conseguiu se livrar de Plasmus e machucar ele bastante. A má notícia: ela acertou Estelar também.

Ravena caiu no chão segurando a cabeça, quase relutantemente os tentáculos e explosões voltaram para ela, que logo correu para Estelar que tinha caído perto de algumas caixas. Robin, Ciborgue e eu fomos imobilizar Plasmus, assim que conseguimos Robin disse:

– Cuide dele Ciborgue! - E nós dois corremos para ver como Estelar estava. Não foi uma cena muito legal de se ver. Estelar estava caída entre alguns caixotes com Ravena ajoelhada ao seu lado. Star tinha um buraco na barriga, sangrava muito e Rae tinha aquela gosma preta por ela outra vez. Uma tendo hemorragia e a outra tendo... Nervosismo agudo e suor preto? Tá eu sei, não era hora pra ser engraçadinho.

Robin foi para mais perto de Estelar apoiar sua cabeça. Eu fui para o lado de Ravena que olhava para Estelar quase chorando. Robin olhava para ela do mesmo jeito.

– Ravena, você pode cura-la? - perguntou Robin engolindo em seco. Ela começou a piscar como se tivesse um tique nervoso.

– Eu... Não sei...

– Precisa tentar. - eu disse. - É nossa única chance. - então ela estendeu uma mão trêmula e melada de gosma para o ferimento, a substância pingou e isso fez Estelar gemer, Robin segurou sua mão.

– Isso não vai machuca-la? - ele perguntou apreensivo.

– Ciborgue analisou. - disse para ele. - É só outra forma de manifestação dos poderes de Ravena. Talvez até ajude. – calma chefe, se você também entrar em pânico tá tudo perdido.

Ravena tocou o ferimento delicadamente, fechou os olhos e sua mão brilhou suavemente, mas nada aconteceu. Falha crítica.

– Eu não consigo... - ela disse com o rosto nas mãos.

– Ei! - digo pegando ela pelos ombros e fazendo-a tirar as mãos da cara. Óbvio que ela não estava chorando. - Você consegue sim! Se concentra! Você pode fazer isso! - ela não parecia nem um pouco mais segura. Mas se voltou para Estelar de novo assim mesmo.

Ravena juntou as mãos e as colocou perto do rosto.

– Por favor. - sussurrou. Então colocou as mãos no ferimento de Star, fazendo ela se encolher, fechou os olhos e tentou outra vez.

Suas mãos brilharam, mas, de novo nada aconteceu. Ela apertou os olhos mais forte e suas mãos verdadeiramente brilharam dessa vez. A respiração de Estelar voltou ao normal, o ferimento se fechou, Robin abraçou ela. Eca... Momento RobStar vai começar.

Ravena parecia tonta, ela arquejou quando terminou de curar Estelar e caiu para o lado, mas eu a segurei.

– Eu preciso... Meditar... - ela disse contra o meu peito.




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Notas finais do capítulo

'-' é foi um tanto quanto dramático esse cap...
Le brigas no bate papo do face ontem pra saber quem é meu fã número 1, eu tô mto chique!