Revirando O Tempo escrita por Fernanda Alves


Capítulo 4
A VIAGEM


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigada pelos reviews e os comentários, eu nunca achei que nada que eu postasse teria futuro e vocês não sabem o quanto o apoio de vocês fazem a gente bem! Então vou continuar postando o mais frequentemente que posso, espero que continuem acompanhando e contem para os seus amigos! Aqui vai mais um capítulo, espero que gostem.
PS: O capítulo com a reação do Harry vai demorar um pouco,porque eu achei necessário mostrar a viagem. Vocês verão o porquê.
BEIJOS! :)



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Já muito bem acomodados na cabine do Expresso Hogwarts, o grupo agora conversava fervorosamente, e como a maioria era de meninos, o assunto principal era, é lógico, quadribol. Porém, aos poucos a conversa foi variando de assunto, e se focando mais nas semelhanças e diferenças das duas gerações. A única que se mantinha mais calada era Lily, que ainda não acreditava que isto tudo estava acontecendo. Era também a mais preocupada em não conseguirem voltar, e acima de tudo: Ela ainda não conseguia acreditar que se casaria e formaria uma família com James Potter. E uma frase do mesmo que a fez sair do seu aparente trânse. 

- ... Fico feliz que você herdou a minha beleza, James II, mas isso não é surpresa, afinal, os meus descendentes com a Lily não teriam motivo nenhum para ser feios, afinal, não existe nenhum traço de feiúra nessa união - James sorria convencidamente. 

Lily revirou os olhos. 

- Tão modesto. – Ela ironizou – Mas afinal, me diga, James, você tem irmãos?

- Sim, dois, mas Al e Lily não são tão legais quanto eu. - Respondeu James Sirius, levando Lily a tentar não revirar os olhos para o neto, que era muito mais parecido com James do que ela gostaria. Neto... Era realmente estranho pensar nessas coisas, mas como agora ela estava sendo forçada a conviver com isso tão cedo, ela resolveu encarar isso o melhor que pôde e recolher informações sobre seu futuro. 

- Lily? - Ela perguntou, curiosa. 

- Sim, Lily Luna Potter, minha irmã. Como você vê, meus pais nomearam cada um dos filhos homenageando pessoas que são ou foram importantes para eles. Eu, por exemplo, sou James Sirius Potter, em homenagem a vocês dois. - James II inclinou a cabeça em direção a James e Sirius - E minha irmã é Lily Luna Potter, em homenagem à minha avó Lily e à minha tia Luna. Ela está no segundo ano em Hogwarts. E na aparência, se observarmos bem, ela é meio que uma mistura entre você e a minha mãe, Gina Weasley. Ela também é ruiva, tem algumas sardinhas espalhadas pelo rosto, e grandes olhos castanho-amendoados. Todos pensam que ela é muito delicada quando a vêem pela primeira vez, o que não é bem verdade. Tudo bem vai, ela é a única filha menina lá em casa, e por isso, é claro, é a princesinha do papai. Porém, fora isso, de princesa ela não tem nada.   

 - Como assim? - Perguntou Lily, curiosa.

- Experimente provocá-la de alguma forma, e dependendo do grau da provocação, tenho certeza de que você não sai vivo para contar história - Respondeu James, com o pensamento distante, lembrando-se dos ataques de fúria da irmã - Ela é bem temperamental. Acho que puxou isso dos dois lados da família. E, apesar do papai protegê-la sempre, ela nunca recorre a isso. Ela sempre teve essa mania de ser forte, independente e sempre fez questão de se defender sozinha. E nisso ela tem muita prática, porque eu e o Al, quando éramos menores principalmente, não a deixávamos em paz. E exatamente por ser assim ela é o orgulho da mamãe, que sempre foi uma feminista de primeira! 

Lily sorriu, ficando feliz que sua neta tivesse uma personalidade tão forte e definida. 

- E seu irmão, Al? - Ela perguntou - O nome dele homenageia a quem? 

James Sirius riu, sendo acompanhado por Fred e Dom, e até mesmo Roxxie teve que reprimir sua risada. Os marotos e Lily, é claro, não entenderam o porquê e os encararam com expressões interrogativas. 

- Desculpe - James Sirius se recuperou - É que no caso do meu irmão, as homenagens são muito embaraçosas! Até hoje nós não entendemos direito porque foi que nosso pai inventou de colocar esse nome no coitado. E entendemos menos ainda como foi que a nossa mãe deixou! - James Sirius riu novamente, mas se apressou a explicar - Bom, para explicar tudo, o nome do meu irmão é Alvo Severo Potter. 

- SEVERO?! - Todos exclamaram, surpresos. 

- De... - Lily começou, e James Sirius fez questão de completar.

- Sim, de Severo Snape. 

O choque perpassou as expressões de cada um dos viajantes do tempo, substituído logo depois pela raiva e a indignação, até mesmo em Lily. Ao mesmo tempo em que ela ficara feliz por saber que seu filho Harry considerava Severo, ela se enraiveceu pelo fato de, aparentemente, Severo agir melhor com seu filho do que estava agindo com ela mesma. 

- Eu não acredito que o meu filho colocou o nome do RANHOSO no meu neto! - Gritou James, vermelho de raiva. 

- Ninguém nunca realmente entendeu. - Fred balançou os ombros - Tio Harry sempre diz que Snape foi o homem mais corajoso que ele já conheceu, e que se orgulha do fato de ter colocado seu nome no Al. O meu primo, é claro, não gosta muito do seu nome, mas o tio Harry sempre o consola, dizendo que ele deveria se orgulhar por receber os nomes de dois dos homens mais brilhantes e corajosos que já pisaram nessa Terra: Dumbledore e Snape.

Todos permaneceram alguns minutos em silêncio, meditando sobre tudo o que fora explicado. "Como Snape poderia ser um dos homens mais brilhantes e corajosos que Harry já conheceu?”, todos se perguntavam. Até que uma batida na porta da cabine fez todos se sobressaltarem. 

- Quem é? - Perguntou Dominique, receosa.

- Ora, sou eu, Hagrid! - Uma voz muito grossa respondeu do outro lado da porta da cabine, fazendo seus tripulantes suspirarem aliviados. 

- HAGRID! - Todos falaram animados, e Dominique abriu a porta da cabine, revelando o gigantesco homem que se curvava para caber direito no trem. 

- Olá, crianças! Como estão? - Ele olhou para os marotos e Lily, e sorriu - E VOCÊS! Sempre aprontando, não é?! E eu que pensei que nunca mataria a saudade! Venham cá! 

Após uma sessão de abraços esmaga-costelas de Hagrid em cada um dos tripulantes da cabine, Roxxie perguntou: 

- Hagrid, não quero ser indelicada, mas, o que está fazendo aqui?! Que eu saiba, você nunca viaja no Expresso! 

- Não mesmo, e por razões óbvias, não é? - Hagrid fez menção ao seu tamanho e ao fato dele ter que se curvar para caber no trem com as mãos - Mas hoje é uma exceção. Estou aqui realizando serviços para a diretora, e eu também precisava ir a Londres de qualquer forma, comprar alguns fortificantes para a minha mais nova plantação de abóboras e outras coisinhas mais. Então aproveitei e peguei uma carona. - Ele balançou os ombros. 

- Então quer dizer que você está aqui pela gente? - Remo perguntou. 

Hagrid assentiu:

- Sim, é meu trabalho garantir que vocês cheguem em segurança e muito bem escondidos à King's Cross. - Recitou ele, deixando claro na voz o quanto se sentia importante em realizar tal privilegiada tarefa - Você não sabe como os garotos aqui fora estão se mordendo de curiosidade para saber quem está na cabine que eu estou guardando, queriam entrar de qualquer jeito! Mas agora todos já se acalmaram e eu finalmente estou tendo a oportunidade de conversar com vocês. 

- NOSSA! - Dominique de repente se lembrou, fazendo todos se sobressaltarem. 

- O que foi, Dom? - James Sirius perguntou.

- Os nossos primos! Al, Lily, Rose, Hugo, e também Lorcan e Lysander! Eles devem estar loucos de preocupação por nós ainda não termos aparecido! - Explicou ela, fazendo todos também se afligirem na mesma hora. 

- Está tudo bem, está tudo bem! - Tranquilizou Hagrid - A professora McGonagall já conversou com eles e explicou tudo. Foi um choque enorme, e triplicou a vontade deles de conversar com vocês! Falando nisso, agora que todos estão calmos em suas cabines, eu vou chamá-los para conversarem com vocês enquanto ainda têm tempo, já volto. 

Hagrid saiu e fechou firmemente a porta da cabine. 

- Sabe o que eu estava pensando? - Falou Remo num tom distante, chamando a atenção de todos, e ele continuou - No Dumbledore. Eu não pude deixar de reparar que McGonagall é a diretora agora. E é tudo tão estranho... Acho que todos nós sempre estivemos muito acostumados com Dumbledore como diretor, era como se ele fosse... Eterno. O que foi que aconteceu com ele? 

- Ele morreu - Roxxie respondeu, e todos suspiraram tristemente - Mas isso aconteceu há muitos anos atrás, quando nossos pais ainda eram jovens adolescentes, e a Grande Batalha ainda não tinha ocorrido. Mas não vou entrar em detalhes porque essa é uma história muito longa e complicada, que eu acho que somente o tio Harry tem o direito de contar, afinal, ele estava lá. Foi realmente uma dor e uma perda tremenda não só para a nossa família, como também para todo o mundo bruxo em geral. Nós nunca o conhecemos, mas a forma carinhosa com que todos falam dele sempre nos fez, de alguma forma, simpatizar com o velhinho de longas barbas e cabelos prateados e óclinhos de meia-lua como se o conhecêssemos desde sempre.

Todos sorriram melancolicamente se lembrando de Dumbledore, e a cabine mergulhou num silêncio tristonho até a porta se abrir novamente com um estrondo, revelando um batalhão de primos e amigos ansiosos para verem de perto Os Marotos e Lily.


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