Dois Caminhos, Um Só Destino escrita por LEvans, Cella Black


Capítulo 22
Capítulo 21 - Depois


Notas iniciais do capítulo

Um obrigada especial para as meninas que nos enviam MP's e comentam nos posts da nossa page, perguntando sobre o capítulo!
Nos vemos nas notas finais! :)



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'Cause you can't jump the track

We're like cars on a cable

And life's like an hourglass, glued to the table

No one can find the rewind button, girl

So cradle your head in your hands

And breathe, just breathe

Woah breathe, just breathe

Breathe- Anna Nalick

Gina abriu a porta de seu apartamento tentando fazer o mínimo de ruídos. Não queria acordar Viviane, muito menos a vizinhança. A julgar pelas horas, tinha certeza de que todos estavam há muito em suas camas, envoltos de lençóis, ressonando depois de uma noite agradável.

Mas, não melhor que a dela.

A prova disso era que a sua noite havia terminado não fazia nem dez minutos. Ainda podia sentir a pressão dos lábios de Harry ao trocarem o último beijo da noite, em frente ao prédio, ele a abraçando pela cintura tão firmemente junto de si numa clara demonstração de que não queria que aquilo terminasse ali, naquele momento. Mas, depois de algum tempo, finalmente aceitaram que teriam que se separar e de que, dali á poucas horas, os raios de sol ascenderiam no céu e castigariam o asfalto.

Colocou o casaco que já não vestia desde que os braços de Harry se fizeram muito mais eficientes em esquentá-la em uma cadeira e começou a andar em direção ao seu quarto, desejando deitar e reviver todos os beijos trocados, todas os sorrisos cúmplices, todos os gemidos involuntários.

—Eu não acredito que você vai dormir sem me contar nada. –Gina parou de supetão, um grito preso em sua garganta. Olhou em direção a voz e se deparou com uma Viviane sentada no sofá com os pés apoiados em um pufe bege, acariciando a cabeça de Bichento, que parecia estar vivendo momentos de rei no colo da jogadora de quadribol.

—Eu que não acredito! –Disse a ruiva. –Você me esperou todo esse tempo acordada?

Viviane deu de ombros.

—Você me conhece. Eu não ia conseguir dormir com tanta curiosidade. Além do mais, estou sem sono.

Gina colocou as mãos na cintura, em uma perfeita cópia dos gestos de Molly Weasley.

—Você é inacreditável. –Disse a ruiva, andando em direção a amiga e sentando-se displicentemente no mesmo sofá que ela. –Eu deveria fazer o mesmo com você, sabe? Quando você chegar dos seus encontros com o John.

—Eu não tenho encontros com ele. –Rebateu ela, recebendo um olhar da amiga que demonstrava que ela não se importava. Encontros ou não, Viviane e John tinham algo.

—Claro. Bichento é muito melhor companheiro, hm.

—Você está me enrolando, ruiva, e não vai funcionar. Eu vi a sua cara quando entrou e não adianta negar, está escrito na sua testa.

—O quê?

—Vocês transaram!

Gina olhou para amiga por alguns segundos e soltou uma gargalhada. Teve que se conter ao máximo para não ser escandalosa e acabar acordando todos os outros moradores do prédio. Bichento, porém, se assustou e soltou um miado, como se pedisse silêncio no aposento.

—Tenho que dizer, você é pior que a minha antiga professora de Adivinhação. –Disse a ruiva, ainda rindo. –Eu não transei com o Harry.

—Mas quer. –Acusou Viviane, sorrindo sabichona. –E ele também. Ele não se importa em olhar pra sua bunda na minha frente, sabe!? Mas eu finjo que não percebo só porque eu sou uma pessoa legal.

—Você é péssima.

—Eu também te amo.

Bichento, parecendo muito incomodado com a conversa, pulou do colo de Viviane e andou em direção a cozinha, indo provavelmente checar se haviam abastecido sua tigela de leite. Assim, Viviane virou-se de lado no sofá, apoiando um dos cotovelos no encosto do móvel, olhando para Gina.  

—E então? Pra onde ele te levou?

—Jantamos com Hagrid em Hogwarts e depois fomos para Hogsmeade. Hoje faz anos da Guerra, então havia uma comemoração pela vitória. –Respondeu Gina, parecendo não ter outra escolha se não contar tudo a amiga.

—Parece divertido.

—Muito. Foi ótimo rever alguns amigos.

—Ok, pula logo pra parte interessante. –Pediu Viviane, parecendo impaciente.

—Você sabe que não somos mais adolescentes, não é?  

Viviane revirou os olhos.

—E depois... –Gina ficou séria, mas seus olhos brilhavam. Era como se estivesse revivendo tudo novamente.

Diante do semblante da amiga, Viviane sorriu. Não precisava perguntar nada.

—Estou feliz por vocês. –Disse ela, segurando a mão da ruiva. – Vocês estão... juntos?

Gina pareceu pensar na resposta. Embora tivessem passado um bom tempo juntos, o que menos fizeram foi conversar sobre ambos. Estavam ocupados demais se beijando, rindo de algo besta, lembrando dos seus tempos de escola, de modo que Gina não sabia dizer o que exatamente eles eram; não havia um status, mas sabia que, fosse o que fosse, parecia bom demais para ela, pelo menos por enquanto. Não queria apressar as coisas, tão pouco assustar todo mundo tão repentinamente. Acima de tudo, não queria assustar a si mesma.

A noite fora o suficiente para ela ter a certeza de que ambos não conseguiriam mais ficar longe um do outro. Poderiam estar no mesmo aposento com milhares de pessoas, e ela se sentiria impulsionada a correr em sua direção. Mas era cedo demais para nomear o que tinham e, honestamente, Gina não se importava nem um pouco com o ritmo que as coisas estavam indo. Não iria parar para discutir e decidira não pensar sobre. Iria apenas viver.

—Não conversamos sobre isso e, para ser sincera, não sei o que vai acontecer daqui pra frente.

Viviane sorriu.  

—Pois eu sei muito bem. Vocês vão se beijar, e depois beijar, e depois, olha só, beijar até que vocês não vão mais aguentar olhar pra cara um do outro sem se sentir entediado. Então, vocês vão inovar e vão começar a fazer outras coisas que, você sabe, são muito mais legais e excitantes. A não ser que vocês queiram pular essa coisa toda de beijo e partir logo pro duelo.

—Duelo?

—Você sabe...

—Hmm, eu sei....

—Sabe!

—Assim como você e o John fizeram? –Atacou Gina, esperando ansiosamente por uma resposta.

—Ouch! Você é cruel. –Respondeu Viviane, tentando se esquivar do assunto.

—Apenas utilizando suas próprias armas. –Disse a ruiva, na defensiva.

Viviane nunca desejara tanto que a ruiva fosse um pouquinho menos esperta.

—Você sabe que eu vou voltar para Gales, e as coisas entre mim e John não são como as entre você e Harry.

—Tem razão, não são, porque elas são infinitamente menos complicadas.

Viviane revirou os olhos, mas aquilo não impediu com que Gina continuasse.

—Eu não vejo nada impedindo vocês de ficarem juntos a não ser por você mesma, Viviane.

—Olha, tem razão, você e Harry tiveram certos obstáculos, mas eu e John... Não é assim tão simples.

—Por que?

—Ruiva...

Gina suspirou e levantou-se do sofá, parecendo pensativa. Ficou por alguns minutos encarando o nada enquanto Viviane apenas aguardava um possível acervo de perguntas.  

—Desculpa. Me desculpe, eu estou sendo... –Gina se virou e se ajoelhou em frente a amiga, segurando suas mãos. – Eu sei que você tem algo com... Com o que quer que seja que tenha acontecido com você antes de nos conhecermos. Não me olhe assim, eu sei. Eu só... Eu respeito o fato de você não querer falar sobre isso. Eu não quis comparar a minha relação com Harry com a sua com John, eu só...

—Tudo bem...

—Não, não está tudo bem. Me desculpe, eu não quero que pareça que eu estou obrigando a você a ter algo com John, mas eu vejo o modo como ele olha pra você, como ele cria expectativas com algo sempre que você está prestes a fazer ou a falar alguma coisa. E você pode enganar os outros, mas não a mim, Ane. Você gosta dele.

—Gina...

—Eu sei, eu sei. Não estou jogando você para o colo dele ou algo assim, só quero que você seja feliz.

Viviane ficou encarando a amiga, admirando como aqueles olhos podem ser perigosos, mas também muito acolhedores e doces. Seus pais podem ter tido somente ela como filha, mas de jeito nenhum era desprovida de uma irmã, porque Gina estava lá e preenchia todos os quesitos que uma amiga precisa para se tornar muito mais. Sim, odiava o fato de todos acharem que ela e John eram uma espécie de ‘casal’, especialmente a ruiva, Hermione e Harry, mas não deixava de gostar menos deles por isso, não quando ela falhava miseravelmente em controlar as próprias reações quando loiro estava por perto. E, agora que ele sabia seu passado, se tornara cada vez mais difícil ficar longe quando o único lugar que se sentira confortável e segura desde o incidente no Caldeirão Furado era nos braços dele.

Entendia Gina e, apesar de não concordar integralmente com o que ela dissera, sabia que todas as palavras haviam sido sinceras.

—Eu te amo, ruiva. –Disse Viviane, por fim, inclinando-se para abraçar a amiga. –Obrigada por... por existir.

E Gina não teve outra escolha a não ser retribuir aquele abraço.

—xxxx-

  Faltava apenas uma hora para almoço quando Harry chegou no Ministério da Magia na manhã daquele sábado; 60 minutos antes de se encontrar com os Weasleys para comemorar o aniversário de Victoire, e eram 3600 segundos antes de ver Gina, a pessoa responsável por ele estar contando cada segundo para reencontrar.

  Logo quando se despediram, um sorriso cheio de orgulho e satisfação preencheu os lábios de Harry, parecendo grudar em seu rosto feito tinta permanente. Nem mesmo a euforia de Almofadinhas ao receptá-lo quando chegara - com latidos autos e capazes de acordar toda a vizinhança- fora capaz de arrancar o sorriso dali. Deitara sorrindo e acordara da mesma forma e, embora não houvesse tido nem 6 horas de sono, sentia-se completamente disposto. A verdade era que estava tão feliz que achava ser capaz de produzir um patrono em meio a milhares de dementadores sem esforço algum, usando apenas suas memórias da noite passada.

  Sentia-se feliz, confiante e poderoso. Não lembrava de sentir tal sensação desde o dia em que tomara a poção Felix Felicius em seu sexto ano em Hogwarts. Com sorte ou não, a disposição atípica naquele sábado o fez ir até seu trabalho.

  Assobiando, em total tranqüilidade, Harry adentrou a sala de treinamento do Departamento dos Aurores, encontrando Rony, John, Ryron e a ex-namorada conversando enquanto treinavam: Rony duelava com John, enquanto Jean e Ryron lutavam em cima de um tapete felpudo. Os 4 estavam pingando de suor.

  Em outro canto da sala, outro grupo de aurores treinava.

  -Bom dia, Chefe. – Gritou Rony, assim que avistou Harry andando em sua direção.

  -Bom dia. – Respondeu, fazendo um leve aceno para todos. – Um belo dia, devo dizer. Meus principais aurores treinando duro em pleno sábado... Estou orgulhoso!

  Harry sorriu zombeteiro.

  -Enquanto a Rainha dormia, estávamos aqui trabalhando e discutindo sobre o jogo no próximo final de semana. – Falou John, lançando um feitiço na direção de Rony que, por muito pouco, conseguiu desviar, levantando o dedo do meio em resposta. O loiro sorriu satisfeito.

  -Eh... Vai ser uma bela disputa... Estarei lá... Não perco... por nada... – Revelou Ryron quase sem fôlego, enquanto desviava dos socos de Jean.

  -Vai ser legal ver a cara de panaca do Rony quando o time do Victor Krum ganhar. – Provocou Harry, cruzando os braços.

  -O time não é dele. Não exatamente. –Bufou o ruivo. – E sabe, ainda não decidi se esse sorriso na sua cara me irrita ou me deixa feliz, então se eu fosse você, tomava cuidado com as palavras. –Concluiu ele, apontando a varinha pro melhor amigo.

  -Aaaah, espero que as minhas dicas tenham valido a pena. –Disse John, limpando o suor de sua testa com um braço.

  -Não teve dica nenhuma.

  -Como não, Potter? Você convive comigo há bastante tempo. Conviver com a experiência é melhor do que ouvi-la! – John deu uma piscadela. – E então, como foi o encontro com a ruiva maravilhosa que em nada parece com o nosso amigo aqui?

  Rony revirou os olhos e só não deu um soco no amigo por que esse colocou-se ao lado de Harry, estendendo o braço por sobre os ombros do moreno.

  -Desencosta! Você ta fedendo! –Disse o chefe dos aurores, batendo o cotovelo nas costelas de John.

  -Qual é, não vai me dizer como você se saiu com a ruiva fatal? –Mal as palavras saíram da boca de John, Ryron caiu no chão.

  -AI! – Falou ele, pondo a mão no braço esquerdo onde, claramente, Jean lhe acertara um soco forte demais para um treino. Harry notou que a loira não falara nada desde a sua chegada e sabia que seu encontro com Gina não era um assunto propenso para se conversar estando no mesmo aposento que ela.

  -Me desculpe... –Respondeu Jean, ajudando Ryron a levantar. Estava ofegante, com o rosto vermelho e os cabelos molhados devido ao suor.  – Devia prestar mais atenção.

  -UAU! Quem resiste a uma loira com um belo gancho de direita? – Brincou John, recebendo um olhar nada amigável de Jean.

  -Acabei por hoje. – Disse ela, saindo andando para fora da sala sob o olhar dos 3 companheiros de trabalho, sem dizer mais uma palavra.

  Harry suspirou e olhou feio para os amigos.

  -Continuem treinando. Vou verificar umas coisas. – Despediu-se ele, andando pelo mesmo caminho feito por Jean.

  -Ei Ryron, topa lutar comigo agora? Confesso que estou ansioso para dar um soco na sua cara. –Foram as ultimas palavras de John que Harry ouviu antes de chegar no corredor de acesso a sua sala no Departamento.

  Adentrou em sua sala e dirigiu-se a sua mesa como de praxe. Não havia muita coisa em cima dela além do relatório de Aleff sobre a missão na Rússia. Harry leu atenciosamente e suspirou, satisfeito em saber que o auror estava quase dando fim ao caso.

  Logo depois, ele abriu a pasta com todas as informações do seu Departamento, em que havia dedicado seus últimos dias de trabalho. Perdera a conta de quantas vezes analisara tais documentos no último mês, obtendo pistas relevantes somente há 3 dias. Não era algo que não deixasse dúvidas quanto a identidade do espião, mas em seus anos como auror, Harry aprendeu que um mínimo detalhe podia ser a chave para os seus problemas. Portanto, ele anotava tudo de atípico que viesse encontrar, e se preocupou em ensinar tal prática para todos os seus companheiros no Departamento.

  Fora exatamente por isso que ele, pela primeira vez, não anotara nada.

  Harry não era bobo. E sabia que, infelizmente, o espião muito menos. Ele tinha plena consciência de que o maldito sabia cada passo que dara, cada informação sobre si, seja ela ínfima ou não. Harry o imaginou arquitetando todo o plano usando essas informações; desde as cartas enviadas em anônimo, até o seu ataque final. Seria burrice pensar que o espião contava com o afastamento dele do cargo de Chefe do Departamento dos Aurores, simplesmente porque ele nunca o faria. O espião sabia. Por isso tinha alvos que serviriam como vítimas de tal decisão, e o machucado no braço de Rony fora um alerta.

  Para cada decisão que Harry tomasse, o espião tinha um plano arquitetado, estando sempre um passo a frente. Assim, todas as informações extras estavam mais seguras apenas na mente de Harry, porque certamente o espião sabia que ele não facilitaria nada.

 O espião sabia de tudo.

 E Harry precisava de um plano que anulasse essa afirmação antes que mais pessoas se machucassem. E o espião sabia exatamente quais pessoas seriam...

  Harry socou sua mesa com tal pensamento, fazendo alguns objetos balançarem devido a força aplicada no ato. Perguntou-se então quando o verbo “saber” se tornara tão irritante... Imaginar alguém com quem ele se importava em perigo o tirava do sério, principalmente se a pessoa fosse Gina, a qual acabara de voltar definitivamente para a sua vida. Ele simplesmente não poderia deixar ninguém tirá-la de si! Nunca mais!

  -Ei Harry – John bateu na porta, entrando na sala logo em seguida. Estava suado e seu semblante não era animador.

  -Rony já foi? – Quis saber Harry, arrumando o tinteiro, pena e papeis que haviam saído do lugar com o seu excesso de fúria.

  -Sim. Disse que ia passar em casa antes de ir pro aniversário. – As mãos de John estavam escondidas em sua costa, o que Harry estranhou. Havia algo errado, mas antes que ele pudesse perguntar, o amigo voltou a falar. – Animado com o jogo? Quer dizer, as três coisas que você mais gosta na vida unidas em um só lugar: Quadribol, família e eu, é claro.

  A brincadeira de John fez Harry estancar e, por um minuto inteiro, ele não se moveu ou falou. Sua mente trabalhava a todo vapor, parecendo sugar toda a energia usada para mover qualquer outra parte de seu corpo.

   -Ei... Harry!?  

  -Sim? – Falou ele, focando sua atenção no loiro em sua frente.

  -Tem algo te incomodando? Sinto dizer que se for alguma espinha na sua bunda eu não vou fazer na...

  -Na verdade, tem sim. –Interrompeu Harry, aumentando o tom da voz. – Vai me dizer o que veio me entregar ou vai continuar embromando?

  John suspirou.

  -Eu realmente não queria estragar o seu dia, cara... – Confessou ele, estendendo dois envelopes na direção do amigo.

  Harry não hesitou em abri-los. O primeiro tratava-se de um convite para o Baile do Ministério, o qual ocorria, infelizmente, todo ano. O segundo envelope, porém, não era mais animador que o primeiro, uma vez que não havia informações quanto ao remetente. Era simples, pequeno em sua extensão, mas a informação que nele continha era capaz de provocar uma enorme tragédia:

Eu avisei.

  -XXXX-     

  –Vai contar a Rony? –Perguntou John, assim que aparataram próximo ao chalé das conchas. Já podiam ver uma tenda na areia em frente a casa de Gui e de Fleur onde aconteceria o aniversário de Victorie e crianças correndo á margem da praia.

  -Vou... Na hora certa. –Respondeu Harry. –Você pode manter segredo sobre isso?

  -Ninguém saberá de nenhuma carta por mim, chefe. –Disse o loiro, dando tapinhas no ombro do amigo.

  Harry assentiu. Estava feliz por ter trazido John. Não precisava de nenhuma desculpa para tê-lo ali, pois ele já fazia parte da família. Mas a presença do loiro naquele dia não significava apenas mais um convidado, mas também mais segurança para todos ali presentes. Não sabia exatamente o que o estranho queria com aquela mensagem, mas tinha certeza de que ele planejava algo e Harry faria de tudo para que mais ninguém se machucasse.

     Quando chegaram na tenda, Harry foi recebido por Teddy com um abraço cheio de saudades e por uma Victórie ansiosa para receber seus presentes.

     Havia uma predominância de cabelos ruivos no local de modo que John não teve dificuldades em achar Viviane entretida em uma conversa com Carlinhos. Sua conversa com Harry retornou imediatamente a sua mente juntamente com uma raiva que ele não saberia bem explicar o motivo. Ver Viviane sorrindo, absurdamente linda em seus jeans e camiseta clara, o fazia querer puxá-la para longe, amarrá-la em uma árvore e a sacudir até que ele a convencesse a não voltar para Gales. Mas por que diabos ele faria aquilo?

  Ela abrira seu passado para ele e John se sentiu instigado a protegê-la. Haviam extinguido boa parte do espaço invisível entre eles naquele dia no Caldeirão Furado, mas a volta para Gales não parecia suficientemente relevante para que Viviane o contasse. Ela tinha um emprego, era óbvio que voltaria em alguma hora.

  Só não esperava que fosse tão cedo.

  -Cerveja amanteigada? –Ofereceu Rony, aproximando-se de John e de Harry.

  -Valeu. –Agradeceu John, dando um gole em sua bebida. Harry, no entanto, estava distraído demais varrendo com os olhos as mesas espalhada pela areia.

  -Gina está na cozinha. –Disse o ruivo, revirando os olhos e atraindo a atenção do amigo. –Você poderia fingir ser meu amigo e não o meu-amigo-alucinado-pela-minha-irmã? Eu posso quebrar o seu nariz, mas Carlinhos... Ah, ele vai adorar fazer outros estragos.

  -E por que eu faria isso? –Indagou Harry, parecendo muito despreocupado.

  -Porque ela acabou de sair de um namoro. Deixem que o resto de nós pense que Gina morrerá pura por pelo menos mais alguns dias.

  John riu, quase engasgando com a cerveja amanteigada.

  -Você é um idiota. –Concluiu Harry. –Eu vou deixar com que a sua irmã não saiba que você disse isso pra não correr o risco da Hermione ficar viúva antes mesmo do casório.

  Rony bufou.  

  -Eu aprovo vocês dois, cara, mas não... Ei, onde você vai?

  Harry deu as costas ao amigo e caminhou em direção ao chalé das conchas, não se preocupando em responder o amigo.

  -É melhor passar longe da cozinha, amigão. –Disse John, caçoando de Rony.

  -Idiota. –Murmurou o ruivo, antes de uma bandeja cheia de tortinhas atrair sua atenção.

  Harry, no entanto, continuou caminhando despretensiosamente em direção ao chalé. Pensar em Gina o fazia esquecer dos problemas no Ministério. Se sentia até mais leve, como se um saco de batatas houvesse sumido de cima de sua cabeça. Vê-la parecia infinitamente mais interessante. Assim, passou pela porta aberta do chalé, pela sala vazia para finalmente chegar na cozinha onde avistou os longos cabelos ruivos. O cheiro floral, aquele que amava e que costumava tomar conta de seus pulmões toda vez que entrava no mesmo recinto que Gina, porém, mesclava-se com o cheiro delicioso de torta e caramelo.

  Alheia a ele, Gina parecia muito concentrada em algo que estava encima da mesa e que Harry não podia ver. Não que ele quisesse. Harry achava que a visão dela de costas era tão satisfatória quanto ela de frente.  

  Não conseguindo mais evitar, se aproximou o suficiente para segurar na cintura dela e afundar seu nariz em seu cabelo, apreciando o perfume que tanto amava. Sentiu o corpo dela ficar tenso ao parar o que estava fazendo para colocar as mãos encima das dele em sua cintura, e logo depois relaxar ao constatar que era ele.

  Virou-se de frente para ele e sorriu, apoiando suas mãos em seus ombros.     

  Harry queria dizer que sentira sua falta, que não parou de pensar nela desde o seu encontro e de como ela havia povoado seus sonhos. Queria lhe contar tudo o que ele gostaria de fazer com ela, e isso incluía mais encontros, passeios trouxas e momentos a sós em seu apartamento. No entanto, não disse nada. Achou que seria uma perda de tempo pronunciar todas as palavras quando era muito mais fácil e incrivelmente prazeroso beijá-la.

  E assim o fez. O resto ficaria para depois.

  Depois.

  Ele gostava de pensar que eles tinham um depois.

  -Harry...-Murmurou Gina, entre o beijo, sorrindo enquanto sentia os lábios macios nos seus.

   -Oi. -Disse ele, quando, com um selinho, se afastou. Gina riu, olhando em direção a porta para se certificar que ninguém os pegaria, principalmente alguma criança. Teddy já ficara suficientemente traumatizado com John e Viviane. Não que estivessem fazendo as coisas às escondidas. Na verdade, não haviam conversado sobre, mas existia um acordo mundo entre eles de deixar as coisas acontecerem e isso significava que as pessoas saberiam o que quer que estivesse acontecendo entre ambos no momento certo, por mais que eles não soubessem quando seria. Contudo, não estavam se escondendo. Não exatamente, pensou Harry.

  -Oi. Você chegou agora?

  -Hmm. Atrasado, mas em tempo pro bolo.

  -Não se preocupe, então. Mamãe vai perdoar você.

  Ficaram se encarando por um tempo, ambos com um sorriso nos lábios que demonstrava claramente a satisfação de estarem ali, juntos. Ainda sem se afastar, Harry olhou para o conteúdo em cima da mesa em que a ruiva antes estava debruçada.

  -O que está fazendo aqui dentro?

  -Fleur tem péssimos dotes culinários. Alguém tinha que salvar a sobremesa. -Disse ela- Mamãe pediu ajuda. Gosta de torta de caramelo?

  -É a minha preferida. -Respondeu ele.

  Como uma criança, as mãos de Harry voaram em direção a torta, mas Gina foi mais rápida e, dando um tapinha em sua mão, o impediu de completar seu objetivo.

   -Ouch! Você é cruel. -Falou Harry, fazendo Gina se desvencilhar dele para levar a torta longe de suas mãos.

  -Eu já ouvi essa frase hoje. -Retrucou ela, mostrando a língua para ele. Aquele gesto causou algo no monstro interno dentro dele, algo que o fez desejar imensamente que estivessem sozinhos ali, sem crianças, adultos e parabéns lá fora. Lembrou-se tanto da Gina de Hogwarts que Harry a achou adorável e a vontade de sumir com ela dali aumentou consideravelmente. –Todos já chegaram?

  -Acho que só faltavam John e eu.

  -Ótimo! Acho que já terminei por aqui. –Disse Gina, encarando a torta. –E pensar que em alguns minutos ela vai estar no fundo do estômago de Rony...

  Harry riu, voltando a se aproximar. Gina o notou e deixou a torta encima da mesa novamente.

  -Como foi sua noite? –Perguntou, com um sorriso que quem não a conhecesse diria que era inocente.

  Harry, então, achou que não faria mal brincar um pouco.

  -Boa.

  -Boa?

  -Boa. Voltei sozinho pra casa.

  Gina riu, jogando a cabeça pra trás. Harry constatou que amava aquele som.

  -Você é muito engraçadinho, Sr. Potter. –Disse ela, dando um passo na direção dele e envolvendo seu pescoço com os braços. –Influencias de John, talvez?

  -Diria mais por causa de você.

  -De mim? –Ela sentiu as mãos dele segurarem sua cintura, puxando-a sutilmente para mais perto.

  -Sim. Você apareceu em todos os meus sonhos. –Depois de ter derrotado um bruxo psicopata que correra atrás dele por anos, ele podia ser clichê pelo menos uma vez, não podia?

  -E o que eu estava fazendo neles?

  Harry não respondeu. Tomou os lábios dela nos seus, adorando o fim daquelas provocações. O que tivera dela na noite anterior não era o suficiente. Nunca seria.

  Apesar do monstro muito agitado em seu peito, o beijo foi calmo. Sentir as unhas dela arranhando sua nuca e sua língua dançando com a sua causava-lhe uma vontade enorme de ser petrificado ali só para nunca mais ter que se afastar dela.

   Uma de suas mãos subiu de encontro a sua nuca enquanto a outra pareceu muito confortável em tomar o sentido oposto, parando na curva de seu quadril.

  Gina gemeu com o calor daquela mão no fim de suas costas e com a boca dele tomando tudo o que podia da dela. Apoiando-se completamente nele, colou seus corpos e sentiu o beijo tomar um ritmo diferente. Dane-se oxigênio. Poderia ignorar seus pulmões clamando por ele, mas não seu desejo de se aproximar mais e mais. A mão em seu quadril, instigada por suas ações, começou a tomar um caminho perigoso, porém muito prazeroso para ambos.

   Eram adultos. E, depois dos momentos em Hogwarts, não havia razão para se preocupar com o quão rápido aquilo estava indo. Mais do que sentimentos, o desejo que sentiam um pelo o outro era quase palpável, mostrando-se claro através do modo como se olhavam, como se tocavam e em como reagiam em frente a isso.

  Porém, as mãos e lábios pararam quando o som de paços chegaram a seus ouvidos. Separaram-se, ofegantes, segundos antes de Molly Weasley surgir na cozinha.

  -Oh! –Exclamou Molly, parecendo um pouco surpresa ao observar em como os dois estavam próximos. –Harry! Não o vi chegar.

  Harry sorriu-lhe, constrangido e também frustrado. Gina, porém, agiu normalmente, voltando sua atenção para a torta.

  -Já acabei, mãe. –Disse a ruiva, pegando a sobremesa.

  Molly olhou para os dois e Harry viu o vislumbre de um sorriso em seus lábios.

  -Deixe que eu levo isso, querida. –Falou a matriarca Weasley, pegando a torta das mãos da filha. –Não se preocupe. Ninguém sentiu a sua falta. Nem a sua, Harry. Vocês podem continuar o que... o que estavam fazendo!

  -Mãe...

  -Está tudo ótimo, Gina! Seus irmãos ainda não acabaram com toda a comida.

  -Eu posso levar isso, Sra. Weasley. –Disse Harry.

  -É claro que não! Eu levo! –Respondeu Molly, decidida.

  -Gina! –Gritou Hermione, de algum lugar lá fora.

  Molly estava prestes a falar alguma coisa, mas Gina foi mais rápida.

  -É melhor irmos para a tenda.

  Harry assentiu, lançando um último olhar para a ruiva..

XXXXXXXX

  John fingia prestar atenção na conversa  de Rony e Jorge, respondendo com palavras curtas e sem nexo toda vez que a atenção dos ruivos era voltada para ele. O copo de cerveja amanteigada em sua mão estava completamente cheio há exatos 20 minutos. Aliado a isso, sua cabeça latejava, como se seu cérebro pulsasse contra seu crânio tentando se libertar.

  A culpa de tudo aquilo era de Viviane. Enquanto a observava de longe, John deu-se conta de que o fato dela não ter comentado nada sobre sua volta para Gales o irritou. Porque ela não disse nada? Eram amigos, não eram? Certo, beijos e sexo não eram atividades comuns entre amigos, mas... bem, eles tinham algo, não tinham?

  Ao longe, John apertou os olhos quando Viviane apoiou a cabeça nos ombros de Carlinhos, rindo de algo que ele falara. Imediatamente, ele se perguntou como não havia reparado o quão irritante o mais velho dos Weasley lhe parecia. Sempre o achara... estranho, e simplesmente não podia acreditar que ele dizia coisas tão engraçadas assim... Viviane, porém, nitidamente não achava o mesmo.

  Quando Carlinhos passou seu braço esquerdo pela cintura da jogadora de Quadribol e o manteve ali sem pretensão de se afastar, a irritação de John chegou ao seu ápice. Com passos largos, ele passou por entre Rony e Jorge e cruzou a tenda em direção ao “casal”, largando seu copo cheio na primeira mesa que avistara durante o percurso.

  -Pintinha! – Chamou ele, mais alto do que o normal.

  Viviane virou-se de supetão, assustada com o chamado repentino. John, porém, sorriu ao ver a mão de Carlinhos longe da cintura dela.

  -Você me assustou. – Falou a morena, por entre os dentes.

  -Ei John, como vai? – Cumprimentou Carlinhos, estendendo a mão na direção do loiro.

  O Auror, porém, ignorou totalmente o Weasley. Julgou ser uma decisão sábia, uma vez que “aquela” mão parecia mais segura sem o seu toque.

  -Podemos conversar? – Perguntou John para Viviane.

  A morena deu de ombros, estranhando a atitude do loiro. Suspirando, ela sorriu sutilmente para Carlinhos e começou a andar para longe da tenda, em direção a praia. John não hesitou em segui-la.

  Longe o suficiente para que ninguém os ouvisse, Viviane parou e virou-se novamente para John.

  -O que quer conversar?

  -Porque não me contou que vai voltar para Gales? – Soltou John, rápido e preciso.

  Viviane o olhou, incrédula.

  -Desculpe... Acho que não entendi a sua pergunta.

  -Estou perguntando porque você não me falou que ia voltar para Gales!

  Ela havia entendido certo da primeira vez e, ainda assim, demorou um minuto para respondê-lo.

  -Por que exatamente eu tenho que contar a você sobre isso? – John ia responder, mas ela o cortou: - Aliás, por que eu tenho contar a você qualquer coisa a respeito da minha vida? Desculpa, John, mas eu realmente não estou entendendo o porque dessa sua fúria repentina. Você nem ao menos cumprimentou Carlinhos!

  -Foda-se o Carlinhos! Ele sabe, não? Que você vai embora? – John falava alto, mas seu tom não assustava Viviane. – Todos sabiam, menos eu?

  -Dá pra voc...

  -Você não respondeu a minha pergunta!!!!

  Viviane cruzou os braços, visivelmente irritada.

  -Você perdeu a cabeça? Está agindo feito um louco!

  -É, talvez eu esteja mesmo!

  -Ótimo, pelo menos tem consciência disso! – Gritou ela.

  John passou uma das mãos por seu testa, tentando controlar a raiva que o consumia tendo em vista que afrontar Viviane daquela forma não o ajudaria em nada. Minutos se passaram até que ela voltou a falar novamente:

  -Eu tenho um trabalho e sobrevivo com o salário que ganho com ele. Tirei férias e, como você e qualquer outra pessoa com um cérebro devem saber, férias chegam ao fim. Então sim, eu vou voltar para Gales daqui a duas semanas! – Explicou ela e, embora não houvesse gritado, seu tom de voz parecia tão afiado quanto um faca recém amolada.

   John a olhou, balançando a cabeça como se tentasse absorver aquelas palavras.

  -Você não ia me dizer, não é? Ia simplesmente voltar, sem se despedir. – O loiro suspirou – Achei que... depois do que tivemos... porra, eu transei com você!

  John transara com muitas garotas, e tudo o que ele queria no dia seguinte era se ver longe delas com medo de que pudessem sentir como se ele lhes devesse algo. E agora lá estava ele agindo como se fosse uma dessas garotas, querendo algo de Viviane que nem ao menos saberia dizer o que.  

  -E por isso eu sou obrigada a lhe dar satisfações da minha vida? –Viviane riu sem humor. – Nem você acredita no que está dizendo, John! Isso não tem sentido algum!

  -Pintinha...

  -Não me chame dessa droga de apelido! –Dessa, vez, ela gritara. – É ridículo.... Odeio quando me chama assim! Ouviu bem!? ODEIO! – Deu dois passos para ficar frente a frente com ele e continuou – Contei um pedaço da minha vida pra você e sim, transamos, John! Transamos naquele galinheiro e foi bom, ok!? Mas acabou! Não pode vir me exigir que eu conte cada pedaço da minha vida só porque transamos e porque me abri com você um única vez!  - ela bateu no peito de John, que não se afastou com o ato – Não devo nada a você!

  O auror segurou os pulsos dela, imobilizando-a. Seu rosto aparentava tristeza e raiva, os mesmo sentimentos que estavam explícitos no rosto de Viviane.

  -Droga, Pinti... Viviane! – Ele sussurrou porque embora quisesse gritar, não tinha forças para fazê-lo. – Eu não quis dizer... Merda, me desculpa!

  Viviane afastou-se, liberando seus braços do toque dele. Passou uma das mãos por seu rosto, dando-se conta somente naquele momento que algumas lágrimas escapuliram de seus olhos. Estava com raiva, estava furiosa! E em parte por culpa do loiro em sua frente. A outra ela não sabia bem a razão.

  -Me desculpa, Viviane. É só que... droga! Eu não sabia que você ia voltar para Gales! Quer dizer... eu sabia, mas não agora. Não tão perto. Não agora que... Pensei que você fosse ficar mais.

  -John! – Ele parou, deixando-a falar. – Eu tenho que voltar. Tenho um traba...

  -EU SEI! E, merda, você tem razão. Você tem que voltar.

  Nada poderia fazer com que ele se sentisse menos idiota.

  -Tenho.

  -É.  

  Os gritos alegres das crianças correndo pela tenda ao fundo mesclavam-se com a brisa e a quebra das ondas do mar a frente do casal. Era reconfortante, um calmante natural e aberto a qualquer pessoa. Para John e Viviane, porém, a paisagem parecia estranha, sem vida, como se fosse uma imagem certa em um livro errado quando, na verdade, ambos eram as peças erradas daquele local.

  Estava tudo errado, pensou John, e tentou lembrar quando sua vida saiu dos trilhos que costumava seguir.

  Quando Viviane foi embora, deixando-o sozinho ali sem dizer nenhuma palavra, ele teve certeza de que algo estava muito errado.

  E ele não podia fazer nada.


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Notas finais do capítulo

Oieee!! Como vão??/ Estavamos com saudades de fazer essas notas finais hahaha. As coisas estão um pouco corridas... mas sempre voltamos!!! O capítulo finalmente saiu e estamos MEGA ansiosas para saber o que vocês acharam dele!! As coisas entre o Harry e a Gina estão seguindo lentamente... eles ainda vão conversar e lembrar de coisas que talvez vcs lembrem também! E John e Viviane... bem, já perceberam que esses casais seguem sentidos opostos, não? Nunca é tarde para complicar as coisas HAHAHAH esse pequeno ataque do John no final nos agradou bastante. Ciúmes... ai ai.
Enfim, espero que vocês tenham gostado do capítulo. O próximo vai ser um pouco... BUM! Literalmente hehehehehe aguardem!
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Um beijão!
P.S: Alguem tem algum recado para a Paulinha Almeida? Estamos indo visita-la em breve!!



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