Malditos Marotos. escrita por Bell


Capítulo 2
O mapa


Notas iniciais do capítulo

Eu nunca devia ter me envolvido com o idiota do James...



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James ainda estava de cueca e algo me dizia que ele estava feliz de estar assim a minha frente.

-Você podia ter colocado uma roupa.

-Você podia não ter posto.

Eu revirei os olhos. Ele era insuportável, mas que era gostoso... Isso era. Sinceramente, eu não acredito que eu estou falando isso, mas é a verdade! Poxa, ele era apanhador, devia se exercitar todo dia. E tinha ganhado em todos os jogos, a casa da Grifinória estava invicta por causa dele.

-Por que me tirou da cama a essa hora?

-A gente precisa conversar. – ele falava sério. Apontou pro sofá e eu me sentei.

-Fala.

Ele respirou fundo e começou a falar.

-Você não pode ficar com o Peter. – eu revirei os olhos e bufei.

-James, a vida é minha e...

-Fica quieta e me deixa falar.

-Vai, fala!

-Ele está ficando com a Susan, da Sonserina.

-O que? Como você sabe? Tem provas?

-Eu estava na cama olhando o... – ele se calou.

-“O” o que, Potter?

-É, acho que você tem que saber pra acreditar em mim.

-Saber do que, Potter? – eu estava muito confusa.

Ele tirou um pergaminho do bolso e a sua varinha. Colocou a ponta sobre o papel e falou “Eu juro solenemente não fazer nada de bom” e o pergaminho começou a mudar, aparecendo escritas.

-Ah, ótimo. Um brinquedinho da Zonko’s!

-Sh, Lílian.

Ele abriu o pergaminho e mostrava toda a Hogwarts. Eu fiquei boba. Tinham alguns pares de pés andando, com nomes dos seus donos.

-O que é isso, Potter?

-O mapa do maroto.

-Quem te deu isso?

-Éer... Isso não vem ao caso.

-Me explica o que é... – eu olhava pra ele maravilhada. Aquilo era perfeito.

-O Mapa do Maroto é um mapa de Hogwarts que mostra o que cada um está fazendo no momento, no castelo.

-Ali! – eu apontei pro nome do menino do terceiro ano que contrabandeava os doces que eu amava.

-Ah, ele está vindo da passagem da Dedosmel.

Nós ficamos ali por algum tempo, vendo o que cada um estava fazendo. Ele me mostrou a sala da Corvinal, onde eu via os pezinhos da Susan, colados nos do Peter. Quis matá-lo quando vi aquilo. Cachorro. Até que eu vi um nome que me interessou.

“Severus Snape”

-Ele está no corredor do andar de baixo, parado.

-Pode estar esperando alguém – James disse.

-E está. – nós dois olhamos o nome que ia ao seu encontro. Era PETER PETTIGREW, ou seja, Rabicho.

-O que aquele traidor faz com o maldito do Snape? – James estava com ódio.

-Não sei. Mas Severo não é maldito. Só fez uma escolha errada.

-Uma escolha errada, Lílian? Ele virou um comensal da morte! E agora meu amigo está conversando com um comensal da morte.

Ele se levantou e resolveu que ia sair. Eu o puxei pelo braço e, sem querer, nós ficamos a centímetros um do outro

-James... Não faz isso.

-Lilly, eu... – Lilly? James Potter me chamando de Lilly?

-Não faz. Ele vai saber que você estava o espionando.

Ele olhou no fundo dos meus olhos e eu fiz o mesmo. Os olhos dele eram tão escuros, tão diferentes dos meus esverdeados. Ele deu um sorriso diferente daquele de malícia. Parecia timidez, talvez.

-Boa noite. Desculpa te acordar tarde. – ele me deu um beijo na bochecha.

-Boa... Noite. – eu falei paralisada.

James me pediu desculpas, me chamou de Lilly, foi gentil e fez meu coração disparar. Maldito.

-LIL, ACORDA!

-Que, Bianca?

-Tenho trabalho de Poções pra entregar hoje!

-E?

-Falta meia hora pra aula começar!

Fui me levantando e me arrumando enquanto a xingava por sempre perder o horário.  Eu tinha conseguido dormir só umas duas horas. Não parava de pensar sobre a noite passada.

Nós descemos e não tinha ninguém na Sala Comunal. Olhei no relógio: 5 minutos pro início das aulas. Eu e Bianca nos separamos, já que eu tinha aula de Transfiguração e ela de Poções.

Minha aula era com o Sirius, o que sempre me deixava feliz. Cheguei em cima da hora e me sentei ao lado dele.

-Quase, hein? – ele riu

-Pois é, cabeludo. Eu sempre consigo! – ri também.

-Ruivinha, o que aconteceu ontem à noite?

PAUSA. PARA TUDO. O QUE?

-Como assim, Sirius?

-O James saiu no meio da noite e me disse que precisava resolver um negócio contigo. Voltou parecendo um idiota. Sorrindo.

-Ele tava sorrindo? AH... – não pude deixar de sorrir também. Que idiota.

-Lilly? O que aconteceu?

-Uhn... Ele me mostrou uma coisa.

Sirius arregalou os olhos pra mim.

-Oow, não é isso! – ele abafou a risada e eu também, já que a Minerva nos olhava.

-O que foi, besta? Ainda vou ser expulso pela Minerva...

-Só ela me ferra. E por sua causa! Mas, enfim. Um tal de “Mapa do Maroto”.

-O James te mostrou o mapa? Puta merda, que idiota.

-Nossa, eu não podia ver?

-Ninguém nunca viu além de nós quatro.

-Os marotos?

-É.

-Espera... – “Os Marotos”... “Mapa do Maroto”... – Vocês fizeram aquele mapa?

Eu aumentei um pouco o tom de voz por causa da surpresa, e recebemos um olhar da Minerva. Mais um pra minha coleção.

-Shh, ruivinha! É, fizemos. – ele disse sussurrando.

-Como?Quando?

-Há algum tempinho. E, como... Bom, digamos que nós sabemos fazer coisas do tipo. Não é à toa que passamos tanto tempo na Zonko’s.

-Não acredito que você nunca me contou – fechei a cara

Ele sorriu. Parecia um irmão.

-Segredos são segredos, ruivinha. Eu nunca te perguntei sobre o Jason. – eu arregalei os olhos.

-Assim que ele soube, né? Assim que ele sempre sabe. Ele me vigia.

Ele colocou a mão sobre a testa. Parecia arrependido.

-Lilly, ele se preocupa com você.

-E me vigia... – eu falava como que pra mim mesma e acabei deixando uma ou duas lágrimas escaparem. De raiva. Por sorte, a aula acabou e na minha próxima (Runas Antigas) não tinha James, nem Bia, nem Sirius, nem Lupin, nem Severo... Nem ninguém. Eu podia me concentrar na minha aula.

Infelizmente, ela foi interrompida. Um estrondo na porta e Annie Adams entrou gritando comigo.

-EU VOU MATAR A LÍLIAN EVANS.

-Adams, controle-se! – a professora gritou, mas Annie era barraqueira e nem ouviu. Chegou na minha mesa, jogou meu livro no chão e pôs o dedo na minha cara.

-Você está mexendo com o meu homem, Evans. E isso vai te custar muito caro.

-Seu homem? Quem?

Okay, não podia ser o Peter, porque ele estava com a Susan. Não com a Annie. As duas eram da Sonserina, mas mesmo assim...

-O James é meu, Lílian.

-James? Minha filha, você acha que eu ia querer James na minha vida? – acabei rindo um pouco.

-Se ele falar seu nome perto de mim de novo, a última coisa que você vai ver vai ser uma luz verde saindo da minha varinha!

-Annie Adams, saia agora ou eu vou chamar o diretor Dumbledore e você vai ajudar os elfos na cozinha! – eu ouvi a professora gritar. Mas eu estava sem reação. Primeiro porque James estava ficando com Annie Barraco Adams; segundo porque ele falava meu nome. Meu nome?

Ela saiu e todos me olhavam. Eu estava estática. Levantei-me, peguei meu livro do chão e voltei ao meu lugar.

-Evans, você está...uhn, dispensada pela aula de hoje.

-Ah, sim.

Eu saí da sala e fui direto pra sala comunal. Claro que nada na minha vida é normal depois que eu me dei ao luxo de olhar pro James Potter. Maroto idiota.

--

Tinha se passado uma semana desde o incidente com a Annie Adams, mas eu não tinha comentado com o idiota, só com a Bianca. Claro que ela quis puxar os cabelos da Annie até todos eles estarem no chão, fazendo um tapete loiro.

Que linda cena seria.

Eu estava na Sala Comunal, deitada no colo do Sirius com um rolo de pergaminho sobre um livro apoiado nas minhas pernas, que estavam dobradas. Ele ficava mexendo com o meu cabelo enquanto eu tentava ensinar Defesa Contra As Artes Das Trevas pra Bia, que estava sentada no chão.

-Você tem que se lembrar da sua lembrança mais feliz. Lembra-se do ano passado? A gente já viu isso, Bia...

-Passei raspando em DCAT...

-Não fez patrono?

-Não... Na verdade, eu fiz uma luzinha, mas logo se apagou. Nem sei como eu passei.

-Nem eu. – Sirius riu e continuou mexendo no meu cabelo. Ele estava bem quieto.

-O que você tem? – eu o perguntei enquanto Bia ficava tentando lembrar de algo feliz.

-Nada, Lilly.

-É sério. O que aconteceu?

-Rabicho... Ele...

-Eu sei.

-Sabe? – ele me olhou. Estava concentrado no meu cabelo, mas se voltou pra mim.

-Eu vi no mapa.

-Viu o que?

-Ele falando com o Severo. E, bem... O Severo é.

-De verdade?

-Eu vi a marca. E ele não negou. – eu chorava. Severo foi meu melhor amigo, e agora ele era um comensal da morte. Isso foi culpa dele, porque ficou andando com os amiguinhos sonserinos que não prestam.

-Rabicho...Ele mudou.

-Todos mudam. – eu chorava muito. Ele passou os dedos por debaixo dos meus olhos, limpando as minhas lágrimas.

-Eu não vou mudar desse jeito, tá? Por você, minha ruivinha.

Eu sorri pra ele. Era incrível como, apesar de ser um dos marotos, o Sirius me conquistava tanto.

-Pena que falta tão pouco pra ficar longe de você e da minha vaquinha.

-QUE AMOR. – Bianca disse e nos fez rir.

-Eu te chamaria pra ir pra minha casa, mas ela é a casa dos Potter. E você não vai querer...

-É. Provavelmente. – eu ri.

-Você vai pra minha casa! – Bianca exclamou – Ah, vou viajar. É, fica pra próxima.

-Sem próxima, besta! Depois dessas férias é o último ano.

Último ano. Isso pesa.


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Notas finais do capítulo

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