Cantarella escrita por Dandolion


Capítulo 11
Cap 11 - Doce Abraço.


Notas iniciais do capítulo

DOIS CAPÍTULOS NUM SÓ DIA! ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM!



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- DUSK! ESTOU INDO! – Fionna gritou ao notar que o lobo não voltara.

Fionna ia entrar no castelo, mas lorde se colocou na frente. Gumball estendeu a mão e balançou a cabeça negando. Ela não deveria ir, não era seguro e não ia resultar em nada. A jovem ficou com Cake no colo e montou no Monochromecorn que logo saiu voando em disparada.

Cake estava entre Gumball e Fionna, não havia risco dela cair. Fionna segurava na cintura do príncipe e escondia seu rosto nas suas costas. Suas lágrimas umedeciam a roupa do rapaz, fazendo com que ele olhasse para trás preocupado.

- Fionna... Eu sei que é...

- O que deu no Marshall? – Ela disse baixinho.

- Ele enlouqueceu... A Rainha Gelada fez um pacto com o Lich... E agora, ele se aproveitou do Marshall.

               Fionna levantou o rosto assustada.

- O Lich? Não... Não é possível!

- Sim... Pior que é possível...

Quando Fionna focou no príncipe, notou como seu estado estava decadente. Seu rosto estava todo cortado, igual a sua roupa. Suas mãos estavam ensanguentadas, mesmo tentando limpar na calça. Seus joelhos estavam à mostra, os dois ralados. Ele tossia de vez enquanto por causa da fuligem que inalou o que deixou Fionna preocupada.

- Você está bem Gumball?

- Dá para ficar em pé... Quando eu chegar lá... Eu falo com a Dra. Ice cream...

Fionna abraçou a cintura dele, apertando a gata um pouco. Ela não ia se importar.

O Gelo começou a se converter em açúcar, aquele ar frio começou a ter um cheiro adocicado, o que os deixava mais calmos. A brisa se tornou mais fresca, não era mais aquele frio atordoante. Lorde sacudiu a cabeça e começou a perder um pouco de altitude aos poucos, como se fosse desmaiar.

- Lorde! Consegue chegar no meu quarto?

O Monochormecorn bufou e apertou o passo, sobrevoando os muros do reino e indo em direção a janela do quarto de Gumball. Ao chegar, ele caiu no chão ofegante, fazendo com que todos saíssem do colo dele rapidamente. Gumball ajoelhou-se próximo ao amigo e começou a acalentá-lo, tentando deixa-lo mais calmo.

- Fionna, deixe a Cake na minha cama! Preciso que você alerte a governanta menta que eu estou aqui...

 A Jovem não pensou duas vezes e saiu do quarto correndo, seus amigos estavam muito feridos e eles realmente precisavam de cuidados. Mas algo não saía de sua cabeça. O fato de o morceguinho ter perdido o controle estava quicando na sua cabeça. Como assim “Perdeu o controle”? Ele estava tão bem... De repente, puf! Ele perdeu o controle!

São essas coisas que tiram Fionna do sério, conviver com Marshall quer dizer “Uma estranha vida sem tédio” (Afinal a cada dia ele inventa uma nova merda pra fazer e acaba metendo ela e os dois acabam se ferrando, mas no fim acaba tudo bem e Marshall toma um soco, chute, tapa ou seja lá o que for).

- O sol resolveu se apaixonar pela lua...  Mas infelizmente, ele não sabia que seria tão difícil... – Fionna disse ao se lembrar do que Dusk disse.

Dusk... Onde está você amiguinho? Gumball não a deixou ir atrás dele, preferiu fugir. Era como se Gumball dissesse: “Ele já era, Fionna”. O lobo é bem forte, ele não morreria assim tão fácil.  Quando ela encontrou a Governanta, explicou tudo o que ocorreu resumidamente. Logo, ela já estava ligando para a Dra.Ice Cream para vir no castelo o mais rápido possível.

Os quatro acabaram sendo levados para o hospital. Fionna não estava ferida, mas o que lhe preocupava era Cake. As duas brigaram feio e agora, olha onde isso as levou. Quando todos terminaram de ser medicados, Fionna ficou sentada ao lado da amiga, esperando um sinal de consciência...

- Gumball... – Fionna resmungou.

- O que?

- Porque deixamos o Dusk sozinho... Ele não merece ficar lá sozinho...

- Eu fiz isso para seu bem... Você não ia voltar viva!

Fionna levantou da cadeira e seguiu até a cama dele batendo o pé.

- COMO ASSIM? É CLARO QUE EU VOLTARIA! MAS AGORA EU TENHO QUE SUPORTAR A POSSÍBILIDADE DELE ESTAR MORTO!

Gumball se retraiu de medo e ficou quieto. Vendo a besteira que fez, Fionna virou de costas e voltou a sentar na cadeira ao lado da cabeceira da cama de Cake.

- Você deveria estar descansando... – Gumball disse o mais calmo que pode.

- Não... Não consigo... Nem devo...

Ele conseguia sentir o que a brava guerreira estava sentindo, aquela dor incandescente queimava no peito dela. Um sentimento de angústia e arrependimento a matava por dentro, mas isso não era o pior. A preocupação estava a enlouquecendo. Ele reuniu todas as forças que tinha, mesmo sendo um restinho e conseguiu sentar, logo descendo da cama e seguindo mancando até ela.

- Gumball, pare com isso! Você precisa ficar de repouso! – Fionna disse

- Não... Não consigo... Nem devo... – Ele diz rindo.

Fionna ri da bobeira do rapaz e puxa uma cadeira para ele sentar. Ele senta ao seu lado e fica em silêncio, não tinha o que falar! O que ele poderia dizer? Qualquer coisa pode resultar em um olho roxo! Ou pior, uma vasectomia feita com o pé!

A jovem começou a acariciar o pelo de Cake, acariciava as costas, passava para o pescoço e logo um cafuné na cabeça. O príncipe a ouviu dizer algo baixinho, algo parecido como: “Eu te amo Cake... Não me abandona não...”. Gumball deu um leve tapinha nas costas de Fionna para chamar sua atenção. A loira olha para trás e o vê com os braços estendidos querendo lhe dar um doce abraço.

Ela não resistiu, o abraçou com força (A ponto de deixa-lo sem ar) e desabou em lagrimas. As incontáveis feridas resolveram arder de uma só vez, o que a deixou depressiva e necessitando de um ombro amigo. Fionna escondeu o rosto no peito dele, umedecendo o pijama rosado que ele estava usando com suas lágrimas.

Gumball tirou a touca dela, deixando que aqueles longos e sedosos cabelos longos se soltassem. Ele começou a acariciar o topo de sua cabeça, fazendo “shhhh” para que ela se acalmasse. Fionna sentiu um forte cheiro de chiclete ao abraçar ao rapaz, não tinha jeito, aquele príncipe era um doce em todos os sentidos. Ela começou a se lembrar do que Marshall dizia para ela sobre o Gumball, o fato dele usar muito rosa. Isso a entristeceu mais ainda. Onde você está Marshall? Onde você foi parar?

- Fionna, eu posso falar algo sério com você?

- Pode... – Fionna disse deitando a cabeça de lado para conseguir falar melhor.

- Seja lá com quem você quer namorar... Seja eu, o Flame Prince ou o Marshall... Você sempre poderá contar comigo para qualquer coisa. Vou continuar sendo seu amigo, ok? – Gumball olhou para ela sorrindo.

 Os olhos de Fionna brilharam ao ouvir aquilo.

- Vamos juntos salvar aquele vampiro desordeiro, ok?

- Ok Gumball! Vamos colocar aquele vampiro vagabundo na linha!

Os dois riram e começaram a pensar num bom plano para salvar o vampiro.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS!