O Segredo. escrita por Jee kuran 95, DramioneFanClub, Jee kuran 95


Capítulo 1
Capítulo Um: O Expresso de Hogwarts.




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Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capítulo: +13 anos.

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O Segredo

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ℋarry Potter

Capítulo Um: O Expresso de Hogwarts.

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ℳuitas coisas haviam mudado.

Seus pensamentos, sua forma de pensar e ver o mundo, a forma como se mostrava para as pessoas ou, até mesmo, sorria para seus amigos.

Ela mudara sem nem mesmo perceber e a entristecia saber por qual motivo. Sentia-se suja e, sinceramente, repugnava a si mesma em certos momentos.

Ela queria fugir de sua própria realidade.

Fugir de quem era, de suas próprias responsabilidades mas isso era impossível: seu destino já estava traçado há muito tempo.

O Expresso sairá em poucos minutos.

Virou-se olhando para a Sra. Molly Weasley que lhe sorria gentilmente, seus olhos quentes e amáveis, transbordando paz.

A menina sorriu, mas não se aproximou.

Sim, eu sei Senhora– disse educada. Onde estão seus filhos? Não os vi ainda. – mentiu. Havia visto os ruivos Weasley poucos minutos antes, ao passar pela plataforma 9¾.

Estão por ai, realmente não sei onde se encontram. - deu de ombros a ruiva, olhando para o trem sonhadoramente. - lembro como se fosse ontem a primeira e última vez em que embarquei neste trem. Já faz muitos anos.

Olhou a mulher com curiosidade, arqueando uma de suas sobrancelhas.

Sente falta de Hogwarts?– perguntou tímida.

Sim admitiu suspirando - Muita falta. Falta dos corredores, dos professores, dos fantasmas, das aulas... Era tão boa aquela época, tão... Fácil! – disse admirada.

Entendo. – murmurou e bufou sorrindo tristemente. - Bom Sra. Weasley, foi um prazer falar com a Senhora novamente. - disse sincera. - Até mais.

Boa sorte este ano, Hermione – sorriu a mais velha, vendo o relógio da plataforma badalar enquanto ela subia no trem.

Acenou para a mulher ruiva e sorriu contida.

O Expresso de Hogwarts começou a andar, a fumaça tomando conta da estação, afastou-se da janela, procurando uma cabine.

As coisas estão começando a ficar mais complicadas pensou amarga e eu estou tão cansada! Cansada de mim mesma cansada das pessoas que me cercam, cansada de carregar fardos que não são meus. achou uma cabine, aliviada por estar vazia, pois sabia: não queria falar com seus amigos neste momento.

Fechou a porta, jogando a pequena bolsa que tinha nas costas a sua frente e deixando-se escorregar pelo estofado que tinha ali. Inclinou sua cabeça para trás, relaxando e deixando seus olhos se fecharem por vontade própria, pesados.

Eles ficaram chateados por não fazer a viagem de ida junto a eles, mas espero que me perdoem, neste momento, a única coisa que desejo realmente é ficar sozinha respirou profundamente passando a mão pelos cabelos. Ficar sozinha comigo e com estes meus pensamentos que me atormentam.

Eu quero somente... Um momento comigo mesma.

Quebrando sua linha de pensamento, a porta da cabine se abriu rudemente, porém sem fazer qualquer barulho e ela viu sua privacidade, seu momento de solidão, ser invadido por outra pessoa.

O rapaz de cabelos louros entrou, fechando a porta atrás de si e sentando-se com elegância frente a ela, encarando-a. Hermione não sabia como podia ter tamanha sorte: de todas as pessoas que podiam entrar ali, cá estava a que ela menos queria ver a sua frente.

Malfoy, o que faz aqui? - perguntou já prevendo a cansativa discussão que estava por vir.

O mesmo que você Granger, apenas querendo ficar sozinho. Sem ninguém para me perturbar. - disse ele com seus olhos claros brilhando. Ela não sabia dizer se eram de uma cor cinzenta ou azul.

Sinto informar, Malfoy, mas sua presença está perturbando minha paz de espírito.– disse sarcástica arqueando uma sobrancelha.

Que ótimo para você então. Incomodada? Saia – ofereceu estendendo a mão em gesto cavalheiresco em direção a porta. - Fique a vontade, mas saiba que irei ficar aqui de qualquer modo.

Ela ficou em silêncio por um momento.

Não sairia dali, claro. Ela havia chego primeiro e, se alguém deveria se retirar era ele e não ela. Além do mais, duvidava que conseguisse achar uma cabine que não estivesse cheia naquele momento.

Mas, estranhamente, a presença de Malfoy não me incomodava realmente mas trazia a sua mente uma sensação de desconforto, inquietação. E ela sabia muito bem o porquê disso. Fechou os olhos, deixando sua cabeça bater na parede atrás de si e tratou de ignorar a presença do Slytherin a sua frente.

Impossível.

Mesmo sem falar nada ela podia sentir os olhos dele queimando em sua pele, o cheiro de Lavanda que ela sabia desprender de seus cabelos finos - fios de ouro -, a presença marcante dele a fazia ficar nervosa.

Os anos fizeram bem a Draco Malfoy. Ele crescera e de certa forma, amadurecera. Continuavam com suas brigas internas, seus xingamentos constantes, seus olharem de fogo mas, ela podia ver no quão sério o homem a sua frente se tornara, a frieza em suas palavras, a indiferença em seus gestos... A ironia em seu sorriso bonito.

Espere! Sorriso bonito... Hermione...! Cale-se, disse mentalmente irritada com tais pensamentos. Era certo, embora não gostasse dele, Hermione devia admitir: o herdeiro Malfoy se tornara um homem bonito.

É uma pena que um homem tão bonito quanto ele seja tão mesquinho e arrogante, presunçoso e prepotente! Além de, é claro preconceituoso pensou sem conseguir se conter.

Odiava-o, odiava a pessoa que ele era, seus conceitos básicos sobre as pessoas, sua forma de pensar. Toda sua beleza ruía ao simples pronunciar de qualquer palavra.

Por que está aqui? - perguntou sem cerimônias, mirando-o seriamente.

O mesmo que você supõe: fugindo – respondeu ele com um pequeno sorriso arrogante. - Simplesmente desejo ficar sozinho e quieto por alguns momentos, algo que não está se concretizando já que você insiste em continuar com nosso "diálogo", Granger.

Ela piscou repetidas vezes, surpresa. Ele havia respondido a sua pergunta sem ao menos falar maldizer-lhe! E, ao que parecia, o tom que usara com ela fora quase... Amável.

Entendo. - disse, escutando sair de seus lábios tais palavras e surpreendendo a si e a ele.

Tudo bem, sua companhia é agradável. - respondeu ele dando de ombros.

Hermione arregalou os olhos surpresa, fazendo o louro rir gostosamente de sua reação exagerada.

O que foi? É verdade, é bom ter alguém com quem conversar descontraidamente.– falou ele com um sorriso malicioso. Embora não sejamos os melhores amigos estamos fazendo um bom trabalho não acha? Já se passaram 24 minutos e não tentamos nos matar.

Isso só prova o quanto esses tempos de Guerra nos fizeram amadurecer – disse ela sabiamente. E que não somos mais tão infantis para continuar com certas trivialidades.

Draco parou, analisando suas palavras e olhou para ela por baixo dos longos cílios negros. Seus olhos brilhando como nuvens em um dia de tempestade. Ele sorriu mais uma vez.

E como eu disse, ele tem um lindo sorriso Hermione. Os dentes brancos, os lábios finos e corados, a malícia por trás de suas curvas, a língua que insiste em brincar em sua boca...

Tem razão. - disse ele passando a mão pelos cabelos e abrindo um pouco a jaqueta que levava, estava começando a suar. - Mas estou curioso... Onde estão seus Cavaleiros agora? Devem estar preocupados com você.

Não quero vê-los.

E Draco soube, naquele momento, que algo grave havia acontecido. Granger não era uma garota normal, não se deixava abalar pelas futilidades que lhe aconteciam e muito menos, ligava para o que os outros pensavam.

Tinha dois amigos homens, aprendera habilmente a ignorar certas coisas - e falas, e pessoas - que lhe aconteciam. Mostrava-se indiferente a várias coisas.

– Quer me contar o que aconteceu? - disse ele gentilmente.

Hermione olhou-o de maneira estranha e Draco quase sentiu vontade de rir. Sabia bem o por que. Ela estava estranhando sua gentileza.

A única coisa que ela não sabia era: ele sempre fora assim.

Draco em todo, era uma pessoa calma e gentil com as pessoas, porém astuto e frio, fazendo-a muitas vezes se confundirem e sentirem medo dele, fazendo-se parecer, muitas vezes, incrivelmente mesquinho e rude ao olhar das pessoas.

E era essa parte - esse véu que ele tinha sobre si mesmo, cobrindo quem ele realmente era - cruel sarcástica e má que sempre aparecia para ela e todos aqueles que não eram de seu meio simplesmente não existia.

Por alguma estranha razão, ele decidira mostrar-lhe um pouco de quem ele era - deu seu voto de confiança a ela - e se deixou expor um pouco.

Queria ver quais eram suas reações porque, afinal, ela não o conhecia. Não sabia quem era Draco Malfoy.

– Só porque estamos conversando como duas pessoas civilizadas não significa que contarei a você o que está se passando. - disse ela divertida. Hermione revirou os olhos vendo-o rir. - Fale sério, não achou mesmo que eu iria lhe dizer, achou?

– Na verdade sim, - admitiu-o sorridente. - Esperava um pouquinho mais de confiança de sua parte, Granger.

– Confiança - murmurou ela, seus olhos escurecendo. - Confiança se constrói Malfoy. Levam-se anos para obtê-la, um segundo para quebrá-la. - disse olhando para a janela.

– Foi isso que aconteceu com Potter e Weasley? - disse adivinhando.

Ela sorriu friamente, ele estava certo. Apenas não sabia o que levara a isso.

A morena nada mais disse e ele resignou-se, ficando calado enquanto também observava a paisagem.

Hermione suspirou e olhou de canto para o loiro, vendo-o distraído e pensativo. Ele mudara. Mudara muito. Tornara-se quase... Suportável. E ea havia notado isso desde o quinto. Malfoy vinha tornando-se uma presença marcante, forte e inabalável em Hogwarts.

O príncipe de Slytherin tornara-se inalcançável. Notas tão boas quanto as dela, um perfeito cavalheiro e galanteador com as mulheres, bonito, tinha charme e, principalmente, status e inteligência invejáveis.

E principalmente, esse Draco Malfoy que via a sua frente era indiferente ao sangue que corria em suas veias. Ela sabia disso, sabia muito bem disso.

Mas nada disso importava mais. Não agora.

– Isso não lhe interessa.

– Realmente não me interessa. É apenas... Curioso que amigos de longa data como vocês - disse sarcástico - briguem assim, sem motivos aparentes...

– Quem disse que brigamos? Está jogando verde para tentar colher maduro Malfoy - frisou o nome propositalmente, sua língua enrolando as palavras - e não está obtendo o resultado desejado.

– Apenas uma questão de tempo e paciência.

– Por que tanto interesse repentino em mim e no que acontece comigo, Malfoy? - perguntou Hermione, dessa vez, encontrava-se curiosa de verdade.

Ele apenas sorriu e nada disse.

Permaneceu assim o restante do percurso, apenas intercalando miradas intensas e cheias de significado.

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– ℋarry Potter -

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Um, dois, três,... Vamos brincar pela floresta.

Um, dois, três,... Vamos brincar pela floresta.

Um, dois, três,... Vamos brincar pela floresta.

Trechos do diário de Hermione Granger.

Querido diário,

Mais uma vez estou aqui, escrevendo em você e contando minha história nessas páginas amareladas de um diário antigo, passado de geração em geração em minha família. Está quase perto do 1º de Setembro e eu não sei o que esperar deste ano, não tenho expectativas, não tenho mais sonhos, nem mesmo esdrúxulas esperanças de que algo venha até mim me dizendo que tudo não passava de uma brincadeira de mal gosto feita pelo destino.

Ron e Harry estão estranhos comigo, e não querem me contar o que se passa em suas mentes. Tento convencer a mim mesma que não é nada demais: coisas de garotos. Mas isso não funciona e eu sei por quê. Eles me escondem algo, e isso me corrói por dentro.

Eles não têm confiança em mim?

Ao que parece não.

Mas, ultimamente nem eu mesma confio em mim mais.

Meus próprios pensamentos... Não são mais seguros.

– O que está fazendo? - perguntou o homem encostado a porta.

Hermione o olhou pelo canto dos olhos, vendo seus cabelos castanhos caindo por seus ombros e seus olhos azuis intenso observando-a atentos. Suspirou.

– Escrevendo. - declarou o óbvio monotonamente.

O moreno revirou os olhos, respirando profundamente. Nenhum dos dois estava contente com aquela situação no mínimo, constrangedora para ambos.

– Sinto muito. - disse de repente e ela se virou para olhá-lo, quieta. - Sinto muito por ter que ficar aqui, como uma prisioneira. Mas é para seu próprio bem.

– Eu sei. - voltou ao que fazia, guardando o diário e pegando pergaminho e pena. Molhou a ponta no tinteiro e olhou para ele. - Melhor presa do que morta, não acha?

– Não fale desta maneira Hermione. - repreendeu o mais velho.

– É a verdade - disse friamente. - Palavras bonitas não vão diminuir a veracidade de minhas palavras.

Deu uma pausa, começando a escrever novamente. Rascunhou num garrancho bem alinhado e logo após passou a limpo aos olhos atentos do homem.

– Enviará para Harry?

Ela acenou positivamente.

– Não recebo notícias dele a semanas.

– Ele virá nos visitar assim que puder Hermione.

– Eu sei, mas há algumas coisas que eu gostaria de compartilhar com ele. - ela falou olhando intensamente em seus olhos. - Algumas coisas... Que eu gostaria que ele soubesse.

– Segredos de família não devem ser revelados. - murmurou o outro.

– É eu sei. - ela suspirou.

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Continua no próximo capítulo...



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Notas finais do capítulo

Hei! Me digam o que acharam.