- Eu não sei se posso fazer isso – ele resmungou e eu ri o abraçando por trás.

- Só tenta não matar o garoto – ele assentiu e começamos a caminhar pra fora da casa de Jeremy. Chegamos ao quintal, eu ainda abraçada a ele, o rosto apoiado em suas costas. Ele jogou um braço pra trás e me puxou me abraçando pela cintura.

- Justin – Jazzy veio correndo na direção dele e eles se abraçaram – Lilah – ela me abraçou também, depois de gritar meu nome assim como fez com o irmão. Jazzy já estava uma moça, tinha quinze anos e não podia estar mais linda.

- Cadê o futuro defunto? – Justin resmungou e ela bufou se afastando dos meus braços e cruzando os braços na frente do peito.

- Você não se atreva a espantar meu namorado. – ela o enfrentou e ele rolou os olhos.

- Oi filho – Jeremy apareceu e me deu um beijo na testa, logo depois abraçando Justin.

- Pai, você aceitou isso?

- Como eu poderia não aceitar? Ela tem o gênio da Erin, é quase impossível negar algo pra elas. – Justin bufou passando as mãos pelo cabelo e me puxou, agarrando minha cintura de novo.

Fomos atras de Jeremy até uma mesa onde todos estavam. Fui até o carrinho de Jason e o peguei no colo. Não havíamos dormido em casa, então eu estava morrendo de saudade dos meus filhos.

- Ele deu muito trabalho Pattie?

- Claro que não querida. – ela sorriu e eu abracei meu menino enquanto ele puxava um tufo do meu cabelo e me olhava com um sorrisinho – E vocês, curtiram a noite? – perguntou maliciosa e eu ri envergonhada. Olhei Justin que conversava com Jeremy e sorri mais ainda.

Tudo estava nos seus conformes. Já fazia um mês e meio desde que tudo tinha acontecido e eu e Justin estávamos mais unidos que nunca.

Pelo menos duas vezes na semana, Pattie ficava com as crianças a noite, para que eu e Justin pudéssemos curtir juntos. Íamos a boates, ou apenas ao cinema. Mas independente do programa, a noite sempre acabava com nós dois nos amando, nos envolvendo e nos unindo na cama.

Era maravilhosa a forma como agora tudo estava perfeito.

Eu ainda estava me tratando com uma terapeuta, a depressão já não fazia mais parte da minha vida, mas eu gostava de ir até la e contar tudo que eu sentia.

Não tomava mais remédios, meu remédio agora era o homem maravilhoso que eu tinha em casa. Ele não cansava de dizer o quanto eu era linda todos os dias, e eu realmente me sentia linda, finalmente me cuidando e cuidando da minha família do jeito certo.

- Justin – ouvimos a voz de Jazzy e nos viramos. Ela estava de mãos dadas com o namorado, ele era magricelo e com o cabelo preto arrepiado. Tinha olhos verdes escuros e era muito simpático. Ele parecia com medo, principalmente quando Justin chegou perto. Fui pro lado de Justin com Jason no colo e sorri pro garoto que olhava pra Justin com os olhos um pouco arregalados.

- Então, qual seu nome moleque? – dei uma cotovelada em Justin e ele pareceu não dar atenção.

- Robert, senhor – o garoto estendeu a mão e Justin a apertou forte. Podia ver a dor nos olhos do garoto e ri quando Jazzy bufou e puxou o braço do namorado, fazendo Justin parar de apertar a mão do garoto.

- Espero que mantenha essas mãos onde eu possa ver moleque – ele assentiu apressado e saiu sendo puxado por Jazzy.

- Que feio Justin – ele passou a mão nos cabelos e me olhou.

- Eu nunca pensei que esse dia fosse chegar. – ri e lhe dei um selinho.

- Se prepare, que daqui a alguns anos você vai estar esmagando a mão do namorado da sua filha – ele ofegou e me abraçou escondendo o rosto na curva do meu pescoço, um braço envolvendo Jason que olhava tudo confuso no meu colo.

- Eu não quero que ela cresça – ouvimos um grito agudo e logo Julieta estava do meu lado, puxando meu vestido. Justin a pegou no colo e ela sorriu.

- Papai a tia Jazzy tava beijando na boca. O senhor falou que só beija na boca quem é casado, porque ela estava beijando na boca? – dei uma risadinha e ele fechou a cara.

- Não ligue pro que sua tia faz. Lembra o que o papai disse.

- Sim, que as meninas como eu, só beijam e só abraçam meninos depois que casam. – olhei incrédula pra Justin que sorria.

- E você só vai beijar depois de casar né?

- Justin!

- Que foi? Eu tenho que me assegurar que ela não vai deixar ninguém chegar perto.

- Eu não acredito.

- Amor, eu não posso deixar nenhum moleque se aproveitar da nossa filha.

- Papai.

- Fala princesa.

- Eu tenho um marido.

- O QUÊ?

- Justin!

- O que você disse Julieta?

- O senhor disse que só podia abraçar se fosse casado, ai o Jonas pediu pra me abraçar e eu falei que só casando, ai agente casou e depois ele me abraçou.

- Quem é esse tal de Jonas? Quantos anos esse moleque tem?

- Filha vai brincar – falei e Justin a colocou no chão, ainda um pouco atordoado. Ela saiu correndo e eu me virei entregando Jason pra Pattie que ria da cara de bocó do Justin.

- Amor – chamei o abraçando pela cintura.

- Lilah, nós vamos mudar a Julieta de escola.

- Justin.

- Amor, você viu isso? Nós não podemos dar mole, o mundo ta cada dia pior.

- Deixa de ser paranóico.

- Eu te amo sabia.

- Eu também te amo príncipe.

- Então ta decidido, ela vai pra uma escola só de meninas.

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.Fim, ou quase isso...