Caliel. escrita por Wana


Capítulo 6
Procura-se meu cérebro!


Notas iniciais do capítulo

Hey.
Segundo capitulo no dia ein?
Vamos lá então.
Eu escrevi ele rápido e acabei ne conferindo de novo.
Então... Se encontrarem erros ortográficos, me avisem para que eu corrija.



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— Ai! - ele falou massageando a bochecha do lado em que eu bati.

— Isso - eu falei com raiva e fiz questão de amassar a bochecha dele onde eu bati com o meu dedo indicador. — É para você aprender que eu não sou qualquer uma. - eu amassei mais duas vezes a bochecha dele e ele gritou um “Ai” bem forte. — Quando estiver carente, procure uma vaca para beijar ao invés de ficar me assediando, seu maníaco. - eu falei me levantando e indo sentar na ultima cadeira da fileira e ele ficou lá com cara de bocó.

Agora veja oque eu arrumei! Imagine só, aquele idiota tentando me beijar! Pelo amor de Deus, será que eu estava em uma realidade paralela de novo?

As pessoas começaram a entrar na sala de aula, olhando torto para Luke e eu, pelo incidente de ontem.

— O que é que você está olhando dona bigode? - eu gritei quando um das garotas nerd da sala ficou me encarando incansavelmente e ela desviou o olhar rapidamente. Por um momento eu pude ouvir Luke rindo do que eu disse, ou eu achei que ouvi, porque quando eu olhei de novo para ele, ele estava com uma expressão concentrada, ou pensativa (supondo que ele possa pensar claro), e Meredith, a vaca de salto, ia se aproximando dele em uma estupidada tentativa de ser sexy. Meredith é a típica garota de filmes americanos, que fica horas falando sobre que roupa usar no próximo dia de aula, com uma das suas amiguinhas idiotas, o tipo de garota que não tem nada a acrescentar, a não ser que você esteja interessado em saber sobre o lançamento da linha de esmaltes da vez, ou sobre dietas milagrosas e suas vantagens. Meredith tinha olhos azuis, cabelo loiro acinzentado, pele branca e uma tonelada de maquiagem no rosto.

Ela deu um beijo no rosto dele, e sentou de forma insinuativa em sua frente, em cima da mesa dele e ambos começaram a conversar alguma coisa, que fazia Meredith se importar mais com o modo como seus lábios se moviam, para que parecesse sexy. Eu rolei os olhos. O idiota estava seguindo meu conselho muito bem.

As aulas se passaram lentas demais porque eu não tinha Alice para me distrair, lentas demais porque a professora nojenta de matemática fez questão de pegar no meu pé durante seu horário de aula todo e lento demais porque eu estava tendo uma visão privilegiada de Lucas e a vaca de salto, se beijando (lê-se ‘ se engolindo’) quando achavam que não tinha nenhum professor olhando. Oh que nojo, isso certamente me faria vomitar em algum momento.

E então chegou o intervalo e fiquei abismada com a forma como Lucas havia virado o “líder” do grupinho idiota que Meredith fazia parte, porque os alunos não estavam mais sentados na sua mesa de costume e sim na mesa onde Lucas havia escolhido sentar e qualquer um que estudasse lá a pelo menos dois anos, saberia que aquele que senta bem ao centro da mesa se torna mais ou menos o líder no grupo, algo como uma hierarquia em um grupo em que as pessoas provavelmente não sabiam o que significava a palavra hierarquia. Mas afinal, em terra de sem cérebro, idiota é rei.

— Crianças. - A professora de Química disse quando todos se acomodaram dentro do Laboratório de Química. — Hoje vamos fazer uma experiência em duplas. - todos começaram a gritar algo e a professora fez uma careta. — No entanto, eu vou sortear as duplas. - um coro de “Ah” ecoou pela sala.

A professora começou a sortear as duplas e as pessoas começaram a mudar trocar de lugares para ficar com seus pares, algumas garotas davam gritinhos histéricos quando caiam com suas melhores amigas ou quando caiam com o menino por quem arrastavam um bonde, outras pessoas murmuravam chateadas, e eu apenas cruzava os dedos para que Alice fosse minha parceira.

— Meredith Dapper e Richard Aslan. - a professora disse. Eu ouvi Meredith choramingar sentada ao lado de Luke, mas por fim ir sentar ao lado do nerd da sala, que a olhava com olhares ansiosos. Eu gargalhei alto e todo mundo olhou para mim.

— Caliel Hale e Lucas Lieske. - ela disse e eu parei de rir rapidamente.

Eu encarei Lucas de um lado da sala e ele me encarou com o mesmo olhar de “Ah não! Você?”. A minha sorte só poderia estar em baixa mesmo, por que eu havia de cair com o Lucas, quando tinham 39 opções? Ah certo, porque eu sou estupidamente azarenta.

Nós ficamos nos encarando, em um aviso silencioso de “Eu não vou me mover nem um centímetro” até que todos já estavam em seus devidos lugares.

— Senhorita Hale, porque não vai sentar com o seu parceiro? - A professora me repreendeu. Eu fiz uma careta e peguei minha mochila com mais força que o necessário e joguei em cima da mesa com mais força ainda. Lucas riu baixinho.

A professora começou a falar como deveríamos fazer a tal solução que resultaria em um monte de bolhas coloridas saindo da garrafa, eu particularmente achei legal, mas inútil, quem serventia aquilo teria afinal?

Eu coloquei meu jaleco e aquele óculos protetor ridículo, eu não o colocaria se não acreditasse que Lucas poderia jogar algum ácido extremamente corrosivo acidentalmente nos meus olhos, e julgando pelo modo que ele fez o mesmo, acho que pensou o mesmo em relação a mim. Droga, menos uma forma de me livrar dele! Será que ele aceitaria tomar um dos suquinhos que eu prepararia com todos aqueles liquidozinhos?

Não é novidade eu dizer que nós brigamos a todo o momento, isso porque ele queria colocar uma coisa e eu queria colocar a que a professora tinha orientado, afinal eu não queria explodir a escola, quer dizer, explodir Lucas era uma ideia tentadora, mas eu não queria me meter em problemas graves. Eu gritava com ele a todo o instante, por ele estar fazendo algo errado e ele me provocava com a mesma intensidade.

— Pare de gritar senhorita invisibilidade. - ele disse fazendo uma careta.

— De onde você tirou isso? - eu o olhei desconfiadamente. De onde havia saído aquele apelido?

— É o que todos dizem - ele deu de ombros com um sorriso zombeteiro. Ah que lindo, então era esse o conceito dos meus lindos, amigáveis e inteligentes colegas de classe?

— Como se eu ligasse para o que eles dizem senhor Sou-o-novo-líder-dos-sem-cérebro. - dei de ombros. Levando em conta que Luke só havia conversado com o grupo dos sem cérebro, quem se importa afinal?

Ele primeiro ficou com uma expressão pensativa, mas depois recompôs sua expressão e soltou um. — Como se eu ligasse pra o que você pensa!

— Como se eu ligasse que você ligue para o que eu penso. - dei de ombros.

— Isso foi confuso. - ele deu uma risada.

— Você que não tem cérebro o suficiente para entender o que eu digo anta. - eu provoquei.

— Ah claro, formiguinha. - ele falou olhando para baixo para encontrar meu olhar.

Eu não sei exatamente em que momento um de nós dois fez algo errado na solução, mas de repente estava saindo uma espuma cor de sangue do vidro, caindo por todo o chão e então uma enorme bolha saindo do recipiente.

— Vai explodir! - eu gritei e me joguei em baixo da mesa para me proteger.

— Vai o que? - Lucas perguntou surpreso e olhou para o nosso frasco. Eu considerei deixa-lo lá para que seja lá o que aquilo era, explodisse bem naquela cara de idiota dele, mas então eu decidi que Alice não gostaria nada de saber que eu havia deixado a bolha de sangue acabar com a vida do único irmão gêmeo dela, então eu o puxei para debaixo da mesa. Todos os alunos observaram a bolha, que eu tinha certeza que não parava de crescer, e então explodiu, voando pedaços de uma gosma vermelha que melou todas as paredes brancas do laboratório.

Eu levantei incerta se era o momento exato ou se ainda tinha alguma gosma que aquele recipiente estupido quisesse arremessar, Luke se levantou ao meu lado. Eu virei meus olhos para o frasco e me surpreendi quando o vi. Ele estava lançando pequenas bolhas vermelhas, que caiam por toda nossa mesa, deixando ela toda vermelha. Muito bonito em minha opinião.

E então a professora caquética veio se aproximando da nossa mesa cautelosamente, enquanto todos os estudantes iam abandonando suas poses de autoproteção. Eu já estava preparada ser expulsa da sala de aula mais uma vez, então peguei logo minha mochila manchada e coloquei uma alça em um dos braços.

— Magnifico! Vocês fizeram um ótimo trabalho crianças. - A professora falou maravilhada e animada, o que me deixou surpresa. Então finalmente eu não seria expulsa da sala. Eu quis dançar de felicidade, porque eu sabia que mais um “Para fora da sala” implicaria em uma ligação inconveniente de uma diretora rabugenta, que deixaria minha mãe brava. Ah eu poderia dançar agora mesmo por ter me livrado! — Claro que eu vou colocar vocês dois para fora da sala agora por terem causado toda essa baderna, mas belo serviço crianças. - ela completou e sorriu calidamente. O quê? Essa vaca queria mesmo que nós saíssemos da sala com sensação de dever cumprido? Eu mostraria para aquela vaca caquética quem ia ter um dever bem cumprido ali, mas então eu senti os braços de Lucas me empurrando para fora do laboratório, eu ouvi Meredith falando algo como “Te vejo depois gato” e me lançando um olhar de nojo, quando passamos pela mesa dela, logo depois uma salva de palmas ecoou até que nós estávamos longe do laboratório. Duas palavras sobre isso: Que patético!

E mais uma vez lá estamos, o idiota e eu, expulsos da sala de aula. Perfeito. Duas expulsões da sala em apenas dois dias! E com direito a uma explosão. Isso estava ficando cada vez pior!

Eu encostei-me a uma parede e fui deslizando por ela até eu estava sentada no chão.

Eu definitivamente estava ferrada! Digamos que minha mamãezinha não ficava nem um pouco feliz com o mau comportamento que eu exercia no colégio às vezes, só às vezes claro, mas dessa vez foram duas em dois dias.

Lucas silenciosamente seguiu os mesmos padrões que eu, se encostando e depois deslizando pela parede até que estava ao meu lado.

— Sabe, eu poderia conviver com você se você ficasse calada assim, só para variar. - ele disse próximo ao meu ouvido, e POR DEUS por que a voz dele estava saindo tão aveludada e sedutora? Realidade paralela de novo? Eu sabia!

Mas então eu consegui responder o que queria quando tentei. — Eu poderia conviver com você se você não fosse tão estúpido, burro, idiota, insuportável, cheio de si e encrenqueiro... - eu disse pensando. — Ou talvez não. - conclui depois de um tempo.

— São muito adjetivos. - ele sussurrou em meu ouvido. — Você anda pensando muito em mim para saber tantos hein? - ele falou convencido e eu virei meu rosto preparando-me para dar-lhe o segundo soco do dia, mas o rosto dele estava próximo demais do meu, nossas respirações se cruzaram, e antes que eu pudesse pensar em algo ou mesmo lhe acertar um soco, ele já havia me pegado em cheio. Seus lábios estavam junto aos meus, sua língua pedindo passagem...

Eu não sabia o que pensar, eu sabia que o afastar era a coisa certa a fazer e no meu cérebro havia uma vozinha que estava berrando idiota, estúpida, imbecil, você perdeu a sua sanidade? Mas então antes que eu conseguisse me frear eu estava correspondendo seu beijo urgente. Seus lábios eram macios contra os meus, suas mãos apoiaram minha costa e meu corpo estupidamente se ajustou a uma posição mais confortável, para aproveitar melhor o estupido beijo, uma mão dele foi subindo até minha cabeça e seus dedos se entrelaçaram delicadamente em meus cabelos, enquanto eu coloquei pousei meus braços em seu pescoço.

Oh, certo eu sou uma estúpida que acabou beijando o inimigo! Alguém me mate por favor?


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Notas finais do capítulo

E ai?
Quem vai me mandar um review?
Me digam se gostaram do capitulo e da fic em si.
Eu realmente quero saber a opinião de vocês sobre tudo, sintam-se a vontade.
Beijos e até o próximo capitulo.