Entre Caçadores E Presas escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 28
Incapaz de amar.


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeeente, socorr. Esse é o último capítulo e eu também fiquei surpresa por isso... pois é. SE SINTAM A VONTADE PARA RECOMENDAR kkkkkkk sério, uma recomendaçãozinha não cairia nada mal, não é? Enfim, a gente se encontra nas notas finais e leiam a minha nova fanfic: http://fanfiction.com.br/historia/326767/Enjoy_The_Silence



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Josh sorriu antes de se virar para Edward, não parecendo surpreso com a sua chegada. Uma arma estava apontada para nossa direção e ele me colocava atrás de seu corpo, sem ameaçar pegar nenhuma arma. Um tiro o atingiu, mas a sua reação só foi dar um passo para trás, ainda sorrindo. Claro. Ele estava com colete à prova de balas, ou seja… nós já estávamos mortos.

Edward jogou sua arma no chão, e se colocou em posição de ataque, com os punhos fechados. Josh, em resposta, ergueu as mãos para o alto.

— Vou poupar sua vida se for embora daqui agora mesmo. — Propôs ele em uma voz insultantemente calma.

— VOCÊ JÁ ACABOU COM TODOS QUE EU AMAVA! Minha mãe, Anna… E eu não vou deixar você fazer isso com ela também.

— Quem era você, hein, Edward? Não pensava em mulher alguma e depois essa daqui chegou para acabar com isso, não é? Diga-me… o que foi que ela fez com você? O que Bella tem que as outras não têm? — Ele me puxou para o seu lado, mantendo sua mão apertada contra meus braços.

Uma enxurrada de lágrimas caiu de meus olhos quando eu percebi a expressão torturada de Edward.

— Não te interessa porque você é incapaz de amar.

— Você não sabe sobre isso! — Gritou Josh.

Ele me empurrou para o lado, fazendo-me ­cair no chão. Possuído de raiva, ele avançou para cima de Edward impulsivamente demais. Ele não sabia lutar tão bem, no entanto não pensou nisso antes de pular sobre Edward, os punhos fechados e o erro mais fatal de todos: o polegar dentro do punho. Burrice — eu poderia dizer.

Edward rapidamente tinha se desviado do chute que talvez atingisse seu rosto e girou a perna de Josh, quebrando-a ou nos piores dos casos, somente torcendo-a. Ele se levantou do mesmo jeito, usando as mãos para atingir o rosto de Edward. Só um de seus murros pegou e logo em seguida Josh caiu para frente, sem equilíbrio por causa da perna machucada.

Mas Edward deixou passar algo ao me olhar. A arma, ele caiu por cima da mesma e quase o vi sorrir antes de apontá-la na minha direção, disparando-a sem pensar duas vezes ou ter oportunidade. Escutei meu grito de agonia quando uma das balas se alojou em meu braço e outra na parte interna de minha coxa.

— Filho de uma…

Um ser humano normal aguenta 45df de dor antes de desmaiar, mas eu o fiz talvez antes ou depois. Só sei que minha visão escureceu antes de eu saber se Edward estava bem, se ele tinha saído intacto disso. Eu poderia morrer sem essa certeza.

•••

Dedos seguros e carinhosos acariciavam minha testa, perto de onde meus cabelos surgiam. Eu mantive meus olhos fechados para não acordar do sonho que eu estava tendo, o sonho em que eu não tinha que suportar toda a dor que eu me lembro de ter sentido anteriormente. Edward e a dor são minhas últimas memórias.

Talvez eu estivesse morta e quem tivesse me acariciando era um anjo ou se fossemos enxergar pelo lado negativo — e realista — poderia ser um demônio.

Mas quando eu abri os olhos percebi que era um anjo. Meu anjo perfeito que tinha cabelos curtos e um sorriso mínimo em seus lábios. Edward. Ele estava bem e eu queria sair daquela cama e de tudo que me prendia para envolver meus braços em seu pescoço. Queria beijá-lo até me provar que ele era real e estava bem.

— Bom dia, Bella.

Pisquei, dando-me uma última chance para acordar do sonho e ver que eu tinha morrido.

— Não… não se esforce. — Ele me deteve quando tentei me apoiar em meus cotovelos. — A médica disse que você deve ficar deitada para seus machucados não começarem a sangrar de novo. Como se sente? Está tonta? Você dormiu por muito tempo.

— Edward… — Meus olhos que já estavam ardendo, se enchiam de lágrimas na medida em que a voz suave e baixa dele se infiltrava em minha mente. — Eu sinto muito. — Foi o que me pareceu decente falar.

— Eu também. — Ele acariciou o meu braço que estava enfaixado. Seu rosto se iluminou com uma alegria humilde quando ele olhou para mim. — Minha mãe está viva, você acredita? Ela só foi baleada no ombro e foi de raspão.

Sorri, estendendo minha mão para lhe acariciar o rosto.

— Fico feliz que você esteja bem. — Eu sussurrei, com minha garganta seca.

— Eu te amo tanto, Bella. Tanto.

Eu sorri mais largamente.

— Eu amo você também, Cullen.

Edward tinha matado Josh, e ele não se sujaria por causa disso. Foi em legitima defesa e não fora usada nenhuma arma para matá-lo, ou seja, Edward estava acima de qualquer suspeita. Aquilo me tranquilizou por alguns segundos até eu notar que ele estava triste por causa de sua irmã, Anna.

Tentei lhe consolar da melhor forma que pude, mas eu não sabia o bastante para executar aquilo. Ele, pelo menos, ficou grato com o meu esforço e depois empurrou esse assunto para longe, deixando-me reclamar do quanto queria sair daqui o mais rápido possível. Ele sabia, eu odiava hospital com todas as minhas forças.

Todo dia ele estava aqui, sem faltar nenhum e saia para pegar roupas quando eu estava dormindo, voltando antes que eu me acordasse. Todo dia eu insistia que ele dormisse uma noite em casa, afinal o sofá do hospital não era confortável ou grande o bastante. Eu não queria que ele estivesse com dor de cabeça quando acordasse.

Mas ele sempre estava sorrindo quando acordava, em um bom humor incrível. Melhor mil vezes que o meu rabugento. A mãe dele já tinha recebido alta e ela vinha aqui todo dia também, contagiar-me com sua felicidade. Tudo bem que ela tinha acabado de perder uma filha, porém encontrava-se feliz por seus sobrinhos estarem longe quando aquilo aconteceu.

Ela chorava de noite, Edward dizia a mim com o olhar baixo.

E então um dia antes de eu ter minha própria alta — um mês e algumas semanas depois de eu ter chegado aqui — me surpreendi ao abrir a comida de hospital que Edward tinha me entregado. Tinha uma caixinha de veludo preta e elegante e o sorriso no rosto de Edward o incriminava como culpado.

— Case-se comigo? — Ele pediu, pegando minha mão e a apertando com a sua. — Torne-se uma Cullen, seja Isabella Cullen.

Eu meio que sorri enquanto lágrimas de alegria e bobas despencavam de meus olhos.

— Sim! — Joguei meus braços ao redor de seu pescoço, colando meus lábios nos seus.

Depois daquele momento de felicidade, minha vida foi de maravilha para perfeição e eu não sabia como essa podia melhorar. Eu definitivamente não saía sozinha, mas isso era só alguns dos medos que eu tinha depois que tudo aconteceu. De vez em quando eu me pegava chorando por Riley e por… tudo que aconteceu em tão pouco tempo.

Eu sentia muito por tudo ter acabado como acabou.

Estava tudo bem até o dia 12 de julho de 2013. Tudo despencou de uma vez só e eu não tivera tempo para assimilar o que diabo tinha acontecido na minha vida.

Fazia algum tempo que Edward e eu não estávamos evitando ter filhos — isso tudo porque ele me pedira com uma expressão que fora incapaz de resistir, eu aceitara sem hesitar — então era óbvio que a essa altura eu já deveria estar grávida. Mas eu não estava e simplesmente não sabia o que tinha de errado porque não deveria ter algo de errado.

O problema era comigo — sempre era, afinal — e eu não podia ter filhos. As chances eram somente de 10%. Edward disse que estava tudo bem, nós poderíamos adotar ou qualquer outra opção que eu quisesse, mas eu não me conformei com aquilo. Por que sempre tinha que ser comigo? Qual era o meu problema?

Eu chorei mais do que deveria naquele dia.

Quando eu me acordei Edward ainda estava do meu lado, agarrado a mim porque estava fazendo frio e só tinha um lençol na cama. Lembro-me que eu sorri levemente para ele, tirando uma ponta de seu cabelo que caia em seus olhos verdes, inclinando-me para tocar meus lábios em sua bochecha áspera por causa da barba malfeita.

O tempo o tinha feito muito bem.

Encontrei um pequeno bilhete em cima da mesa de jantar quando eu fui trocar a toalha da mesma já que Esme vinha jantar aqui hoje de noite.

“Não é o fim”

E como assinatura só havia um J simplório.


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Notas finais do capítulo

Então.... eu sei que a maioria de vocês vão querer me matar a pedrada, mas... não tem continuação ou até mesmo epílogo. Não tem nada. N-A-D-A. É como diz aquele ditado... mentira, não tem ditado nenhum eu que to inventando na hora: algumas coisas ficam melhor sem continuação e só no suspense. Vocês podem imaginar a continuação na cabeça de vocês, podem até me mandar uma MP perguntando o que eu penso, mas nada oficial vai ser escrito e postado. ECP foi uma história... rápida. Apesar dos apesares, espero que tenham gostado e que a dúvida fique martelando na cabeça de vocês por um loooooooongo tempo. E ah, caso alguém queira ler mais alguma fanfic em andamento e beward minha: http://fanfiction.com.br/historia/326767/Enjoy_The_Silence e http://fanfiction.com.br/historia/296081/Alexithymia.

Espero ver vocês de novo! Obrigada por tudo, mesmo!