Entre Caçadores E Presas escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 14
Início de problemas.


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeeeeeeeeente mdssssssss vcs assistiram BD - Parte 2? Maaaaano ainda to rouca sério, mds, mds, mds. Sério, sos. Não vou soltar spoilers ok, ok kkkkkkkkkk e ah, comentem, pls porque tem um alto número de leitores e baixo de reviews, então... por favor, eu não quero parar ecp somente por causa de pessoas que não comentam, ok? ♥ espero q gostem.



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Uma merda. Dormir sem Edward era uma merda agora que eu já estava acostumada durante todos esses dias que ele escapava para o meu quarto pensando que eu não estava notando ou estava dormindo. No primeiro dia que ele fez isso, sequer tocou em mim e virou-se para o lado oposto da cama, mas nos últimos dias ele me abraçou e me trouxe para mais perto. Talvez por causa do frio excessivo ou talvez por necessidade mesmo.

Não sabia ao certo, só sabia que era ótimo dormir com ele. Digo… dormir mesmo. Não nos tocamos intimamente desde a última vez ― cinco dias atrás ― e eu não sabia o porquê disso, só sabia que eu me distraia o bastante para quando chegar de noite tudo que desejava era dormir. Edward me distraia sendo gentil.

Ontem eu tinha aprendido a nadar, hoje a cozinhar um pouco. Antes de ontem tínhamos assistido a filmes idiotas e sem sentido, e fora assim que se passaram os últimos dias. Não nos tocamos, apenas trocamos alguns beijos ― alguns? Quero dizer, vários, infinitos, milhares, trilhares…

Eu nunca me cansava e eu… eu… estava gostando mais dele do que deveria. Deveria ser diversão, mas eu era idiota, infantil, imatura o bastante para começar a gostar dele. Gostar, gostar mesmo. Não como eu gostava dos garotos na quarta série do ensino fundamental, é tipo gostar de estar apaixonada.

Ou quase isso.

Só sabia que gostar era um termo muito amplo para o que eu sentia. Edward era um filho da mãe que não percebia que estava fazendo merda. Eu iria morrer no final, de qualquer jeito, e era óbvio que eu não o pediria para se sacrificar por mim, deixando-me fugir. Eu nunca fui tão egoísta desse jeito.

De qualquer jeito, não éramos tão íntimos. Eu não sabia o sobrenome dele e isso significava muita coisa. Pra mim, pelo menos.

Cansada da escuridão depressiva do meu quarto, fiz uma coisa que eu nunca fizera em minha vida: levantei-me da cama e fui até o quarto de Edward, batendo cautelosamente em sua porta, enquanto deixava meus olhos baixos em minhas mãos que tomavam conta do pano de minha camisola longa.

Oitenta segundos depois ele abriu a porta para mim com um celular preso entre seu ouvido e seu ombro. Sua expressão antes de me olhar era preocupada e tensa, mas quando me viu ― e talvez isso fosse uma coisa boa ― desmanchou-se em um sorriso torto e me puxou para dentro de seu quarto pela mão.

O toque dele fez minhas mãos formigarem e eu odiava essa sensação.

― Você não entende. ― Ele disse para o telefone. ― Não é nada disso, é só que James… bom, eu não posso falar agora. ― Ele olhou para mim e desviou os olhos para a escuridão sob a janela ― Tenho problemas agora, Josh, eu te… ligo amanhã.

Josh, Josh, Josh, Josh, Josh, Josh ― O nome martelou em minha mente até eu perceber que Edward me fitava com uma interrogação em seu rosto. Josh era a pessoa que queria me matar, que tinha encomendado meu sequestro e que em breve iria realizar seu desejo.

― Desculpe se eu atrapalhei algo. Eu só… eu só… ― Eu não tinha nenhum argumento bom o suficiente, nunca teria quando fosse para caracterizar a vontade estranha que eu tinha de ficar perto dele. ― Estava sem sono e o quarto estava me sufocando.

Na verdade toda aquela casa me sufocava ― é o que nunca lhe direi.

Medo. Sim, ainda.

Sua expressão interrogativa se desmanchou em um sorriso quando ele colocou uma mecha de meu cabelo que voava por causa do vento que vinha da janela aberta e olhou para meus lábios antes de se levantar da cama, fingindo a perturbação bem demais. Talvez se ele tivesse se esforçado um pouco mais eu caísse em seu fingimento.

A ligação o perturbara.

― Vou para cozinha fazer algo para comermos. ― Ele disse. ― Pode ficar no meu quarto se quiser.

Ele queria ficar sozinho. Somente isso para deixar que eu ficasse no seu quarto sagrado, seu quarto que ele não dormira nos últimos dias. Hesitei, mordi os lábios e parei de procurar seus olhos, olhando para a janela aberta, perguntando-me se era alto o bastante para pular e não ficar com nenhum machucado.

― Bella? ― Ele chamou minha atenção. ― Pode fugir pela janela se quiser.

Neguei com o rosto, prensando os lábios em uma linha firme. Observei ele ir embora com um simples aceno de rosto e fechar a porta atrás de si. Suspirei querendo chamá-lo de volta para saber o que diabos Josh lhe falaram para ele estava com aquela expressão quase amedrontada em seu rosto.

Era como se o olhar dele estivesse arrependido ao me olhar. O mais amargo arrependimento. Eu era um erro, estar em seu quarto e me tocar era um erro porque ainda estávamos na posição de sequestrador e sequestrada. Isso nunca mudaria, não até que eu morresse ou fugisse. E eu odiava saber que a possibilidade de morte era mais possível que a de fuga.

Eu odiava Josh e tudo isso, mas eu não me lembrava dele. Não mesmo. O último Joshua que tenho memórias era um garotinho que tinha estudado comigo na quarta série e as memórias que eu tinha dele eram breves demais para me lembrar de seu rosto com exatidão. Só lembro que ele era feio e que… bom, ele era apaixonado por mim ― e isso eu só vim saber quando as pessoas o ficaram caçoando por causa disso.

Mas eu não o caçoara. Tudo que eu fizera foi soltar um riso tímido e baixar meu rosto, concentrando-me nas palavras que tinha escrito no livro. E era só, acabava ai e isso não era um motivo bom para matar uma pessoa. Para me matar.  Eu não fizera nada, não falara nada, nem sequer olhara na direção dele.

Pus a mão em minha testa que pegava fogo pela dor de cabeça e levantei-me da cama de Edward, sentindo seu cheiro a medida com que explorava o quarto. De novo parei na estante que tinha no canto mais excluído de seu quarto e ousei passar o dedo sobre as molduras.

Quando ele era pequeno ele tinha uma franja engraçada, e então na adolescência ele fez um moicano médio que não parecia fora do normal. Sua mãe e seu pai tinham cabelos escuros, do mesmo tom do seu irmão. Tinha uma menininha ruiva nos braços de Edward na antepenúltima foto. E depois tinha seu irmão com farda do exército ao lado de Edward.

Mais curiosa do que deveria, peguei aquela foto em minhas mãos, franzindo meu cenho para ela. Não fazia tempo que a foto fora tirada ― no máximo um ano e alguns meses ―, entretanto aquilo me parecia uma realidade distante demais para que eu pudesse me acostumar.

Eu estava com uma foto de Edward e um cachorro nas mãos quando escutei passos leves atrás de mim. Esperei os gritos de raiva, porém eles não vieram. O que realmente me alcançou foram mãos em meu ventre, lábios em minha orelha e cada pedaço de mim se estilhaçando em um desejo evidente. E tinha também a voz baixa de Edward, tinha seus lábios movendo-se por meus ombros, tinha suas mãos me pressionando contra seu corpo, tinha meus batimentos cardíacos acelerados.

― Você adora essa estante, não é? ― Um sussurro dele, um tremor de minha parte.     

Sim.

Seus lábios se transformaram em um sorriso. Eu pude senti-lo sorrindo contra a minha clavícula, e logo em seguida contra minha nuca. Ah, Edward! Por que é tão difícil murmurar que isso é errado e fazer você entender? Eu não posso gostar mais que isso de você ― Eu indaguei em minha mente.

Ele começou a infiltrar suas mãos por dentro de minha camisa e em poucos segundos ela estava no chão e seus lábios devoravam meu pescoço, sem um caminho certo. Tudo que eu queria era que ele me beijasse nos lábios, nos lábios, nos lábios. Merda, qual era o problema de me beijar nos lábios?

E então como se tivesse escutado meus pensamentos, seus lábios tomaram conta dos meus, suas mãos em meu rosto e meu corpo pressionado contra a estante desconfortável. Talvez percebendo que a estante não era um lugar bom, ele, como de costume, pegou minhas pernas e as entrelaçou em sua cintura.

Mal chegamos à parede. 


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Notas finais do capítulo

pois é, gente ♥ é isso ai, espero que gosteeeeeeem e comentem, pls.