James E Lily: Como Tudo Aconteceu escrita por Mari Casares


Capítulo 31
Capítulo 31




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POV JAMES

- Sr. Potter, que bom que veio.  Ah, olá Srta Evans. Sentem-se, sentem-se.

Como pedido nos sentamos, estava receoso. O que ele queria? Ele não estava com uma cara boa, será que nos daria uma bronca sobre a festa? Era obvio que sim! Mas algo me dizia que era algo pior.

- Sr. Potter, é com muito pesar que informo que seus pais faleceram a um ataque das forças das trevas. Pelo próprio Voldemort. Lamento.

Não. Não, não e não! Isso não podia estar acontecendo! Meus pais NÃO podiam estar mortos! Era impossível, eles eram tipo, heróis, imortais! Tão cuidadosos. Não podia ser. Não queria crer nas palavras do diretor. Comecei a chorar, ainda o encarando. Era impossível! Estava tudo tão perfeito. Era o melhor aniversário de todos! E de repente, se transformou no pior. Tudo parecia em câmera lenta. Lembrei-me de todos os momentos com eles.

A primeira vez em que meu pai me deixou montar em uma vassoura de verdade. Todos os meus aniversários. A minha mãe. Linda, protetora, incrível. Uma super mulher. Meu pai, era o mais protetor. Incentivava-me no quadribol, me ensinou a jogar em todas as posições. Me lembro de quando recebi a minha primeira carta de Hogwarts, aos 11 anos. A li junto dos meus pais que ficavam com um sorriso no rosto. Eles sempre me incentivaram a seguir meus sonhos e ser feliz. Me deram as melhores dicas pra conquistar Lily. Ah, Lily, ela me abraçava e sussurrava que tudo ia ficar bem. Mas ela não entendia. Nada podia ficar bem sem os meus pais. Eles eram a iluminação da minha vida. Ficava sem rumo sem eles. Me ajudaram tanto, me apoiaram tanto.

Agora já não queria mais disfarçar as lágrimas que caíam, abracei Lily com força e chorei mais ainda.

Eu era órfão. Pelo menos agora que fiz 17 posso morar sozinho. Mas porque no meu aniversário?

De repente uma onda de raiva invadiu meu corpo. Ia matar aquele desgraçado. Quem ele pensa que é? Meus pais sempre foram pessoas maravilhosas! Fiéis! Companheiros! E aquele cara vem se achando o tal e os mata! Isso não vai ficar assim.

Saí do abraço da Lily, dei boa noite ao professor Dumbledore, já ia embora quando ele me chamou:

- Sr. Potter, se precisar de alguma coisa pode vir até mim. Tem permissão pra faltar às aulas de amanhã. Como o senhor não tem parentes vivos teria de cuidar do funeral sozinho. Contudo um amigo de seus pais Jack Lunegan, se ofereceu para isso. Disse que o senhor é muito novo e como está na escola não tem tempo nem é recomendado isso. Tudo bem?

Concordei, Jack era um bom amigo dos meus pais. O conheço desde sempre. Era melhor mesmo que ele cuidasse disso, afinal, eu não queria fazer uma coisa dessas. Estava querendo ir embora, mas pelo visto Dumbledore ainda não havia terminado:

- Então, no dia do funeral eu o libero. Mais uma coisa. Seus pais foram atacados em casa. Que por sinal não ficou muito destruída e o Sr. Lunegan se comprometeu a ajeitá-la. E isto foi encontrado em uma mesa na sala. Uma carta direcionada a você.

Dumbledore o entregou a carta e eu e Lily partimos para a torre da Grifinória. No meio do caminho topamos com o Aluado.

- Até que enfim os encontrei! O bolo será partido agora, vamos! Afinal, o que o diretor queria com vocês?

Fiquei em silêncio olhando para o vazio pensando nos meus pais. Ainda não conseguia acreditar. Não queria bolo, não queria nada. Apenas deitar em minha cama, ler a carta de meus pais e dormir. Graças a Merlin Lily respondeu ao Remo:

- Desculpe, mas acho melhor cancelar o bolo e acabar com a festa. Estamos indo à torre da Grifinória.

- Por quê? O que o Dumbledore disse?

- É que... Bem, os pais do James estão... Mortos.

Um silêncio desconfortável se estabeleceu no local. Remo tentou me consolar, mas eu realmente não estava com cabeça pra isso. Ele foi cancelar a festa enquanto eu segui pro dormitório.

Lily me acompanhou até a minha cama e esperou o meu banho. Quando deitei na cama ela me abraçou dizendo:

- Shiii, não fica assim, vai ficar tudo bem, eu prometo. – Já estava chorando novamente – Não James.  Não chora. Sei que deve ser horrível, mas a gente vai passar por isso, juntos.

Ela me abraçou e deitou na cama ao meu lado me abraçando protetoramente, como uma mãe faz com o filho. Ao pensar nisso a abracei mais forte e chorei mais. Peguei a carta e a entreguei pedindo-a pra ler. Ela concordou e começou:

James,

Feliz aniversário meu filho! Não consigo acreditar que já está fazendo 17 anos! Já é um bruxo maior de idade! Não vai mais precisar da gente. Nosso menininho cresceu! Sim, como você deve estar imaginando eu estou chorando. Charlus diz que é besteira. Que você ainda vai ser o nosso Jamesinho, mas eu não consigo! Parece que foi ontem que eu estava te segurando em meus braços. Lembro-me de quando recebeu sua primeira carta de Hogwarts, ficou tão animado que fez faíscas vermelhas, verdes, azuis, amarelas, pratas, laranjas e de tudo quanto é cor serem soltas pela casa. Ainda tenho essa foto guardada. Quando compramos a sua primeira varinha. Deu um trabalhinho ao senhor Olivaras, mas conseguiu! Sua primeira vassoura de verdade. Ah, me lembro da sua cara de felicidade! Me lembro de você contando dessa garota, a Lily. Você dizia não a suportar, mas sempre que tocava no nome dela seus olhos brilhavam.  – minha Lily corou nessa hora, e por um momento, pequeno, eu consegui esquecer tudo e sentir vontade de sorrir, mas depois me lembrei de tudo o que estava acontecendo – Ah, eu me lembro. De quando contou que realmente estava apaixonado por ela. Quando contava dos foras que ela te dava. Tenho que dizer, essa Lily é boa nisso! Lembrei-me quando você apareceu em casa com o Sirius cheio de mala nos chamando de “mãe” e “pai” dizendo que moraria aqui. Uma alegria, e tive a certeza de que meu filho era um homem direito e bom amigo. Fiquei tão orgulhosa! E depois, de você me contando do seu namoro com a Lily. Fiquei feliz e triste. Feliz, pois você finalmente conseguiu o que mais queria, e triste, pois meu menininho estava crescendo. Mas essa menina conseguiu relutar aos charmes de um Potter mais que eu! Preciso conhecê-la. – Fiquei triste ao constar que elas jamais se conheceriam, Lily soltou um soluço triste – Ontem a noite tive uma crise. Não consegui parar de chorar. Seu pai achou ridículo, e você também achará. Vocês são iguais sem tirar nem pôr. Mas você tem que me entender. James, você é o meu único filho! E já é maior de idade!Não posso acreditar!

Eu e seu pai te amamos muito, queremos muito mesmo que você seja feliz. Nos orgulhamos de quem você é e do bruxo maravilhoso que sei que será. Não se esqueça de que nós sempre estaremos prontos para o que você precisar! Com muito, muito amor mesmo!

Seus pais, Dorea e Charlus.

Não chorei mais, apenas senti um vazio crescente dentro de mim. Abracei Lily e ela me beijou, e novamente me senti em paz e seguro. Longe de todos os problemas. Longe de tudo. Aconchegamos-nos na cama e ficamos em silêncio. Nessa hora a porta do quarto se abriu, e um Sirius abalado entrou e disse:

- É verdade? Não pode ser verdade! Aluado disse e eu não consigo acreditar. Mamãe e Papai? É Sério?

Assenti. Desde as férias de verão, que ele se mudou lá pra casa ele chama meus pais como se fossem pais dele. No início me incomodava. Constantemente o lembrava que eles eram apenas meus pais. Mas nessa hora não pude fazer nada. Ele se deitou na cama ao lado e ficou olhando pro teto estático e incrédulo.

Lily começou a massagear meus cabelos e eu acabei dormindo. Sonhei com meus pais. Nele eles sorriam pra mim orgulhosos e diziam:

- James, nós te amamos. Não faça nenhuma besteira, por favor. Estaremos sempre com você.

E outras coisas do gênero. Foi um sonho bom e triste ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Não me matem!!!!!! Olha, não sei se os pais do James realmente morreram quando ele tinha 17 e tenho a impressão de que o Sirius só se mudou pra lá no 7º ano, mas por favor, desconsiderem,tinha que acontecer alguma coisa pra agitar a história!