O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 2
Capítulo Dois: O Chapéu Seletor.




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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +13 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Dois: O Chapéu Seletor.

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ermione suspirou, passando os dedos pelos cabelos cacheados. Olhou para Malfoy que mantinha-se alheio a tudo e o encarou, esperando que ele notasse que ela o observava.

Nada. O loiro continuou observando com minuciosa curiosidade a paisagem que podia ver através do trem, como na primeira vez que estivera indo a Hogwarts atento a todos os detalhes possíveis, não querendo perder nada.

Isso fez Hermione sorrir levemente colocando uma das mãos sobre a face tentando esconder seu sorriso e rubor. O jovem de Slytherin ficava incrivelmente belo com a face relaxada e quase... pacífica.

Mas o sorriso não a enganava. 

Ele sempre mantinha aquele sorriso frio, obscuro demais para uma pessoa pura e boa de coração.

- Malfoy - chamou finalmente, tentando parar sua linha de pensamento. Era errado pensar nele, na verdade, não queria pensar nele.

O rapaz se virou, pousando seus olhos em sua figura, indiferente.

- Você poderia me dar licença? - perguntou educada, sorrindo de maneira forçada para ela. - Por favor? - perguntou gentilmente.

Ele a olhou e ela viu a pequena confusão em seus olhos. Ah... Ela não havia se explicado. pensou revirando os olhos. Apoiou suas mãos no estofado ficando com as costas eretas.

- Estamos quase chegando a Hogwarts. - explicou calmamente apontando para a janela - está escurecendo já, tenho que colocar o uniforme e você também.

- Hun, e o que tem?

Claro, era fácil demais ele simplesmente sair e lhe dar licença para se trocar como todos provavelmente estavam fazendo. Mas não, o rapaz loiro apenas tinha que dar um de seus sorrisos irressistivelmente maliciosos e cruzou os braços sobre o peito acomodando-se.

- Pode se trocar, eu não me importo. - deu de ombros sorrindo.

- Como você pode ser tão pervertido, Malfoy? - falou incrédula passando a mão pelo rosto de forma cansina. - Você não cansa?

- Eu sou assim, pensei que tivesse se acostumado depois de todos estes anos, Granger - debochou o rapaz, deixando os fios loiros cairem por seus olhos. Sexy... pensou Hermione mordendo o lábio inferior inconscientemente.

- Você é impossível garoto. - disse começando a se irritar.

Por um momento o rapaz continuou sorrindo com um brilho malicioso nos lábios, quase sério e sarcástico demais.

- Sério mesmo que você não vai sair? - ela perguntou desesperada.

Draco gargalhou, apoiando as mãos nos joelhos e se levantando preguiçosamente, virou a cabeça de um lado para o outro, estava com os músculos tensos.

- Ok Granger, ok. - suspirou divertido abrindo a porta do compartimento, olhou-a por cima do ombro divertido. - Vou lhe dar uma chance, não se acostume.

E saiu, deixando como se nunca estivesse ali. Respirou profundamente, balançando a cabeça levemente e se arrependendo: o cheiro dele ficara impregnado no ar e era bom, muito bom.

Droga de pensamentos pensou desgostosa e começou a se despir, tirando o casaco e jogando-o por cima. Bufou retirando o restante da roupa rapidamente e trocando-a pelo uniforme.

Arrumou a blusa e desamassou um pouco a saia, colocando a capa e o cachecol por cima. Arrumou os cabelos arrepiados pegando um espelho e olhando-se contente com o que via.

Pele macia, lábios rosados, olhos castanhos brilhantes, bochechas levemente avermelhadas, um blush natural que ela amava. Sorriu, sentia-se bonita. 

Guardou o espelho, dobrando suas roupas delicadamente e guardando-as em seguida. Parou olhando para a porta e foi até ela, colocando sua mão no vidro de forma espalmada, abriu-o colocando a cabeça parcialmente para fora.

Olhou de um lado para o outro procurando pelo loiro. 

Nada, nem sinal do Slytherin arrogante. Relaxou e soltou a respiração que nem sabia estar prendendo soltando-a em uma lufada de ar rápida e pesada. Melhor assim pensou auto-suficiente sorrindo.

Não admitiria nem para si mesma, mas havia gostado da companhia do Malfoy mais do que era recomendado.

Riu de si mesma, achando-se boba por tais pensamentos e olhou para a janela. Ele não voltaria. Nesse exato momento devia estar com algum de seus amigos e/ou colegas de casa.

E então ela viu uma sombra pela porta e ampliou mais o sorriso, arqueando uma sobrancelha e se levantando abrindo a porta.

- Eu sabia que você volta-... - parou ao ver quem era, ficando séria - ...ria. Harry, o que está fazendo aqui? - perguntou forçando um sorriso terno.

Harry Potter estava a sua frente. Os braços cruzados sobre o peito denunciavam sua tensão, os músculos dos braços contraídos. Ele sorriu hesitante.

- Parece que estava esperando que eu fosse outra pessoa. - murmurou.

- Na verdade sim. - disse sincera piscando repetidamente. - Mas parece que me enganei - suspirou e olhou em seus olhos verdes. Os mesmos olhos bondosos e doces de Lílian Potter, sua mãe falecida. 

- Hun, entendo. - ele disse e arrumou os óculos. Um tic nervoso que ele ganhara com o tempo. - Posso entrar? - disse ele olhando por cima de seu ombro para dentro da cabine, à procura de alguém, talvez.

- Ah, sim. Claro, entre. - exclamou dando espaço para que o moreno entrasse. Fechou a porta atrás de si e viu que o mesmo se sentava exatamente onde Draco Malfoy estava minutos antes. - Então, o que foi?

- Estava preocupado com você - disse intenso, energonhado. - Lhe mandei várias cartas e muitas delas você não me respondeu. 

- Algumas delas só pude ver quando estava em casa - disse indiferente balançando a mão. - Estive viajando com meus pais durante as férias. - mentiu.

- Ah.

Ele continuou olhando-a fixamente e Hermione sabia o que ele estava pensando: Você está mentindo para nós, esta mentindo para Ron, Ginny e para mim. Onde você estava? Com quem você estava? O que acontenceu com você, Hermione?

E ela não precisava ser uma boa oclumênte para saber isso. Estava refletido em seu rosto, em suas expressões preocupadas. Ela sorriu compadecida e inclinou-se para a frente, tocando seu ombro.

- Hei - murmurou delicada. - Está tudo bem Harry, de verdade, não precisa se preocupar comigo.

- Você anda distante nos útimos tempos, mais distante que nunca. - ele colocou as duas mãos sobre o rosto, escondendo-as. - Eu sinto que... Algo mudou.

E eu mudei mesmo Harry pensou tristemente, engolindo suas próprias palavras. Ele não podia saber e ela evitaria a verdade o tempo que fosse necessário para protegê-lo. Eu mudei mais do que gostaria e, eu não posso contar para você, desculpe.

- Bobagem sua Harry, estou apenas um pouco distraída, alguns problemas com meus pais... Minha família. - isso não era de todo uma mentira. - Eu não mudei, garanto.

- Sabe que eu não acredito em uma palavra do que você falou não é mesmo? - ele disse sorrindo sabiamente.

Sim, eu sei. E você também sabe que eu não contarei nada a você... Por enquanto. Ela sorriu rindo em seguida e ele respirou aiviado. Parte da antiga Hermione ainda residia em seu corpo.

- Vamos? - ele pediu levantando-se e estendendo uma das mãos para ela. - O pessoal está esperando por você, querem vê-la e matar as saudades antes do trem parar em Hogwarts.

- Tudo bem - disse a morena prontamente pegando suas coisas.

Sairam do vagão e, antes de fechar a porta, olhou uma última vez para o compartimento.

Como se nada tivesse acontecido. Sorriu e deu as costas para o lugar não notando o rapaz loiro olhando-os a algumas cabines de distância com os lábios comprimidos e a expressão séria.

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– ℋarry Potter -

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- Hermione!

A primeira coisa que viu foi uma massa de cabelos ruivos pulando em sua direção abraçando-a fortemente pelos ombros. Ela correspondeu alegremente gostando do contato.

A ruiva se afastou do rosto da amiga e sorriu com felicidade abraçando-a novamente, mais apertado que antes.

- Senti sua falta - sussurrou a mais nova em seu ouvido para que ninguém escutasse. - Senti muita, muita, muita falta sua! Como você está? Está bem? O que aconteceu? - perguntou sua voz beirando a histerismo.

A morena afatou-a delicadamente sorrindo.

- Uma pergunta de cada vez, Ginny. - disse amável e virou-se para os outros ocupantes da cabine, vendo-os sorrir. - Pessoal... Que bom ver vocês! - falou para os outros, desenlaçando-se da ruiva.

Foi até Luna sentada mais perto de si e deu dois beijinhos em seu rosto e a abraçou, mais forte do que havia abraçado Ginevra.

- Luna... Tenho tantas coisas para falar a você - sussurrou ainda mais baixo do que antes.

Luna a apertou em seus braços, abafando o som de sua voz nos cabelos volumosos da amiga.

- Eu sei, e você vai me contar tudo. Mas outra hora, aqui não é lugar para isso. - afastou a morena de si, pegando uma mecha de cabelo e colocando atrás de sua orelha. - É bom ver você, Hermione, sentimos - frisou no plural - sua falta.

- Eu também senti muito a de vocês, vocês nem imaginam o quanto. - e abraçou Ron que, titubeando, abraçou-a timidamente. Quando o olhou viu que suas orelhas permaneciam vermelho vivo e seus olhos estavam baixos. Quis rir. - Ron, Neville, Cho, senti falta de vocês também - disse sincera.

- Também senti sua falta Mione - disse a menina Chang sorrindo. - Tenho tantas novidades para contar a você! - exclamou animada olhando de lado para Harry, o mesmo corou mas tentou esconder seu embaraço.

Pelo canto dos olhos viu Ginny fechar suas mãos em punho, tricando os dentes de raiva.

- Sim, claro. - disse apaziguadora tentando deixar o ar mais leve. - Quando chegarmos a Hogwarts vocês me contam.

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– ℋarry Potter -

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Sentou-se prestando atenção a canção que o Chapéu Seletor cantava, dando as boas vindas aos primeristas.

Há mil anos ou pouco mais,

Eu era recém feito,

Viviam quatro bruxos de fama,

Cujos nomes todos ainda conhecem.

Os primeiristas olhavam a tudo fascinados e intrigados com o chapéu que podia falar. Ela riu, tivera a mesma reação que eles: encantamento, incredulidade, felicidade.

O salão mantinha-se em silêncio, apreciando a melodia do velho chapéu que a anos mostrava aos alunos a que casa pertenciam. Que casa estava em seus corações.

O valente Gryffindor das charnecas,

A bonita Ravenclaw das ravinas,

A meiga Hufflepuff das planícies,

O astuto Slytherin dos brejais.

Olhou para as outras mesas, vendo a diferença entre seus alunos. Todos ali tinham em seu coração, as qualidades de sua casa. Uns mais, outros menos.

E então, em meio a fila de alunos de apenas 11, 12 anos frente a Professora Minerva McGonagall um menina de cabelos castanho-ondulados e olhos azuis profundos lhe chamou atenção.

Ela sorriu, desejando internamente sorte a ele.

Mas sabia onde ele cairia: Slytherin. Mas, talvez estivesse equivocada. Nunca se sabe. Cruzou as mãos sobre o queixo e continuou a observar o antigo chapéu que, anos atrás, a colocara em Gryffindor.

Compartilhavam um desejo, um sonho

Uma esperança, um plano ousado...

De juntos educar jovens bruxos,

Assim começou a escola de Hogwarts.

Sorriu, lembrava-se muito bem daquele dia.

O Chapéu seletor havia ficado em dúvida sobre em qual casa colocá-la: sua inteligência e sua mente a levariam a Ravenclaw, seu coração e coragem a Gryffindor.

E, bem no fundo o Chapéu havia considerado-a colocar em Slytherin. Este foi o primeiro pensamento dele, mas logo quebrado ao notar o sangue que levava nas veias.

Se seu sangue não fosse um empecilho ele lhe disse aquele dia você seria perfeita para Slytherin. Uma perfeita filha de Salazar Slytherin.

Cada um dos fundadores

Formou sua própria casa, pois cada,

Valorizava várias virtudes,

Nos jovens que pretendiam formar.

Olhou para Harry e deixou sua cabeça tombar em seu ombro. Se não tivesse acabado em Gryffindor provavelmente jamais teria conhecido Harry, nem Ron e muito menos Ginny tão profundamente.

- Tudo bem? - ele sussurrou em seu ouvido, acariciando seus cabelos.

- Sim, tudo bem - afimou contente.

Para Gryffindor os valentes eram,

Prezados acima de todo o resto;

Para Ravenclaw, os mais inteligêntes

Seriam sempre os superiores.

Olhou para a mesa onde residiam as serpentes, deparando-se com olhos cinzentos nos seus. Inclinou a cabeça em cumprimento: ele imitou-a só que, desta vez, sorrindo largamente.

Para Hufflepuff, os aplicados eram

Os merecedores de admissão;

E Slytherin, mais sedento de poder,

Amava aqueles de grande ambição.

Seus olhos estavam fixos e ela sentia-se tremer. O que estava acontecendo? Por que aquele garoto de lindos cabelos loiros e olhos cor de céu tinha que ser tão frio e tão... Intenso?

Abaixou os olhos, sentindo-se corar e sabia: ele sorria com isso.

Enquanto vivos eles separaram,

Do conjunto os seus favoritos

Mas como selecionar os melhores,

Quando um dia tivessem partido?

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Foi Gryffindor que encontrou a solução

Tirando-me da própria cabeça

Depois me dotaram de cérebro

Para que por eles pudesse escolher!

Olhou-o uma última vez e desviou os olhos, definitivamente antes que alguém notasse o intercâmbio de miradas entre dois "inimigos".

Coloque-me entre suas orelhas,

Até hoje ainda não me enganei.

Darei uma olhada em sua cabeça

E direi qual a casa do seu coração!

Os aplausos e assobios preencheram o salão. Todos pareciam envoltos em uma fina camada de magia que os envolvia. O céu do castelo de Hogwarts... Brilhava!

- Bem vindos, bem vindos mais uma vez alunos de Hogwarts! - o silêncio voltou a voz do diretor e ela fechou os olhos. A voz de Dumbledore... Trazia-lhe paz! - E bem vindos os nossos novos alunos, primeiristas! Vamos dar início... A seleção das casas! - bradou fortemente e os alunos vibraram.

Alguns riam, outros murmuravam, outros prestavam atenção nos alunos que viriam, torcendo por suas casas.

Os pequenos estavam nervosos, ela podia ver isso.

Alguns alunos foram para Hufflepuff, a casa estourou em aplausos, acompanhados de metade da mesa de Gryffindor e muitos de Ranvenclaw. Alguns foram para a casa da ravinas e, desta vez, até parte dos Slytherin apludiu educadamente.

- Órion Black.

O salão se calou olhando para o menino que antes Hermione observava com afinco e cuidado. O mesmo respirou fundo, sentando-se na cadeira.

Minerva colocou o chapéu em sua cabeça. Momentos de um silencio estarrecedor se seguiu.

Apreensiva, Hermione mordeu o lábio.

- Slytherin. - sussurrou para si mesma.

Os lábios do chápeu se moveram e ela viu-se prendendo a respiração.

- Slytherin!

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Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

Oi gente!
A-m-e-i os seus reviews, logo eu estou respondendo! Olha, vou fazer assim... Que tal 10 reviews esse cap. e o próximo eu posto rapidinho também? Que tal?
Até+, J.