JAMES

Okay, faltava uma semana pra voltar pra escola e eu não sei se isso é bom. Tipo, tem Quadribol, as meninas, zoar o Snape, as meninas, DCAT, as meninas... Mas essas férias eu passei com o meu melhor amigo e a menina que eu amo, então eu tava de boa.

Aliás, falando na Evans, ela tinha ido ao Beco Diagonal com a Bianca hoje. Depois disso ia pra casa da demônia e só nos veríamos no Expresso. Que legal.

–Nossa, três meses que a gente nem vê a Bia.

–Tá apaixonadinho, Padfoot?

–Nem fudendo. Nem brinca. A Bianca me dá medo.

–Cachorro medroso. Vira um poodle, porra.

Nós ficamos conversando até chegar na plataforma. Claro que chegando lá já fomos procurar o Moony e o Wormtail, que tinha me dito que estava pegando as respostas da prova de Poções com o Snape naquela noite. Então estava perdoado. Entramos na cabine habitual e lá estavam os dois. Moony lia e Wormtail comia. Novidade, por favor!

–OLÁÁ, MEU POVO! – já cheguei assustando, os dois deram um pulo.

–Hey! Sentiram falta? – Padfoot idiota.

–Nunca. Mas beleza. – Moony deu um Hi5 em cada um.

O trem começou a andar e ainda não tinha visto a Lílian.

–Onde essa menina está?

–Deve estar com os monitores. Aliás, Moony... – Wormtail falou.

–PUTA MERDA, ESQUECI! – ele saiu disparado pelo corredor do trem pra encontrar com os monitores da Grifinória.

Nesse momento eu vejo três musas, sim musas, entrando na cabine. Tinham que ser da família Black. Andrômeda, Narcisa e Bellatrix. Tudo bem que a Bellatrix dava medo, mas ela era linda.

–Priminho, bobinho...

–Ai, cacete. Vaza daqui. – Sirius era a ovelha negra da família. Ou branca, porque aqueles putos são sonserinos.

–Oi, mi ladies...

–Argh, Potter! – Bellatrix, um anjo de pessoa.

–Falei com as damas, Bella. Não com os trasgos.

Andrômeda deu um risinho. Ela era muito linda. E eu queria muito pegar aquela menina.

–Welcome to Hogwarts, mi lady. – eu dei um beijo na mão dela e ela me olhou com aquela cara que a Lilly faz quando vai me dar um fora. Cara de “vamos jogar”.

–Que cavalheirismo, James. – me chamou de James? FECHOU! – Obrigada.

–Às suas ordens. – me direcionei à Narcisa. Essa era esnobe. – E você, Narcisa.

–Vaza da minha frente, mestiço imundo.

–Welcome to Hogwarts! – Padfoot gritou rindo. Ele odiava aquela família!

–Então, priminho besta… - Bella continuou – Eu enfrentei essa imundice dos seus amigos pra vim falar com você!

–Vaza, Bella.

–Quando você volta pra casa e se junta a nós?

–Na minha morte.

–Hm... Posso te matar?

–Vaza, BELLATRIX!

–Tô indo, tô indo... Ah, Potter. – ela se virou pra mim com cara de nojo – Sua peguete sangue-ruim tava bem íntima de um sonserino. Que desaforo!

E ela saiu. E meu sangue subiu. Cadê a Lílian Evans?

Saí que nem um doido por aquele corredor, olhando em cada cabine. Vi Molly e Arthur namorando, o que era fofo, eu até gostava deles. Vi Ted Tonks e dei um oi pra ele. Vi Lucius Malfoy e quase vomitei.

Mas aí, senhoras e senhores, trouxas e bruxos, elfos e trasgos, eu vi. No fim do corredor. Uma certa ruiva conversando com nada mais, nada menos que REGULUS BLACK. Caralho, pra que tanto Black nessa escola?

Claro que eu fui lá.

–Evans, que merda é essa? – ela já estava com as vestes. De saia. Controle-se, James.

–Como assim, Potter?

–O que ele está fazendo nessa intimidade com você?

–Regulus e eu estamos conversando.

–Conversando só? Não foi isso que a priminha adorável dele disse.

–Bella viu a gente? – o traste se intrometeu

–Licença, Black, o papo é aqui. Então, Lílian.

–Potter, eu não lhe devo satisfações. E eu estou aqui conversando com o Regulus.

–É, Potter. Dá licença pra gente.

–Filha da puta. – e eu parti pra cima dele. No meio do trem.

Ouvi alguns sonserinos encorajando-o, ouvi os gritos da Lilly pra que eu parasse de ser besta e senti o Padfoot me puxando.

–Me larga! Vou destruir esse bicho que você chama de irmão! SAI DE PERTO DA MINHA MENINA, BLACK!

–ELA NÃO É SUA MENINA, SEU VIADO! E PODE VIR QUE EU DERRAMO ESSE SEU SANGUE MESTIÇO PODRE!

–POTTER! – Lílian gritou e nós dois calamos a boca – EU NÃO SOU A SUA MENINA E EU E REGULUS ESTÁVAMOS SÓ CONVERSANDO. AGORA PARA DE CRIAANCICE E VOLTA PRA AQUELA CABINE!

–Você acha que é minha mãe? – eu debochei. Péssima ideia. Ela me deu um murro no estômago.

–AGORA!

É, eu fui. Arrastado, mas fui.

E fui olhando a Lílian vendo os ferimentos do bosta do Black.

–-

–Porra, porra e porra.

–Calma, Prongs!

–“Calma, Prongs!” ? Eu vou matar o seu irmão.

–Só por causa daquilo?

–Não, porque ele está com a minha Lílian na torre de Astronomia. Às 3h da manhã! Porra. – eu estava olhando no mapa, no meio do dormitório. Sorte minha que só eu e Padfoot estávamos acordados.

–Você vai acordar todo mundo, Prongs... – como esse filha da puta fica tão relaxado enquanto eu surto? Deve ter fumado maconha, só pode!

–Ei, ela tá voltando. Eu vou esperá-la lá embaixo.

–Para com isso... Ela odeia que você fique olhando onde ela tá, com quem e blábláblá.

–Muito tarde, eu vou! “Malfeito Feito”

E eu desci as escadas do dormitório só de cueca boxer e com o roupão. O mapa fechado no bolso do roupão e a varinha no outro. Cheguei na sala e sentei no sofá em frente à lareira. Até que eu ouço a dona moça chegar na ponta dos pés.

–Noite linda, né?

–James? Puta merda.

–Tá tarde, Lílian.

–E daí? Você não é meu pai.

–Ainda bem!

–Argh, vou subir.

–Onde você tava?

–Te interessa? Por que não olha no mapa?

–Porque confio em você. – OK, EU CONFIO NELA. NÃO CONFIO NO BLACK. E MAIS, EU SEI QUE ESSA FOI PESADA PORQUE EU MENTI, MAS FODA-SE.

–Ah... – ela se sentou do meu lado – Eu estava conversando.

–Às 3h, Lílian? E... Você está com roupas normais.

–É... Conversando.

–Só isso mesmo?

–James, na boa, você não é meu dono.

–É, tá certa. Boa noite.

E me levantei e subi. Acho que ela ficou confusa, mas era isso que eu queria. VAMOS JOGAR, LÍLIAN EVANS.