Untouchable escrita por MrsHazelLevesque


Capítulo 3
Capítulo 2 - That Should Be Me


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não sou Belieber, mas admito que a música That Should Be Me, que dá nome ao capítulo, é legal (ok, várias músicas dele são legaizinhas e.e). E também tem bastante a ver com a maneira em que o Jason vai se sentir nesse capítulo.
O capítulo 1 foi pequenininho, né? Em compensação, esse ficou gigantesco.
Bom proveito XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243471/chapter/3

"That should be me, making you laugh. That should be me, this is so sad"

Não foi o esperado. Nada de sentimentos, borboletas ou algo do gênero. Seja lá o que tivesse entre eles, era apenas amizade. Leo e Reyna se separaram.

- Talvez... verdadeiro amor... ainda não. - Leo abaixou a cabeça.

- É... - Reyna concordou. - Pelo menos temos um ao outro como amigos.

- Verdade. E eu ainda posso queimar a cara de um engraçadinho que venha a partir seu coração... desde que esse não seja meu melhor amigo, claro. - Eles riram.

- Acho que não será necessário. Sem querer me gabar, se eu quiser eu mesma posso quebrar a cara do cara.

- Não duvido muito. - Mais risadas. Reyna não esperava achar um melhor amigo tão rápido no garoto. - Agora, vamos, temos que treinar para a batalha que está por vir. - Leo se levantou em um salto, e igualmente o fez Reyna.

Os treinos em geral ocorriam no Coliseu, sendo lutas típicas de gladiadores ou não. Reyna - que estava sem sua toga, apenas com o uniforme costumeiro do Acampamento Júpiter - pegou sua adaga de Ouro Imperial e Leo, uma espada do mesmo material que ele havia ganhado - na verdade era um empréstimo, Leo apenas queria guardar seu cinto de ferramentas para ocasiões realmente necessárias. Vestiram as armaduras, pegaram os escudos e foram para o Coliseu.

Treino em duplas, ou deveríamos dizer, treino em casais? Por mais que gostassem da pessoa com quem faziam dupla, os semideuses não pareciam ter dó e treinavam com afinco.

- Prove o que sabe, se é que sabe, filha de Belona. - Leo desafiou, um suave tom de brincadeira em sua voz.

- Cuidado, filho de Hefesto, não me desafie ou pode acabar sendo estilhaçado, filho de Hefesto. - Reyna respondeu no mesmo tom, e eles começaram a lutar, sem mais nem menos.

Depois de um tempo, no pequeno "intervalo" para recarregar as energias (intervalo decidido por ela e Jason, que assumira novamente seus deveres como pretor. Por algum milagre, eles conseguiam interagir "normalmente" um com o outro), Leo comentou:

- Boa luta.

- Você também lutou bem. - Reyna falou, ela e Leo arfando.

- Pfft, aquilo não foi nada! - O filho de Hefesto zombou, mas sua afirmação era pura mentira. Se ele não tivesse uma armadura e um escudo, provavelmente estaria mortinho.

- É, certamente não. - A filha de Belona respondeu, irônica.

- Mas... - Leo tinha um plano em mente. - Eu tenho outro talento!

- Qual? - Reyna arqueou uma sobrancelha.

- DANÇAR! - Ele começou a cantar uma música que parecia algo como "Dá-le a tu cuerpo alegria Macarena" e dançar de uma maneira estranha. Foi para trás de Reyna e a forçou a dançar também, movendo os braços dela de acordo com os passos da musiquinha.

- Leo... - Reyna estava rindo e involuntariamente dançando também. - O que você pensa que tá fazendo?

- Bailando la Macarena! - Ele respondeu, continuando a dançar.

- Para com isso! - Reyna não conseguia parar de rir, assim como muitos outros campistas que nem sempre viam a pretora tão risonha e simpática.

- Não reclame ou eu te faço dançar funk! - Leo alertou.

- O que raios é isso?

- Você não vai querer saber, Reynita, não mesmo.

Reyna acreditou, e deixou quieto. Para Leo não ter coragem de ir lá e dançar, deveria ser algo terrível, estranho, incomum... nada legal.

- É, acho melhor não. - Ela concordou, e Leo continuou a "bailar la Macarena" até a música acabar e ele ficar contando mais de suas piadinhas sem graça para a garota.

Não tão longe dali, Piper e Jason continuavam treinando um pouco, mas não com tanto afinco, afinal, era o intervalo e eles não precisavam se preocupar muito.

Então, Jason olhou na direção de Leo e Reyna, e sentiu uma pontada incômoda no coração. Reyna estava simplesmente rindo com Leo, mesmo em público, sem parecer se preocupar... por que Jason não tinha o mesmo efeito sobre ela? Por que Leo tinha que, sei lá... estar tão próximo dela? Espere... ele estava mesmo sentindo raiva de seu melhor amigo?

"Ok cara, foco, você tá com a Piper. Para de se sentir assim". Mas se Piper tinha notado algo de incomum no comportamento dele, ela nada comentou. Aliás, a filha de Afrodite também estava com os olhos vidrados no "casal", e ela parecia... triste? Sim, triste. Seus olhos não estavam brilhando tanto como de costume e sua testa estava levemente franzida - talvez Jason não fosse o único se sentindo confuso.

Então, a garota voltou o rosto para a frente rapidamente, as tranças laterais voando com o movimento de sua cabeça. Era como se ela tivesse acabado de acordar de um pesadelo e estivesse tentando decidir se aquilo havia sido verdade ou mentira.

- Hora de continuar o treino. - Jason anunciou para todos os campistas, voltando ao seu lugar para atacar.

Depois de mais um tempo lutando, foi anunciado o fim do treino e um tempo livre. Reyna se sentou na arquibancada do Coliseu, observando as pessoas se retirando do local. Estava cansada, confusa. Retirou a armadura, a deixando ao seu lado junto com seu escudo e ouviu um leve ruído quando alguém sentou-se ao seu lado.

Ela levantou a cabeça para ver quem estava lá. A pessoa era ninguém mais ninguém menos que Piper Mclean.

- Ei, tá tudo bem? - Ela perguntou suavemente. - Confusa?

- Como sabe?

- Instintos. Você reconhece quando alguém está confuso em relação ao amor quando se é filha de Afrodite. Principalmente quando você está na mesma situação que a pessoa.

- Pode-se dizer que eu não sei o que fazer. - Reyna respondeu. - Seria vulgar demais se eu te dissesse que estou apaixonada pelo seu namorado? - Piper riu levemente.

- Quem sou eu pra falar algo quando estou dividida entre meu namorado e o melhor amigo dele? - Ela foi sincera, não havia porque esconder isso de Reyna, mesmo elas não se conhecendo muito bem. - Eu não vou mentir... acho que o que eu sentia por Jason, o que imaginei ser além de amizade, era apenas um truque da Névoa, sabe? E eu não quero machucá-lo nem nada do gênero, mas sei que vou precisar falar e terminar nosso relacionamento, se ele não fazê-lo antes. Quero dizer... se sobrevivermos até o fim de toda essa guerra contra Gaia.

- Às vezes eu gostaria que você fosse mais fácil de odiar... - Reyna comentou. Piper a encarou.

- O quê?

- Sabe, quando alguém está namorando o garoto que você gosta, você espera odiar essa pessoa e achá-la uma... uma... me recuso a pronunciar essa palavra, mas eu sei que você sabe qual é ela. E você também espera que a pessoa seja fácil de odiar, seja fácil de pôr defeitos e afins, só que não é assim com você. Eu não consigo te odiar; de certa maneira você nunca fez nada pra mim e você me entende! Isso não acontece em filmes sobre triângulos amorosos e colegiais. - Reyna terminou de se explicar.

- Hera também não rouba memórias de adolescentes nos colegiais. - Piper comentou com um sorrisinho nos lábios.

- É verdade. - Reyna respondeu. - Piper...

- Oi.

- Você já se sentiu... sei lá... insegura? - A filha de Afrodite riu tristemente.

- Eu me sinto insegura quase todo dia. São coisas demais e você nunca sabe o que esperar, principalmente quando um erro seu pode destruir uma civilização ou algo do gênero. Mas com o tempo nos acostumamos com isso e ganhamos mais confiança, mesmo que a insegurança nunca suma totalmente. - Ela respondeu. - É o preço de estar no comando.

- Por que eu nunca me senti assim antes? Tudo isso começou há alguns dias atrás.

- Porque algo te machucou. Se nos sentimos machucadas ou más conosco mesmas... a situação piora. Se você se sente como se não fosse capaz de tudo o que lhe dão para fazer, você se sente mal. Mas não se preocupe, ok? Dê tempo ao tempo e vai dar tudo certo. Não abaixe a cabeça agora. – Reyna ficou impressionada. Era como se Piper tivesse pegado um livro onde estivesse todos os sentimentos da filha de Belona, o lido e simplesmente explicasse aquele livro para ela.

- Se sobrevivermos até o fim do ano... acho que seremos boas amigas. – Ela abriu um sorriso sincero.

- Certamente. – Então, Piper saiu do Coliseu calmamente, mesmo que seus sentimentos ainda a incomodassem levemente. Por algum motivo, não se sentia tão culpada quanto antes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tã-dã! Alguém gostou? Não? Okay ~le meme~
Mereço reviews?
Enfim, até a próxima!