Entre Caçadores E Presas escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 25
O elo mais fraco.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, pessoas. Quero agradecer a todas meninas que comentaram no capítulo anterior! ♥ Obrigada, suas fofas ♥ Enfim, quem não comentou ainda, há tempo ainda e quem não recomendou, se sinta a vontade! É isso.



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Eu continuei parada o olhando, sem fazer questão de ser educada ou qualquer outra coisa. Não tinha como Riley estar em Forks, no apartamento de Edward, olhando na minha cara como se isso fosse bastante normal. Ele tinha ido embora fazia dois anos e até então não tinha me procurado, por que agora?

— Quem é, Bella? — Fora a voz de Edward que me acordara do breve estado de choque em que eu me encontrava.

— Não é… ninguém. — Lhe respondi.

— Ainda não acredito que aceitou fugir de casa, de Nova York, para vir para essa cidadezinha. — Riley disse assim que eu fechei a porta atrás de mim, nervosa enquanto o puxava pelo braço para que ele se distanciasse de Edward.

— O que você quer aqui? — Eu sussurrava parecendo ter algo a esconder quando, na verdade, estava assustada. — O que diabos você quer comigo, Riley?

Ele riu, mas quando começou a falar algo, o interrompi por termos entrado no elevador e ter uma senhora que conhecia Edward e eu. Não que eu tivesse nada a esconder, era só que eu sabia o que Edward pensaria — o que eu estava pensando no momento e tentando negar — sobre Riley. Ele pensaria que ele era suspeito, afinal por que ele estaria aqui e logo agora?

Mordi meus lábios, batendo meu pé enquanto xingava o elevador por ser tão lento.

— É seu irmão, Bella? — Perguntou a Sra. Tiddle, sorrindo amorosamente.

— É, é sim. — Menti.

Pelo canto do olho vi Riley sorrir sarcasticamente e tentei controlar minha raiva desse sorriso.

— Logo soube! Vocês se parecem muito.

— Ah que nada. — Riley me interrompeu antes que eu pudesse agradecer a ela. Fuzilei-o com os olhos, apertando as unhas na palma de minha mão de nervosismo. — Ela puxou a nossa mãe, é mais bonita.

Forcei um sorriso a sair de meus lábios quando ela nos comparou com seu olhar.

— Ah, isso quase sempre acontece.

Quando a Sra. Tiddle saiu do elevador, minhas costas ficaram tensas e meu olhar acusador disparou para o rosto de Riley que continuava calmo. O elevador pareceu ficar mais lento ou talvez isso só fosse paranoia de minha cabeça, mas não importava verdadeiramente. Tudo que eu queria era ir para um lugar público.

— Como você me achou?

— Bom… foi sem querer.

— Você não parecia surpreso na porta. — Disparei, o acusando.

— Vai me deixar terminar ou está difícil? — Indagou, raivoso. Encolhi-me, olhando para minhas sapatilhas que de repente me pareceram muito mais interessante do que o rosto conhecido e desconhecido de Riley. — Você não costumava acabar com a minha paciência tão fácil quanto está fazendo agora.

— Deve ser porque você era mais paciente, não acha?

Ele suspirou, bufando. Vigésimo andar, décimo nono…

— Então… eu estava falando que foi sem querer porque eu fui fazer um serviço na casa de uma pessoa que me contratou e de repente vi uma foto sua lá com um homem. Sei lá… eu tinha certeza que era você. Uma garota veio e me viu olhando para a foto e falou tudo que sabia e perguntou se eu queria saber onde você morava.

— Ruiva?

— Sim e muito gentil, pelo visto.

Praguejei algo que eu sequer entendi e cruzei meus braços, começando a odiar Anna. Ela me odiava e não era de brincadeira.

— Quer uma carona? — Perguntou Riley.

Neguei com o rosto.

— Prefiro ir de táxi. Edward não gostaria disso. — Essa era a desculpa mais esfarrapada que eu já tinha usado em toda a minha vida, e ele parecia ter percebido isso, sorrindo com um pingo de escárnio. — Bom, foi ótimo te ver, mas eu tenho de ir agora. Aliás, o que você está fazendo aqui em Forks mesmo?

— Você sabe guardar um segredo?

— Claro. — Respondi prontamente.

— Um cara me contratou para sequestrar uma garota. — Na medida em que as palavras iam saindo de sua boca, eu ia dando um passo para trás. Mas não tinha jeito, seus dedos já estavam cravados em meu braço. — E eu estou precisando de dinheiro, minha mãe está doente e eu preciso…

Meus olhos estavam arregalados, e Riley me trouxe para perto dele, o sorriso sarcástico um pouco mais murcho em seus lábios.

— Pensei que seria mais fácil… eu sairia limpo dessa sem ir para o xilindró. Sabe como é, se não fosse você…

— Riley, você não precisa disso. Eu te dou dinheiro, por favor…

— Não tanto quanto ele está oferecendo. Qualquer oferta que você me fará será bem abaixo do que o que ele tem a me oferecer. Com esse dinheiro, Isa, eu poderia pagar o tratamento da minha mãe e ainda poderia viver confortavelmente com ela. Você sabe muito bem o quanto isso é importante para mim. E também, faz tempo que eu não te vejo…

Eu me lembrava da mãe dele muito bem. Ela o chamava de Sam porque esse era seu primeiro nome, mesmo sabendo que o filho odiava, pois o fazia lembrar-se do pai que há muito tempo tinha ido embora viver com outra mulher. Ele sempre falava sobre o quanto o odiava, o quanto faria de tudo para dar a sua mãe uma vida decente — como ela merecia — e faria de tudo para fazer isso.

Eu só não sabia, na época, que esse tudo poderia ser também o meu sequestro.

Joshua era doentio. Completamente. Ele sabia que Riley foi meu melhor amigo durante algum tempo e sabia o quanto ele precisava de dinheiro para manter sua mãe, usando isso contra nós. E… eu sabia que entre minha mãe e eu, ele sempre e irremediavelmente escolheria sua mãe.

Era como ele dizia… fazia tempo que ele não me via e eu era o elo mais fraco. É claro. Eu deveria ter desconfiado sobre isso, porque, afinal, Edward e eu nunca estaríamos seguros enquanto Josh estivesse à solta e ele faria de tudo para me capturar. Eu sabia que faria, ele era doente.

A raiva o fez ficar doente.

— Desculpe-me. — Pediu Riley ao me empurrar para dentro de seu carro preto.

— Você… — Lutei pra engolir o bolo que estava entalado em minha garganta. — Vai me matar e ainda pede desculpas? Ora, temos alguém nostálgico aqui!

Eu já tinha passado muitas vezes pela sensação de estar quase nos braços da morte, mas dentro todas elas, talvez essa fosse a que doesse mais em mim. Eu estava deixando Edward, isso doeria nele e… podia fazer tempo que eu não via Riley, mas eu continuava sabendo sobre tudo a seu respeito e vice versa.

Eu sabia que, mesmo no frio ele sempre tomava banho gelado. Sabia que ele não colocava açúcar no chá, entretanto detestava café sem uma quantidade exagerada de mel. Sua cor favorita era branca, ele dizia que era a cor da paz, e eu lhe dizia que ele era gay toda vez que ele murmurava isso. Ele sempre vestia uma jaqueta de couro, ele lavava seus cabelos todos os dias da semana e se faltasse algum ficava agoniado.

Ele amava animais tanto quanto rock pesado. Ele tinha uma tatuagem pequena em seu ombro e eu fora a única há um dia ousar beijá-la, pelo menos era o que eu tinha sido informada.


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Notas finais do capítulo

Ferrou, Bella ♥