Sweet Children - Green Day escrita por Renata Pádua


Capítulo 9
Uma noite azarada para Billie Joe


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu sacaneei muito o Billie nesse capítulo



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Billie Joe’s POV

Ok, eu vou matar o Mike.

Me diz, que tipo de amigo te deixa sozinho em um bar cheio de bêbados? Já eram quase duas da manhã. As pessoas que ainda não haviam ido embora nem bêbadas estavam; tava todo mundo trêbado mesmo.

“O Mike que se foda!” pensei com raiva e sai do meio daquele povo com bafo.

Primeiro, quando cheguei em casa, lembrei que tinha deixado as chaves com Mike. Fiquei uns quinze minutos rodando pelo jardim, no frio, a procura da maldita chave reserva. A encontrei embaixo de um gnomo com uma vara de pescar, que obviamente prendeu na minha mão. Ela começou a sangrar, e tive que usar minha blusa como curativo.

Tentei fazer o mínimo barulho possível ao entrar em casa, para não acordar minha mãe, coisa que é meio difícil quando está tudo escuro e parece que os móveis dobraram de quantidade. Subi as escadas, pulando os degraus que rangem, e acabei tropeçando no último, caindo de cara no chão. Sorte que o carpete abafou o barulho. Fui ver as horas. 1:55. Eu sabia que o despertador da minha mãe ia tocar daqui a cinco minutos, para ela poder verificar se nós chegamos em casa.

Minha mãe, Ollie, é bem legal, mas às vezes é muito controladora. Só porque sou um bom amigo, fui ao quarto de Mike e enchi a cama dele com o velho truque dos travesseiros, para parecer que ele estava em meio às cobertas.

O despertador tocou. Tive que dar uma de ninja e correr até o meu quarto o mais silenciosamente possível. Consegui chegar a tempo na cama, mas acho que perdi o meu dedo mindinho do pé em algum móvel atrás.

Você provavelmente deve estar pensando que eu sou um babaca de 20 anos que mora com a mãe e tem medo de ficar de castigo. Mas o fato não é esse. Se eu ficasse de “castigo”, eu daria adeus à Blue. Blue é a minha guitarra, para quem não sabe. Ela é uma Fernandes Stratocaster azul, mas com o tanto de coisas que já coloquei nela, nem me lembro de sua verdadeira aparência. Foi meu pai que a havia me dado. O melhor presente da minha vida. Enfim, se eu desobedecesse minha mãe, ela tiraria a Blue de mim por quanto tempo ela quisesse. E eu realmente não podia correr esse risco.

Ela entrou no meu quarto, e vendo que eu estava deitado na cama, foi embora. Pude ouvi-la verificando o quarto de Mike. É tão bom saber que a sua mãe confia em você.

Não sei quanto tempo passou, mas acordei com um barulho na janela. Parecia que alguém estava jogando pedrinhas no vidro. Abri-a e disse:

– Por acaso eu tenho cara de Julieta… - não pude completar a frase, porque uma pedra particularmente grande acertou meu olho.

– Veado! - praguejei enquanto apertava meu olho.

– Foi mal! - ouvi Mike dizer lá de baixo. - Será que você pode abrir a porta para mim? Aqui fora está congelando!

“É, eu sei, tive que ficar aí por mais de quinze minutos procurando a porcaria de chave!” pensei.

De contragosto, desci as escadas e abri a porta para ele.

– Por que você não pode usar as chaves? - reclamei.

– Talvez porque elas não estejam comigo? - ele disse. - Eu as havia entregado para você!

– Isso é ridículo! Eu não estou com as… - tateei meus bolsos e encontrei o que procurava. - chaves. - quer dizer que eu fiquei congelando no frio e fui pescado por um anão de jardim para nada?

– Cara, você esta bem? Você parece todo detonado - ele disse.

– É Mike, eu estou todo detonado, e tudo por sua causa! - gritei cochichando ao mesmo tempo, se é que isso é possível. - Primeiro, tive que sair do meio de uns bêbados que me abraçavam, jogando aquele bafo quente na minha cara. Depois, tive que ficar no frio procurando a chave reserva, cortando a minha mão naquele maldito gnomo. - ergui minha mão para ele poder ver o ferimento. - Em seguida, tropecei, caí de cara no chão, e provavelmente quebrei meu dedinho enquanto tentava te encobertar da minha mãe! Ah, e antes que eu me esqueça, acabei de levar uma pedrada no olho! - disse, levando meu cochicho ao volume máximo. Serio, eu só não gritava porque minha minha garganta estava doendo pra caralho. - E agora, acho mais do que justo você me contar que merda aconteceu pra você ir embora daquele bar sem eu.

Mike me explicou a história desde o início, de quando me abandonou no início do show, até o fim, quando chegou em casa e um certo maníaco conhecido por Billie Joe começou a brigar com ele do nada.

– Ta bom, ta bom, eu posso ter exagerado um pouquinho. - confessei. - Mas sei lá, você podia ter me avisado, qualquer coisa. -reclamei.

– Tudo bem, eu deixo você jogar uma pedra na minha cara e ficamos quites, pode ser? - ele brincou.

– Olha que eu jogo mesmo - respondi, rindo.

Estávamos subindo as escadas quando resolvi encher o saco dele.

– Mas sério cara, só um beijo? Nem mesmo uns pegas? - perguntei.

– Cala a boca. - Mike disse entrando em seu quarto.

– Boa noite para você também! - disse meio rindo, alto o suficiente para ele ouvir.



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Notas finais do capítulo

Almas caridosas, digam o que acharam do capítulo!



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