Meu Maroto Favorito escrita por imyourvenus


Capítulo 8
Por algum motivo, aquilo me irritou.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. (:
Fiz o melhor que pude, espero que gostem e deixem reviews!
Beijões e boa leitura ♥
OBS: Leia as notas lá embaixo.



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Lily Evans.


Agora é o momento em que peço uma vaga no manicômio. Sério, vai ser meu presente de aniversário.

Sabe por quê? PORQUÊ EU VOU FICAR MALUCA!

Você deve estar achando que sou uma retardada, certo? Mas isso porquê você ainda não sabe oque aconteceu hoje. Quando você souber, vai concordar inteira e plenamente com a ruiva histérica aqui.

Pelo menos, eu acho que você vai concordar.

Fui pra escola andando, oque não é exatamente uma novidade. Até aí, tudo bem, tudo tranquilo, tudo beleza. Mas então eu cheguei, é isso aí, cheguei na escola oque já é ruim demais pra ainda ter que ver um cavalo com roupa de líder de torcida relinchando versos ridículos enquanto dança e dá gritinhos de animação.

Tudo bem, até aí nada que eu não pudesse suportar.

Mas como eu sou Lily Evans e nada – absolutamente nada – dá certo pra mim, vi o motivo dos gritinhos totalmente irritantes e patéticos das líderes de torcida.

Adivinha qual era o motivo, ou melhor, adivinha quem eram os motivos.

Sim, eles mesmos, o babaca e o idiota.

Esperança é a última que morre, certo? Errado, porquê eu realmente tinha esperanças que eles não me reconhecessem e me deixassem entrar na escola como se eu não estivesse vivendo um pesadelo. Mas não, claro que não, eu não sou tão sortuda assim, eles não só me reconheceram como vieram falar comigo, deixando Petúnia e suas amigas com umas caras, digamos, nada contentes.

– Oque é que vocês vieram fazer aqui?

Nossa, eu fico admirada com a minha tamanha estupidez e com a minha incrível capacidade de fazer perguntas totalmente idiotas.

– A mesma coisa que você, estudar e olhar as meninas. Dããã.

Nossa, eu fico admirada com as tamanhas babaquices que esse garoto fala. Sério, eu acho que no lugar de um cérebro ele tem um pôster de uma líder de torcida com cara de cavalo na cabeça.

– Sirius, seja mais educado. Nós viemos ampliar nosso conhecimento e observar as belas damas que por aqui circulam. E não revire os olhos enquanto eu estiver falando.

Nossa, eu realmente preciso falar o quanto eu achei isso idiota?! Acho que não.

– Pra sua informação, eu não venho aqui pra olhar garotas. E você, Porter, não é mesmo?! Eu reviro os olhos quando eu quiser e não me diga oque fazer.

Tudo bem, admito que errei o nome dele de propósito. Mas idaí? O aquecimento global não vai aumentar por isso.

– Uí, essa ruiva é quente.

Não é que eu já não soubesse que pareço estar pegando fogo 24 horas por dia, mas eu odeio que me chamem de ruiva. Sei lá, é como se estivem me chamando de ruiva. E dane-se a lógica.

– Não me chame de ruiva.

– Ok ruiva.

Sério, na boa, oque eu fiz pra merecer isso?! Oque eu fiz pra Deus me odiar tanto á ponto de mandar essas criaturas – que de jeito nenhum podem ser chamados de seres humanos – pra Hogwarts?!

Deus, não é por nada não, mas se você me odeia ou tem algum problema comigo, fala. Não faz esse tipo de coisa não, ok? Vamos fazer uma trégua?!

– Cadê seu amigo intelectual? Ele é menos insuportável.

Não é que ele também não seja insuportável, mas em uma escala de 1 até totalmente insuportável, eu daria 9 pro intelectual.

– Biblioteca.

Revirei os olhos. Eles também reviraram os olhos. Eles não podem revirar os olhos. Só eu posso revirar os olhos. Porquê revirar os olhos é um costume meu. E não deixo ninguém imitar.

E pra completar com chave de ouro a minha manhã, como se já não estivesse ruim o suficiente, eu vejo o diabo.

Ok, desculpa por ter te xingado diabo.

Sim, acho que nem mesmo o diabo merece ser xingado de Lana Brown.

Aquela voz forçada até atingir um tom “doce”, aquele sorrisinho debochado, aqueles saltos maiores que sua própria saia, aquelas blusas decotadas que são mais cabíveis em vadias do que em alunas de uma escola considerada “séria” e até mesmo o fato de que respiramos o mesmo ar, me deixa totalmente mal-humorada.

Ela veio em nossa direção. Ou melhor, ela veio na direção dos seres completamente imóveis e totalmente fascinados com a visão de suas coxas totalmente expostas e de seus peitos que estavam quase saltando do decote.

Por algum motivo, aquilo me irritou.

– Olá meninos. – Lana falou enquanto pousava umas das mãos no ombro de Potter e olhava pro Black com aquele olhar “Sou vadia, mas sou uma vadia gostosa, vamos pra minha casa ou pra sua?”.

E me lançou um olhar totalmente asqueroso e nojento. E o pior, aquele olhar que indica que a coisa “asquerosa e nojenta” SOU EU.

Por algum motivo, aquilo me irritou ainda mais.

Eu ia falar alguma coisa, juro que ia. Mas não tive oportunidade.

Sabe por que eu não tive oportunidade? Porquê a Lene resolveu se jogar, literalmente se jogar, em cima de mim. E quando uma pessoa retardada se joga em cima de uma pessoa despreparada bem na frente da escola, não é difícil imaginar oque acontece.

É isso aí pessoal, Lily Evans e Marlene McKinnon foram ao chão. Literalmente.

Lene ainda estava caída em cima de mim quando avistou o Black.

E como é de se esperar, não teve a melhor das reações.

Ela se levantou em um pulo. E quando eu digo pulo, é pulo mesmo. E um pulo certeiro no meu tornozelo, que até então estava meio torto por causa da queda.

Todos que estavam rindo pararam imediatamente com meu grito de dor.

Eu estava praticamente chorando enquanto tentava me levantar apoiada em Lene, que não parava de se xingar, de se bater e se desculpar comigo.

Eu não sabia se chorava pela dor e porque ninguém mais vinha me ajudar, ou se ria de Lene que estava completamente desesperada. Mas a dor venceu e eu comecei a chorar.

Me vendo chorar, Lene também começou a chorar.

Lana ainda estava rindo, Potter nos olhava com cara de preocupado, mas não movia um dedo pra ajudar, Sirius olhava como se tudo aquilo fosse uma pegadinha de boas-vindas.

A dor já estava subindo a minha cabeça e eu estava prestes a gritar algumas coisas nada agradáveis pra todo mundo que estava assistindo aquilo, quando Amos Diggory chega – ainda mais lindo – pronto pra me ajudar.

Quando Potter percebeu que estava prestes a perder a fama de bom moço – que ele nem tinha – correu pra me ajudar. Mas Lene o puxou dali pela camisa, abrindo passagem pra Amos me pegar no colo, limpar minhas lágrimas com o dedo e perguntar da forma mais fofa do mundo se eu estava bem.

Ele estava prestes a me levar para a enfermaria quando uma Dorcas totalmente eufórica chega e diz que não ia adiantar nada me levar pra enfermaria, que eu tinha que ir pro hospital e que era pra Amos me colocar no suzy.

Amos obedeceu, e perguntou se eu queria que ele fosse, eu respondi que não precisava e que era melhor que assistisse às aulas, ele concordou e disse que ia me ligar mais tarde.

Lene e Dorcas entraram no carro e Amos saiu. Quando Dorcas estava arrancando com o suzy, Amos me mandou um beijo com as mãos. Aquele beijo do tipo não-beijo-mas-beijo, que te faz subir as nuvens, sabe?!

Se eu não estivesse totalmente dopada com a situação, teria percebido o olhar raivoso e ressentido do Potter.

Eu ainda estaria no céu pensando em Amos Diggory e no quanto ele é perfeito se não fosse pela dor, que me fez descer pro inferno chamado carinhosamente de hospital.

A doutora enfaixou metade da minha perna, visto que um osso do tornozelo havia se partido e recomendou repouso absoluto de duas semanas. Quando as duas semanas terminassem, era pra voltar lá que ela iria examinar e ver se eu já podia voltar á ativa.

Fora a dor e a vergonha que eu passei, aconteceram três coisas legais.

A primeira e a melhor foi que Amos me ajudou, obviamente. A segunda, é que vou ficar duas semanas sem ir pra escola, sem olhar pra cara de James Potter, Sirius Black, Lana Brown e companhia. A terceira é que eu ganhei uma muleta. Sempre quis uma muleta.



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