Meu Maroto Favorito escrita por imyourvenus


Capítulo 5
Foco Lily, Foco.


Notas iniciais do capítulo

Recebi uma recomendação da Louise Potter e eu quero agradecer, amei muito, sério. Acho que se não fosse a recomendação eu não teria forçado o meu cérebro pra postar aqui..
Espero que gostem, Beijos.



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Lily Evans.

Depois daquele desagradável encontro voltei pra loja de sapatos, mas não sem antes pegar meu sorvete. Se é que aquilo pode ser chamado de sorvete. Sério, nunca vi pessoas mais desastradas do que aqueles garotos.

Revirei a loja umas três vezes e não encontrei as meninas.

Mas claro, eu sou a Lily e as coisas nunca dão certo pra mim, Lene e Dorcas sumiram. É isso mesmo, saíram da bendita loja e foram pra só Deus sabe aonde.

Nota mental: Deus me odeia. E me odeia muito.

Fui andando em direção á outras lojas de sapatos, nem sinal delas. Nem na loja de vestidos, nem na de bijuterias e muito menos na de bolsas. Pois é, vou ter que gastar toda a minha mesada da semana com um taxi.

Eu estava imaginando qual seria a melhor forma de trucidar as duas, com facadas, asfixiadas, afogadas ou com um tiro único, mas certeiro bem no coração, quando que por pura sorte – nota-se a ironia – esbarro com alguém.

– Será que tem como você olhar por onde anda?

Eu conhecia essa voz. Não sei de onde, mas conhecia.

Na verdade, eu não conhecia apenas me lembrava dela de algum lugar, mas eu estava ocupada demais calculando o estrago que o resto do sorvete fez na minha blusa nova.

Hoje definitivamente não é o meu dia.

– Hãm, me desculpe.

Até aí tudo certo, obrigado. Mas eu tive que olhar pra cima, e adivinha em quem eu esbarrei?

É isso mesmo, Jason Porter, ou seja lá oque for.

– Tudo bem, eu também estava meio distraído.

Ele estendeu a mão pra me ajudar a levantar, mas eu não aceitei.

Não, eu não sou maluca, mas não quero qualquer tipo de aproximação com esse tipo de garoto.

Posso parecer idiota, afinal oque tem de mais em ajudar alguém a se levantar?! Talvez nada se ele fosse uma pessoa descente.

E como sei que ele não é descente?! Simples, quando estava saindo da sorveteria avistei dois bloquinhos de papel escondidos perto daquela entrada que só é permitida á funcionários, sei que não deveria ter feito isso, mas a curiosidade matou o gato. Ou nesse caso, os gatos.

Resumindo os blocos tinham dois nomes: O primeiro com “Sérius Black” e o segundo com “Jason Porter”.

Ou quaisquer outros nomes que eu com certeza não vou esgotar meu cérebro tentando lembrar.

Neles tinham nomes e telefones de várias garotas e um tipo de avaliação com estrelinhas embaixo. Assim que vi não entendi, mas depois caiu a ficha. Claro, eu já sabia que eles eram galinhas e arrogantes, mas não imaginava que eram tanto.

E eu não quero ser mais uma na lista de Jason Porter. Ou melhor, eu não quero ser mais uma no bloquinho de Jason Porter.

– Nossa, sou pobre mais sou limpinho.

Só tenho uma palavra pra ele, e ela é: I-D-I-O-T-A.

– Tenho medo de pegar alguma doença aviária.

– Doença aviária?

– É, as aves transmitem muitas doenças.

Nem esperei ele responder pra soltar mais uma.

– Ah tadinho, além de galinha é burro. Tenho pena da mulher que te colocou no mundo!

Ele fez uma cara confusa, como se estivesse pensando.

Não que ele estivesse realmente pensando, não creio que galinhas pensem.

– Não entendi.

Eu fiz a cara mais debochada que pude e usei um tom completamente sarcástico quando disse:

– Porque será que não estou surpresa?! Ah, deve ser porque sempre soube que galinhas não pensam!

– Eu realmente não te entendo, e qual é seu nome mesmo?

– Fulana.

– Já que você não quer dizer o nome, pelo menos o sobrenome?!

– Sicrana.

– Fulana Sicrana. Nome estranho para uma garota tão bonita...

Ele começou a se mover na minha direção e eu fui recuando, recuando, recuando, até que dei de costas com a parede. Amaldiçoei mentalmente todas as gerações do infeliz que colocou aquela parede ali.

Ótimo, simplesmente ótimo. Estou imprensada.

E como se já não fosse ruim o suficiente, Deus resolve me testar um pouco mais.

Os olhos de Porter estavam fixados nos meus, dentro daquelas órbitas loucamente castanhas e travessas, eu via... Oque eu via? Não sei ao certo, mas eram como um vício. Não conseguia parar de olhar. Não podia parar de olhar.

E oque falar daquele cheiro? Não sei. Tudo oque meu cérebro consegue processar é que quanto mais eu absolvia aquele aroma, ficava mais insana e desejosa. A cada aspiração que aquele doce perfume se incluía era como uma droga pra mim.

Mas e aqueles lábios? Me deixavam beirando á insanidade, era como se estivesse fascinada neles quando os mesmo se aproximaram dos meus e uma vozinha vinda do meu subconsciente me despertou.

Foco Lily, Foco!

Foco, uma palavra que definitivamente não estava fazendo parte do meu dicionário ultimamente.

Quando percebi oque estava prestes a fazer, tomei uma atitude impulsiva.

O Empurrei.

É isso mesmo, se ele acha que vai acrescentar “Lily Evans” mais meu número de telefone e um bando de estrelinhas me avaliando, eles está enganado. E muito.

– Oque você acha que está fazendo?

– Você é bipolar, não é? Eu achei que estava gostando.

– Achou errado, você acha que eu sou mais uma né? Agora deixa eu te dar um recado, você não vai acrescentar o meu nome naquele seu bloquinho ridículo. Tchau Porter.

Disse isso o mais secamente que pude, ainda estava embriagada com aquele perfume e meio hipnotizada com aqueles olhos quando saí pisando duro.

Ao longe o ouvi falando alguma coisa, e eu estava tentando entender oque ele disse quando ouvi duas vozes gritando, ou melhor berrando, e outras duas tentando acalmar as primeiras.

– VOCÊ É MALUCO?! NÃO, PORQUE SÓ SENDO MALUCO PRA ACHAR QUE JÁ PODE CHEGAR ME AGARRANDO. VOCÊ ACHA QUE EU SOU UMA DAQUELAS VADIAZINHAS QUE VOCÊ PEGA E NO DIA SEGUINTE NEM SABE MAIS O NOME?!

– ESSA GAROTA É MALUCA, ELA QUER ARRANCAR MINHA PELE E BEBER MEU SANGUE COM CANUDINHO. JAMES, ME AJUDA.

– Tecnicamente ela não poderia beber seu sangue com canudinho, pois, a partir do momento que ela arranca sua pele o sangue iria vazar para todos os lados, formando um tecido liquido.

– REMUS, CALA A BOCA, REMUS. JAMES ME SOCORRE, ESSE LOUCA QUER ME ENTERRAR VIVO.

Eu não sabia se ria ou se chorava por que, sinceramente era meio hilário e meio triste ver a Lene tentando esfolar o garoto dos cabelos cacheados, que á propósito parece desesperado.

Mas afinal, quem não estaria?! Uma Lene totalmente raivosa e querendo sua morte, e ainda por cima pendurada nas suas costas, é sim motivo pra se desesperar!

Senti pena dele, mesmo sendo um tarado, mesmo sendo um galinha, mesmo sendo arrogante e principalmente, mesmo sendo amigo do Porter, eu tinha que ajudar, afinal mesmo que não pareça eu tenho um coração!

– JÁ CHEGA, ACABOU A PALHAÇADA.

Hahá, um grito meu supera qualquer Dorcas e qualquer garoto intelectual tentando separar uma briga, um grito meu supera até mesmo Porter lutando pra separar Lene do menino de cabelos cacheados.

Todo mundo automaticamente calou a boca, os meninos acho que por medo, e as meninas... Acho que foi porque é muito raro me ver gritar.

Porter aproveitou e tirou Lene das costas do garoto de cabelos cacheados.

Mas Lene é Lene e tentou avançar de novo, mas Porter a segurou pelos braços e o menino de cabelos cacheados se escondeu atrás do intelectual.

Dorcas só sabia rir, e a risada dela não é daquelas mais bonitas, parece um cavalo no meio do trabalho de parto.

O Intelectual ria e também tentava se equilibrar, porque o amigo estava escondido atrás dele.

Uma cena um tanto que... Incomum.

– Dorcas, leva a Lene pro carro.

– Eu.Quero.Sangue. Eu.Quero.Matar.Esse.Cachorro.

Lene definitivamente estava fora de si.

Quando Dorcas estava prestes a levar Lene para o carro, percebi os olhares entre ela e o intelectual.

Isso é ruim. Isso é péssimo, se ele for que nem os amigos.



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Notas finais do capítulo

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