Conheci a mansão Potter e fiquei perplexa, era enorme, muito bonita e aconchegante ao mesmo tempo. Ele me mostrou que o Sirius tinha um quarto só pra ele já que era ali que ele morava. Havia o quarto de seus pais que desde que faleceram ele não teve coragem de entrar, havia também um quarto de hospedes no primeiro andar e no segundo. Fiquei com o do segundo que era o mais próximo do de James. Arrumei minhas poucas coisas no quarto e fui até ele, me aninhei em seus braços e tirei uma dúvida que estava me matando:

- James, como você soube que eu estava em perigo?

- Lírio, você me disse – e após eu fazer uma cara de confusa ele explicou sorrindo – Desde que eu terminei com você eu me sentia mal e queria ficar te vigiando, colocava a capa da invisibilidade e te seguia, às vezes, pelo castelo para me assegurar de que você estava bem. Como já disse, nas férias também te visitava, mas não apenas isso, eu te mandava cartas anônimas.

- Era você! – disse eu perplexa, mas era obvio, o cheiro conhecido nas cartas era o cheiro dele, agora tudo vinha à tona!

- Era eu mesmo – disse ele rindo – Sabia que não podia fazer isso, já que poderiam interceptar as cartas, mas eu percebia o quão distante você ficava no castelo com os amigos e fiquei com medo de como você ficaria sem eles, te visitei no primeiro dia de férias e vi que você estava chorando então resolvi mandar uma carta, era pra ser apenas uma, mas não me aguentei e me vi mandando sempre e pedindo respostas, isso não era certo, eu ia parar. Fui pra casa do Remo e lá Sirius contou que eu te visitava, e eles insistiram que, ou eu parava de te ver ou eu voltaria com você, mas eu não conseguia nem podia. Mas com eles no mesmo quarto que eu, seria quase impossível dar uma fugidinha pra te visitar. Fiquei esperando a sua carta com medo dos marotos verem ela e descobrirem tudo. Até que, quando eles já estavam deitados eu recebi a carta, estava pronto para aparatar imediatamente até sua casa, mas Remo ainda não tinha dormido e quis saber que carta era aquela, mostrei e contei o que eu andava fazendo, chamei ele e o Almofadinhas pra virem comigo, mas eles insistiram em chamar ajuda profissional antes, por isso que demoramos um pouco.

Fiquei de queixo caído, era o James, ele foi o responsável por me fazer me sentir melhor e tudo o mais, ele me amava e tive certeza naquele instante, ele fizera meu dia melhorar drasticamente, o beijei e ficamos lá por um tempo, nos abraçando e nos beijando. Estava me sentindo melhor com ele ali.

Acabei dormindo nos braços dele e no dia seguinte nós fomos até a casa do Remo pro James pegar as coisas dele. Sirius continuaria lá, disse que não iria querer ficar segurando vela. Dei-me muito bem com a Sra. Lupin, pois ela era trouxa no meio de um monte de bruxos, e eu, como nascida trouxa sempre vivi sem magia então nos entendíamos. Ela insistiu que ficássemos até o jantar, o que fizemos sem reclamar, a comida estava maravilhosa.

Uma semana antes de voltarmos pra Hogwarts, eu peguei todo o dinheiro que meus pais tinham colocado pra mim em uma conta que criaram para meus estudos em Gringotes, o banco dos bruxos, James pagou aquilo que eu não consegui, já que o dinheiro era a sobra do anterior, meus pais não haviam depositado para esse ano, e com meu pai morto e minha mãe ainda em coma continuei sem dinheiro. Mas James me ajudou mesmo que eu dissesse que não precisava pagar nada ele insistira em pagar algumas coisas. Voltei pra casa com algumas roupas novas, já que havia perdido mais da metade.