Dentro de Mim escrita por Milady Sara


Capítulo 18
O Templo


Notas iniciais do capítulo

Chegando na reta final...



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"O beijo é a menor distância entre dois apaixonados."

“A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.”

“parece um caminho muito longo para ir, para ir,

para dar muitos passos na direção errada.

Por favor, fique.

Não me deixe aqui, apenas fique.

Não me deixe

Não vá embora.”

Ravena POV

 - E agora chefe? – Mutano perguntou para Robin.

 - Bem... São uns... Vinte mais ou menos... É, eu consigo. – ele respondeu e soltou meu braço.

 - O que vai fazer? – pergunto.

 - Abrir caminho. – ele diz tirando o bastão do cinto e o transformando numa lança. – Vão ter que ir rápido ok? – ele beija Estelar levemente e avança para os hippies.

 Ele é atacado de volta mas afasta os caras, tentando abrir algum espaço para passarmos.

 - Espera... – disse Estelar. – Espera... Ainda não... – ela olhava Robin empurrando os caras de macacão, até que ele finalmente conseguiu abrir passagem. – Agora! – e então ela correu, quase voando seguida de Ciborgue e Mutano.

 Conseguimos, mas alguns nos seguiram.

 - Ciborgue? – disse Estelar se virando pra olhar os caras que nos seguiam.

 - O que? – ele disse.

 - Continuem sem mim. – flutuou um pouco, me colocou no colo de Ciborgue e voou de volta com os olhos brilhando. Ciborgue continuou correndo e ouvimos alguma explosões atrás de nós.

 - Exibidos. – ele murmurou.

 Continuamos correndo até chegar em uma área quase descampada vimos nosso sexteto favorito. Hive Five. É nisso que dá, os bandidos se aliarem.

 - Em posição! – ouvi Jinx gritar, e Kid Wykkyd se virar para o lado, como se se negasse a lutar. – Vai mesmo ficar de besteira? – ela perguntou para ele. Como resposta  Kid se sentou no chão. – Que seja. – ela rosnou e se virou para nós.

 Ciborgue me segurou em seu colo como se eu fosse um bebê, com somente uma mão. A outra ele transformou em canhão e atirou na Hive. Não surtiu efeito, e eles vieram para cima de nós.

 - Cuida dela verdinho! – Ciborgue praticamente me jogou nas costas de Mutano (ele nunca foi exatamente delicado) e foi com tudo para cima da Hive.

- Segura aí. – Mutano disse, me ajeitando em suas costas. Me segurei no pescoço dele, e quando Ciborgue jogou Mamute contra Chip. Passamos correndo por eles.

 Jinx tentou vir atrás de nós, mas uma sombra se agarrou aos pés dela fazendo-a cair. Olhei para Kid, ainda sentado na grama. Ele falou algo que não ouvi, mas li em seus lábios. “Vai”.

 Mutano corria muito rápido para quem levava uma garota de cinquenta quilos nas costas. Não havia mais árvores onde estávamos.

 - É ali? – ele perguntou, parando. Olhei para frente, avistei uma grande construção grande e brilhante. De algum modo, sabia que era lá.

 - É...

 - Beleza. – ele continuou a correr, até que o prédio era bem visível. Parecia com aqueles templos grego, sem tirar nem pôr. Dourado com colunas gregas. – É aqui que você desce. – Mutano disse, me colocando no chão.

 - O que? Como assim? – digo ficando de pé. A gosma continuou saindo de mim esse tempo todo.

 - Você disse que  tinha que fazer isso sozinha né? – assenti. – E eu acho que tem mesmo. Você tem que continuar daqui e terminar isso você mesma.

 - Não... Mas eu... Não sei se... Eu... – não sei por que, mas de repente estava sentindo medo de continuar sozinha. Muito irônico né?

 - Ei, ei, calma. – ele me faz olhar em seus olhos. – See-More e Billy e devem estar chegando. Vai dar tudo certo ok? Vai ficar tudo bem. – ele beijou minha testa e sorriu pra mim. – Vai lá Rae. – e correu de volta, quando See-More e Billy apareceram.

 Me virei para o Templo, e corri. Começou a sair mais gosma de mim, e voltei a ficar exausta. Era como se minha energia estivesse escorrendo com a gosma. Enquanto corria, me perguntei por que isso estava acontecendo? Por que eu não pirava como da última vez?

 Foi porque eu escolhi assim. Não dei brecha para Raiva, nem para meu lado demônio. Eu resisti, e escolhi que fosse assim.

 Subi as escadas engatinhando, sem forças para ficar de pé. Chegando a entrada, a porta estava aberta.  Me apoiei na base da porta.

 - Maravilha. Você conseguiu. – olhei para cima ofegando, e vi uma mulher, de pele e cabelos brancos, com um longo vestido cor de vinho.

 - Quem é você?

 - A guardiã deste lugar. – me arrastei até o salão e caí de joelhos. – Queria poder ajudar você. Mas enfim, aqui está o que você procurava. – ela apontou para uma mesa a minha frente. Nela, haviam dois vasos inclinados. – Coloque as mãos aí. No fundo, existem dois tubos, segure-os e pronto.

 - E o que vai acontecer? Vou ficar obcecada por esse lugar como Richard, Yeva e Bran?

 - Aquelas pessoas foram um erro. – ela suspirou. – A drenagem funciona da seguinte forma: você já deve ter percebido que esse lugar reage diferente aos seus poderes. É porque a floresta sente a sua energia, a energia que ela está acostumada a sentir a séculos. Quando você tocar nos tubos, esse poder que surge em você, e não é seu, vai ser transferido para esse lugar, e você se ligará a ele momentaneamente. Isso alimenta a floresta

 - E Richard e os outros?

 - Eles chegaram num momento inoportuno. Pisaram aqui no exato segundo em que um mago drenava seus poderes. Eles acabaram se unindo a floresta. E o desejo dela, de que aqueles cientistas fossem embora, passou a ser muito maior. E deu no que deu.

 - Outros magos e feiticeiros vem aqui?

 - Claro. O livro que você leu é só uma das fontes. E o lugar por onde você entrou é uma das entradas. E este é somente um dos templos.

 - Quem criou esse lugar afinal?

 - Azar. – tinha que ser.

 Me levantei devagar, me apoiando na mesa. Olhei para os vasos, havia água neles. Coloquei as mãos neles rapidamente. Senti como se estivesse sendo esmagada por uma pressão incrível. Custei a alcançar o fundo. Senti uma superfície cilíndrica nos dois, e em um, um pedaço de papel. Se fosse como pensava, poderia ajudar meus amigos. Agarrei os tubos.

 Senti algo estranho. Pude sentir cada árvore, cada arbusto, cada animal... Tudo naquele lugar. Era como se eu e a floresta fossemos um.

Mutano POV

 Agora, todos fizemos nossos adversários recuarem, e os juntamos, mais ou menos no ponto onde Estelar estava, todos juntos seria mais fácil. Ou deveria ser.

 Querendo ou não, eles estavam em maior número, e isso dificultava para o nosso lado. Estávamos começando a perder, quando aconteceu algo que me fez sentir em Nárnia ou naquele lugar de Senhor dos Anéis (sim, sou um pouco nerd).

 O chão tremeu, tudo a nossa volta foi coberto por uma cor preta, como se fossem os poderes de Ravena. E então as árvores – isso mesmo, as árvores! – começaram a esticar os galhos e as raízes, agarrar os hippies e a Hive, e a lutar.

 Alguns cervos, coelhos e lobos surgiram de algum lugar e também atacaram eles. Enquanto alguns hippies recuavam, pedras se abriram, como se tivessem derretido, e se agarraram a eles, como se tentassem tirar algo, e quando soltavam, eles caíam desmaiados.

 Resultado: Richard e seus capangas e a Hive, foram nocauteados por árvores e bichinhos fofos.

 Ficamos parados atônitos, quando tudo acabou. Mas tive um choque de realidade e olhei para a direção do Templo.

 - Ravena... – e saímos correndo.


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Notas finais do capítulo

É mta emoção meu Deus!!