POV LILY

Acordei com as meninas fazendo bagunça na hora de terminar de arrumar as malas. Eu aviso à elas pra deixarem tudo pronto, mas elas nunca me ouvem! Tentei voltar a dormir, mas como não consegui, coloquei uma roupa qualquer e desci pra tomar café da manhã com as meninas. Um pouco depois de chegarmos os garotos se sentaram conosco. Eu estranhei que o James não estava lá, mas não liguei. Levantei-me, desejei boa viagem á eles e fui pegar minhas coisas pra ir até a biblioteca.

Passei a manhã inteira pondo meus deveres em dia, até que minha barriga roncou e constatei que já devia estar na hora o almoço, fui para o salão princpal , mas no caminho encontrei três pessoas indesejáveis. Mulciber, Avery e Snape, meu ex-melhor amigo. Empunhei minha varinha e quase imediatamente Mulciber tentou me desarmar, mas fui rápida e gritei:

– Protego! - e em seguida continuei - Expelliarmus!

Pronto, desarmei um, agora faltam dois, mas obviamente eles conseguiram me desarmar, Avery mais precisamente. Fiquei totalmente sem defesa e nessa hora ouvi novamente aquele feitiço desconhecido, vindo do Snape:

–Sectumsempra!

Dessa vez o Potter não estava lá pra me salvar e fui atingida. Era como se tivessem vários cortes no meu corpo inteiro, era horrível e doia muito. Fiquei jogada no chão por um bom tempo. Eles escolheram o melhor dia e hora pra me atacarem, o castelo estava quase vazio, e os poucos que não haviam ido pra casa estavam almoçando, as chances de alguém me socorrer eram mínimas. Estava chorando de dor, uma poça de sangue se formava ao meu redor e só consegui ouvir Avery falando pra mim:

–Perfeito. Tem que sangrar bastante pra acabar com esse sangue-ruim.

Disse isso e começou a rir, mas ele se calou pois quase imediatamente ouvi ao longe passos apressados e vários feitiços sendo lançados. o sangue que jorrava de mim só aumentava, fui perdendo a conciência aos poucos, a última coisa que vi foi Pottter se ajoelhando ao meu lado e dizendo:

–Não Lily, não! Olha pra mim, por favor, não feche os olhos, por favor, eu te amo! Eu te amo...

E adormeci, será que eu havia morrido? Era muito sangue que saia de mim e ainda por cima eu estava vendo coisas. Potter não poderia estar ali, deveria estar a caminho de casa no expresso de Hogwarts! Ele não poderia ter me salvado! eu estava delirando, sem dúvidas.

Depois de um tempo indeterminável eu acordei na ala hospitalar, e a primeira coisa pensei foi "ufa, eu não morri", mas ainda doia muito, eu não conseguia me mover pois onde havia sido cortado doia, e isso era quase no corpo todo. Mas consegui olhar pro lado e vi o James olhando pra mim esperançoso e com um sorriso nos lábio.

– Lírio! que bom que acordou! Eu pensei que... - sua voz foi sumindo, mas ele tentou se recuperar dizendo - Você estava sangrando tanto! desculpa não ter aparecido antes, que bom que está bem!

– Potter? - perguntei - o que está fazendo aqui? Por que não está em casa? Que dia é hoje? Já acabaram as férias de natal?

– Não! Calma Lírio, hoje é dia 21, você ficou desacordada por apenas um dia. eu não fui pra casa. Não podia ir e te deixar aqui sozinha! E fiz bem né? Imagina se eu não tivesse chegado a tempo! Não, é melhor nem imaginar!

Sorri, fiquei feliz em saber que ele me salvou de novo, e que ele não me deixaria aqui sozinha.

– Mas o que aconteceu com aqueles sonserinos idiotas? - questionei.

– Depois que eu dei uma pequena lição neles, te trouxe pra cá e fui correndo falar com Dumbledore o que tinha acontecido, ele tirou um total de 150 pontos da Sonserina, vão ficar de detenção por dois meses, sem visitar Hogsmeade até o fim do ano e uma carta vai ser escrita a família de cada um. Pouco né? Porém eu os deixei bem desacordados e machucados. Ninguém fere a minha Lily e sai ileso.

Sorri, por que ele tinha que ser tão lindo?

– Mas que feitiço foi esse que me atingiu? nunca ouvi falar.

– Ninguém sabe. Dumbledore acha que ou é magia das trevas perigosíssima ou é algo novo, ou até mesmo os dois. Mas tá tudo bem com você? Fiquei tão procupado!

– Bem eu não estou, mas mehor, sem dúvidas!

Quando eu disse isso ele se levantou, não queria que fosse embora, o queria bem perto de mim!

– Não vá! - Gritei, e ele abriu um enorme sorriso.

– Calma meu Lírio, só vou pegar um pouco de água pra você.

– Ok - quando ele voltou eu bebi a água e pedi - Não sai mais daqui, por favor.

– Jamais.

– Jura?

– Juro, pela minha vida!

– Ei James? - Ele olhou nos meus olhos sorrindo - Você ainda me ama?

– Sempre, eu te amo Lily Evans Potter, mais do que jamais poderia amar alguém.

– Eu também te amo.

Não reclamei por ele ter me chamado com o sobrenome dele, até gostei. Não reclamei de nada, pois estava ocupada, o beijando. Doia, mas eu não estava nem ai, estava com o meu James Potter.