Caliel. escrita por Wana


Capítulo 13
Desconcertada.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas.
Eu nem vou mais falar sobre atraso...
Vocês já devem estar achando que eu sou uma mentirosa preguiçosa, e eu lhes digo que vocês estão provalvemente certas.
Eu estou com um péssimo bloqueio de criatividade, isso é sério K e estou extremamente preguiçosa, é.
Depois das famosas desculpas... vamos ao que interessa.
Tá aqui o capitulo, ele é mais uma preparação para o próximo capitulo que vai ser narrado pelo Luke, é.
Enfim, vamos lá.



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Vincent rodeou o carro, abrindo a porta do passageiro para mim.

— Por favor, madame. - ele falou formalmente, indicando que eu entrasse no carro.

— Oh ainda existem cavalheiros nesse mundo! - demonstrei uma falsa surpresa e levei minha mão até minha boca, que estava teatralmente curvada em um “O”. Vincent fechou a porta rindo e rodeou o carro para tomar seu lugar. O motor foi começou a trabalhar suavemente, até que Vincent começou a acelerar mais que o necessário. — Vamos com calma!- fiz uma careta, passando os dedos pelo cinto de segurança que estava atravessado em frente ao meu corpo. Vince gargalhou.

— Não seja uma medrosa! - ele zombou, mas ainda assim começou a diminuir a velocidade do carro.

— Eu não sou medrosa, só não me sinto atraída por concreto, o bastante para beija-lo.

— Você só beija quem lhe atrai? - Vince questionou, sorrindo malignamente enquanto fitava a rua a sua frente.

— Hm... É. - falei incerta.

— Você sabe que beijou o meu amigão né? - ele gargalhou alto. Eu o olhei confusa, me recusando entender o que ele estava tentando insinuar. — O Lucas, quero dizer... Você o beijou, automaticamente... - ele esclareceu. Minhas bochechas arderam quando minha mente foi obrigada a acompanhar seu pensamento.

— Ei! Isso não significa nada! Eu estava bêbada! Pessoas fazem idiotices quando estão bêbadas. - eu me defendi tirando meu rosto de seu campo de visão.

— Algumas se libertam quando estão bêbadas. - ele zombou.

— Não use minhas palavras contra mim! - eu esbravejei e joguei meu celular para acerta-lo. O celular bateu na cabeça dele e ele gemeu, tirando uma mão do volante para massagear o local. Eu gargalhei alto da careta que ele fez.

— Você é tão agressiva. - ele murmurou e eu dei de ombros. — Certo, chegamos. - ele parou o carro na frente da minha casa.

— Obrigada pela carona. - sorri e sai do carro, fechando a porta atrás de mim.

Andei para dentro de casa, com minha mochila no ombro e procurando a chave de casa nos bolsos do meu casaco.

— Ei! - Vince gritou de dentro do carro, chamando minha atenção. Eu olhei por cima do ombro e com dois dedos ele fez sinal de que eu me aproximasse. — Seu celular. - ele disse me entregando o aparelho. Eu sorri para ele e peguei o celular, mas quando me virei para voltar para casa, Vince gritou de novo. — Caliel!

— O que diabos você quer agora Vince? - falei perdendo a paciência e virei para encara-lo. Ele apenas gargalhou, como se eu tivesse contado uma piada. Esse era o problema de Vince, ele nunca ficava verdadeiramente intimidado ou chateado quando eu agia de forma rude com ele. Talvez eu até gostasse um pouco disso nele, na maioria das vezes.

—Tudo bem eu sair com Alice hoje? -ele perguntou com seus olhinhos brilhando. Pendurei-me na janela do passageiro e enrolei uma mecha do meu cabelo, fingindo pensar sobreo assunto.

— Vince, eu acho que você deveria perguntar isso para ela, não para mim. - falei contendo um riso.

— Eu não perguntaria para você se não achasse que você me perseguiria caso eu não pedisse sua opinião. - ele disse brincalhão e fez uma careta.

— Certo. - eu gargalhei. — Gosto que você esteja começando a me respeitar, jovem gafanhoto. -acrescentei e depois suspirei. — Eu acho que você pode levar ela para sair, se ela quiser claro. - fui sincera. — Ah, só pelo amor de Deus, deixe-a longe de qualquer bebida alcoólica! - acrescentei rapidamente.

— Vou lembrar-me disso. - Vince gargalhou e eu entrei em casa. Eu ouvi o barulho do motor sendo ligado

Segunda-feira, o dia mais... ODIADO por toda pessoa em sã consciência. Todos os alunos perambulavam pelos corredores, se arrastando feitos zumbis, uma coisa muito comum em segundas-feiras; o clima estava frio, como se para combinar com o humor da maioria dos alunos.

Abri meu armário e joguei um livro lá dentro, pegando outro para a para minha primeira aula. Eu havia conseguido chegar cedo ao colégio, graças a Lavínia que me acordou uma hora mais cedo que o normal, eu ainda não tinha me decidido se havia ficado com raiva ou agradecida por isso, já que pelo menos eu pude pela primeira vez tomar um café digno. Lavínia voltaria para sua casa hoje, que era... Do lado da minha, então eu poderia recuperar o sono que ela me fez perder durante esses dias, porque Deus, aquela garota fala a noite toda enquanto dorme o que seria cômico, se não fosse trágico.

— Baby! - Alice gritou acenando com o braço levantado e saltitou pelo corredor, é a isso que me refiro quando digo que toda pessoa sã age como uns zumbis em segundas-feiras, bom, todos sabemos que não há nada de são em Alice. Ela me deu um abraço de urso, que fez minha respiração se interromper por alguns segundos.

— Como foram as coisas com Vince? - falei fechando meu armário e encostando minhas costas nele. Ainda tínhamos algum tempo antes de começar a primeira aula e eu estava contando que Alice poderia me manter entretida com suas histórias mirabolantes, para que eu não dormisse ali mesmo.

— Foi perfeito! - Alice falou ainda mais animada, se é que isso é possível. — Nós fomos a um parque de diversões e depois fomos dançar. Ele me beijou em uma roda gigante, você faz ideia do quanto isso foi romântico? E eu estava pensando... Talvez eu peça ele em namoro. - ela começou a tagarelar. — Deus, ele é tão lindo! - suspirou apaixonada. — Ei, isso me lembra de que eu vi um Nate na entrada do colégio e se estivermos falando do mesmo Nate... - ela se abanou e sorriu maliciosamente.

— Ele é perfeito não é? - eu falei pensativa. — Há alguma coisa no modo como ele sorri que me tira o folego.

— Sei como é isso. - Alice disse sorrindo, provavelmente lembrando-se do sorriso do Vince, que por acaso é um dos meus sorrisos favoritos também. Lucas chegou e se se encostou a um armário, que não era seu, ao lado meu lado. Eu e Alice ficamos em silêncio, o encarando.

— Podem continuar a conversa garotas. - ele sorriu despreocupadamente, mas estava claramente tentando nos irritar.

Alice levou a sério. — Eu acho que você deveria você deveria convidar ele para sair. - Alice continuou conversando, ignorando completamente Lucas ali.

— Eu não vou convidar ele pra sair. - falei rapidamente.

— Quem é ele? - Lucas perguntou enfatizando o “ele”.

— Nathaniel, um carinha que atropelou a Caliel. - Alice deu de ombros.

— Hm... Alice será que você poderia calar a boca? - perguntei-lhe casualmente. Por que Alice tinha uma boca tão grande às vezes? E por que eu estava me preocupando com o que Lucas pensaria de eu convidar alguém para sair?

— Atropelou? - Lucas arregalou os olhos e começou a analisar todas as partes do meu corpo procurando por evidências, inclusive levantando as mangas do moletom que eu usava. Um beijo teria sido menos intimo. — E você ainda vai sair com ele. - ele me lançou um olhar reprovador e desistiu de procurar marcas em mim.

— Não há nada demais em ela querer sair com ele. - Alice falou com Lucas.

— Eu não vou sair com ninguém. - falei irritada.

— Nada demais? Ele a atropelou! - Lucas continuou discutindo com Alice, me ignorando completamente.

— Ela ainda esta viva não está? - Alice rolou os olhos. — Quem sabe ele não vire até namorado dela.

— Não fale isso. - Lucas trincou os dentes e eu olhei confusa para os dois.

— Olha o Vince. - falei acenando para o garoto que andava em nossa direção.

— Eu acho que você está... Vince, aonde? - Alice interrompeu sua frase rapidamente , finalmente me dando atenção. Agora ela conseguia ouvir o que eu falava né? — Vince! - Alice o abraçou e lhe deu um beijo na bochecha. Ele sorriu para ela.

— Ei pequetucha. -Vince falou e me deu meu segundo abraço de urso do dia. Eu afundei meu rosto nos ombros dele, ele cheirava bem, algo que me lembrou de cheiro de hortelã e chocolate. Vince era alto e musculoso, o que fazia com que eu praticamente me perdesse entre seus braços. Foi um abraço de tirar o folego, literalmente.

— Eu não consigo respirar! - falei batendo em suas costas e ele gargalhou.

— Tão frágil. - ele me soltou e bateu seu dedo indicador no meu nariz. Ele fez um aperto de fez um daqueles apertos de mão modernos com Lucas. — Vocês estavam discutindo sobre o que? - Vince perguntou e eu rolei os olhos. E lá vamos nós de novo.

— Lucas acha que só porque Nate atropelou a Caliel ela não pode sair com ele. - Alice respondeu rolando os olhos para Lucas. Vince gargalhou.

— Pelo amor de Deus, ele a atropelou! - Lucas passou a mão no rosto.

— Tem certeza que é só por isso que você está tão irritado? - Vince gargalhou.

— Eu acho... - Caliel e Lucas começaram a falar juntos e pararam abruptamente se encarando feio. Esses gêmeos...

Aliás, por que de uma hora para outra todo mundo resolve dar sua opinião em um suposto relacionamento, que nem ao menos existe, entre Nate e eu? Talvez eu devesse sair com Nate, só para que ele tivesse um motivo real para falar da minha vida... Não que sair com Nate pudesse ser um grande sacrifício para mim.

— Chega! - gritei e os três ficaram calados. — Eu estou aqui ok? Não falem de mim como se eu não estivesse aqui. - respirei fundo. — Eu não vou sair com o Nate, mas mesmo se fosse... Vocês não tem nada haver com isso! Portanto, não se metam mais nesse assunto.

— Eer Caliel... Eu acho que o assunto está atrás de você. - ela disse apontando por cima dos meus ombros. Lucas encarava com cara de poucos amigos alguém por cima do meu ombro e uma onda de vergonha passou por mim. Será que ele havia escutado muita coisa?

— Puta que pa... Ei Nate. - falei me virando constrangida e vermelha. Nate estava com uma alça da mochila em um dos ombros, seus cachos loiros caindo por sua testa, seu lábio se curvando um pouco para o lado, como se ele tentasse segurar uma sorriso. — Nós não estávamos falando sobre você. - tentei remendar as coisas.

— Nathaniel Hm?- Alice se aproximou dele e estendeu sua mão. — Eu sou Alice, Caliel me falou muito sobre você. - Pronto, agora o garoto vai achar que eu sou uma estúpida que sonhou com ele durante todo o fim de semana e saiu contando para todo mundo que estava apaixonada.

— Muito prazer. - Nate falou apertando sua mão e lhe dando um beijinho na bochecha. Vince fez uma careta e puxou Alice pela cintura para perto dele. Lucas permaneceu encostado em um armário encarando Nate com um olhar atento.

O sinal bateu, indicando que nós fossemos para nossas salas e eu suspirei agradecida por isso. — Eu vou para a sala... - falei para Nate. —Tchau.

— Até mais. - ele sorriu e me abraçou. Eu me virei e todos já haviam saído de minha vista... Todos menos Lucas, que me encarava com um olhar intimidador. Uh, eu acho que ele estava meio que drogado hoje.

Eu o ignorei comecei a andar pelos corredores para a minha sala, ele começou a me seguir sem dar nenhuma palavra.

— Vai ficar me seguindo? - falei me irritando e parei de supetão, seu corpo bateu no meu e ele colocou suas mãos na minha costa para que eu não caísse.

— Só estou indo para sala de aula. - ele disse friamente e me soltou.

— Ótimo. - rolei os olhos e entrei continuei a andar mais rápido.

— Espera. - Lucas falou segurando o meu braço.

Eu me virei para ele, esfaqueando-o mentalmente. Hoje ele estava mais chato que o normal... E estranho muito estranho.

— O que foi? - rolei os olhos. Ele não respondeu apenas me puxou mais para perto, e depois descansou suas mãos nas minhas costas. Senti um nervosismo impregnar no meu corpo quando ele foi aproximando seu rosto mais e mais do meu, analisando meus olhos e depois minha boca. Eu virei meu rosto quando ele tentou me beijar. — Pare de me assediar Lieske, eu não vou me casar com você. - dei uma gargalhada nervosa. — Você está muito estranho hoje. - me curvei para trás para observa seu rosto irritado e depois me livrei de seus braços. — Mais estranho que o normal, quero dizer.

— Isso é culpa sua. - ele disse e começou a andar na minha frente, chegamos à porta da sala, mas antes que ele pudesse rodar a maçaneta eu puxei o braço dele.

— O que é culpa minha? Eu não fiz nada. - me defendi.

— Será sua culpa se nós não assistirmos aula. - ele não respondeu minha pergunta, rodou a maçaneta da porta e deslizou para dentro da sala de aula, eu fui dar um passo à frente, achando que ele seguraria a porta para mim, mas ela se fechou assim que seu corpo se afastou dela, batendo no meu nariz. Eu praguejei baixinho e entrei empurrei a porta com mais força que a necessária, fazendo todos da sala levantar suas cabeças na minha direção, inclusive o professora.

— Ops! - falei quando vi a professora de Matemática me lançar um olhar mal humorado.



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Notas finais do capítulo

Eu não preciso dizer que não gostei muito do capitulo né? Isso é o meu normal, pasmem quando eu disser que gostei.
Ah, eu estou fazendo uma outra fic, mas ainda não postei aqui no Nyah, acho que só vou postar quando tiver uns 6 ou 7 capitulos prontos e tals.
E por que estou falando sobre isso? Eu não sei K
Enfim...
Deixem um review suas lindas.
Beijos e até.



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