República Pohl. escrita por Babi Lemos


Capítulo 6
It's time to dan... fight.


Notas iniciais do capítulo

Eu demoro um século pra postar, eu sei.
Participação especial do Jared Leto, a pedidos. :)



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Descemos do taxi e eu logo vi que a fila da boate dava a volta no quarteirão. Strify foi até um dos seguranças que estavam na porta e segundos depois voltou.
- Pulseirinhas VIP's. - ele sorriu, prendendo o trequinho laranja néon no meu braço. -
- Mas e os outros? - o olhei. -
- Dei VIP pra todo mundo. - ele piscou, seguimos para a porta e por um momento meu ego inflou ao ver que eu não precisava ficar horas naquela fila enorme esperando pra talvez entrar. Passamos pelas portas e logo fu cegada pelas luzes psicodélicas do lugar, que automaticamente me deixaram tonta. Pode  chamar de caipira, eu deixo, nunca me dei bem com essas coisas mesmo. Passamos por entre as pessoas e chegamos à uma enorme escada que mudava de cor. Sim, ela ela colorida. Os seguranças checaram nossas pulseiras e logo estavamos subindo. Todos estavam lá, mas corri direto pra uma única garota.
- VAGABUNDA DESDENTADA! - agarrei Kylie, sendo agarrada de volta, enquanto ela dava pulinhos. - Ai que saudades de tu, vagaba.
- Também tô com saudades de tu, vadia do meu ser. - foi tudo o que entendi, o resto era desconexo demais. -
Já havia perdido a conta de quanto havia bebido, mas sabia que já tinha passado do limite. A prova? Eu estava na pista, dançando com o Gee. Em minha defesa, eu só estava dançando, e com ele, porque quem tocava era a Kylie e ela resolver dar um remember, tocando só as músicas que ela tocava pra mim no quarto, quando ainda era uma mera desconhecida. Eu tinha que admitir que estar ali com o Gee estava sendo demais. Minhas mãos seguravam suas mãos, que por sua vez estavam firmemente em minha cintura, enquanto ele mantinha o corpo tão colado ao meu, que nem uma agulha passava ali. Eu sentia o cheiro da colônia masculina dele misturada com o cheiro de álcool e o resto do hálito dele de canela. Combinação estranha mas incrivelmente deliciosa. Num gesto rápido, ele me girou, me deixando de frente pra ele e antes que eu pudesse perceber, seus lábios já estavam colados nos meus. WOW, o Way mais velho beijvava MUITO bem. Agarrei os cabelos de sua nuca, me certificando de que ele não sairia dali. Deus, onde eu estava com a cabeça para querer o Gee perto de mim? Apesar de já ter passado da conta, e saber disso, eu ainda tinha um certa noção do que se passava ao meu redor e essa noção dizia que eu ia me arrepender e muito de ter beijado-o. Empurrando meu sexto sentido garganta a baixo, resolvi curtir um pouco mais o meu momento de “paz”, porque o Gee estava sendo uma ótima companhia. Não sei quanto tempo aquele beijo durou, mas foi o suficiente para minhas pernas ficarem moles e meus pulmões pedirem desesperadamente por ar. Terminei o beijo puxando de leve os labios dele com meus dente, fazendo-o sorrir.
- Tô com sede. - gritei em seu ouvido. -
- Cerveja? - ele sorriu. -
- Vodka. - retribui seu sorriso. -
- Vai subindo que eu volto já pa lá. - ele me deu um selinho, me soltando em seguida. Subi para a área VIP e só Andy estava lá, quase fazendo o sofá de cama de motel. As mãos da  garota em seus braços passeavam livremente por todo o corpo do meu irmão, aquilo me fez rir. Sentei o mais afastada possível do casal que se comia ali, apenas pegando um espelho para olhar meu estado. A maquiagem não havia borrado e meu cabelo ainda estava impecável, o que era um milagre considerando o quanto eu havia me acabado lá na pista. Senti uma mão no meu ombro e olhei para trás, Gerard me entregava minha bebida. Sorri em agradecimento. - Vão pro motel. - ele disse pro casal, tudo o que Andy fez foi lhe mostrar o dedo do meio, me fazendo gargalhar. Ele se separou da menina por um segundo, me olhando e levantando uma sobrancelha ao ver o braço do Gee contornando minha cintura. Lancei-lhe um olhar divertido e ele deu ombros, voltando a beijar a garota. -
- Viu o Strify? - perguntei, olhando para o ruivo ao meu lado. -
- Não, por que? - ele deu um gole em sua bebida. -
- Ele disse que ia se resolver com o namorado, - fiquei de joelho no sofá, olhando para a pista lá embaixo. - queria saber se ele conseguiu. - não consegui encontrá-lo. - Pode parar de olhar pra minha bunda, Way. - disse rindo. -
- O que posso fazer se ela chama atenção? - o tom de voz dele era divertido e sujo, o que me fez gargalhar. -
- Pena que ela é só minha. - quando ouvi aquela voz, meu coração parou. Vi de rabo de olho, o salto que o Andy deu, deixando a menina que ele agarrava, assustada. -
- O que faz aqui, Leto? - o tom de voz de Andy era raivoso. Virei-me devagar e vi que Gee me olhava sem entender. Fiquei de pé, ainda com as pernas meio moles, dessa vez de medo, não por causa do Gee. -
- Estou de passagem pela cidade, soube que a Kylie estava aqui, onde a Kylie está, minha namorada está. - ele sorriu. -
- Sua o quê? - o olhei, quase rindo. - Espero que você não esteja falando de mim.
- De quem mais seria, gatinha? - ele ia tocar no meu rosto, mas antes que ele conseguisse, Gee segurou sua mão. -
- Melhor não. - a voz do Way era tão dura, que me assustou. -
- Desde quando você precisa de homem pra te defender, Reneé? - Jared me olhou rindo, livrando-se da mão do Gee. -
- Nunca precisei. - segurei o braço do Gee. - Nem nunca vou precisar.
- Eu sei. Que tal a gente ir pra um lugar mais calmo e conversar? - ele sorriu. -
- Mas nem pensar! - Andy disse. - Daqui você não sai, Reneé.
- Ouviu meu irmão, Jared. - dei um meio sorriso zombateiro. - Não posso sair daqui.
- Larga de frescura e vem logo, Reneé.
- Ela não vai, cara. Vai embora, vai. - Gee disse, sua voz era impaciente. -
- Não estou falando com falando com você, bichinha. - Jared debochou. Antes que eu pudesse contar o próximo segundo, o punho do Gee já tinha acertado o nariz do Leto. -
- Quem você chamou de bichinha? - ele olhou pro chão, onde o Jared tinha caído. -
- Tá maluco, viado? - Jared levantou num salto, segurando o nariz, Gee ia partir pra cima dele de novo, mas eu o segurei. -
- Não vale a pena, Way. - o puxei. -
- Arrumou um cafetão novo, vadia? - Jared riu, dessa vez foi meu punho que acertou o nariz dele e eu acho que consegui quebrar. - Continua batendo como um macho, mas ainda trepa como uma cachorra? - ele riu, dei-lhe outro murro, ele cambaleou, me aproximei e dei-lhe um chute no estômago. -
- Você quer morrer, Leto? - encostei o salto em seu pescoço. -
- Meu Deus, o quê é isso? - Danni chegou com os outros, colocando as mãos na boca. - Quem é esse cara?
- Larga ele, Reneé. - ouvi o Andy dizer, me puxando. - Some daqui, Jared. - ele rosnou e o mais velho saiu, passando por todos que o olhavam assustado. -
- Quem era esse? - Taylor me olhava assustada. -
- Meu ex. - respirei fundo, me recompondo. - Gerard Way, tu tá maluco? Como é que tu dá um murro assim no Jared? - me virei pra ele, que se encolheu com o susto. -
- Ele me chamou de bichinha! - ele levantou os braços. -
- A verdade dói, Way? - Bill riu, Gee mostrou o dedo do meio. -
- Gente, alguém viu o Strify? - perguntei quando percebi que ele era o único que não estava ali. -
- Tava no bar com um moreno alto, gostoso. - Taylor deu um sorriso safado que me fez rir. -
- Volto já. - desci as escadas correndo antes que algum deles resolvesse vir atrás de mim. Caminhei pelo local desviando de uns caras, e até algumas garotas, que tentavam me agarrar, mas ao chegar no bar, ele não estava lá. - Oi... - chamei o barman, que se aproximou com um sorriso de orelha a orelha. - Viu o Strify?
- O ex do Johnatan? - ele gritava para que eu pudesse ouvir. Confirmei. - Saiu com um cara ainda agora. Foram lá pra fora.
- Valeu. - agradeci e dei a volta, indo em direção ao estacionamento. O lugar estava silencioso e vazio, exceto pelos carros, óbvio. - Sty? - gritei, mas ninguém respondeu. - Sty!
- Tá querendo mais de um essa noite? - Ou vi a voz do Jared, sentindo-o me prender contra a parede. -
- O que você quer, Jared?
- Você. - ele sorriu. Daí meu mau pressentimento voltou, agora pra me dizer que eu não voltaria pra casa essa noite. -


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Notas finais do capítulo

:)



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