Pegamos nossas malas e nos dirigimos para o saguão central. Com a minha ansiosidade de chegar logo em casa, acabei esbarrando em uma moça e derrubando todas as minhas malas de mão no chão.

-Desculpe! –Falei rápido para a moça a qual eu tinha atingido e ela só resmungou um “não foi nada” e saiu andando sem olhar pra trás.

Como nesse mundo acho que nasci sozinha, nem um ser se prestou para me ajudar a pegar minhas coisas. E tenho que dizer que equilibrar 5 bolsas de mão e ainda torcer para não virar o pé com aquele salto 15 que eu estava usando realmente não é nada fácil como você vê nos filmes. E quando você consegue se sair bem em tudo isso, um ser de meio metro de altura vem correndo em sua direção e pula com tudo em cima de você. Resultado: tudo o que eu tinha juntado foi tudo pro chão, inclusive eu.

-Alyzinha! –Sophia disse entre os milhões de beijos que ela distribuía pelo meu rosto.

-Calma Sophia! –Disse rindo e afastando ela de mim - Minha princesa, como você cresceu! –Disse enquanto parava para observá-la.

-As princesas vão mesmo ficar paradas sentadas no chão no meio de um aeroporto lotado? –Matt apareceu do nada. Estendeu a mão para eu segurara-la para levantar do chão.

-Pai! –Levantei e pulei em seus braços. O abracei com força. Senti falta dessa segurança que só o abraço dele ele me passava.

-Aly, saudades de você minha princesa! –Ele disse enquanto afagava meu cabelo em meio ao nosso abraço.

-Alice? –Scooter apareceu do meu lado. Como sempre ele e o Matt se encararam mortalmente.

-Oi –Disse me virando pra ele e ao mesmo tempo pegando minhas coisas que estavam no chão. Matt logo tratou de me ajudar. Pelo menos ainda existe uma alma que pensa em mim nesse mundo!

-Estávamos te procurando. Já estamos indo pro hotel, vamos? –Scooter perguntou ainda encarando Matt.

-Como assim “vamos”? –Perguntei assustada.

-Ué, vamos pro hotel. Aonde mais você iria ficar? –Scooter perguntou como se fosse óbvio.

-Acho que na casa dela? –Matt se intrometeu no assunto.

-E aonde seria a casa dela? –Scooter perguntou sinicamente. Sério que nessa hora eu tive vontade de pular no pescoço dele.

-Acho que seria aonde ela cresceu e morou a sua vida inteira? Aonde ela compartilhou as suas alegrias e tristezas. Aonde ela teve tudo que você nunca proporcionou pra ela! –Matt agora ficou realmente nervoso e eu estava sentindo que dali não ia sair coisa boa.

-Desculpa, mas eu estava muito ocupado trabalhando! –Scooter disse irônico.

-E isso te impedia de ir ver sua filha? –Matt retrucou. Antes que aquilo saísse pior do que já estava, resolvi interferir.

-Parem os dois! –Me coloquei no meio de ambos. –Eu vou pra MINHA casa sim, e você, Scooter, achei que nós já estivéssemos conversado sobre esse assunto! –Disse olhando brava pra ele. Ele ia argumentar algo mas desistiu no meio do caminho.

-Ai Jesus, se não tem jeito, ok! –Ele disse coçando a nuca. –Mas promete me ligar todos os dias e me informar onde você está? –Ele perguntou preocupado e eu concordei. Esse lado do Scooter eu não conhecia. Talvez seja por medo de me perder pro Matt...

-Scooter, amanhã a noite eu vou no show do Justin, relaxa! –Disse rindo e ele sorriu. –Só avisa pro Justin que eu to indo e depois eu mando uma mensagem pra ele. –Disse em seu ouvido enquanto lhe dava um abraço.

-Ok, se cuida minha baixinha! –Ele me deu um beijo no rosto e saiu.

-Vamos! –Disse animada. Aly pegou em uma mão minha e em outra do Matt. E saímos nós três de mãos dadas do aeroporto.

[...]

Depois de almoçarmos no melhor restaurante da cidade fomos finalmente pra casa.

- Lar, doce lar! –Disse enquanto jogava, literalmente, minhas malas no chão da sala. Se minha mãe estivesse aqui era bem capaz de ter me feito catar tudo e guardar no guarda-roupa.

- O que nós iremos fazer hoje? –Meu pai perguntou enquanto pedia pros empregados levarem minhas malas até meu quarto.

- Você tirou o dia de folga? –Perguntei surpresa e ele assentiu. Para o mundo que eu quero descer! Meu pai tirando folga? Tipo assim, fazem anos que eu escuto, escutava, minha mãe brigando com ele para irmos viajar e ele sempre se negou por que ele dizia que trabalho é compromisso. Então quando meu pai tira folga, ou ta acabando o mundo ou alguém morreu.

- Papai ficou louco... –Sophia disse rindo e rodando os dedos no lado da cabeça simbolizando loucura. Rimos dela

- Decidam logo, senão não vai dar tempo de nada! –Ele disse nos apressando.

- E se nós déssemos uma passadinha na Times Square pra comprarmos os presentes de natal? –Perguntei animada e os dois concordaram. –Ótimo, só vou tomar um banho e já desço!

Subi pro meu quarto. Ai meu quarto! Como eu senti falta dele! Parei para absorver um pouco as lembranças que aquele lugar me trazia.

Meu primeiro livro de história, meu primeiro choro por decepção amorosa, meu primeiro susto ao acordar e perceber que eu tinha virado uma “moçinha”, minha primeira perna engessada por não ter visto algumas bolinhas de gude espalhadas pelo quarto. Cada pedacinho daquele quarto me contava uma história diferente, e todas elas a minha mãe estava presente. Não sei por que, mas aquele quarto não parecia mais ser feito pra mim. Ele parecia pertencer a antiga Alice.

Antiga Alice... lembro que esse foi um dos primeiros assuntos depois de voltar a morar com Scooter, que eu falei com o Justin. Será que a nova Alice de seis meses atrás ainda é a nova Alice ou já é a velha. Será que eu ainda quero me vingar do Justin e odiar profundamente o Scooter? Será que na verdade tudo que eu sinto pelo Justin na verdade não é um amor inacabado, mas muito machucado? Será que eu devo lhe dar a segunda chance que ele tanto quer?

- Alice? –Matt bateu na porta. –Ué, não foi tomar banho ainda? –Ele perguntou ao me ver parada no meio do quarto contemplando meu redor. –Algum problema querida?

- Dá tempo da gente conversar? –Eu perguntei. Eu precisava desabafar com alguém. Se fosse algum tempo atrás essa pessoa seria minha mãe, mas agora eu sinto que só tenho o Matt.

- Claro! –Ele se sentou na cama e fez sinal pra eu fazer o mesmo.

- Eu estou confusa. Não sei se eu quero continuar com os planos de vida que eu fiz no passado. –Disse deitando minha cabeça em seu colo e ele começou a fazer cafuné.

- Você esta começando a gostar de morar com Scooter, não é?! –Matt meio que afirmou o que estava preso na minha garganta.

-Não é bem isso, é que eu sinto que ele não é tudo que eu achava que ele era. Ele tem coração. Ele pensa em mim. Acho que ele realmente se arrependeu de ter perdido todos esses anos longe de mim. –Matt concordou com a cabeça em sinal pra eu prosseguir. –Mas eu queria que tudo se ajeitasse. Que eu morasse perto de você e da Sophia, mas ao mesmo tempo das minhas avós, do meu pai e... do Justin.

- Querida você esta vendo a vida do jeito que sua mãe sempre tentou te mostrar, mas que você, e eu tenho uma grande parcela de culpa, decidiu ignorar e ver o pior lado das coisas. Só quando eu realmente percebi o que é ficar longe da minha filha que eu me coloquei no lugar do Scooter. Claro que isso não justifica todos os seus atos, mas ele te ama sim! Sempre te amou! Você que não deu aberturas pra ele por ele sempre te fazer lembrar do Justin. –Matt disse calmo e com sinceridade.

- E se eu por acaso tiver gostando novamente do Justin? –Perguntei meio hesitante.

- Aly, você sabe o que você faz! Eu não conheço o Justin direito para poder julgá-lo. Ele parece ser uma boa pessoa e também muito carinhoso. Mas se quer saber minha opinião, não acho que ele seja o cara certo pra você! –Ele disse olhando no fundo dos meus olhos. –Mas e se ele for e eu estiver enganado? Corra atrás dos seus sonhos, as vezes o que você precisa é terminar esse romance e se ver livre. Seja ficando a vida inteira ao lado dele ou percebendo que existem outros homens por ai muito dispostos a te dar o melhor da vida. E sem querer me gabar, mas já me gabando, a segunda opção vai de encontro com a vida da sua mãe. Ele precisou sofrer por um amor que não deu certo para descobrir um homem perfeito. –Ele disse sério até a última palavra, ai já virou palhaçada. Ri alto e dei uma travesseirada de leve nele. Ele me deu um tapinha na bunda e me mandou ir pro banho que ele ia ver se a Sophia já estava pronta. Fiz o que ele mandou e fui até o banheiro para tomar uma boa chuveirada.

Coloquei uma roupa mais confortável e quente ao mesmo tempo. Sai do banheiro e percebi ao olhar pela janela que estava nevando. Sorri com isso. Amo neve.

Desci e já encontrei Sophia vestida toda de rosa, sua cor preferida. Ela veio até mim e estendeu sua mão pra eu segurar. Enquanto esperávamos meu pai terminar de se arrumar ela me contou como ela estava indo no colégio e sobre suas aulas de balé.

Meu pai logo desceu, ele estava completamente charmoso e com um casaco preto que destacava seus olhos verdes.

- Vamos meninas? –Ele perguntou e nós assentimos.

Fui na frente com ele e Sophia atrás no carro. Deixamos o carro parado em uma vaga que tinha na rua, milagre, e seguimos nosso percurso a pé.

[...]

Após inúmeras compras chegamos em casa. Da porta de casa podíamos sentir um cheiro muito bom de comida pronta. Fomos direto pra cozinha e Helena estava tirando uma travessa de lasanha do forno. Me deu até água na boca.

- Espero que vocês ainda não tenham jantado! –Disse Helena fingindo uma cara séria.

- Helena, meu amor! –Fui correndo até ela e lhe dei um abraço enorme. Senti muito sua falta.

- Oi Aly, que saudades de você, minha criança! –Ela disse enquanto passava a mão em meus cabelos. – Espero que você esteja se alimentando direitinho! – Ela disse em um tom que lembrava minha mãe. Na verdade sempre a considerei uma segunda mãe pra mim.

- Estou sim, mas não irei recusar essa deliciosa lasanha que você preparou! –Eu disse e ela abriu um sorriso enorme.

- Então o que você esta esperando? – Ela disse sorridente. Nós a ajudamos colocando a mesa e ela serviu a lasanha.

- Esta uma delícia! – Disse meu pai para ela e ela corou instantaneamente.

- Obrigada! –Ela disse meio envergonhada.

Conversamos e comemos animadamente. Depois ela ainda serviu um petit gateau que estava maravilhoso.

- Que tal assistirmos um filme? – Meu pai perguntou e todos nós concordamos.

Se fosse depender da Sophia nós assistiríamos Barbie e a Pop Star, mas depois de muita insistência da nossa parte e Helena prometer que amanhã faria um bolo da Barbie, ela resolveu ficar quieta e nos deixar assistir um filme qualquer. Optamos por assistir “As vantagens de ser invisível”.

Eu já havia lido e livro e gostado bastante, mas assistir o filme com Logan Lerman e Emma Watson no elenco é outra coisa. Parece que consegue ainda mais dar vida a história.

No meio do filme Sophia dormiu e para facilitar as coisas eu acabei pegando-a no colo e levando-a para seu quarto. Coloquei ela em sua cama, a cobri. Dei um beijo de boa noite e coloquei o Blue, seu ursinho de pelúcia, em volta de seus braços.

Desci novamente para a sala, mas no meio do caminho eu desisti ao ver meu pai e Helena assistindo o filme abraçados. Não pude evitar sentir um pouco de ciúmes, mas o melhor que eu poderia fazer nesse momento é deixar os dois se resolverem. Até que ia ser bom ver meu pai casado novamente, e se isso tivesse que acontecer, sem dúvidas nenhuma, a melhor pessoa para ele se relacionar era Helena. Ela já cuida da Sophia como uma mãe, só iria oficializar as coisas e ser uma companheira para meu pai.

Então dei meia volta e subi para meu quarto. Tomei um banho para tirar a sujeira da rua e me deitei na cama. Olhei pro meu celular e ele piscava sinalizando que havia mensagens para serem lidas.

Me sentei na cama e fui lê-las.

Sua vadia, você poderia pelo menos fingir que se importa com a sua amiga e me ligar de vez em quando. Queria te contar que fui aceita em Princeton, Oxford e Harvard, estou muito feliz e muito em dúvida de qual faculdade escolher. Você bem que podia me ajudar né?! Tenho umas novidades pra te contar que te você irá cair de costas.

Me responda, por favor!

XOXO Bianca sedutora.

Comecei a rir sozinha e fui responder.

Ai que saudades dos seus elogios! Calma amadinha, é que eu to MUITO ocupada e o Justin esta me tirando do sério com essa turnê. Brincadeira, nossa relação até que esta muito boa e acho que pode virar algo mais...

Aiii que linda, não sabia que você era tão requisitada assim... Bom bem que no meio dessas Julliard podia estar no meio, né?! Assim iríamos fazer faculdade juntas! Você ainda ta querendo fazer direito? Se precisar de ajuda meu pai tem vários contatos e pode te arrumar um bom emprego logo que você sair da faculdade!

Ai meu Deus, até me deu medo agora! Mas eu vou fazer o seguinte, eu to em NY agora, quando eu for embora eu te ligo, okk?!

XOXO Alice gatinha.

Fui pra próxima mensagem.

Aly, fiquei sabendo que você esta em NY. Estou chegando amanhã para fazer uma certa visita surpresa. Quem sabe não dá certo da gente se encontrar? Estou morrendo de saudades de você!

XOXO Liam

Ai meu Deus, agora eu gelei. Como eu iria ter coragem de encarar o Liam sabendo que eu estou começando a voltar a gostar do Justin?

Por falta de coragem, resolvi não responder essa mensagem.

Fui pra próxima.

Alyzinha, vovó esta tentando falar com o seu pai faz horas e não consegue. E você também não faz nada pra atender esse celular. Me ligue assim que ver essa mensagem, é importante!

XOXO Jade

Agora fiquei preocupada, e se tiver acontecido uma desgraça? Fui verificar as chamadas e havia 15 chamadas perdidas do número da vovó. Disquei imediatamente para ela.

Ligação On

- Alice, pelo amor de Deus, eu fiquei o dia inteiro tentando falar com você! –Minha avó falou desesperada.

- Ai vó, mil desculpas! Mas me fale o que aconteceu!

- Não aconteceu nada, é que o casamento da Julie é daqui duas semanas e eu preciso enviar os convites de vocês.

- Ah, o casamento... –Aquele assunto até me deu enjôo.

- Sim, o casamento. Aonde você esta nesse momento?

- Em Nova York.

- Posso mandar pra esse endereço então, o da casa do seu pai..., digo Matthew?

- Pode sim!

- Ótimo, aproveito e mando o dele e da Sophia também.

- Ah, acrescente mais um, o da Helena!

- Quem é Helena? Ata, tanto faz –Risos- Mandarei sim! Agora tenho que desligar que a chata da sua prima esta me infernizando com essa história de casamento!

- Ok vó, mande um beijo para todos, menos para Julie! –Risos

- Ok amor, mando sim!

- Fique com Deus e mande um beijo pro Scooter, Pattie, Justin, Matt, Sophia e Helena.

- Ok vó, eu entendi, para todos! –Risos

- Isso mesmo! Se cuide! Te amo!

- Te amo vó!

- Beijos

- Beijos

Ligação Off

Pois é, pelo jeito o fim do mundo realmente se aproxima. Julie e Travis irão se casar e todo mundo vai viver felizes para sempre. O único problema é que eu nunca vi um final feliz na minha família.

- Resolveu vir se deitar? –Perguntou meu pai encostado na porta.

- É, não quis atrapalhar o clima! –Disse rindo e ele ficou vermelho.

- Alice... –Ele começou, mas eu logo o interrompi.

- Pai, você tem o meu apoio pra esse namoro. Sei que Helena é uma pessoa boa! –Ele me olhou e sorriu.

- Que bom querida, não queria te esconder isso! –Ele se sentou na minha cama.

- Então essa era a surpresa que me aguardava aqui? –Perguntei rindo.

- Ah não, essa é a surpresa! –Ele me estendeu três envelopes, com três selos diferentes.

- O que é isso? –Quando meus olhos se focaram nos símbolos eu quase cai de costas. Eram três cartas, de três universidades diferentes.

Julliard

Yale

Oxford

- Chegaram! –Eu disse muito feliz. Ele me abraçou fortemente.

- Parabéns querida, não me agüentei e já abri, você foi aceita em todas! –Ele disse com orgulho em sua voz.

- Ai meu Deus, eu não acredito nisso! –Disse ainda sem acreditar no que meus olhos estavam vendo.

- Agora só te resta escolher o que você quer da sua vida. Se é a dança, o jornalismo ou advocacia.

- Acho que a dança... – Disse insegura.

- Aly, lembre-se de uma coisa, a dança fazia parte da vida da sua mãe. Você tem esse dom também, mas talvez seja o jornalismo que é seu futuro, ou o curso de direito, uma vez que ele abre vários caminhos. – Ele disse olhando nos meus olhos. – Eu ficaria orgulhoso de você ir pra Oxford, eu estudei lá e foram os melhores anos da minha vida. Foi lá que eu conheci sua mãe. Ela foi a aluna mais brilhante a qual eu já dei uma palestra, ela sabia tudo sobre a matéria escolhida, mas mesmo assim a dança ainda era seu ponto forte. Pense no seu futuro, pense no que você se vê fazendo daqui 30 anos. Siga seu coração e não os seus sentimentos! Sua mãe iria querer isso! –Ele me deu um beijo na testa.

- Boa noite, pai! E obrigada pelo conselho, mesmo que eu ainda continue confusa!

- Boa noite, querida! Fique tranqüila, você tem até julho para decidir o que você deseja realmente seguir!

Ele saiu do meu quarto e eu finalmente deitei na minha cama. Graças a Deus eu dormi rápido e não fiquei pensando no meu futuro.

[...]

Acordei com meu telefone tocando. Tatei em busca dele e fui achá-lo jogado ao chão. Com certeza deve ter caído durante a noite.

Atendi sem nem olhar quem era.

Ligação On

- Alô –Atendi com a maior voz de sono possível.

- Bom dia, minha gatinha! Não acredito que eu acabo de te acordar, o dia está tão lindo e você esta dormindo? –Ele disse com uma voz animada.

- Bieber, qual é o motivo da animação em plenas... –Olhei no relógio da cômoda para saber a hora. -8:15 da manhã?! Aff, não acredito que você me acordou esse horário, é bom ter um motivo! –Disse brava.

- Eita mau-humor! –Ele disse rindo. –É que eu acabei de ser acordado de um jeito perfeito.

- Já eu não posso dizer o mesmo! – Disse irônica e ele riu.

- Adivinha quem me acordou?

- Não faço a mínima ideia, fala logo antes que eu perca a paciência!

- Jazmyn e Jaxon! –Ele disse gritando de felicidade. Nessa hora até eu me animei. Me sentei na cama para poder falar melhor com ele.

- Ahhhh, eu não sabia que eles iam vir pra cá! –Eu disse e ele riu. 

- Nem eu, mas to super feliz! Por isso te liguei!

- Awwn que fofo, querendo compartilhar a felicidade para as pessoas desprovidas dela. –Disse com um pouco de ironia.

- Bom, mais ou menos, eu te liguei pra te chamar pra sair comigo e eles. Tipo só nós 5, eu, você, o Jax, a Jazzy, e a Sophia. O que você acha?

- Pode ser, mas você quer sair agora?

- Tinha pensado, por que?

- Ata, só tenho que tomar um banho, me arrumar e acordar a Sophia.

- Ok, em meia hora to ai!

- Sabe o endereço?

- Óbvio! –Ele disse rindo e eu ri também.

- Ok, beijos!

- Beijos!

Ligação Off

Levantei, tomei um banho, coloquei uma roupa fresca, me maquiei e fui acordar Sophia.

Acordei ela e ela foi se arrumar. Avisei que já ia descendo tomar café e ela concordou.

- Bom dia! – Disse pro meu pai, que lia o jornal.

- Bom dia, querida! Acordou cedo! – Ele disse checando o relógio.

- Ah, é que o Bieber me ligou chamando eu e a Sophia pra sair com ele e os irmãos.

- Ai que bom! Vou trabalhar até tarde hoje, pelo menos vocês não ficam sozinhas! – Ele disse e logo depois tomou um gole de seu café.

- Aly, vai querer algo de especial? –Helena perguntou assim que me viu sentada a mesa.

- Não, muito obrigada! Como o que tem aqui mesmo! –Disse olhando para a mesa e escolhendo um pão e pegando o leite.

- Então acho que vou começar a fazer o bolo da Sophia. –Ela disse rindo e nós rimos também.

- Eba, você vai fazer mesmo o meu bolo? –Sophia apareceu e assim que ouviu o que Helena falou ela lhe deu um abraço.

- Claro, querida, eu prometi! –Ela deu um beijo na cabeça de Sophia e foi até a cozinha preparar o bolo.

- So, tome logo seu café, o Justin já deve estar chegando! –Eu disse e ela assentiu.

Mal terminamos de tomar café e o interfone foi tocado. Um dos seguranças avisou que era o Justin e eu pedi pra deixar entrar.

Fui até a porta e abri ela. Justin vinha vindo com Jaxon no colo e Jazmyn pulando à la chapeuzinho vermelho enquanto segurava a mão dele. Sorri com a cena.

- Bom dia, flor do dia! – Ele disse fazendo graça e me deu um selinho, as crianças gritaram “eca” e nós rimos. Ok, eu não sei da onde saiu essa ideia do Justin em me beijar, mas não seria eu que iria negar o beijo.

- Bom dia, seu bobo! – Dei um beijo em seu rosto e me virei pras crianças. – Oi, meu nome é Alice! –Disse me apresentando.

- Prazer, Jazmyn, mas pode me chamar de Jazzy! – Jazmyn estendeu a mão e me deu um beijo no rosto. Awwn super fofa!

- Meu nome é Jaxon! –Ele gritou e pulou do colo do Justin para o meu e agarrou meu pescoço.

- Esse é um verdadeiro Bieber! –Justin disse rindo e eu lhe dei um tapinha no braço. –Mas garoto, não se esquece que essa ai é minha! –Justin disse pra Jaxon, mas só o fez grudar mais ainda no meu pescoço. Ri dos dois.

Sophia apareceu na porta também e agarrou minha perna.

- Você deve ser a Sophia?! –Justin falou com ela e ela assentiu com a cabeça. –Prazer, eu sou Justin! –Ele estendeu a mão pra ela e ela riu. Ela lhe deu a mão e ele a puxou para um abraço. –Essa é a Jazzy, e esse espertão ai é o Jaxon –Ele disse apresentando os irmãos para Sophia. Ela e Jazzy já se deram bem de cara.

- Vamos? – Eu perguntei e Justin assentiu. –Só vou pegar minha bolsa. –Fui até a mesa, com Jax ainda em meu colo, e aproveitei pra dar tchau pro meu pai e pra Helena. –Pronto! –Disse assim que voltei pra sala de novo.

Fomos para o carro de Justin. Tive que ir atrás com as crianças por que Jaxon não queria soltar de mim. O bobo do Justin ficou com ciúmes.

- Que tal irmos ao Central Park? –Justin sugeriu e eu concordei, era um bom lugar para levar as crianças.

Fomos até o Central Park e deixamos o carro estacionado na rua e seguimos a pé.

[...]

Já passava do meio dia e as crianças avisaram que estavam com fome, mas não queriam sair do parque. Elas estavam brincando fazia horas, mas estava super divertido.

Tinha um povo fazendo bolha de sabão gigante e eles corriam atrás para tentar pegar. Os vendedores de algodão doce, pipoca e sorvete já quase nós tinham deixado pobre de tenta coisa que as crianças compraram.

Depois de muita insistência nossa e o Justin prometer que depois do almoço nós iríamos voltar ali, as crianças resolveram nos deixar levá-las pra almoçar.

Dessa vez Jaxon já estava mais solto e eu pude ir na frente com o Justin.

Paramos em um restaurante e assim que o gerente viu que Justin Bieber estava naquele estabelecimento, ele nos levou até a parte vip e nos acomodou em uma mesa muito boa.

As crianças fizeram seus pedidos e logo foram brincar no parquinho que tinha por ali. Eu e Justin ficamos conversando assuntos bobos até a comida chegar e nós chamarmos as crianças pra comer.

Depois de almoçar nós voltamos pro Central Park e Justin inventou de alugar bicicletas para todos andarem. Foi uma confusão só, mas no final acabou sendo bem divertido.

Quando nos cansamos de andar de bicicleta, nos sentamos em uma toalha de piquenique que Justin havia levado e as crianças foram correr pelo campo.

Jaxon depois de um tempo, veio correndo na minha direção, deitou sua cabeça na minha perna e em poucos segundos adormeceu. Eu e Justin tivemos uma crise de risos, por que sem dúvida nenhuma foi muito engraçado a cena.

No caminho de volta, todas as crianças adormeceram no carro. Olhei pra elas e fiquei com dó de deixá-las sozinhas com Helena e ir no show do Justin.

- Jus, você se importa de eu não ir no show e ficar com as crianças? –Perguntei e ele me olhou e fez biquinho. –Ai, não faz esse bico que eu não agüento! –Disse rindo e virando minha cabeça pro outro lado.

- Só se você sair pra jantar comigo hoje, só nos dois! – Ele disse colocando sua mão na minha coxa.

- Ok, mas é bom valer a pena esse jantar! –Disse séria e ele riu.

- Pode ter certeza que vai! – Ele disse olhando nos meus olhos.

[...]

Fiquei em casa com as crianças, que estavam dormindo no quarto de Sophia, e fui assistir qualquer coisa na TV até o show do Justin acabar.

Quando deu 22 horas fui me arrumar pra sair jantar com ele.

Tomei outro banho, coloquei uma roupa que ficou bem bonita e fiz um coque no meu cabelo.

Mal terminei de me arrumar e recebi uma mensagem do Justin falando que ele já estava chegando. Desci e as crianças comiam bolo da Barbie, que a Helena fez pra Sophia, e meu pai e Helena brincavam com eles.

- Vou sair com Justin, não demoro voltar! –Disse passando meus dedos pelo cabelo de meu pai. Ele concordou com a cabeça e voltou a levantar Jaxon fazendo aviãozinho.

Ouvi uma buzina de carro e olhei para janela vendo que era do Justin. Dei um beijo em cada um, peguei minha bolsa e fui até ele.

Ele me encarava com um sorriso no rosto e abriu a porta pra eu entrar, não sem antes me elogiar. Entrei no carro e segundos depois ele entrou também. Colocamos o cinto de segurança e Justin arrancou com o carro.

Fomos em um restaurante que tinha vista panorâmica da cidade, e de novo fomos tratados como reis ao entrar no estabelecimento. Nos deram a melhor mesa do restaurante e eu e Justin nos acomodamos.

Pedimos nossa comida e ficamos conversando.

- Aly, você já me perdoou? –Ele me perguntou, entrando em um assunto indelicado e por um momento fiquei sem saber o que responder.

- Sim, Justin! –Disse com convicção e ele riu.

- Então você estaria disposta a me dar uma segunda chance? –Ele perguntou e eu concordei novamente. –Você tem certeza disso? –Ele perguntou novamente e eu ri.

- Tenho, Justin, por quê?! –Disse rindo. Mas quando eu vi o que ele tirou do bolso do paletó dele que eu fui perceber de que assunto ele tratava.

- Então você aceita ser minha namorada, novamente? –Ele perguntou estendendo uma caixinha com alianças dentro e eu congelei. Oh meu Deus, e agora?

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Posso fazer uma chantagem com vocês? KKKKK Se eu receber 2 ou mais recomendações para o próximo capítulo, eu irei postar mais rápido (dessa vez eu juro que eu to falando sério) e eu irei postar uma cena hot (dessa vez vai ser hot mesmo, não fraquinha igual a primeira)

É isso minha chantagem, se eu não receber não tem cena e vou demorar o que eu sempre demoro.

Talvez o próximo capítulo seja o último que eu poste aqui no Nyah! 

Ah, e o próximo é o casamento da Julie!!!!!!!! Acho que a maioria esta ansiosa por esse capítulo, então aguardem!

Link da fic no Anime: http://animespirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-idolos-justin-bieber-when-youre-gone-463628