Entre Caçadores E Presas escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 22
Erros.


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo minusculo e eu ainda me surpreendo por isso! Só venho postar agora dia 7 de janeiro... ou seja, feliz ano novo pra vocês! Esse capítulo é dedicado a Briane pela recomendação que deixou em ecp ♥ te amo, biba!



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― Você foi completamente mal-educada com Anna! ― Disse Edward em uma voz baixa e cortante assim que entramos no apartamento.

O olhei por alguns segundos, deslocando o peso de um pé para o outro, me encostando a parede para ter apoio porque tudo a minha volta estava girando e virando poeira. Eu estava virando poeira e me desfragmentando em pedaços microscópicos pelo modo que a voz de Edward estava. E comigo. Comigo. Ele estava reclamando comigo.

― Como é?

E então estávamos de volta ao cativeiro onde ele reclamava e falava alto comigo. Onde ele me odiava por ter matado seu irmão, e agora… na visão dele, por ter sido mal-educada com a peste da irmã dele. Onde ele não aguentava sequer me ver em sua frente porque em um segundo tinha vontade de bater em mim.

― Você escutou muito bem.

― Eu não fui mal-educada com ela… Edward. ― Minha voz foi calma e falha.

― Ela me falou que…

― ÓTIMO! Olha aonde chegamos. Você preferindo acreditar em uma garota de quinze anos que me odeia ao invés de em mim que… tenho medo que alguém da sua família me odeie. Obrigada por sua consideração.

― Eu conheço ela há catorze anos. ― Ele cruzou os braços, voltando seus olhos acusadores de volta para meu rosto.

― Entendi ― Assenti. ― Você a conhece há quinze anos e só me conhece há quatro ou cinco meses. Qualquer merda. E… eu também só te conheço a quatro ou cinco meses, eu deveria acreditar em você ficando dentro desse apartamento? Eu nunca te fiz nada de ruim querendo, Edward, por favor… vamos enxergar a sua posição, sim?

― VOCÊ QUE ESCOLHE SOBRE ESTAR AQUI OU NÃO! ― Explodiu. ― Não estou te prendendo comigo.

Recuei quando ele se aproximou com os punhos fechados.

― Você está certo. Completamente certo sobre eu escolher ou não.

Respirei fundo, fechei meus olhos para as lágrimas não caírem, correndo pela escada sem nenhum medo de pisar em falso e acabar torcendo a merda de meu tornozelo. Isso não me importava. Peguei um casaco para caso estivesse fazendo frio lá fora e coloquei minha carteira dentro de minha bolsa, saindo e batendo a porta do apartamento com força, sem sequer encontrar Edward pelo caminho.

Ele era ridículo. Quem ele pensava que era para falar daquele jeito comigo? E se eu estava com ele, era porque, certamente, não queria que ninguém brigasse comigo por algo que eu não tinha feito. Eu tinha sido convalescente com ela, tinha sorrido e sido legal. Eu não queria voltar a tudo que passava em minha outra casa.

E Edward era a única pessoa que eu pensava poder confiar. Eu tinha me enganado, pelo visto. Eu sempre acabava enganada no final de contas e eu só queria, agora, ter algum lugar para encontrar em vez de só sair andando pelas ruas tipicamente cheias de gente por causa do horário de trabalho ter acabado.

Sete horas da noite, uma quarta-feira agradável.

Limpei a lágrima destemida que escorregou por minha bochecha e continuei andando até um café que tinha a quatro quadras de onde eu morava. Eu estava magoada. Muito, pelo menos por agora.

Eu passaria fome se saísse mesmo da casa de Edward, mas… essa era minha única alternativa. Quem sabe eu não arrumasse um emprego e ai daria para alugar algum apartamento e retomar meus estudos? Quem sabe tudo não ficasse bem no final de tudo? Talvez Edward só tenha sido um jeito de me fazer sair do cativeiro e o destino determinou que nós não passássemos disso.

Olha quem falava. Eu em destino.

Engoli em seco e com a voz meio falha pedi um chocolate quente e somente. Eu precisava calar essa tremedeira dentro de mim, e eu sabia muito bem que não era por causa do frio. Eu estava muito bem aquecida com esse casaco preto e todas as blusas que tinha sob ele, tudo que faltava era saber que estava tudo bem entre eu e Edward.

E isso era ridículo. Eu era ridícula humilhando a mim mesma para pensar em Edward e o fato de estarmos bem ― e era óbvio que não estávamos. A irmã mentirosa dele com certeza arquitetou isso para que nunca mais olhássemos um na cara do outro. E ela sabia que Edward protegeria mais ela do que a mim.

Ótimo. Isso era tudo que eu precisava porque quando eu aceitei fugir com ele, coloquei tudo que eu tinha a perder. Não que no cativeiro eu tivesse muito a perder, era só que… eu poderia procurar alguém para me ajudar, e aqui eu não conhecia ninguém a não ser ele e sua família. Eu estava perdida.

Enterrei minhas mãos dentro de meu cabelo e deixei minha cabeça tombar sobre ela, suspirando pesadamente até algum movimento estranho na cadeira da minha frente, fazer-me levantar o rosto vermelho e quente, dando de cara com um rosto familiar.

— Me desculpe. — Sussurrou Edward.

Ele era tão cínico que eu queria lhe bater só para que ele aprendesse uma lição de como não bagunçar com meus sentimentos. Porque ele não podia voltar assim, do nada, me seguir para pedir desculpas por uma coisa que… eu tinha me magoado muito. Eu… eu… não queria soar tão absurda.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem ♥ beijos.