República Pohl. escrita por Babi Lemos


Capítulo 3
A República.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo deveria ter saído há dias, mas quando eu terminei de digitar, o Nyah! lindamente me desconectou e me fez perder tudo. Enfim, voltei pra postar de novo. Espero que dê certo dessa vez.
Ah, esqueci de pôr no capítulo de introdução - e provavelmente vou esquecer de pôr de novo - que a banda Fit for Rivals também "participa". Por banda, leia-se a dona Renee. :D
Qualquer erro que encontrarem, me avisem, eu arrumo, OK? :D



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 Estacionamos em frente a uma casa grande e amarela cheia de janelas brancas. Parecia uma daquelas casinhas antigas.

- Não é de todo mal. - Andy sorriu. -

- Me lembra um lugar feliz. - suspirei. -

- Renee, larga de ser tão... Renee. - ele bufou. -

- Andy... - o olhei. - Vai se foder. - peguei a mochila e saí, deixando-o rindo no carro. - 

 Entramos no lugar e umas dez pessoas surgiram dos mais diferentes lugares.

- Renee e Andy Phoenix, certo? - um cara muito, muito gato perguntou. Eu apenas confirmei com a cabeça. - Bem vindos à República Pohl, sou Chris Pohl, dono e atual mentor do lugar.

- Renee e Andy. - falei apontando respectivamente pra mim e pra ele. - Só pra não causar confusão. - falei e Chris apenas sorriu sem mostrar os dentes. -

- Garotos. - ele bateu palmas e todos se juntaram na sala conosco. - Estes são nossos novos moradores. Apresentem-se.

- Sou Gerard Way, - um cara bem branco e de cabelo extremamente vermelhos falou. - 23 anos, História da Arte.

- Mikey Way, - o outro parecia um ratinho. - 20 anos, Informática Industrial.

- Danni Monroe, - essa garota tinha cabelos cor-de-rosa e preto. - 19 anos, Biologia.

- Bill Kaulitz. - só quando falou, percebi ser um cara. - 22 anos, Moda. - sorriu. Um belo sorriso, devo dizer. -

- Taylor Momsen. - uma garota loira e muito gata sorriu. - 18 anos, Moda. 

- Hayley Williams, - essa parecia ser a mais normal de todas. - 20 anos, publicidade e propaganda.

- Sebastian, mas pode chamar de Strify, - esse era gay, certeza, mas também não era de se jogar fora. - - 21 anos, Arquitetura. Sejam bem vindos. - sorriu. -

- E vocês... - Chris nos olhou. - 

- Renee Phoenix, - comecei, achando meio robótico todas aquelas ações dali. - 16 anos, Literatura.

- Andrew, mas prefiro Andy, 16 anos, Medicina. - ele falou e todos os olhares se tornaram curiosos. Andy não era o que se esperava de um cara que cursava medicina, muito menos tinha a idade comum para os que passavam em tal curso. Fazer o quê? O garoto era um gênio. -

- Ele é um gênio, acostumem-se. - dei ombros e todos concordaram. -

- Renee, Danni vai lhe mostrar seu quarto. - Chris falou. -

- Mas eu estou com a Taylor. - a garota disse. -

- Verdade. - Chris riu. - Isso que dá vocês ficarem trocando de quarto, acabam me confundindo. - disse e todos riram. - Você que está sozinha, não é Hayley? - ele a olhou e a ruivinha concordou. -

- Vem comigo. - ela me ajudou com as malas. -

- Andy, você dividirá oquarto com o Strify e o Bill. - Chris voltou a dizer. - Infelizmente não temos quarto para outra dupla.

- Sem problemas. - Andy disse. A simpatia e simplicidade do meu irmão me irritava às vezes. Ele era meio incapaz de ser rude com alguém, era por isso que se aproveitaram tanto dele na infância. Mas ele tava aprendendo... Mais cedo ou mais tarde ele virava gente. -

 Subimos as escadas de madeira que brilhavam de tão limpas, chegando a um corredor curto e com quatro portas coloridas, uma cinza onde se lia "Mikey e Gerard Way", uma branca com a placa de "Strify e Bill", uma cor de rosa com o nome da Taylor e da Danni e a última, laranja com o nome da Hayley. Todas as portas ficavam do lado direito do corredor, exatamente nessa ordem, em frente ficava uma parede pintada de verde-lousa onde vários recados podiam ser lidos, como "Hayles, não esquece de me devolver a blusa. xx Tay." ou "Bill, você não escapa da louça essa semana. (66) Gee." Eram coloridos e tomavam quase todo o espaço. 

- Vou te mostrar aqui antes. - Fomos até o fim do corredor, onde tivemos acesso à uma área dividida em quatro portas, duas cor de rosa e duas azuis. - Pelas placas dá pra notar do quê se trata, né? - Hayley sorriu e concordei. - Cada um tem direito de usar o banheiro por até 30 minutos, depois disso a água corta automáticamente, - ela me olhou e eu retribui seu olhar, espantada. - Somos dez pessoas em um único lugar, precisamos economizar. - sorriu. - Recomendo que se existe algo que não queira dividir, guarde no armário do quarto. Aqui no banheiro só fica o que é de livre acesso, chapinha, secador, esse tipo de coisa. - ela dizia enquanto me mostrava o lugar. - Se algo quebra, pagao último que usou. - fechou a porta e abriu a outra cor-de-rosa. - Aqui são os armários para o que não cabe no quarto. - ela acendeu as luzes. - Tipo a coleção de 60 sapatos da Taylor. - ela riu e eu também. - Guarda sapatos, livros da faculdade, roupas de inverno... Tudo o que você acha que vai ocupar muito espaço no closet do quarto. - concordei. - O Chris vai te dar a chave do seu armário. - sorriu. - Ali - ela apontou outra escada de madeira no fim de outro corredor. - é o terceiro andar e quarto do Chris. Ele odeia que entrem lá. então mantenha distância.

- Por que ele não gosta? - perguntei já pensando coisas ruins, confesso. -

- Não sei. - ela deu ombros. - Questão de privacidade. Ninguém entra no quarto de ninguém sem ser convidado. - balancei a cabeça em sinal de entendimento. - Varandas... - ela apontou as laterais do lugar, que tinham duas portas para varandas. - Tente não aparecer só de toalha ou roupas...íntimas, ou qualquer outra coisa não decente, por aqui. A república aqui - ela pontou a casa à esquerda. - é masculina e só tem caras que não prestam. E a outra. - apontou a da direita. - é de garotas... Mas enfim. - ela riu e me puxou de lá, nos levando até a frente da porta laranja enquanto falava. - Cada um se responsabiliza por seu quarto. Não é permitido o uso de nenhuma droga aqui, lícita ou ilícita. - falava enquanto abria a porta com um chaveiro cheio de coisinhas barulhentas e brilhantes. - Existe toda uma rotina semanal que começa oficialmente às 6h30, quer você estude de manhã ou de tarde. O café é posto às 6h30, por causa do pessoal que estuda de manhã e tem de sair muito cedo. Fica na mesa até às 8h, não comemos depois do tempo da refeição, a não ser que você tenha algo guardado aqui no quarto, porque da cozinha, não sai. - ela acendeu a luz do cômodo e nós entramos, mas ainda pude ouvir Strify e Bill passando as mesmas regras pro Andy enquanto subiam as escadas. O nosso quarto era consideravelmente grande e literalmente dividido ao meio. A metade dela era cor de rosa, o que contrastava com os pôsters de bandas de rock na parede, e a minha metade era branca. - Chris nos deixa decorar o quarto como quisermos, desde que quando formos embora, o deixemos exatamente como encontramos. - ela sentou na cama dela e eu sentei na minha. - O almoço é servido 12h, fica na mesa até às 13h, novamente por causa do pessoal da manhã que acaba chegando tarde. Lanche da tarde é com cada um. O jantar é posto às 20h e fica na mesa até às 21h30, caso você tenha algo extra-curricular na faculdade e chegue mais tarde que isso, tem que avisar pra que o Chris destranque a cozinha. O toque de recolher é às 23h...

- Opa, opa... - a interrompi. - Toque de recolher? Às 23h? Você não tá falando sério, tá? - a olhei, ela confirmou. - Eu nunca tive toque de recolher, nem quando era criança! E sabe quando foi a última vez que eu dormi antes da 00h? Eu nem lembro! - acho que meu desespero era engraçado, porque ela ria enquanto eu falava. - 

- Toque de recolher não significa dormir, só que você tem que estar no quarto. - ela falava coo se explicasse a tabuada a uma criança. - Por questões de privacidade e segurança, quartos sempre trancados. Lá no primeiro andar tem video game e computador, pode usar a vontade desde que não tenha ninguém esperando, porque aí você só tem direito a usar por uma hora. 

- Isso é uma república ou uma prisão? - bufei. - 

- Questão de organização e economia. - ela deu ombros. - Acima de tudo, Chris preza a ordem daqui. Acredite, se não fossem essas regras, isso aqui seria um caos.

- Vocês são tratados como crianças e nem percebem. - falei. -

- Você acostuma. Tudo aqui é feito pensando no melhor pra gente.

- Se você diz... -dei ombros, desistindo de discutir. -

- Ah, como você viu no painel, todos temos funções na casa e elas são trocadas semanalmente através de sorteios. - concordei. - Acho que é tudo. Qualquer coisa é só perguntar.

- Tudo bem. - concordei e ela saiu. Observei o lugar com mais atenção. Era grande, como já disse, e meio rosa também. A porta ficava no meio do lugar, do lado esquerdo estava o closet, grande o suficiente pra duas pessoas guardarem o que precisavam, um frigobar e uma mesinha com alguns enfeites. Este era o meu lado. O lado de Hayley, obviamente o direito, tinha uma mesa de estudos repleta de livros, uma estante com TV, ao lado da porta, som, essas coisas. Era simples e a maioria das coisas havia sido trazida pela própria Hayley. Tentei abrir minha metade do closet, mas não deu. Saí do quarto e dei de cara com o Chris. -

- Suas chaves. - ele disse, me entregando o pequeno molho. - Chave do portão e porta da frente, da garagem, portão dos fundos, armário das garotas, sua parte do closet, do quarto e do banheiro. 

- O banheiro é trancado também? - o olhei. -

- Tudo é trancado. Seguraça e privacidade sempre em primeiro lugar. - ele sorriu. - Hayley lhe passou as regras?

- Sim. - confirmei. -

- Gostei de saber que estuda literatura. Agora tenho com quem discutir alguns livros.

- Gosta de ler? - o olhei interessada. -

- Sou formado em literatura. - ele sorriu. -

- E em artes cênicas, em enfermagem, e em história. Fora as dezenas de cursos. - Taylor chegou, encostando-se nele. - Não seja exibido, Chris. - ela disse e ele riu. - Ele é um gênio, do tipo que só aparece um a cada geração.

- Legal, vai se dar bem com o Andy, então. - sorri. - 


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Notas finais do capítulo

Eu sei que foi um capitulo chato, mas relevem, é mais uma explicação do que é a república e quem são os personagens. A partir do próximo capítulo tudo começa a melhorar, juro. :)



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