Entre Caçadores E Presas escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 26
Protelando.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e comentem, por favor! Esse capítulo é para aquelas pessoas que tem dúvidas sobre o Riley e a Bella ♥ e... ECP já está no fim D: beijos!



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— 10 de janeiro, 2010 —

Eu quase sorri ao abrir meus olhos e notar que o sol não invadia o quarto que eu estava no momento. O quarto de Riley. Clarice iria reclamar comigo, mas estava tudo bem… uma noite não fazia diferença, tendo em vista que nunca dormi um dia sequer longe dela em todos seus três anos de idade.

E ontem também foi quase impossível sair dos braços dele, ou seja, era melhor eu ir pensando sobre a mentira que eu diria para ela quando chegasse à casa que eu vivia, afinal ela só tinha três anos de idade! Poderia ser minha amiga, mas não estava pronta para escutar certas coisas que tinham acontecido ontem à noite.

— Já acordou? — Perguntou ele com um sorriso torto em seu rosto enquanto saía do banheiro com apenas uma toalha em volta de sua cintura.

Demorei mais do que seria certo para responder, perdida nas curvas de seu abdômen as quais eu tinha feito questão de tocar. Engoli em seco, desviando meu olhar para seus olhos sorridentes, dessa vez. Sorri também, meu olhar viajando na perfeição de seu rosto enquanto eu tentava achar algo bom o bastante para falar.

— Eu dormi demais. Oh meu Deus! Eu perdi a escola! — Saí apressada da cama com o lençol a minha volta quando vi as horas no relógio. 10h04min, eu estava ferrada. Hoje tinha prova.

Ele riu, andando até onde eu estava procurando minhas coisas em seu guarda-roupa e puxou um dos meus braços na sua direção.

— Hoje é sábado, Bella.

— Ah é. Claro que é sábado. — Ri nervosamente corando.

As mãos dele estavam úmidas por ter acabado de tomar banho gelado, por isso quando as colocou em meu rosto, causaram uma sensação indescritivelmente ótima. Ele puxou meu rosto com as mãos suaves e selou sua boca na minha por alguns curtos e rápidos milésimos de milésimos de segundos. Riley sorriu, pegando-me de supetão nos braços.

— Ah não! Eu definitivamente consigo tomar banho sem ajuda de ninguém!

— Qual é, Bella? Essa não é a primeira vez que eu vou dar banho em você. — Ele me colocou no chão assim que chegou ao banheiro de sua casa. Puxou o lençol que cobria minha nudez e eu não ousei olhar para o seu rosto com vergonha.

— Bom… essa é a primeira vez que eu não estou bêbada ou qualquer outra coisa.

— Isso facilita as coisas! Eu não preciso ficar te segurando toda hora com medo que você caia e bata a cabeça no chão, e morra.

Eu ri, franzindo minhas sobrancelhas.

— Eu nunca fiquei tão bêbada a ponto de…

— Você pelo menos se lembra de quando isso aconteceu? Das várias vezes que eu te dei banho?

 — Só foi uma vez! No começo do ano e não, não me lembro. Só sei que aconteceu porque meus cabelos estavam molhados quando eu acordei, assim como todo o meu travesseiro.

Como o dia estava abafado demais para eu ficar com uma de minhas blusas apertadas ou com pano demais, vesti uma camisa enorme de Riley enquanto ele arrumava a bagunça que tínhamos deixado para trás. A mãe dele já estava acostumada a me ver por lá — talvez 20 horas por dia —, mas não com uma camisa de Riley. Ela foi totalmente indiferente a esse fato, empurrando um prato de ovos e bacon para mim.

— Então… como foi a festa ontem? — Ela perguntou, sorrindo e apoiando seu rosto na palma das duas mãos.

Olhei para o outro lado, tentando sorrir de um jeito normal para ela. Um jeito divertido, talvez, porém tudo que saiu de meus lábios foi um sorriso pretensioso.

— Ah foi boa. Muita gente. — Sexo por todos os lugares; pensei.

A verdade era que a festa estava podre demais e nós fomos assistir a um filme qualquer no cinema e ficamos lá até ser tarde o bastante. O plano era que eu fosse para casa — assim como eu fazia depois de todas as festas, estando bêbada ou não. Só que as coisas, hã, começaram a esquentar no carro e Riley era cuidadoso demais para não fazer isso dentro de um carro, principalmente comigo — foi o que ele me falara.

“Você não é qualquer uma” ele disse.

— Você não está falando mal de mim para minha mãe, está, Srta. Swan? — Gritou Riley enquanto descia as escadas.

— Claro que não! — Me defendi.

Ele beijou sua mãe na bochecha assim que entrou na cozinha e beijou-me longamente nos lábios quando se sentou ao meu lado na mesa. Sorri, baixando meus olhos com vergonha do olhar sorridente de sua mãe na nossa direção. Ela sempre dizia, mesmo já tendo repetido isso milhões de vezes, que sempre soube que iriamos ficar juntos. A amizade que nós tínhamos era forte demais só para ser amizade. Ela sempre soube que tinha algo a mais, mesmo enquanto ainda sequer imaginávamos.

Quando terminei de tomar o café-da-manhã que Megan tinha nos feito, subi para arrumar minhas coisas já que estava tudo espalhado pelo quarto de Riley. Aproveitei para trocar a camisa dele por uma apertada e desconfortável minha e calçar as sapatilhas que eu estava ontem, tirando o pé do chão.

Demorei-me mais que o necessário para tirar meu olhar das fotos que eu já tinha visto um milhão de vezes, mas que me pareciam interessantes. Éramos nós, bebês, crianças birrentas e agora, adolescentes. Riley era loiro e fora ficando com os cabelos em um tom de bronze perfeito que me era invejado.

Ele sempre falava que quando tivéssemos um filho ele teria cabelos incríveis. Ri por causa disso, balançando meu rosto, recolocando a gargantilha que eu tinha tirado para tomar banho e o único anel que eu usava em minha mão. Não era de compromisso, mas fora ele que tinha me dado.

— Isa? — Ele me chamou assim que entrou em seu quarto, voltando minha atenção para si. Riley parecia aflito, com raiva e receoso. — Eu e minha mãe temos que ir para Inglaterra por alguns… meses.

— Meses? — Arfei.

Ele assentiu, prensando seus lábios e andando até me ter encurralada em uma parede com o tanto que eu recuei.

— Lembra de que eu lhe falei sobre algo parecido com… câncer? E sobre o tratamento desse tipo de câncer ser caro aqui?

Eu balancei a cabeça, sentindo minha garganta se fechar e impossibilitar a saída de palavras.

— Na Inglaterra é barato. E minha vó mora lá, ou seja… vai facilitar bastante no quesito dinheiro. E caramba… eu não posso perder você, mas não quero perder minha mãe também, nem quero ficar longe dela.

— O que você quer dizer é…

— Estou indo embora. Hoje de noite. Você pode vim comigo se quiser, você pode fugir comigo. Iria ser tão fácil, Isa. — Ele encostou sua testa na minha, deslizando suas mãos por minha cintura, acariciando-a ternamente.

— Clarice… eu tenho que cuidar de Clarice.

— Traga ela conosco.

— Não posso! — Sussurrei, agoniada. — E eu não vou deixá-la sozinha com aquelas pessoas… Riley, eu… sinto muito.

E então seus lábios estavam nos meus, desesperados. Suas mãos apertavam minha cintura como se a qualquer momento ela pudesse se desfragmentar e as minhas lhe decoravam cada traço de seu rosto perfeito e conhecido. Eu não estava pronta para esquecer aqueles traços, não estava pronta pra esquecer a sensação que era ter os seus lábios nos meus… e suas mãos em minha cintura.

— Eu vou voltar. — Ele estralou seus lábios nos meus. — Eu prometo.

Mas ele não voltou e perdemos o contato depois daquele dia…


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Notas finais do capítulo

Comentem, pls! ♥