Entre Caçadores E Presas escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 2
Fique feliz por estar viva.


Notas iniciais do capítulo

Psé, psé, gente. Um novo capítulo aqui para vocês e espero que gostem. E não, eu não costumo fazer capítulos tão pequeno como este, mas em ecp eu adotei capítulos pequenos e menos cansativos de se ler. Ou seja, os capítulos vão ser pequenos, e para falar a verdade ecp também é pequena. Tem em torno de 33.000 palavras e é isso ai. Mais uma vez: espero que gostem. E obrigada a todos que estão comentando e lendo. ♥ ♥ ♥



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A última coisa que me recordo era de ter tentado correr depois que escutei o sussurro, e lembro também de ele ter me alcançado antes que fosse possível. Foi tudo muito rápido, eu desmaiei com uma facilidade incrível e antes que eu pudesse desmaiar, senti os braços dele me carregando para algum lugar do qual me era desconhecido.

Porque sim, a rua em que eu estava era deserta, sombria e desabitada o bastante para que alguém levasse o corpo de outra pessoa nos braços.

Depois disso, nada, só escuridão. Uma escuridão forçada, desconfortável e que me dava medo mesmo que inconscientemente.

Acordei no dia seguinte com dor de cabeça, e ainda com os olhos espremidos, me virei para o outro lado, puxando o lençol para acima de minha cabeça, sem lembrar primeiramente o que tinha acontecido algumas horas, ou dias, antes. Aspirei de modo calmo o cheiro do lençol e me levantei de imediato, sentindo minha cabeça rodar.

Aquele não era o cheiro do sabão barato que a minha mãe comprava. Aquele não era a decoração do meu quarto, aquela imensidão branca e preta não era nem de longe o meu quarto. Eu obviamente não estava em minha casa e era óbvio também que o que acontecera ontem à noite não fora um sonho.

― Merda. ― Sussurrei.

Respirei fundo, andando até a janela que tinha no quarto estranho e tentando abri-la, fazendo um esforço enorme para colocar o vidro pesado para cima. Antes de chorar, eu sempre tentava todas as alternativas possíveis para me desesperar. Controle era o que eu tinha aprendido a ter por bem ou mal.

Não subiu. Respirei fundo, colocando minha franja escura atrás de minha orelha e tentando de novo a impulsionar para cima. Nada de novo. Bufei, e quando estava me preparando para socá-la e consequentemente fazer o vidro se espatifar, a porta do quarto se abriu com um rangido suave.

Gelei no lugar que eu estava, o coração disparando em meu peito. Controle-se.

— Tem um cadeado. — O homem de cabelos escuros me informou.

Ele não era velho, tinha no máximo vinte e cinco anos e era de uma estatura que eu tinha certeza ser uns bons trinta centímetros maiores que eu. Ele tinha um sorriso sarcástico em seu rosto barbeado e as mangas de sua camisa cinza se prendiam em cima de seu cotovelo, destacando os músculos intimidadores que ele possuía. Ele era sem dúvida alguma uma maquina de matar.

Olhei de volta para ela, abaixando meus olhos até conseguir localizar o cadeado enorme que estava pendurado em uma pequena base. O vidro também, eu percebi depois, era grosso demais para ser quebrado somente com um soco de minhas mãos. Era uma prisão. Eu morreria tentando sair e mesmo assim, não conseguiria.

— Não veja isso como um sequestro, docinho. Veja como… talvez, eu esteja pegando você emprestado por alguns… anos e devolvendo somente o corpo para a sua família. Isso é… se eles quiserem porque pelo o que eu sei, eles não te amam tanto. — Ele estava com as sobrancelhas franzidas quando o olhei.

Meu queixo tremeu. Ele sabia que aquele era o meu ponto fraco. E de fato, ele estava certo, ninguém pagaria nada para me libertar ou talvez nem ligassem para o fato de eu ter sumido repentinamente.

— Eles pensam que você fugiu de casa. — Esclareceu como se estivesse lendo minha mente — Fiz parecer isso pegando todas suas roupas, seus livros e algumas coisas que você, se fugisse, levaria. — Me deu as costas e foi até o closet, abrindo a porta e me mostrando tudo meu que estava lá. — E claro… como você não tinha muitas roupas, eu comprei algumas. Espero que sirvam.

Eu ainda estava encolhida, perto da janela, com o queixo e o corpo trêmulo. Isso era… um sequestro. E por quê? Eu não era rica, eu não fazia nada de importante no mundo e talvez ninguém me odiasse a ponto de me mandarem para um cativeiro. Onde eu tinha parado?

— E antes que me pergunte, não é por acaso que você está aqui. E eu também não vou te dizer meu nome, Bella.

Ninguém me chamava de Bella, era sempre Isabella ou algum xingamento. E eu gostaria que continuasse desse jeito, eu gostaria de ficar em minha casa ou qualquer outra coisa. Eu gostaria de ser ignorada, zoada, e qualquer outra coisa, mas não em um lugar onde eu sabia que iria passar por coisas piores.

O que eu tinha feito para merecer isso?

— Vá tomar banho e depois desça para comer. Se em vinte minutos você não descer, vou vir aqui verificar o que está acontecendo e você pode ter certeza que você não vai gostar nada dessa visita. E ah, se eu fosse você ficaria feliz por estar viva e sem nenhum arranhão no corpo.

Ele soltou uma risada sem graça alguma e antes de sair do quarto o escutei murmurando em um tom que dava para escutar sem problemas nenhum:

Ainda.


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Notas finais do capítulo

Não, esse carinha que tá ai não é o Edward, apesar da descrição dele evidenciar isso. O Edward entra mais ou menos no capítulo 3/4 e no começo vocês vão odiar ele... mas isso passa, juro. Ai gente, obrigada por estar comentando. Mesmo! Posto mais em breve, ok? Beijos.
E um obrigada especial a: Jessica Araujo, Balardim, Annelise e Laura Moreira Galvão ♥ ♥ ♥