"I wanna feel you by my side, standing next to me, you gotta come on, come on"

Reyna pulou no colo de Jason involuntariamente, e ele gritou. Haviam tomado muitos sustos durante o filme, mas nenhum como aquele.

Eles começaram a rir, mas logo se afastaram. No fim do filme, Reyna lembrou-se de algo importante - havia esquecido sua jaqueta no café.

- Jason, preciso ir naquele café um minutinho, esqueci minha jaqueta lá. - Ela falou, se levantando. Estava com a mesma roupa que usara para sair antes, mas sem a jaqueta; o que significava calça jeans, all star preto de cano baixo e blusa branca de manga comprida, com um leve decote.

- Eu vou com você. - Jason também se levantou.

- Não, não precisa se incomodar.

- Mas eu quero...

- Não! Jason... não precisa.

- Eu insistir não vai adiantar, vai?

- Definitivamente não.

- Ok, apenas... -Ele se aproximou dela e lhe beijou a testa. Não estava com um bom pressentimento. - Tome cuidado, ok? Caso você note algo errado ou qualquer coisa, me dê um toque no celular e vou correndo.

- Ok. - Reyna saiu, com a mão sobre o bolso onde estava o celular. Seus pressentimentos não estavam muito melhores.

Reyna caminhou com passos rápidos até o café - não usaria carro, o lugar era próximo do apartamento. Entrou no local e foi até uma funcionaria que estava no balcão.

- Com licença - Ela chamou -, vocês viram uma jaqueta jeans preta? Acho que esqueci a minha aqui.

A funcionária sorriu e pegou algo sob o balcão.

- Seria essa? - Perguntou, mostrando exatamente a jaqueta de Reyna.

- Sim, sim. Muito obrigada...

- Por nada. - A funcionária deu a jaqueta à filha de Belona. - Boa noite. - Ela falou enquanto Reyna se virava para se retirar.

- Igualmente. - A semideusa respondeu, e saiu de lá o mais rápido possível, caminhando a passos apressados. Ela sentia um incômodo na barriga e um nó na garganta, como se algo estivesse prestes a dar errado.

Alguns metros depois, ela avistou um beco que provavelmente a levaria mais rapidamente para o apartamento. O beco não tinha quase nenhuma iluminaçao e não parecia muito amigável, mas ela pelo menos cortaria caminho.

Ela tirou o celular do bolso, segurando-o firmemente para caso algo desse errado, e começou a andar (ou melhor, quase correr) pelo beco estreito. Volta e meia, ouvia um barulho estranho, suspeito, e então virava a cabeça para ver o que havia lá. Infelizmente, a pouca iluminação não mostrava nada ou ninguém lá. A filha de Belona se sentia em um filme de terror, suspense ou algo assim.

Ela ouviu passos. Passos, passos, mais passos ressoando no chão do beco. Parou, gélida, discando disfarçadamente o número de Jason e se certificando de que a chamada havia chegado a ele antes de interrompê-la.

Bem a tempo. Segundos depois, duas mãos prenderam sua cintura e a prensaram na 'parede', e lábios de alguém misterioso tomaram forçadamente os seus.