Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +16 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Vinte e Um: Três pessoas distintas.

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*Hermione Granger*

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O corredor extenso estava mal iluminado e ela se sentia apreensiva, olhando de tempos em tempos para trás constatando que em hipótese alguma estava sendo seguida.

Suspirou parando em frente a uma grande porta, olhando a luminosidade que saia de suas frescas e ergueu as mãos, um pequeno e discreto girar delicado que fez com que as mesmas se abrissem.

Adentrou o aposento sentindo como a luz machucava seus olhos, obrigando-a a fechá-los e começar a piscar, tentando acostumar-se com a claridade. A loura pode ouvir uma risada baixa e rouca vinda de poucos metros a sua frente e tensou-se, engolindo em seco.

- Pensei que não viesse. - murmurou o homem.

Hermione abriu os olhos tomando uma lufada de ar que encheu seus pulmões e olhou para ele resgatando sua coragem Gryffindor que havia ficado selada em alguma parte de seu coração com o tempo. Coragem essa que ela perdera à muito tempo, quando havia abdicado de sua antiga vida para tornar-se o que ela era hoje.

Para ser a pessoa que ela fora destinada a ser.

Voltando para o lugar onde nascera.

- Você me chamou e eu vim - disse com voz firme, fria e um tanto melancólica que adquiriu com o tempo - mas não pelos motivos que você crê, Voldemort.

- Oh - ele murmurou parecendo, de repente, decepcionado. Um explendoroso sorriso desenhou-se em seus lábios e ela viu-se presa de seu riso sedutor. - Pensei que estava aqui para aceitar minha proposta, mas, pelo que vejo, você reluta em aceitar seu destino...

- Pensei que você adepto a conclusão de que nós controlamos nosso próprio destino. - debochou colocando uma das mãos na cintura.

O homem somente riu e ela se deliciou com o som, debatendo-se mentalmente sobre como devia se sentir naquele momento. Ela já havia traido todas as suas próprias convicções. Tudo que achou certo durante todo o tempo... Foi descartado e jogado fora tão rapidamente quando ela teve que fazer uma escolha sobre o que fazer e de que lado ficar.

E, agora naquele momento, ela injustamente se inclinava para o lado inimigo a Ordem da Fênix, a instituição a qual um dia pertenceu.

Sua neutralidade estava desaparecendo naquele momento.

Sua parcialidade estava ruindo.

- Sabe que sou - ele disse num leve levantar de ombros. - Mas você não acredita nisso então é meio hipócrita de sua parte falar uma coisa dessas não acha?

- As pessoas mudam de opinião com o passar do tempo - disse tensa ignorando as pontadas em seu coração.

E então, a sala caiu em profundo silêncio.

Hermione aproximou-se alguns passos sentindo sua respiração falhar. Talvez pelo medo ou pela ansiedade de estar tão perto daquele homem. Daquele homem que fora o causador de tantas mortes, de tanta dor.

Algo passou por seus pés, rastejante e sibilando e Mione sentiu um arrepio de puro pavor subir-lhe pela espinha fazendo-a tremer violentamente.

- Nagini - ela sussurrou sentindo a explosão de seu coração. Se estivesse um pouco mais perto ela tinha certeza que o homem poderia ouvir-lo.

A cobra passou por ela, parando a sua frente e levantando-se em si mesma. Olhou-a nos olhos e sacudiu sua sua calda, enclinando a cabeça para ela em reverência.

"Senhora" sibilou a cobra.

Hermione franziu o nariz em desgosto porém educadamente a cumprimentou. Nagini rastejou até seu mestre, enrolando-se a seus pés apenas os olhos amarelados podendo ser vistos.

Voldemort riu de sua reação e da reação da cobra.

- Então por que você está aqui? - perguntou ele, visivelmente curioso.

Ele não fez qualquer esforço para entrar em sua mente, queria que ela mesma lhe dissesse o que pretendia. Não queria, de forma alguma estragar a surpresa que sua menininha loura estava lhe fazendo.

- Afinal, você acabou de confirmar que não veio aqui para aceitar minha proposta mas veio com outro objetivo e nem sequer parece relutante em me falar o que é...

- Vim aqui com outros objetivos realmente - admitiu baixando a cabeça e deixando que seus cabelos louros caissem por seus olhos. - Eu... Tenho um acordo para fazer com você.

Os olhos cinzentos de Tom Riddle Jr. brilharam e logo o rasgo do vermelho tomou conta de suas pupilas. Ali agora, não havia mais a presença de Tom e sim do poderoso Lord das Trevas.

O homem que roubara parte de sua alma... E de seu coração.

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- Você está indecisa.

Não se moveu, continuando a olhar sua imagem no espelho viu sua mãe refletida ali, olhando-a com um meio sorriso amargo.

- Não faço a mínima ideia do que você está falando - respondeu gélida, esquivando-se da pergunta.

Allegra riu secamente, arqueando uma sobrancelha de maneira arrogante e cruzando os braços sobre o peito.

Estava fantástica naquele longo vestido azul marinho, seu colo adornado de safiras e, em sua mão direita, um único anel com uma aliança de prata com um diamante de centro.

Hermione sorriu ao olhar para a joia.

- Não se faça de tola, Hermione - repreendeu - posso não ter convivido minha vida inteira com você, mas posso lê-la como um livro aberto. Não pode esconder seus sentimentos assim de mim, minha filha. O amor que você sente pro Draco transborda por seus olhos. - murmurou a mulher e aproximou-se por trás dela e tocou uma mecha de cabelo totalmente liso e fino. - Assim como se espelha em seu exterior.

Ela queria negar mas seria irracional fazê-lo.

Tanto por causa de seu coração quanto de sua aparência.

- Infelizmente - disse desistindo de sua máscara de frieza habitual e um sorriso rasgado pela dor brilhou em seus lábios pintados de vermelho - ele não é a única pessoa a quem amo, não é mesmo? - disse como uma pergunta porém, era certamente uma afirmação de sua parte.

Allegra sentiu sua garganta se fechar e lágrimas virem ao canto de seus olhos. Ela queria fazer algo pela filha ela... Queria livrá-la de toda aquela maldição.

- E agora - sussurrou para si mesma arrumando seu vestido prateado e indo em direção a porta - é tarde demais para voltar atrás.

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- Sinceramente, não sei por que você está surpresa com isso, Hermione - ele murmurou seu nome suavemente, como em uma doce carícia. - pensei que, sendo inteligente como você é, já teria notado que algo estava errado - disse ironico.

A loura rangeu os dentes e grunhiu olhando ferozmente para o homem vestido impecavelmente de terno negro e gravata de mesma cor.

Este, exibia os dentes brancos em longas fileiras, olhando-a com um encantador sorriso largo no rosto alvo sem qualquer defeito. Os olhos verdes estavam mais claros que o normal e um brilho despretencioso pairava sobre eles.

- Theodore. Ou devo dizer...?

Além é claro, de seus cabelos agora bem mais compridos e desordenados cairem charmosamente por seus olhos. Mero detalhe, obviamente.

- Faz algum tempo que não nos vemos não é mesmo. - viu ela trinca sua mandíbula e riu, apoiando-se na parade. - Bom, pelo menos, o verdadeiro Theodore não lhe vê há um bom tempo Srta. Black. - sorriu malicioso olhando-a de cima a baixo.

- Por que? - perguntou - Por que ele?

- Geralmente eu não lhe responderia mas... Estou de ótimo humor - piscou para ela. - Theodore Nott sempre teve sentimentos por você... Desde pequeno. Sua aparência é parecida com a minha orginal e, sua alma... Facilmente influenciável desde que, eu lhe ajudasse a conseguir o que ele almejava. - deu de ombros.

- E o que seria? - continuou perguntando entre dentes. 

- Primeiramente o poder - sorriu - algo que nós temos em comum porém sua mente não é tão forte para aguentar o fluxo de magia negra pelo corpo - murmurou com frieza. - e, segundo, o único desejo de Theodore...

...Era você.

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Arfou pulando da cadeira sentindo o ar voltando aos seus pulmões. Olhou ao redor e se remexeu desconfortável notando estar na Bliblioteca de Hogwarts justamente na sessão reservada e com um livro de magia negra aberto em seu colo.

Fechou-o instantaneamente, jogando-o no chão com força e raiva e grunhiu passando a mão desesperadamente por seu rosto.

Bufou levantando-se de um lado para outro e tratou de acalmar-se, esfaziando sua mente para toda e qualquer coisa que lhe remetesse ao sonho - que ela sabia não ser sonho e sim uma maldita visão sobre o seu futuro.

Futuro este que ela não queria participar.

Mas ela sabia - assim como a sua "eu" da visão do futuro - que o futuro não podia ser mudado, ele era sempre uma sucessão de fatos. Ela aprendera isso quando fizera aquela pequena viagem ao passando (somente alguma horinhas) no terceiro ano quando salvaram Sírius do beijo do dementador.

As coisas não mudavam. Tudo tinha um destino certo, um caminho a ser trilhado. 

Olhou para o pergaminho aberto a mesa e pegou-o em mãos, tratando de reler cuidadosamente seu conteúdo.

Era a carta que seu pai - juntamente com sua mãe que fazia de tudo para se comunicar com ela - e ambos mostravam-se estranhamente preocupados e perturbados sobre como ela estava se sentindo.

Hermione não havia contado a eles que sabia da Maldição.

Nem mesmo havia lhes falado que já começava a senti-la agindo em seu corpo embora soubesse - por causa da pesquisa que fez - que demoraria algum tempo até alguma coisa realmente mudar nela.

Suspirou e bateu o punho na mesa, escutando o eco da batida nas estantes de livros.

- Que droga de vida. - murmurou e recolheu suas coisas.

Jogou tudo em sua bolsa, colocando-a sobre o ombro e partiu daquela parte sombrio da biblioteca sentindo os silvas e as ondas de energia influenciando sua própria magia, puxando-a de volta.

Por um momento sentiu-se mal e tonturas começaram a tomá-la mas ao dar o primeiro passo para fora respirou aliviada sentindo seus musculos relaxarem visivelmente e sorriu de olhos fechados.

- Novamente nesta parte da biblioteca? Espero que não esteja criando gosto pelas artes das Trevas, Hermione.

Ela virou-se assustada, sentindo os fios de seu cabelo se arrepiarem com a proximidade do rapaz e olhou para seus lábios naturalmente avermelhados.

Lembrou-se do episódio com Jason e de como queria que esses lábios a sua frente fossem substituídos pelos do Ravenclaw.

Olhou para baixo escondendo o rubor que subiu pelas maçãs de seu rosto e mirou seus próprios pés achando-os mais interessantes no momento, do que olhar para o louro a sua frente.

Draco olhava para os cabelos da garota. Sua grande vontade naquele momento era péga-los entre seus dedos e entrelaçá-los em suas mãos, puxá-la pela nuca e roubar-lhe um beijo de tirar o fôlego fazendo com que a Gryffindor implorasse por outro e mais outro.

Mas sabia que isso se devia apenas a cena de horas antes quando ele a viu beijando aquele Ravenclaw estúpido que fazia parte do time de Quadribol de sua casa.

E Draco sentia o ciúme e a raiva corroendo-o por dentro ao lembrar-se de como ela - entusiasmadamente - correspondera a aquele tal de "Jason". Se pudesse, cortaria cada pedaço de sua pele e picaria-o em mil pedaços.

Ninguém tocava em algo - nesse caso, alguém - que Draco Malfoy queria para si.

Principalmente se essa pessoa era seu objeto de desejo a muitos anos... Além de ser sua recém descoberta prima.

- Está calada - observou ele mantendo sua indiferença usual -, aconteceu algo? - perguntou mesmo já sabendo a resposta.

Hermione engoliu em seco ainda sem olhar para ele.

- Não, Malfoy, não aconteceu nada. - murmurou nervosa. - E pare de me chamar de Hermione, é inquietante.

- Você quer, realmente que eu pare de chamá-la por seu nome, Granger? - frizou seu nome impondo o máximo de frieza e desprezo que conseguia.

Deu certo. Hermione sentiu um mal estar repentino, tendo de se apoiar em uma das prateleiras para não cair. As pernas lhe falharam e ela sentiu algo oprimindo-lhe o peito.

Ela odiou o modo como o sobrenome que nem lhe pertencia, saindo dos lábios dele naquele modo tão venenoso fez-lhe mal. E ela odiava a si mesma por não entender por que estava se sentindo assim.

Odiava mais a si mesma por não entender o que estava acontecendo consigo mesma do que ele que ultimamente mostrava-se gentil e inclinado a trata-la tão bem.

- Faça o que quiser - disse fraca. - Eu não me importo.

Ela disse e se virou, pronta para sair.

Draco puxou-a pelo braço fazendo com que seus corpos se chocassem. A morena olhou em seus olhos espantada com a situação e o ato repentino e ofegou vendo e sentindo, seu nariz tocar com o dele em uma carícia terna.

Uma carícia... Típica de dois namorados, dois amantes.

Duas pessoas intimas uma da outra.

- Malfoy... - murmurou sem realmente tentar parar o que quer que ele estivesse fazendo com ela.

- Você que disse que eu fizesse o que quisesse, Hermione - disse ele com veneno, sorrindo para ela, seus lábios a milímetros de seu tocarem, a ponto de tornar-se um beijo. - E, o que eu quero fazer no momento... É beijar você.

A Gryffindor tremeu notando que estava presa nos braços fortes do Slytherin e este parecia esmagá-la cada vez mais entre seus braços em um abraço acolhedor porém cheio de possessão.

E ela jamais, em hipótese alguma admitiria algum dia em voz alta: ela havia amado isso.

- Você está se precipitando, Draco - usou seu nome tentando fazê-lo voltar a realidade, a histeria aparecendo em sua voz. - isso é errado e você sabe disso. - sua voz tremeu.

- Já tomei decisões erradas demais em minha vida, uma a mais, uma a menos, qual será a diferença? - ele murmurou intenso tocando os cabelos dela, massageando sua nuca. Hermione fechou os olhos e engoliu um gemido.

- Você não sabe o que está fazendo. - murmurou inutilmente. Ahh, como ela queria sentir os lábios dele contra os seus...! Mas era tão errado!

- Nunca estive tão convicto sobre algo em toda minha vida - sussurrou, cheirando a fragrancia dos cabelos da morena. Ele tocou seus lábios de leve com os seus - Por que tão hesitação? Não parecia indecisa com aquele Ravenclaw inútil - murmurou desgostoso.

E a magia que os envolvia se desfez aos poucos e o louro se afastou por primeiro, sentindo-se sujo e enojado, um sentimento de raiva tomando-o por completo. Deixou de tocá-la e afastou-se deixando seus cabelos esconderem seus olhos raivosos enquanto uma das mãos tapava o restante de seu rosto escondendo sua expressão tão cheia de sentimentos.

Hermione ficou parada em seu lugar, paralisada.

Oh...

Ele havia visto. Ele havia visto tudo. 

As palavras trocadas com Jason, o beijo - e que beijo - de tirar o fôlego trocado com Jason - o outro beijo que ele lhe roubara logo após ela explicar que não se sentia ainda "à vontade" para sair beijando-o assim, tão rapidamente...

Droga, mil vezes droga! gritou sua mente furiosa.

- Malfoy... - disse incerta, alçando a mão para tocar em seu braço.

- Não-me-toque. - rosnou ele.

Hermione tremeu. 

- Ma-Malfoy...!

- Saia daqui, Granger. - disse gelidamente sem olhá-la. - Não consigo olhar para você agora sem lembrar daquele cara - disse com ódio.

Hermione estranhamente sem contestar, pegou suas coisas e saiu dali o mais rápido possível. 

Pela primeira vez, ela sentira medo dele.

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- ℋarry Potter - 

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- Soube que o Lord lhe deu um trabalho para fazer, Cetus.

O rapaz se virou e sorriu gentilmente para as duas mulheres que adentravam a sala de jantar de Malfoy Manor. Cumprimentou-as beijando delicadamente suas mãos fazendo Narcisa sua tia - mesmo que a mesma não soubesse que o era - corar.

- Muito cavalheiresco de sua parte, meu jovem - elogiou a bruxa.

- Muito obrigado, minha senhora. - disse em uma breve reverência elegante.

- Então - disse Bellatriz chamando a atenção novamente para si - não vai me contar, Cetus?

- Por que eu deveria fazê-lo, Bella? - murmurou debochado. Sentou-se em um dos sofás de couro e ficou ali olhando para ela com pleno desinteresse.

Bella rangeu os dentes insatisfeita e Cizzy olhava o intercâmbio de palavras curiosa e incrédula. O que estava acontecendo ali?

- Não fale dessa forma comigo, criança! - rugiu tomada pela cólera. Seu rosto avermelhou-se. - Você não tem este direito, Cetus Black!

Narcisa arregalou os olhos abrindo a boca em espanto, colocando uma de suas mãos sobre a mesma. Olhou de um para o outro, procurando as semelhanças entre o rapaz mais jovem e a mulher mais velha, sua irmã.

A única coisa que ela podia ver de parecidos, eram a cor dos cabelos. Castanhos, facilmente confundidos com os negros. Rebeldes mas com fios bem alinhados. E aqueles olhos... Aqueles olhos azuis, ás vezes cor de diamantes...?

Deixou-se cair no sofá.

- Está ficando sentimental, Bellatriz? - ironizou. A mulher simplesmente grunhiu. - Espero que não, sinceramente detesto pessoas sentimentais - confessou sorrindo malicioso. - me irritam profundamente e sinto enormes ganas de matar pessoas assim... Mamãe.

- Você é filho de Régulus - falou apontando para o garoto este deixou que seu sorriso se alargasse e uma gargalhada saisse de seus lábios. - você é filho de Régulus com a minha irmã mais velha... Bella - virou-se para ela agora - como pode fazer isso com Allegra? Espere! Por acaso ela sabe disso?

- Mas é claro que não! - disse a bruxa - Se soubesse muito provavelmente já teria enlouquecido e tentado me matar.

O moreno apenas ficou olhando para as duas com uma expressão divertida. Além daquela mulher louca - e estúpida - ser sua mãe, era também sua prima. 

Todo o sangue Black estava nele, em sua máxima potência.

Filho de dois Black's legítimos, carregando o mais puro-sangue em suas veias... Suas veias contaminadas por aquela maldita maldição.

Assim como corria nas veias de Hermione Granger.

Sorriu ao lembrar-se da garota e passou a mão sobre seus lábios, fechando os olhos e lambendo-os levemente como se pudesse sentir seu gosto em sua boca.

Delicioso e agradável.

E aquela garota - aquela mulher -, sua prima, seria sua.

E de mais ninguém.

Tremeu levemente sentindo que alguém invadia sua mente e deixou-a livre para o acesso da pessoa: a muito já sabia de quem se tratava por isso não opôs resistência e sentiu como seu corpo começava a ficar pesado e, seus olhos se fechavam e sua mente se apagava, tudo tornando-se negro.

Mas, se as duas mulheres olhassem para ele naquele momento, veriam um rapaz com um sorriso maldoso nos lábios e um brilho deveras avermelhado sobre o bonito azul-acinzentado.

Uma cor... Que não fazia parte do olhar de Cetus Black.

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Continua no próximo capítulo...