No último capítulo:

"[...] Estava constrangedor demais então me levantei pra ir embora. Porém assim que pisei no saguão de entrada me deparei com uma pessoa que realmente nao estava afim de ver."

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Era ele. Snape, acompanhado do seu mais novo amigo, Mulciber. Futuros comensais da morte. Quando me deparei com eles peguei discretamente a minha varinha já prevendo o que aconteceria. Afinal, eles já estavam empunhando a deles. Mulciber riu quando me viu e disse:

– Ora, ora, quem encontramos aqui? A pequena Lily Evans, a sangue-ruim. Soube que você está saindo com o tolo do Diggory. Mas é obvio! Quem sairia com uma sangue-ruim como você? Só um panaca Lufano não é mesmo? – Riu mais ainda. Não aguentei, puxei a minha varinha e gritei:

– Expelliarmus!

– Protego – Mulciber foi mais rápido, e quase imediatamente Snape me desarmou e Mulciber disse:

– Sectumsempra!

Não conhecia aquele feitiço e também não descobri, pois nessa hora Potter entrou, se jogou na minha frente e gritou:

– Protego!

E a partir daí eles começaram a duelar e os outros marotos chegaram pra ajudá-lo. Contudo não durou muito, pois a professora McGonagall chegou e os chamou pra sala dela.

Nessa hora as meninas já estavam comigo e fomos juntas para a torre da Grifinória esperar os meninos. Depois de um tempo, que pra mim pareceu uma eternidade. Já havia perdido o almoço esperando eles. Eles chegaram e eu imediatamente perguntei:

– O que aconteceu? Levaram detenção?

– Claro ruiva – disse Black – duas semanas, pelo menos foi melhor que os sonserinos que ficarão 4 semanas. Mas não se preocupe, estamos acostumados.

Depois de dizer isso, se sentou ao lado da Marlene e Remo de Dorcas e começou a pegação. Eu me virei pra agradecer, porém eles estavam preocupados com outra coisa. Eu e Potter rimos e nos sentamos em um sofá perto e disse:

– Obrigada mesmo James – Sim, não o chamei de Potter, e ele sorriu ao ouvir isso – não sei como agradecer. O que seria de mim se você não tivesse aparecido?

– Você está parecendo uma daquelas donzelas em perigo – rimos – É serio, não há de quê, sempre que precisar eu vou estar lá pra te ajudar meu Lírio.

Nessa hora começamos a chegar perto um do outro, estávamos quase lá quando me lembrei de Amos. Não poderia traí-lo, eu não era assim, isso não estava certo. Afastei-me imediatamente e saí pelo buraco do retrato da mulher gorda. Não sabia ao certo aonde iria. Acabei decidindo ir ao corujal mandar uma carta aos meus pais. Fiz um feitiço convocatório pra pegar pena e pergaminho e comecei a escrever.

Querida mamãe

Quanto tempo! Desculpe por não ter mandado muitas notícias esse ano, é que ultimamente tem acontecido um monte de coisas aqui.

Sei que não é a melhor coisa pra se dizer por carta, mas aí vai: Estou namorando! O nome dele é Amos Diggory, me trata muito bem e me faz feliz. É um amor! Só que tem um problema, e é obvio que como sempre problema é igual à Potter. Acho que estou gostando dele. Sim, o metido arrogante que eu dizia odiar. Mas ele está diferente e realmente parece se preocupar comigo. Sei o que vai dizer “Ah, então fica com o Potter!” Mas não é tão simples assim mamãe, ele nega, mas continua o mulherengo, por mais que ele insista em dizer que não a conhecia eu o peguei beijando uma garota. Tá, talvez eu tenha sido um pouco precipitada ao acusá-lo sem ouvir o lado dele da história. Porém eu vi! Com meus próprios olhos! Por isso tenho medo de me render ao Potter e ele me magoar. Já quase nos beijamos, TRÊS VEZES! Mas eu me controlei. Sinto-me mal por estar com Amos e gostar do Potter. Mas como disse, Amos é um amor, mas temo que não seja o meu amor. Me ajuda por favor.

Como vão as coisas aí em casa? Petúnia ainda está chata? E o namoradinho dela? O Dursley continua insuportável? Manda um beijão pro papai. To com saudades de vocês.

Com muito amor

Sua filha

Lily Evans.

Prendi a carta à Meli e a soltei, a perdi de vista no horizonte. Ansiava pela resposta, minha mãe sempre fora a minha melhor amiga, e quando o assunto era amor, me dava os melhores conselhos, me ouvia e entendia muito bem.

Vi que já estava tarde então fui ao salão principal jantar, nossa, como estava com fome.

Quando cheguei lá os marotos, Frank e as meninas já estavam comendo. Sentei-me ao lado da Lene que estava junto a Black. Nós comemos e enquanto os marotos estavam distraídos conversando perguntei a Marlene.

– O que você e o Black têm? Estão juntos mesmo?

– Sabe que eu não sei! Eu e ele estamos ficando, mas não é nada sério, espero que não esteja com outra, mas mesmo se tiver, não ligarei. Não vou me apagar a ele.

Era essa uma das coisas que mais admirava em Lene, ela não era uma daquelas garotas que se entregam de bandeja ao primeiro que aparecer. Dão tudo ao garoto e depois ficam chorando pelos cantos. Ela era forte e decidida. Queria ser como ela.

Nessa hora Amos chegou por trás me dando um beijo na bochecha, me virei pra ele sorrindo. Sabia que era ele. Mas lá no fundo eu queria que fosse Potter. Fomos dar uma caminhada rápida no castelo, já que estava quase na hora do toque de recolher e ele me levou novamente a torre da grifinória, onde ficamos nos beijando por muito tempo, até que eu lhe falei que estava tarde e que era melhor eu entrar.

Quando entrei estavam todos lá sentados, exceto Potter. Decepcionei-me com isso. Sentei ao lado de Remo e perguntei onde ele estava. E ele apenas disse como resposta:

– Foi dormir, obvio. Quando saiu daqui estava com uma cara horrível. Ele gosta mesmo de você Lily e vê-la com o Diggory só aumenta a dor dele.

Fiquei em silêncio, na dúvida se acreditava ou não nele. Fiquei mais uns minutinhos lá embaixo quieta, até que resolvi dormir. Dei boa noite e confesso que fiquei triste ao não receber o agora habitual “boa noite meu Lírio” de volta.