A Emboscada escrita por Lana


Capítulo 13
Cap.12 - Uma mísera gota de alívio.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Por ter mandado uma recomendação linda, a dedicatória deste capítulo é pro Walter - que agora atende pelo nick "Lovely Ghost Writer" - Você é adorável! rs'
Boa Leitura *.*



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Capítulo 12


“Uma mísera gota de alívio.”



Aos olhos dela parecia pouco tempo, mas já haviam se passado horas desde que conseguira exterminar a velha Empousa e fugir da cabana – seu recente cativeiro.

Sem descanso, Annabeth corria por entre as árvores e por puro reflexo não topava com o conjunto de folhagens que apareciam á sua frente enquanto o suor escorria pelo rosto e o medo de que fosse alcançada entorpecia seus calcanhares.

O breu começava a invadir o céu quando pode notar que se aproximava da encosta da floresta, rezando aos deuses – em especial á sua mãe, Atena - que houvesse ali alguém com bondade capaz de socorrê-la, uma vez que possuía os braços arranhados e o corte em sua testa se abrira novamente, dessa vez, estando mais profundo e latente.

Ela esperava que Percy já estivesse a caminho, pois sabia que não conseguiria ir muito longe até que seu sequestrador a apanhasse novamente, já que estava machucada, faminta, sem nenhum dinheiro mortal ou sequer dracmas, e também o seu boné da invisibilidade. Só lhe restara a adaga, e tinha que ser suficiente.

Sem forças para sequer continuar caminhando, Annie praticamente se arrastava ao chão quando pensou ter visto uma miragem: uma espécie de hotel se materializava em sua frente, embora simples, parecendo muito mais acolhedor do que o abraço da noite. A visão estava turva e obrigou-a a esfregar os olhos antes de enxergar novamente o milagre que os deuses fizeram em colocar a tal pousada do seu caminho e livrá-la da enrascada. E então sorriu aliviada.

Concentrou todos os seus músculos para que fizessem um último esforço e chegasse até o local. Annabeth estava há muito tempo sem se alimentar e os ferimentos a faziam se sentir ainda mais fraca, e levando em conta todo o esforço que fez montanha acima tentando distanciar-se da cabana, concluiu que não se sentira tão cansada assim desde que segurara o céu.

A pousada se abria á sua frente, notoriamente ocupada por turistas em sua maioria estrangeiros que haviam escolhido o local como destino de aventuras sobre a neve densa, mas a garota mal pode notar a quantidade de pessoas presentes no saguão. Assim que apareceu no vão de entrada, a exausta filha de Atena murmurou num fio de voz:

– Por favor, me...ajudem. – e sucumbiu diante do cansaço, chocando-se com o chão fortemente e provavelmente machucando um dos braços.


***


Um quarto pequeno de móveis rústicos com aparência colonial foi a primeira coisa que viu quando finalmente despertou. Ela não sabia precisar quanto tempo ficou entregue à inconsciência, contudo, parece ter sido o suficiente para que recuperasse boa parte de sua energia anteriormente esvaída.

Annabeth esforçou para sentar-se e percebeu que estava com roupas limpas e novas – uma cacharrel cardada azul revestida com um conjunto de inverno cinza – e a o lado da cama botas de couro impermeáveis, que a permitiriam suportar o frio da montanha. Uma xícara de chá jazia em cima do criado mudo ao lado da cama em que estava.

A porta se abriu enquanto ela tomava rapidamente a bebida.

– Como se sente? Você realmente nos assustou garota. – uma senhora de rosto bondoso, de aproximadamente 45 anos, lhe falou.

Sem hesitar, Annabeth sorriu.

– Obrigada por me ajudar. Eu não sei o que aconteceria se não tivesse encontrado esse local... Desculpe, mas qual o seu nome?

– Megan Armstrong. Não precisa agradecer querida, e pode ficar o tempo que achar necessário, afinal, irmãos servem pra isso. – ela disse piscando uma vez mais.

Foi então que Annabeth reparou nos mesmos olhos cinzentos, característica certa de filhos de Atena. A garota se surpreendeu com sua sorte, mas não deixou de agradecer mentalmente á sua mãe por ter sido tão eficiente na ajuda pedida.

– Oh, você deve estar faminta! E ainda não sei seu nome... – ela rolou os olhos como se debochasse de si mesma por ter se esquecido deste detalhe.

– Annabeth Chase. E sim, faz um bom tempo que não como nada. – ela riu sem graça.

– Vamos, provavelmente estão terminando de servir o almoço agora. – E elas saíram conversando entre si. Annabeth descobriu que Megan frequentara o acampamento meio-sangue anos antes, e que mesmo naquela época já ouvira falar da grande profecia que se estendeu a Percy. Resumidamente, a filha mais nova de Atena lhe contou sobre a batalha e de como os deuses conseguiram manter-se no poder do Monte Olimpo.

Mesmo sem saber muito, mencionou também sobre a nova grande profecia – a profecia dos sete, como apelidaram-na. Mas até o presente momento, e Annie agradecia por isso, não havia indícios de que ela se concretizaria tão cedo. (N/A: Só gostaria de lembrar que a série “Os heróis do Olimpo” não aparecerá nesta história.)

Na sala de jantar, estavam todos muito quietos fazendo sua refeição. Haviam ali famílias inteiras, e também casais jovens que provavelmente estariam em lua de mel, divertindo-se sem notar a estranha que desmaiara na porta e chamou a atenção de todos que estavam presentes no dia anterior.

Sentou-se com Megan em uma das mesas desocupadas mais ao canto e logo trouxeram sua comida, um prato desconhecido por ela, entretanto, tão apetitoso que ela não fez nem questão de perguntar do que se tratava. Sua mais nova irmã descoberta também comia, e depois de algum tempo, mais precisamente desde que fora sequestrada por Kurt quando estava a caminho do Upper East Side, Annie finalmente se sentiu segura.


***

Após o almoço, Annabeth pensou em dar uma volta para conhecer melhor a pousada. Mal sabia ela que seria um grande erro, pois na noite anterior, ela não notou tamanho era seu cansaço, mas estava sendo observada.

E desde então, estava sendo vigiada por alguém que ainda não conhecia. E se soubesse, preferiria mil vezes nunca conhecer, pois seria o mortal a lhe causar um trauma que carregaria pelo resto da vida.

Distraidamente apoiada em um dos bancos do jardim congelado, a filha de Atena não percebeu que alguém se aproximava, até ouvir uma voz baixa e áspera demais.

– Olá.

Ela não teve tempo de gritar.



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Notas finais do capítulo

Arriscam palpites sobre o que vai acontecer com a Annabeth??
Espero reviews!
Agora, quero divulgar uma história muito boa: trata-se de uma versão alternativa de "A Marca de Atena"
http://fanfiction.com.br/historia/264379/A_Viagem_Dos_Novos_Argonautas/
Garanto que vão gostar!
Beeijos



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