Plus Quune Mission escrita por B Mar, B Mar


Capítulo 10
Cap 10




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Cap 10

Tom PDV:

Hermione se sentou e lhe olhei por alguns segundos. Ela estava com a face levemente avermelhada;

- se soubesse que me traria num lugar desses, eu me arrumaria mais.

- Você está perfeita.

Ela enrubesceu mais ainda.

O garçom veio até nós e nos deu o menu.

- O que vão querer?

Olhei o cardápio.

- Hermione, que tal... Um risoto. De camarão.

- Ah... Tom...

Me abaixei um pouco para ouvi-la.

- Tem castanhas?

Me distanciei e fiz a mesma pergunta ao garçom.

- Não senhor.

- Obrigado.

Hermione corou novamente.

- Para beber, por favor.

Pensei um pouco.

- Um vinho sem álcool, por favor. – Pedi e ela levantou uma sobrancelha. - Tinto.

Ficamos em silêncio enquanto ele saia.

- Vinho?

- Bom, é um almoço. E somos menores de idade, então...

Ela abaixou a cabeça.

- Então, o que te fez fazer isso?

- O que?

- Me convidar para sair.

- Hermione, acredite, você é muito mais interessante do que imagina.

Ela sorriu e abaixou a cabeça, então levantei seu queixo delicadamente fazendo-a ficar ainda mais vermelha.

O garçom voltou com os pratos e comemos em silêncio, então toquei sua mão. A atmosfera era completamente diferente do que eu imaginava sentir perto de qualquer garota. Terminamos e juntos e paguei a conta, então saímos de lá.

Andamos por Hogsmead e peguei a rosa que havia levado pra ela.

- Sabe, eu... Realmente fiquei sem palavras pela primeira vez na vida. – Confessou.

- Mesmo?

- É. Ninguém nunca me chamou para um jantar.

- Nem o seu ex-namorado? Sabe. Um jantar romântico.

- A ideia de jantar de Ronald com certeza não envolve nada romântico. Apenas ele comendo como um porco enquanto eu tento não vomitar de nojo.

- É tão ruim assim?

- é péssimo. Eu odiava jantar com ele. Na verdade eu odiava fazer as coisas com ele. Era tudo mais fácil quando éramos apenas amigos e ele ria dos meus trejeitos de sabe-tudo.

Ri levemente e ela revirou os olhos.

- Sabe-tudo?

- Me pergunte qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.

Ri e juntei nossas mãos, fazendo-a me olhar um pouco assustada e abaixar a cabeça novamente.

Lhe encarei por alguns segundos.

Ela tinha um poder estranho sobre mim. Meu coração estava levemente acelerado e senti meus lábios levemente secos. E eu tinha vontade de olhá-la durante horas, só vendo-a fazer algo. Ela preparava poções perfeitas, era ótima em feitiços, encantamentos, era um exemplo em DCAT e, assim como eu, não acreditava em adivinhação. Nós nos parecíamos muito, mas eu sabia que havia algo diferente.

Ela passava uma imagem inocente, de um coração puro.

Tudo que eu nunca tive.

Eu nunca fui uma criança exemplar no orfanato. Eu roubava e não era bom com os outros.

Mas eu sempre fui melhor que eles. Era mais inteligente, que eles e as freiras diziam que meu único problema era ser “velho demais” para ser adotado, mas eu só fingia. Eu sempre odiei aqueles trouxas imundos, e descobri o porque ao vir para Hogwarts.

Mas com Hermione eu não parecia ligar para se os que estavam próximos eram ou não sujos, eu apenas precisava estar com ela.

Eu sentia que, se ela me pedisse, eu até abraçaria um trouxa.

Bom, não iria tão longe assim.

Hermione PDV:

- Você... Nunca me falou dos seus últimos anos. Sabe, antes de vir a Hogwarts.

Parei por alguns segundos.

Vamos, Hermione, pense. Você precisa dar alguma desculpa.

- ah... Foram chatos.

- Quero ouvir.

- eu... Ah, estudava em casa, você sabe, então, não tinha muitos amigos. Tinham o Ronald, o Harry, Frederick, Jorge e Ginny.

- só uma garota?

- e viramos amigas só por causa de Fred, Jorge e Ronald.

- Ronald é o seu ex.

- Isso mesmo.

- E os outros.

- Harry está com Ginny. Eles, estão pensado em se casar. Fred morreu num tipo de batalha e Jorge... ele está se refazendo, eram gêmeos.

- Sinto muito.

- Foi uma perda horrível para todos nós.

- E o loiro... Sabe, o da sua cabeceira.

- ele é mais que um amigo.

Tom manteve a mesma expressão enquanto me encarava.

Eu não conseguia decifrá-lo. Se estava triste, feliz, chateado, curioso... Mas seus olhos... Eles se prenderam em mim de tal forma, que pareciam pedir que eu estivesse mentindo por um momento.

- Draco é como um irmão pra mim. – Continuei girando a flor entre meus dedos.

- Um irmão?

- É. Ele ameaçou matar Ronald depois que... bom, depois que tudo aconteceu.

- Posso te fazer uma pergunta pessoal?

- Pode, claro.

 - bom, você me contou que terminou, mas porque?

Pensei um pouco. Não fazia mal desabafar um pouco. Draco sabia apenas que Ronald havia me traído, mas não como descobri.

- eu estava na casa da família dele e fui acordá-lo. Quando abri a porta ele estava... Ele estava... – Tentei falar, mas as palavras não saiam;

- Beijando...

- Não. Fazendo... Sexo. – Falei com dificuldade. – com outra garota. Foi... Horrível.

Senti um penso saindo de minhas costas.

- sinto muito.

- Não sinta. – Dei ombros. – Me separar dele foi a melhor coisa que me aconteceu na vida.

- você está certa.

- Uma vez alguém me disse que eu era melhor do que os que tentaram me derrubar. Apenas estou seguindo do jeito certo. – dei ombros novamente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Beijos