Like Another Fairytale escrita por Mariia_T


Capítulo 20
19.


Notas iniciais do capítulo

Demorou mas saiu, amém. HSAKSJDA.



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Querido diário.

    Eu tenho que parar com essas saudações ridículas a um ser inanimado. Vou anotar esse lembrete.

    De qualquer forma, estou enlouquecendo, então saudar diários não deve ser tão preocupante assim.

    O motivo para enlouquecer? Hm, quem sabe Jolie? Justin? Tia Judith e tio Joe? Por que todos eles começam com J?!

    Estou sentindo falta de casa, para ser bem honesta. Nunca me senti tão indesejada em toda a minha vida. Nunca. Há uma semana, Jolie sequer olha na minha cara e Justin está me evitando. E meus tios estão agora na briga pela guarda das crianças. Veja minha situação, no meio de tudo isso, sem minha prima para me acolher, sem um amigo para me consolar. Está fora de cogitação morar debaixo da ponte.

    O pior de tudo: estou sentindo falta de casa. Alguém tem noção de como isso é ruim? Eu planejava não sentir saudade de casa até a faculdade! Não tem nem dois meses que estou aqui e quero correr para debaixo da saia da mamãe.

    Argh, e aquele policial...

    Fechei o diário quando ouvi duas batidas na porta. Guardei-o na primeira gaveta do criado mudo e pedi para quem quer que fosse entrar. Tia Judith entrou aos poucos, começando pela cabeça e um sorriso tímido. Fechou a porta atrás de si e veio sentar na cama comigo.

    - Como está se sentindo, querida? – Começou ela, esfregando a mão em meu braço. Ela sabia o que estava acontecendo, afinal. Meus responsáveis legais foram notificados pelo Inspetor Bruce e meus pais estavam cientes também.

    - Estou bem. – Admiti, reprimindo um suspiro. Ela abriu um sorriso solidário e eu retribuí. – E você?

    - Ah... Estamos indo. – Suspirou. – Amanhã temos outra audiência.

    Olhei atentamente minha tia. Ela tinha envelhecido alguns anos em apenas alguns dias. Não sei bem quando foi, mas de repente uma bolha de problemas estourou nessa casa; meu tio estava traindo minha tia. E você se pergunta: que homem ousa trair uma mulher como ela? Como? Por quê? Tia Judith era a mulher mais linda na idade dela que eu já vi, era doce, atenciosa, elegante, carinhosa. O que mais ele queria?

    - E quais são as expectativas? – Perguntei com cautela, sem querer tocar nenhuma ferida.

    - Não quero nem pensar. – Pausa. – Querida, eu sinto muito que esteja passando por uma situação como essa, por causa da gente, mas... Por enquanto você não pode ficar com a gente.

    Um pequeno silêncio se estendeu entre nós e eu assenti lentamente, processando o que ela dizia. Na verdade, era totalmente compreensível que eu não pudesse ficar. Não tinha com quem ficar. Não era a minha guarda que estava sendo discutida, eu estava ali só de agregada.

    - Tenho um amigo dono de um hotel. Você pode ficar por lá enquanto toda essa bagunça não acaba. – Ela continuou, vendo que eu não ia falar nada. – Sei que não é confortável, nem familiar, mas...

    - É o melhor, eu sei. – Assenti de novo. – Tia, eu não quero incomodar, então, se é necessário, por que não? Eu posso me virar... E se eu não souber como tirar mancha de tomate da minha blusa, eu ligo. – Brinquei, fazendo-a rir.

    - Obrigada pela compreensão, Karen. – Ela suspirou. – Obrigada por ter estado aqui comigo esses últimos dias, mesmo que não fosse uma opção. – Rimos.

    - De nada, tia.

    - Você é uma ótima amiga. Jolie um dia vai se dar conta disso. – Confidenciou, piscando para mim. Sorri, mandando meus melhores votos para ser verdade o que ela disse. – Amanhã eu te levo para o hotel, depois da escola, sim?

    - Combinado. – Sorri pequeno.

    - Vai dar tudo certo. – Disse ela, dando um beijinho em minha testa. Parecia que ela falava aquilo tanto para si mesma quanto para mim. Levantou-se da cama e saiu do quarto, suspirando. E eu também o fiz, sentindo-me triste por ter que deixar a casa. Quero dizer, eu me acostumei a ela. Aqui eu me sentia quase em casa.

    Olhei em volta, perdendo a vontade de voltar a escrever no diário ou terminar o dever de casa. Levantei-me rapidamente e tentei da melhor forma possível arrumar minhas coisas rapidamente. Tirei as malas debaixo da cama, abri as portas do closet e todas as gavetas. Muita coisa para tão pouco tempo, pensei.

[...]

    - Hotel? – Kate franziu o cenho. – Não acredito, você vai ficar num hotel!

    - É. – Fiquei confusa: ela falava daquilo como uma coisa boa ou ruim?

    - Isso é demais! – Coisa boa. – Quem dera meus pais tomassem uma decisão como essa.

    Ela está falando sério?, eu me perguntava enquanto colocava um pedaço de frango na boca. Não respondi, voltando a me prender em meus próprios pensamentos. Você pode dizer que eu estava fazendo um bom trabalho. Estava conseguindo arruinar minha vida social muito bem, obrigada. Justin não estava mais sentando com os meninos, agora ele passava o horário do almoço fora do refeitório, sempre nos corredores ou na quadra de basquete, treinando.

    Tinha tanta coisa que eu queria perguntar para ele, mas sabia que apenas conseguiria um bom silêncio se ousasse falar com ele. Aquele idiota. Houve uma pequena movimentação na mesa, fazendo-me olhar em volta e vi Jennifer sentando-se ao lado de Seth com um sorrisinho petulante nos lábios perfeitamente pintados.

    - Onde está o Justin? – Ela quis saber. Eu e ela éramos duas.

    - Eu o ouvi dizendo alguma coisa sobre estar na quadra. – Gabe murmurou, sem dar muita bola.

    Por que eu sempre tinha a impressão de que todo mundo tentava evitar o assunto ‘Justin’ desde o dia na diretoria? Revirei os olhos, é claro que ele estaria na quadra. Onde mais ele estaria? Jogando golfe com o presidente?

    Meus modos estavam começando a escorarem pelo ralo. O que minha tutora diria sobre meu tom irônico para tudo? Terminei meu almoço e saí da mesa murmurando alguma coisa ininteligível até para mim. Joguei o lixo na lixeira e saí do refeitório rapidamente, inspirando o ar gelado que me recebeu assim que saí pela porta. Olhei em volta, sentindo a leve sensação de estar sendo observada.

    - Jolie. – Deixei escapar entre a respiração. Ela desviou o olhar de mim e voltou a fazer o que quer que estivesse fazendo em seu celular, sentada, sozinha, no banco de concreto no meio do pátio. Eu me decidi naquele momento que nosso pequeno impasse não passaria de hoje. – Esse lugar está vago?

    - Não. – Ela respondeu, quando eu parei ao seu lado.

    Sentei-me mesmo assim.

    - Que frio, hein? – Tentei começar uma conversa, mas ela apenas assentiu, rejeitando minha tentativa. Deixei tudo morrer ali. Minha esperança foi junto e senti-me desarmada, fraca e vulnerável. – Jo? Fala comigo? – Meu lábio inferior começou a tremer.

    - O que você quer que eu diga, Karen? – O tom seco dela apenas me fez piorar.

    - Que me perdoa. – Sugeri, meus olhos marejando, minha visão ficou turva.

    - Bom, não. – Disse, virando para mim. A dureza de seus olhos se desfez quando ela encontrou os meus, sem reação. – Não dá, Karen. – Diminuiu o tom de voz, parecendo triste agora.

    - Por que não? – Perguntei.

    - Talvez as coisas sejam melhores assim agora. – Suspirou.

    - Mas Jo...

    - Para de vir atrás de mim, Karen. – Cortou, voltando a ser fria e se levantou tensa, dirigindo-se ao refeitório. Tombei a cabeça nas mãos e fechei os olhos, sentindo as primeiras lágrimas caírem. Eu estava chorando de novo, talvez pela milésima vez naquela semana e eu não me surpreendia. Tudo estava dando errado. Isso era normal? As coisas se tornavam tão confusas na vida das pessoas normais? Um soluço escapou de meus lábios, depois outro.

    Senti uma mão pousar em meu ombro, delicadamente e uma leve pressão. Levantei o rosto para encontrar outro causador de toda essa porcaria de tristeza dentro de mim. Ele se sentou ao meu lado, em silêncio, as bochechas vermelhas – talvez de frio ou por causa da atividade física – e os olhos cheios de preocupação. Escondi meu rosto em seu ombro, enquanto seus braços envolveram firmemente minha cintura, puxando-me mais para perto. Outro soluço e então ele estava sussurrando consolos em meu ouvido. A sensação de paz me inundou sem pedir licença. Era tão fácil sentir aquilo com ele, era tão simples apenas estar com Justin e me sentir bem. Mas ao mesmo tempo eu me sentia tão confusa. O que ele queria afinal? Que eu ficasse longe. Então por que ele estava aqui agora, me abraçando, mais perto que nunca?

    - Vai ficar tudo bem. – Foi a última coisa que ele me disse antes de se levantar de repente e sair andando, adentrando o prédio das salas de aula.

    Ok, cérebro, você pode pifar agora!

    O sinal tocou apenas alguns segundos depois que ele saiu, o refeitório vomitou alunos aos montes, todos apressados para suas respectivas aulas. Levantei-me, indo até a minha também, sem ânimo algum, começando a me perguntar se tinha algum tipo de força invisível que me empurrava para minha próxima aula. Talvez exista, talvez essa força se chame: responsabilidade.

    - Como foi o dia, querida? – Tia Judith quis saber quando entrei no carro e me fitava com curiosidade enquanto eu afivelava o cinto de segurança à minha volta. Olhei para ela, pensando seriamente se deveria mentir ou não. Bom, não havia porque piorar ainda mais o dia dela.

    - Divertido. Aprendi a colocar uma camisinha na aula de educação sexual. – Respondi, revelando o ponto máximo do meu dia. O momento em que todos pararam o que estavam fazendo para ver a herdeira ao trono da Dinamarca se atrapalhando com um pedaço estúpido de borracha e um pepino. Sério? Mesmo? Eles usam pepinos para a aula de educação sexual? Talvez seja por isso que os americanos sejam tão gordos: eles evitam os vegetais depois de ter experiências desagradáveis na aula de educação sexual.

    - Jura? – Pude jurar que ela engasgou, surpresa. – Eles ensinam esse tipo de coisa?

    - Você nem faz ideia. – Olhei para ela, exasperada.

    - Espero que não estejam assustando você. – Ela riu um pouco. – Nem a Jolie. Na verdade, isso explica porque ela não gosta de pepino. – Disse, pensativa e eu reprimi uma risada. – Bom, querida, eu quis ter certeza de que você ficaria bem, então reservei duas suítes, em hotéis diferentes e queria que você escolhesse.

    - Por favor, tia, o mais barato. – Pedi, quase juntando minhas mãos. Odiava pensar que ela estava passando por esse momento tão difícil e ainda tivesse que bancar minha estadia em um hotel só porque eu estava a milhões de quilômetros de casa e não podia cuidar de mim mesma.

    - Karen...

    - Tia. É sério, eu não vou aceitar nenhum tipo de ostentação.

    - Ok, então vamos cancelar o Palace. – Disse, parando na frente do Park Central. Ainda me parecia caro, mas dentre esse e o Palace, com certeza esse era o mais barato.

    Fizemos o check-in e tia Judith me ajudou a me instalar. Minha suíte ficava no décimo segundo andar, eu tinha uma boa vista da Times Square e até que era bem confortável. Uma cama de casal, enorme, centralizava o quarto, as paredes tinham uma cor meio creme e as cortinas combinavam. Tudo tinha um cheiro especial de madeira e de limpeza.

    Depois que ela saiu, tomei um banho e coloquei algumas roupas nos armários. Apenas o suficiente para o resto da semana, que não seriam mais que três dias. A única coisa que me preocupava agora era quanto tempo levaria para esse divórcio ter fim. Fiz o dever de História e julguei estar tarde suficiente para deitar na cama e dormir.

    - Então, vai ter o jogo amanhã. – Luke estava comentando, quando ele, Seth e Gabe sentaram na nossa mesa. Kate sorriu para eles e voltou a conversar alguma coisa com Hanah.

    - Jogo? Jogo de quê? – Perguntei, feliz por conversar sobre outra coisa que não fosse um dia de compras na Barneys ou na Bendel.

    - Futebol. – Seth respondeu, desenrolando seu hambúrguer do papel grosso.

    - Quem? – Continuei meu interrogatório. Gabe deu de ombros, mas não me respondeu.

    - Giants versus os Cowboys. – Luke respondeu, parecendo ser o mais animado deles. – Você já foi a um jogo de futebol?

    - Por favor, Luke, nós já fomos campeões da Eurocopa. – Joguei meu cabelo para trás, me gabando um pouco do meu país. Lembro-me exatamente do dia em que a Dinamarca ganhou da Suíça e fomos classificados para a Copa do Mundo.

    - Não, K, estou falando de futebol americano. – Seth corrigiu, abrindo um sorriso maior.

    - Ah, futebol americano não, né. É americano. – Revirei os olhos, fazendo-os rirem.

    - Você quer ir com a gente? – Luke perguntou, sorrindo abertamente para ele. Eu sorri de volta, sentindo aquela vontade familiar de querer colocar as bochechas dele entre minhas mãos e as apertar com toda a força que eu podia. Ele era tão fofo.

    - Luke... – Gabe olhou para Luke de um jeito que eu poderia dizer, no mínimo, cheio de significados. Eles se encararam por cinco segundos inteiros, e Seth pigarreou.

    - Não acho que vá ter problema ela ir, Gabe. – Seth disse, mastigando um pedaço do sanduíche. – O Justin não vai mesmo.

    Uau, aquela doeu fundo. Quer dizer então que porque Justin não iria, eu podia ir? Falando nele, eu não o via há alguns dias. Quero dizer, eu o via perambulando de vez em quando nos corredores, entre uma aula e outra, mas nunca na entrada, no almoço ou na saída. Ele simplesmente desapareceu nesse último mês.

    - Você vai querer ir? – Gabe virou para mim. – É cheio de homens loucos, cerveja voando, brigas, sangue...

    - Para de assustar a menina. – Luke riu, tomando um gole da coca.

    - Eu vou. – Eu disse, sorrindo abertamente para Gabe. – Só porque eu sou forte.

    Meu sorriso sumiu quando alguma coisa atingiu meu braço com força.

    - Ei! – Esfreguei meu braço, olhando para Gabe que sorria pateticamente.

    - Você não é tão forte quanto gostaria de ser, baixinha.

    Dei língua para ele voltei a comer meu sanduíche natural, com um bico. Gabe fez graça da minha cara mais um pouco, porém eu me esforcei para não ligar para a idiotice dele. Eu tinha que me concentrar no evento desse final de semana.

    Pelo menos eu não ficaria outra sexta-feira sozinha. Eu teria o que fazer ao invés de ficar no quarto do hotel assistindo programas sensacionalistas americanos com piadinhas sem graça. E então, eu estava ansiosa. Ok. Não pode passar muito devagar, pode?

     Apenas seis horas tendo aulas preparatórias para algumas provas mensais. É, pode passar um pouco devagar sim.

    - Srta. Alexandrine? – Chamou o professor de geografia, fazendo-me sentar direito na cadeira e levantar olhar para ele. – Pode me fazer um favor?

    - Claro. – Respondi imediatamente. Ele me chamou até sua mesa e eu fui.

    - Pode ir até o almoxarifado buscar algumas cópias disso para mim? – Ele me mostrou um caderninho azul com alguns mapas na capa e eu assenti, gravando o título da obra e me dirigi à porta. – Ah! – O professor me chamou e jogou uma chave. – É a do meio, pequena e com cabo verde.

    Assenti novamente e saí da sala, fechando meu casaco quando soltei a maçaneta. Estava muito fria aquela tarde, o vento parecia mais gelado que o normal e havia uma umidade maior, eu podia sentir gotinhas d’água batendo em minhas bochechas. Desci as escadas enquanto tentava segurar meu cabelo contra o vento, a parte mais afastada do colégio era mais aberta, por isso ventava mais ali. De repente, o barulho de algo chocando-se contra a parede me assustou e eu caí os três últimos degraus da escada.

    - Droga! – Murmurei, sentando-me ereta, segurando minha cabeça com uma mão. Outro barulho, dessa vez mais baixo, de algo caindo no chão e alguém se aproximou.

    - Karen? – Ouvi a voz de Justin logo acima de mim. Levantei a cabeça e o encontrei lá, me olhando meio confuso e meio preocupado. A única coisa que se instalou na minha cabeça era a mesma pergunta que eu me fazia nos primeiros dias que ele sumia: onde ele esteve? – Você tá bem? – Segurou meu braço e me colocou de pé.

    - Foram apenas três degraus. – Falei, ainda sentindo uma dor na nuca. – Eu vou ficar bem.

    - Você caiu? – Ele me soltou quando teve certeza de que eu não ia parar no chão de novo.

    - Eu estava distraída. E alguma coisa bateu na parede. – Tirei minha mão da cabeça para ver se havia sangue ali. Não tinha. Mas pela dor, podia ter.

    - Ah, foi... Desculpe. – Ele levou a mão à nuca e me deu um meio sorriso. Franzi o cenho quando notei que ele estava vestindo uma regata branca justa e uma calça camuflada, botas de combate. Por que ele estava vestido daquele jeito?

    - Por quê?

    - Fui eu quem bateu. – Disse, entrando em um corredor. Eu o segui e vi a parede branca com um buraco enorme no meio, o cimento rachado e os tijolos expostos.

    - E o que você está fazendo? – Perguntei, olhando a marreta jogada no chão.

    - Hm, eu? Ah, nada. Nada não. – Disse rapidamente e parou por um segundo para olhar para mim. Ele mordeu o lábio inferior e abaixou a cabeça, sorrindo um pouco. – E você, o que está fazendo aqui?

    Então eu voltei à realidade.

    - O almoxarifado. – Falei, rapidamente girando nos calcanhares e fui até a pequena sala no final do outro corredor. Achei com facilidade os caderninhos azuis, mas não sabia quantos o professor queria. Peguei todos.

    Quando voltei para o ponto em que o caminho se bifurcava entre o corredor que Justin estava olhando a parede quebrada e a escada surgia à minha frente.

    - Ah. – Justin me percebeu ali e parou de olhar a parede. – Os professores abusando da boa aluna.

    - Hm, é... Ahn. Tchau. – Sorri, meio sem graça pelo modo como ele estava sendo vago e me olhando de relance. Mas a curiosidade falou mais alto, dei meia volta de novo. – Justin? Você não tem aula agora?

    - Não, eu... Fui liberado. É. – Disse meio sem expressão.

    - Ah. – Foi tudo o que eu pude dizer.

    - A escada é por ali. – Ele apontou para a escada e eu me senti um pouco mal com essa atitude dele. Ele não me queria ali? Eu estava atrapalhando alguma coisa? Justin estava tão estranho.

    - Eu posso ver. – Respondi, sem pensar duas vezes e girei nos calcanhares, quase derrubando um caderninho no processo. Ouvi Justin suspirar. O quê? Agora minha falta de jeito com muitos caderninhos de uma vez só o irritava também?

    Revirei os olhos e subi os degraus da escada sem pressa, com medo de derrubar tudo ou simplesmente cair da escada de novo. Eu estava irritada.   


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥3 xx



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