Quando olhei ao redor vi que estávamos cercados, o que não é lá muito legal quando se trata de 200 Aranhas. Rosnei e os meninos vieram para mais perto de mim, olhei para Lino e bati as patas no chão e olhei para cima e de volta pra ele, esperei que ele entendesse o que eu quis dizer, quando entendeu saiu voando para pedir ajuda.

As aranhas se aproximavam cada vez mais, uivei como nunca fiz antes, um uivo alto que até nas masmorras do castelo poderiam ter ouvido, as aranhas recuaram por pouco tempo, olhei para Fred e para Jorge que entenderão meu recado. Uivei novamente, dessa vez com Fred Rugindo e Jorge urrou mostrando as presas nada pequenas. As aranhas recuaram, mas desta vez não ousaram chegar mais perto novamente.

Momento perfeito para bolar um plano. Só um problema: Eu sou horrível em planos, tanto que agora estamos aqui para ser comidos por aranhas. Foi quando uma ideia passou pela minha mente, uma ideia perigosa, mas que poderia dar certo.

Rô, o que são essas coisas? Perguntou Seth

Seth isso são aranhas, Acromantulas e espera um pouquinho que eu já volto pra te fazer companhia, só tenho que resolver isso aqui. Falei voltando ao normal, peguei a minha varinha que eu amarrava na cintura para não perder.

Os meninos me olharam como se eu fosse louca o que é a pura verdade Num perguntei Ignorante!! Hunf! Eles me rodearam para afastar as aranhas que com essa imprudência minha começaram a tomar coragem para se aproximar aos poucos.

–É rápido. –Falei para os dois. –Temos que passar por elas. –Fred me olhou como se disse “Avá é mesmo?”. –Elas vão nos atacar de qualquer forma, então vamos correr o mais rápido possível, eu vou na frente abrindo caminho para vocês e se elas pularem em cima de nós... Acho que usaremos nossas presas para matar algumas aranhas. –Eles se olharam e assentiram. –Ótimo, vou correr em forma humana e vou me transformar quando estiver perto delas, isso fará elas pensarem que sou fraca. –Aranhas pensam? Não sei então por que você vai fazer isso? Porque fica mais legal.

Analisei o lugar e vi uma arvore meio que caída de lado e tive mais uma ideia, as aranhas estavam por baixo da arvore oque facilitaria tudo. Respirei fundo e sai correndo em direção a arvore caída, pulei apoiando meus pés nela e me transformei no ar. Na minha frente ainda havia um mar de aranhas, mas elas se afastavam quando eu passava, ouvi o som das patas dos meninos logo atrás de mim, algumas aranhas tentavam algo, mas eu rosnava e elas se afastavam, mas eu também estava ouvindo as patas delas logo atrás de nós.

Continue correndo. Falou Sam, como se ele entendesse de aranhas!!

Eu sei! Falei desviando de uma arvore

Pra onde está fugindo? Perguntou Quil

Eu quero voltar pro castelo, mas as aranhas estão bloqueando o caminho, tenho que arranjar outro jeito de sai da floresta. Falei irritada, quero matar essas aranhas!!

Vai fazer o que agora? Perguntou Sam

Eu Não Sei. Falei

Foi quando sem querer entrei em uma clareira que já estava cercada pelas Acromantulas, era uma armadilha das aranhas, elas me fizeram correr diretamente para uma armadilha. Parei derrapando o que fez Fred e Jorge se chocarem comigo, bufei irritada e comecei a rosnar. Ando fazendo muito isso ultimamente.

Cuidado. Falou Seth

Não da tempo de tomar cuidado! Falei

Você é maior do que seus amigos, cuide deles. Falou Sam

Sei disso! Falei e cada vez mais as aranhas se aproximavam mais.

Foi quando elas pularam pra cima de nós, quer dizer, pra cima de Fred e Jorge. Quando eu vi elas em cima deles minha fúria aumentou e eu fui pra cima delas, agarrei uma que estava em cima de Jorge enquanto ele tentava se livrar delas na base das patadas e das mordidas, uma coisa sobre aranhas: O sangue delas não tem gosto bom! É horrível!! Então tratei de jogar ela pra longe e agarrei outra que estava em cima de Fred!

Que nojo, nunca mais quero ver aranhas na minha vida. Falou Leah

Agora entendo o porquê do Rony morrer de medo de aranhas, elas são do mal! Falei

Eu tou achando legal. Falou Paul e eu bufei irritada

E É POR ISSO QUE O PAUL NÃO É MEU PERSONAGEM PREFERIDO!! Falei e ouvi os outros rirem.

Magoou. Falou ele

Tô nem ai! Falei e foi ai que rolou coisas estranhas.

Primeiro ouvi um barulho vindo da floresta e depois vi algo Branco pulando em cima das aranhas, o que fez elas largarem a gente e recuarem rápido, juro que se não tivesse em forma de Lobo teria gritado Fantasma e saído correndo, mas ai eu reconheci a Criatura idiota que me assustou e salvou a gente.

Porque não falou que estava transformado, seu paspalho? Perguntei

Assim que você trata seu salvador? Perguntou Bran

Salvador? Você quase me matou do coração!! Falei e ele deu de ombros

Vamos sair logo daqui, Dan esta nos esperando. Falou ele e eu o olhei tipo “Tão fácil assim?” e ele riu Vem, elas têm medo do Dan, parece que ele fica um pouco agressivo quando mexem com você.

Tô sabendo. Falei revirando os olhos, ele começou a andar em direção de onde tinha vindo e eu e os meninos o seguimos, as aranhas nem chegaram perto.

Dan derrubou uma arvore em cima de 10 aranhas, o que fez as outras nos temer. Falou ele e eu entendi o porquê delas só estarem atacando Fred e Jorge

Ahh entendeu. Falei e nos encontramos com Dan logo à frente

Você está bem? Perguntou ele para mim

Estou, não se preocupe. Falei e sai da floresta indo para o castelo

–Isso foi muito Legal! –Falou Fred, olhei para ele e vi que ele e Jorge tinham voltado ao normal, assim como Bran e Dan. Respirei fundo e voltei ao normal já com meu sorriso maroto no rosto.

–Tenho que admitir que realmente foi muito legal. –Falei e todos riram se sentando no chão e respirando fundo, foi só ai que percebi que Dan segurava o braço. –Tudo bem com você?

–Sim. –Falou ele dando de ombros, mas fez uma careta de dor

–Vem, vamos à enfermaria. –Falei me levantando e estendendo a mão para ele que me olhou e depois aceitou minha mão, o puxei para ficar de pé e esperei os outros. –Levem ele pra arrumar o braço e cuidem de seus arranhões.

–Sim mamãe. –Falou Jorge zoando comigo, revirei os olhos e fui caminhando de volta para o castelo para me encontrar com meu irmãozinho, mas no meio do caminho parei e me virei para os meninos.

–Me desculpem por ter posto vocês nessa. –Falei e eles sorriram

–Não se preocupe, esse foi... –Começou Fred

–O melhor dia de nossa vidas. –Completou Jorge

–Quem não gosta de aventuras? –Perguntou Bran rindo

–Ainda mais, sempre que quiser repetir a experiência, me chame. –Falou Dan e os outros concordaram, sorri agradecida a eles e sai correndo pra dentro do castelo.

Fui caminhando até chegar no Salão Principal, tomara que ainda tenha comida. Assim que entrei Ron e Harry haviam acabado de se levantar e a Professora Sibila falou uns negócios que não prestei atenção e a Tia Minnie deu uma patada nela.

–Hunf, depois a Patinhas sou eu. –Resmunguei indo em direção a mesa, meu maninho olhou para mim e sorriu.

–Feliz Natal Rô! –Falou ele e eu o abracei

–Feliz Natal Harry. –Falei dando um beijo em sua bochecha, me soltei dele e me virei pros outros alunos e professores, eram poucos. –Feliz Natal para vocês.

–Feliz natal. –Falaram todos juntos

–Vou comer um pouco e já vou com você Maninho. –Falei e ele assentiu sorrindo, peguei um pouco de cereal Um pouco? Que mentira, tem uma tigela cheia na sua frente Não perguntei, me deixem comer em paz Também estou com fome. Nisso não posso te ajudar... Comi duas tigelas de cereal de chocolate e tomei dois copos de suco de abóbora, não quiseram me dar mais chocolate. Me levantei e fui para o lado do meu maninho

–Já disseram que você come demais? –Perguntou Rony e eu ri

–Olha só quem ta falando. –Falei rindo e ele corou o que fez Harry e Mione rirem também. –Hoje eu vou passar o dia Todinho com meu Lindo Maninho.

–Coitado de você Harry. –Falou Bran chegando perto de nós junto com os outros

–Inútil. –Falei pra ele mostrando a língua

–Inútil? Eu acabei de te salvar de milhares de Acromantulas! –Falou ele indignado e Harry me olhou com as sobrancelhas erguidas

–Bom... Eu a Mione e a Gina tivemos uma pequena discussão dentro do quarto e como eu fiquei muito irritada, tive que sair para não matar elas, ai eu estava lá na floresta e apareceram 200 Acromantulas e nos atacaram. –Falei e Hermione deu um sorrisinho Tímido

–Desculpe por aquilo. –Falou ela. –Mas eu sinceramente não entendo você.

–Não tente entender, vai estragar sua mente, vai por mim. –Falou Bran e eu lhe dei um murro no peito. –AI! Doeu.

–Era pra doer mesmo. –Falei sorrindo. –E não se preocupe Mione, um dia você entende, Vamos Harry!

–Pra onde? –Perguntou ele e eu ri

–Passar seu primeiro Natal comigo!! –Falei e sai arrastando ele, fomos primeiro até o Dormitório dele para ele se agasalhar e depois saímos e ficamos brincando na neve, teve até uma pequena Guerra. O time tava Eu, Harry, Bran, Dan e Fred e contra a gente estava Rony, Hermione, Jorge, Lino (que tava praticamente desesperado para saber se saímos vivos de lá e não, ele não conseguiu ajuda) e Gina. Foi umas das melhores Guerras de neve em que já participei, foi muito legal ficar lá já que fiquei morando por 1 ano no Brasil e lá não neva nem a pau!! Não da nem pra zoar com isso, não tem duplo sentido! Eu sei sua sem noção, vaza da minha mente! Vou parar de falar, mas vou continuar aqui, se você disser algo com duplo sentido... eu retornareiiiii.... Vixi, bixa sinistra. Vamos ignorar essa coisa estranha e vamos voltar ao meu Dia Perfeito!

–Jorge Eu te Mato, seu cabeça de cenoura idiota!! –Falei jogando uma bola de neve nele, o que? Ele me acertou na cara quando eu estava me defendendo de Gina.

–Você também é Ruiva, cabeça de cenoura 2! –Falou ele rindo, parei olhei para ele e passei a mão nos cabelos, nisso todos estavam olhando para mim

–Mas EU, sou uma Ruiva linda e Sexy, você é um Recalcado que quer meu Corpo Nu! –Falei e todos começaram a rir da cara que o Jorge fez, tipo “Deram o que pra ela comer?”

–O que vocês deram pra ela comer? –Perguntou ele e eu ri, ri tanto que tive que sentar.

–Chocolate. –Falou Harry

–Tá explicado. –Falou Bran

–Então vamos fazer anjos na neve! –Falei me deitando e abrindo e fechando os braços e pernas pra fazer meu anjinho

–Isso é errado. –Falou Dan e eu parei e olhei para ele erguendo uma sobrancelha

–Por que? –Perguntei e ele riu

–De anjo você não tem nada. –Falou ele rindo e os outros o acompanharam, me levantei rapidamente, o que fez ele abrir o meu sorriso de covinhas muito fofo Seu? Qual é, ele só abre esse sorriso pra mim, é meu como sabe que ele nunca sorriu assim pra Parkinson? Urg, se ele fez isso, eu o mato! De repente uma raiva fez meu estomago revirar. –Que foi? Ta me olhando como se eu fosse o Voldy e você quisesse me triturar.

–Hunf! Não é nada. –Falei virando as costas pra ele e abraçando meu maninho

–Bipolar. Essa garota é Bipolar. –Falou Dan e eu num ato muito adulto mostrei a língua pra ele

–Sou mesmo. –falei e olhei para Harry que se segurava para não rir. –Que foi?

–Tem certeza que é minha irmã, você é muito extrovertida. –Falou ele

–Lógico que sou sua irmã, você num é extrovertido como eu? –Perguntei e ele fez uma careta

–Não, definitivamente eu não sou. –Falou ele e eu suspirei frustrada

–Que pena maninho, nisso você não puxou o papai. –Falei e ele sorriu largamente

–Acho que já tenho muito do papai em mim, estava na hora de ter puxado algo mais do que os olhos da mamãe. –Falou ele e eu ri

–Você está certo. –Falei sorrindo. –Mas você também puxou a inteligência da mamãe, pensa que não sei pelo que passou nesses dois anos em Hogwarts, fiquei sabendo de cada detalhe principalmente de como você fez pra sair de suas encrencas.

–Também estou sabendo das coisas que você fez. –Falou ele e eu ri

–Mas eu não lutei com um Professor-Possuído-Pelo-Voldy e nem Salvei a irmã do meu melhor amigo do Diário-Sinistro-do-Voldy. –Falei rindo e ele me acompanhou, olhei ao redor e vi que não havia mais ninguém ali conosco Passe o dia com seu irmão, isso vai anima-los Obrigado!!!

–Você só foi praticamente expulsa de duas escolas de Magia. –Falou ele revirando os olhos eu o olhei indignada

–A culpa não foi minha. –Falei

–Como não? –Perguntou ele

–Simplesmente não foi, aceite isso. –Falei fazendo bico o que o fez rir

–Tudo bem, aceito que não foi sua culpa. –Falou ele sorrindo de canto e isso me fez sorrir

–Vem comigo. –Falei pegando sua mão e o levando para dentro do castelo

–Pra onde vamos dessa vez?-Perguntou ele

–Surpresa. –Falei e ele revirou os olhos

–Odeio surpresas. –Murmurou ele

–Eu também odeio. –Falei desde quando? Desde que o Draco me deu essa aliança de namoro Isso deveria fazer você gostar de surpresas Urg, pare, está me confundindo, eu não gosto e pronto. Certo, certo, parei de tentar ajudar. Você não está me ajudando em nada!! –Mas Eu tenho certeza que ira gostar dessa, já que sou eu que estou lhe dando.

–Merlin como você é convencida. –Falou Harry e eu virei em mais um corredor e parei o que fez Harry erguer as sobrancelhas, fui até ele e tirei do bolso uma venda Preta. –pra que isso?

–Para você não ver. –Falei sorrindo marota e ele me encarou com medo. –Ah, relaxa, não vou judiar de você.

–Tudo bem, mas que seja rápido. –Falou ele tirando os óculos para eu poder colocar a venda

–Vai ser, prometo. –Falei e segurei seus ombros e o fiz andar o guiando até a sala Precisa, eu tinha deixado uma coisa lá para Harry. –Agora pare aqui e espere um minuto. -Ele parou e eu fui até a frente da parede e passei por ela três vezes, quando a porta apareceu, voltei até onde Harry estava e peguei sua mão o levando para dentro da sala.

–Chegamos? –Perguntou ele

–Sim. –Falei tirando a venda revelando seus olhos Verdes-Esmeralda, ele piscou e franziu a testa, peguei seus óculos e entreguei a ele que o colocou e olhou em volta.

–Onde estamos? –Perguntou ele indo em direção ao pequeno sofá

–Sala Precisa, depois explico. –Falei

–Eu.... Eu já estive neste lugar. –Falou ele passando a mão no sofá

–Uma coisa sobre a Sala Precisa é que ela se transforma no que você mais precisa na hora. –Falei e ele olhou para mim ainda de testa franzida. –Eu preciso de um lugar familiar para conversar com você.

–Familiar?-Perguntou ele e eu fui até a lareira de frente do sofá onde Harry ainda estava de pé, peguei uma das fotos e fui até meu irmãozinho que me olhava curioso.

–Adivinhe. –Falei lhe entregando a foto para ele que arregalou os olhos ao vê-la

–Papai e Mamãe. –Falou ele e olhou mais uma vez o lugar. –Um lugar familiar

–Isso ai! –O incentivei

–Sala de estar, Papai e Mamãe e um lugar familiar. –Falou ele, ele olhou para mim. –Nossa antiga casa, essa é a sala da nossa antiga casa.

–é uma réplica na verdade, é tudo o que eu me lembro dela. –Falei e ele sorriu e me abraçou.

–Obrigado por isso. –Falou ele e eu ri e ele se afastou para me olhar

–Ainda não acabou a surpresa. –Falei o fazendo se sentar

A sala estava exatamente igual à sala da nossa antiga casa, até parecia que eu estava de volta a alguma lembrança minha, como se a qualquer momento a mamãe e o papai apareceriam e sentariam no chão de madeira conosco para brincar ou contar uma história na frente da lareira. A sala era bem simples, nem parecia que meus Pais eram podres de ricos, mas eu sabia que como eu, Papai num se importava com seu dinheiro. Fui até a mesinha do lado do sofá e peguei um caderno pequeno e Vermelho e o levei até Harry, me sentei ao seu lado.

–Esse é seu verdadeiro presente de natal. –Falei o entregando

–O que tem aqui? –Perguntou ele e eu sorri

–Minhas lembranças de quando éramos pequenos, anotei tudo ai pra que um dia você lesse e visse como nossos pais eram conosco. –Falei e ele sorriu

–Ele todo é de lembranças? –Perguntou Harry e eu sorri marota

–Digamos que eu queria que você soubesse realmente como foi meu 1° e 2° ano nas escolas anteriores. –Falei e ele riu

–Oh, então vou realmente saber o que o menino fez pra você amarra-lo no teto nu? –Perguntou ele

–Acho que sim. –Falei e ele riu mais ainda. –Pare, isso não tem graça.

–Sim, tem graça sim. –Falou ele sorrindo

–Leia. –Falei me deitando em seu colo

–Você não é nada folgada hein. –Falou ele me olhando

–Sou sim e você me ama assim. –Falei toda convencida

–Amo sim, mas pare de ser tão convencida. –Falou ele revirando os olhos

–Não. –Falei mostrando a língua para ele em um ato totalmente adulto

–Infantil. –Murmurou ele abrindo o caderno

–Cale a boca e leia. –Falei fazendo bico o que o fez revirar os olhos novamente, ele começou a ler em voz alta para eu ouvir o que escrevi também.

Passamos a tarde inteira ali conversando e lendo, e ele rindo das minhas tragédias, tenho tendência a pagar mico na frente de pessoas que não conheço. E eu dizendo que ele é um idiota por deixar Gina passar, mas ele continuava repetindo “Não rola, ela é irmã de Rony.”.

–Qual é, você viu como eu era, como você pode ser meu irmão e não gostar de pegar nenhuma menina? –Perguntei incrédula

–Você falando assim parece que eu sou gay. –Falou ele e eu ergui as sobrancelhas pra ele. –EU NÃO SOU GAY!

–Tem certeza? –Perguntei e era a vez dele de me olhar incrédulo, me levantei e sentei no braço do sofá

–Olha só, entenda. –Falou ele falando bem devagar como se eu fosse uma retardada tenho sérias duvidas sobre isso. Não te perguntei nada! –Eu.Não.Sou.Gay.

–Okay. –Falei

–E eu vi que você tem tendência a sair pegando os meninos. –Falou ele e eu sorri. -Douglas, Diego, Malcon, Cléber, David, Viktor, Danilo e ainda tem mais, percebi também que você tem uma queda pela letra D.

–Geralmente os meninos com nome que começa com D são bonitos e carinhosos. –Falei

–Ai você chega e parte o coração deles. –Falou ele e eu o olhei magoada

–Claro que não, eu deixava claro, vai ser só hoje e já era. –Falei e ele balançou a cabeça negativamente

–Você é tão James Potter. –Falou ele e eu ri

–E você é tão Lilian Evans. –Falei e ele riu McGonagall ta te procurando Agora? Sim, ela disse que é urgente Certo. –Vamos.

–Pra onde? –Perguntou ele

–Você vai ficar com seus amigo enquanto eu vou ver o que a Tia Minnie quer. –Falei e ele franziu a testa. –Daniel me disse que a Tia Minnie ta me procurando.

–Ahh, acha que é importante? –Perguntou ele

–Ele disse que ela disse que era urgente. –Falei e ele se levantou

–Então vai logo. –Falou ele

–Te vejo depois. –Falei beijando sua bochecha e saindo correndo da sala Precisa.

Corri até a sala da Minnie na maior velocidade tomando cuidado para não me transformar no caminho. Quando cheguei na frente da porta, bati duas vezes e ouvi ela dizer pra eu entrar, abri a porta e entrei.

–Queria falar comigo professora? –Perguntei sorrindo

–Não tenho boas notícias Roberta. –Falou ela, oh-oh ela me chamou de Roberta e não de Potter

–Acho que não tem más notícias que me façam ficar triste hoje, professora. –Falei me sentando a sua frente, ela respirou fundo e olhou para mim

–Você foi expulsa do time de Quadribol da Grifinória. –Falou ela

–C-como? –Perguntei torcendo para ter ouvido errado.

–Não me faça repetir Roberta. –Falou ela e eu me levantei

–Tem algo muito errado Professora, você não pode realmente querer que eu saia do time! –Falei nervosa. –Falta dois jogos para ganharmos a taça!

–Eu não quero que saia. –Falou ela calmamente

–Então?-Perguntei

Não sou só eu que decido aqui na escola, os outros diretores das casas quiseram que você saísse, eu contra três, quem você acha que Dumbledore teve que escolher? –Perguntou ela

–Três? Snape também? –Perguntei totalmente irritada agora, meu corpo tremia, mas eu estava me controlando, dois acessos de raiva no mesmo dia!

–Ele quem teve a “ideia” –Falou ela e eu me curvei sentindo a transformação, mas me segurei. –Tome Roberta.

–O que é isso? –Perguntei olhando para a garrafa que ela estendia para mim

–Uma tal de Coca. –Falou ela dando de ombros, peguei a garrafa e dei um gole, o sabor da Coca-Cola explodiu em minha boca.

–Desde quando tem isso aqui? –Perguntei me sentando novamente

–Desde que Remo disse que isso a acalmava. –Falou ela

–Professora? –Chamei olhando para a garrafa em minha mão

–Diga. –Falou ela

–Por que me querem fora do time? –Perguntei e ouvi ela suspirar

–Por você ser forte, pode machucar alguém. –Falou ela

–Eu nunca machucaria uma pessoa de propósito para ganhar no Quadribol. –Falei

–Mas você não sabe se controlar direito Roberta. –Falou ela. –Pode se irritar e acabar machucando o goleiro.

–Entendi. –Falei me levantando e deixando a garrafa em cima da mesa dela

–Srta. Potter? –Chamou ela quando eu já estava na porta, não respondi, nem ao menos me virei, sei que é falta de respeito, mas no momento eu só quero ficar sozinha.

Fui para o único lugar sossegado do castelo, A Torre de Astronomia. Me encostei na parede e me deixei escorregar até o chão, abracei meus joelhos e fiquei lá.

–Roberta? –Chamou Bran depois de mais ou menos 1 hora sozinha naquela torre, me virei pra ele e quando ele me viu, saiu correndo e se ajoelhou do meu lado me abraçando. –O que aconteceu Patinhas? Por que está chorando?

–Me expulsaram do time. –Falei soluçando

–Por que fizeram isso? –Perguntou ele e eu resolvi abreviar tudo o que a professora disse tudo o que ela disse pra mim só tinha uma explicação

–Por que sou Lobisomem. –Falei e ele se afastou para me olhar nos olhos

–Tem certeza que é por isso? –Perguntou ele

–Ela disse que é por causa da minha força e por causa que não sei me controlar, mas sei que muitos ainda tem medo de mim por ser Lobisomem, sei que não foi só os professores que decidiram isso. –Falei e ele assentiu

–Mas por que está tão triste por isso? –Perguntou ele se sentando na minha frente e pegando minha mãos

–Sem o Quadribol eu não sou ninguém, era a única coisa que eu fazia por mim mesma. –Falei e ele me olhou confuso

–Mas e os estudos? –Perguntou ele

–Faço por minha mãe. –Falei

–As marotices? –Perguntou ele

–Por meu pai. –Falei e ele assentiu compreendendo

–Mas você é sim alguém. –Falou ele. –Você é minha melhor amiga, você é a pessoa mais corajosa, engraçada e carinhosa que já conheci.

–Mas o Quadribol... –Comecei, mas ele me interrompeu

–Você vai continuar sendo a melhor Artilheira que existe. –falou ele sorrindo e passando a mão em meu rosto

–Vamos perder a taça. –falei

–Confie em seu irmão. –Falou ele

–Eu confio, só não confio nos artilheiros. –Falei e ele riu

–Fique calma. –Falou ele

–Você é o melhor amigo que pode existir. –Falei o abraçando. –Te Amo, meu Ghost.

–Também te amo Patinha, e gostei do apelido. –Falou ele rindo. –Vem vamos pro Salão comer.

–Vamos. –Falei, ele se levantou e me ajudou a me levantar, passou o braço ao meu redor e fomos para o Salão.

No dia em que Olivio voltou e contamos a ele o ocorrido, ele deu piti e quase matou um, mas eu estava tranquila, eles ganharam o jogo contra a corvinal e só restava o jogo contra a Sonserina. Já era o último mês de aula quando tudo aconteceu!