A Emboscada escrita por Lana


Capítulo 22
Cap. 21 - O despertar da semideusa.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Eu nem deveria estar aqui hoje. Agradeçam à Giovanna Donatelli, que me encheu MUITO a paciência para fazer esse capítulo hoje, aliás, Feliz Aniversário Gih!! Muitos anos de chatice pra você...melhor não. kkkkk' ;)
Então pessoal, ando muito ocupada por conta de trabalhos, provas etc... e por isso supracitei que não publicaria hoje. O capítulo ficou mais curto em razão da minha falta de tempo, e salvo engano é o mais tranquilo até aqui.
Aviso importante nas notas finais, não deixem de ler.
Boa leitura!



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Capítulo 21



“ O despertar da semideusa.”



Finalmente em segurança, pela primeira vez em vários dias Nico conseguiu respirar aliviado. Annabeth estava a salva, mesmo que isso tivesse custado um ferimento considerável a Percy, mas ainda assim, Kurt Spencer, o mero mortal que conseguira retirar a paz do acampamento meio-sangue e do olimpo pouco tempo depois a guerra contra Cronos, tinha escapado, mesmo não ileso.

E havia mais um fato que lhe aturdia o cérebro e o impedia de descansar: o aparecimento de uma nova semideusa, filha de um dos Três Grandes, corajosa o bastante para alguém sem experiência com lutas e agora alguém com a aparência vazia.

Nico não tivera a oportunidade de observá-la consciente por muito tempo, até porque assim que invadiram a velha cabana de madeira judiada pelo tempo, a garota já estava desmaiada pela perda de sangue. Fraca e muito pálida, ela dormia na cama ao lado da sua, em um dos quartos da pousada de Megan, para onde Annabeth os levara.

Por alguns minutos o filho de Hades observava suas feições serenas. Era pouco mais nova que ele, com cabelos intensamente escuros. Ele imaginou se ela tinha os mesmos olhos verdes de Percy, e ele imaginou que se assim fosse ela seria tão bonita quanto Bianca quando esta morrera.

O pensamento o fez tornar-se sombrio novamente. Lembrar-se de Bianca não doía tanto quanto antes, mas ele não conseguiu sequer uma única vez verbalizar o assunto desde que se conformara, e sempre que se deixava olhar para algo luminoso como Giovanna, ele se sentia entristecido por sua irmã não ter tido a mesma chance.

Tentando se desvencilhar das lembranças taciturnas, ele sacudiu levemente a cabeça, sentindo o pescoço doer em razão da tensão que passara nos últimos momentos, e ao sentar-se novamente em sua cama, viu que a filha de Poseidon finalmente tinha acordado, e o observava com um olhar curioso.

– Acho que você é o Nico, certo? – ela se manifestou antes que ele fizesse menção de dizer qualquer coisa. Notou que estava certo quanto aos olhos de Giovanna, de um verde tão exótico que somente filhos do mar poderiam ter.

– Sim. Como sabe? – ele se limitou a murmurar, com a voz denunciando um cansaço que nem ele se lembrara de sentir.

– Annabeth me contou nos poucos minutos tranquilos que tivemos sem o asqueroso por perto. Já investiguei sua vida toda. – ela deu uma leve piscadela. Sua voz era divertida, e tinha um toque de ironia, é bem verdade.

Giovanna tentava sentar-se, e pareceu não se lembrar do braço machucado quando apoiou na cama. Nico fechou os olhos esperando que ela gritasse de dor ao antever o que a menina faria, e quando o fez, ele se arrependeu de não ter tapado os ouvidos a tempo de não ficar quase surdo.

Um sorriso tímido se abriu, enquanto a persistente Giovanna se ajeitava encostada na cabeceira da cama.

– Seu ferimento foi bem sério. Deve ter doído bastante, se eu fosse você não me esqueceria dele da próxima vez. E quanto a você já saber da minha vida, é bom, assim me poupa o trabalho de me apresentar. – por incrível que pareça, Nico se sentia confortável em conversar com ela, e isso não era comum ao garoto frio e fechado que sempre fora.

– Minha mente privilegiada não me deixará esquecer, não se preocupe. Então você mora no inferno? Isso é interessante... parece que o diabo nem é tão feio quanto dizem. – ela gargalhou com a própria piada.

Se fosse outra pessoa que tivesse feito tal comparação, ele com certeza ficaria bravo, mas com Giovanna ele descobriu que até achara graça em piada tão sem fundamento. Nico se permitiu rir também, lembrando-se que fazia um bom tempo que não fazia isso.

– Não que você tenha perguntado, mas eu tenho que te dar o prazer de conhecer a minha pessoa. Bem, meu nome é Giovanna Donatelli, sou nascida em Aspen e filha de Poseidon. Não que eu soubesse há muito tempo que eu sou filha de um deus grego, até porque se eu soubesse muita gente teria se engasgado com água nos bebedouros da vida. Enfim, nunca achei que pertencesse à esse mundo sem graça mesmo, e pulei de alegria quando minha mãe me contou a verdade. É uma pena que não tive oportunidade de ir para a escola demonstrar para alguns indivíduos a minha superioridade. Ah sim, esqueci de dizer, eu também adoro falar muito, embora as pessoas raramente me digam isso. – ela sorriu e esperou que Nico fizesse outra coisa a não ser assentir.

– Talvez nunca tenham te falado por você não ter dado oportunidade, como fez agora. – ele sorriu.

– É... Talvez seja isso. Que fique bem claro, só te deixei falar porque você é bonito. – ela deu de ombros e Nico ficou embasbacado de como a garota era desinibida. Um pouco envergonhado com a situação, ele agradeceu em murmuro e suspirou de alívio quando a porta foi aberta por Thalia.

Sem cerimônias, a filha de Zeus estendeu a mão para Giovanna.

– Fico feliz que tenha acordado, você ganhou meu respeito depois que a vi salvando Annabeth hoje, mas amanhã entramos em detalhes. – ela se mostrou cansada.

– Pode falar agora, eu não me importo. Você é Thalia? Imagino que sim – Giovanna estava animada ao conhecer mais uma pessoa de que havia ouvido falar.

– Sim. Meus músculos se importam Giovanna, eles imploram por descanso. – ela se jogou na terceira cama do quarto, colocando um dos travesseiros no rosto. – Apaguem a luz!

Nico revirou os olhos e murmurou:

– Sempre de mau humor...

– Você quer mesmo dormir? Eu não estou com sono... – ela respondeu no mesmo tom de voz. Ele estava tão cansado quanto Thalia, e ficou triste em dizer a Giovanna que precisava de algumas horas de sono.

– Tudo bem, ficarei sozinha observando o alento da noite estrelada e carregada, enquanto vocês dormem o sono dos justos. Eu te desculpo Nico, mas você fica me devendo uma. – ela fez drama, e Nico pensou que ela realmente era boa nisso.

– Você não é muito normal. –ele disse apagando a luz e finalmente se estirando sobre o macio colchão.

– Eu sou filha de Poseidon, porque teria de ser normal? – ela disse.

– Realmente, você está certa. Boa noite. – e então se preparou para dormir com uma sensação que nunca havia sentido antes. Por alguns minutos não conseguiu adormecer, sentindo falta da voz engraçada e espontânea de Giovanna, e ao fechar os olhos pela última vez aquela noite, sorriu por saber que estava seguro o suficiente para ter a chance de ouvi-la no próximo dia.






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Notas finais do capítulo

Acho que conheceram melhor a Giovanna, e talvez tenham percebido um clima bem sutil, porém verdadeiro.
O aviso é que a história está em sua reta final. Eu não sei ao certo, mas teremos cerca de mais 5 capítulos e o epílogo, e eu gostaria de que todos os leitores comentassem...
É bem decepcionante escrever sabendo que muitas pessoas leem e, quando se olha os comentários encontra um número bem aquém do que deveria ser.
Enfim, obrigada por lerem.
Até o próximo (se tudo der certo, domingo que vem eu posto)
Bjs



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