Capítulo 24: Acampamento

   Hermione, Ronald e Harry estava há muito tempo procurando as horcruxes. Não conseguiram nada depois do medalhão que havia sido roubado por Mundungo Fletcher e comprado por Dolores Umbridge. Ronald o usara por muito tempo e ficava com muita raiva o tempo todo. Devia ser pelo medalhão ser uma horcrux, mas ele se negava a ouvir a razão e retirá-lo.

   O ruivo havia indo embora. Hermione passou alguns dias com Harry e agora o amigo havia saído também. A garota ficou um tempo observando, do lado de fora da barraca esperando que o moreno voltasse. Voltou para dentro da barraca e deitou-se na sua cama.

   Antes de Rony voltar, ela e o Harry haviam ido a Godric’s Hollow. Era natal. Foram ver o túmulo dos pais do Harry. Lá encontraram Batilda Begshot que na verdade era Nagini, a serpente de Tom, disfarçada. Ela teve chance de matar a Hermione, mas preferiu atacar o Harry. A castanha tinha uma suspeita de que a cobra sabia do que estava acontecendo entre ela e o seu mestre.

-Hermione. A garota ouviu a voz que tanto sentira falta, em sua mente.

-Tom?

-Está sozinha?

-Sim.

-Eu devia acrescentar isso aos motivos de eu matar o Potter.

Ela riu.

-Não se preocupe.

-Não acho que ele seja capaz de te proteger. Mas devia pelo menos tentar.

-Estou com saudades de você. Quando podemos nos ver? Ela parecia quase desesperada. Fazia muito tempo que não via o sonserino.

-Logo.

Ouviu um barulho do lado de fora da barraca. Tom estava na sua mente, então percebeu.

-Logo nos veremos. Disse ele.

-Eu amo você. Ela precisava dizer isso antes de ir.

-Eu também te amo.

   Ela sentiu uma lágrima escorrendo por seu rosto. Sentia muita falta dele. Da presença dele. O barulho se repetiu. Eram passos. A castanha se levantou e pegou a varinha. Foi empunhando-a até a saída, quando viu o que se aproximava.

-Oi. – Disse Rony

-Vocês querem me deixar louca? – Perguntou ela para os dois garotos que se aproximavam.

   Ronald viera sorrindo, talvez esperando que ela o abraçasse, mas a garota deu um tapa nele.

-Nunca mais faça isso, Ronald Bilius Weasley! Ficamos muito preocupados! Você desaparece por semanas e quando volta, diz oi? Me dá minha varinha Harry. – O garoto tentou esconder a varinha na blusa, mas ela viu e correu até ele. – HARRY POTTER! Me dá a minha varinha!

-Por que a sua varinha tá com ele?

-Isso não é da sua conta. – Ela estava muito irritada. – Não podia ter feito aquilo!

-Eu estava sobre o efeito do medalhão. Sinto muito.

-É bom que sinta mesmo! E pare de culpar o medalhão! Se você não quisesse, não teria feito nada daquilo! – Hermione não queria pensar que a culpa era de parte da alma do Tom. Ela não acreditava naquilo. Pois se Rony não tivesse pensamentos ruins, a horcrux não faria nada contra ele. Não era culpa de parte da alma do seu Tom! – O que é isso?

   Ronald ergueu o medalhão. Estava quebrado. Destruído.

-Você a destruiu? – Ele assentiu. – Não pense que isso muda alguma coisa.

-É claro que não! Eu só acabei de destruir uma porcaria de horcrux! Por que é que isso mudaria alguma coisa? – Ele gritou.

Ele suspirou e continuou calmamente.

-Eu quis voltar na hora em que parti. Mas não sabia como encontrar vocês.

-E como nos encontrou? – Perguntou Harry.

-Com isso. – Ele mostrou o deseluminador – Eu estava em um bar, fugindo dos sequestradores. Uma voz. A sua voz, Hermione. Saindo do deseluminador.

-E o que eu disse exatamente, posso saber? – Hermione perguntou quase irônica.

-O meu nome. Só o meu nome. Como um sussurro. Aí eu peguei. Liguei e uma bolinha luminosa apareceu. E eu soube. Foi como se a bolinha de luz flutuasse ao meu encontro. Foi direto para o meu peito atravessando-o. E soube que ela me levaria aonde eu precisava ir. Então desaparatei. E me vi na encosta de um morro. Estava escuro e eu não fazia ideia de onde estava. Só tinha esperança de que um de vocês ia aparecer. E você apareceu. – Ele falou a última frase olhando para Harry.

   Ela voltou para a barraca. Além de estar irritada com o ruivo por ele ter ido embora e preocupá-la, ele e Harry haviam chegado bem na hora que ela falara com Tom. Ela sentia muita falta dele, então bem na hora que conseguira falar com ele, aqueles idiotas chegam! Sem falar com o Ronald falando sobre ter ouvido a voz dela como se fosse algo incrível! Idiota!

   Ela ignorou a destruição da horcrux e depois se retirou para dormir. Não conseguiu dormir de imediato. Estava preocupada com a nova descoberta dos amigos. Eles estavam mais próximos de matar Tom. Matar quem ela amava. Se ele morresse... O que seria dela?

   Ela nunca ficaria bem. NADA ficaria bem. Mesmo que ela não pudesse ficar junto de Tom... Seria melhor do que saber que ele estava morto. Ela não aguentaria.

   Todo esse medo por causa daquela estúpida espada. Droga! Ela xingou, mentalmente. Por que o Harry tinha que achar aquela espada? Podia ser uma grifinória, mas estava com raiva do fundador da sua casa. Por que ele tinha que ter aquela espada?

   Tom não podia morrer. Não podia. Ela não aguentaria.

Mas Tom matou todas aquelas pessoas inocentes! Disse uma vozinha em sua mente (N/A: A vozinha do mal, em minha opinião) Ele é um assassino sem sentimentos! Por que se importa tanto?

Por que... Pensou ela em resposta. Eu o amo.

Como pode amá-lo? Isso é doentio! Insistiu aquela vozinha irritante. Ele é um monstro!

Não importa! Eu não posso escolher. Meu coração já decidiu. Eu o amo e nada vai mudar isso. Pensou ela antes de adormecer.

(N/A: Ficou meloso no final. Mas foi fofo... Não sei de onde surgiu essa minha inspiração romântica, mas acabei escrevendo. E eu não gosto dessa outra vozinha na cabeça da Hermione).