Revirando O Tempo escrita por Fernanda Alves


Capítulo 3
SOLUÇÕES


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um, em especial para a rafapotterkaulitz que está se mostrando ser uma leitora assídua! Espero que gostem. (:



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Assim que chegaram, Fred ofegou rapidamente “ Sapos de chocolate!” e subiram correndo a escada que dava para a porta do gabinete do diretor, no caso diretora, que gritou para que entrassem, assustada por baterem na porta com tanta urgência.

Minerva McGonagall empalideceu e quase desmaiou quando Fred II, Dominique e Roxanne entraram acompanhados dos jovens Lily Evans, Remo Lupin, Sirius Black e DOIS James Potter.

- Pelas barbas de Mérlin! – Gritou Minerva, atônita – O que diabos está acontecendo aqui?! O que foi que vocês aprontaram dessa vez?!

- Professora, eu juro, dessa vez a gente não tem culpa de nada! – Se adiantou Dominique. Ela sempre falava isso, mas dessa vez era realmente verdade.

- É sério, professora! Eles simplesmente apareceram no Salão Comunal assim, do nada, PUFF! – Fred ilustrou, fazendo todos terem vontade de rir, apesar da gravidade da situação.

- Potter, Evans, Lupin, Black, se expliquem! – Ordenou ela, piscando e não acreditando que estava repetindo aquela frase depois de tanto anos.

- Professora McGonagall – Se adiantou Remo – Sirius, quando estava cumprindo mais uma de suas detenções na sua sala, encontrou e acabou pegando para si o seu Vira-Tempo! Acontece que todos nós ficamos curiosos sobre como seria a sensação de viajar no tempo...

- Porque já tínhamos lido muito sobre isso! Foi somente para fins acadêmicos! – Lily acrescentou, desesperada.

- E então resolvemos experimentar... Porém, Sirius  acabou girando forte demais o Vira-Tempo, que se descontrolou, e quando vimos, nós viemos parar aqui! – Completou Lupin, balançando os ombros, envergonhado.

- O MEU VIRA-TEMPO?! – Se descontrolou Minerva – E COMO É QUE EU NUNCA DESCOBRI QUE ELE FOI ROUBADO?!

- Ah, porque somos muito bons parceiros de crime – Sorriu Sirius, orgulhoso por saber que nunca seria pego por essa travessura em seu tempo.

- BLACK! – Urrou Minerva, que depois respirou fundo e tentou se acalmar – E eu que pensei que depois de todos esses anos eu tinha finalmente me livrado das dores – de - cabeça causada por vocês.

 - E agora, professora? O que faremos? – Perguntou Roxxie.

- Temos que mandá-los de volta, oras! – Respondeu Minerva – Onde está o Vira-Tempo?

- Aqui – Sirius entregou o objeto para a professora, que o examinou minuciosamente.

- Não acredito... – Minerva suspirou.

- O que foi?! – Perguntaram todos em uníssono, visivelmente assustados com a expressão de desapontamento no rosto da professora.

- Está quebrado. – Ela respondeu, fazendo todos murcharem de preocupação e medo – Aparentemente, o esforço de viajar décadas no tempo acabou o impossibilitando, e não tem como consertar. Este tipo de objeto não tem conserto.

- E agora?! – Perguntou Lily, amaldiçoando-se por ter dado aquela ideia maluca.

- E agora nós temos que solicitar outro ao Ministério. Somente o Departamento de Mistérios possui Vira-Tempos, e os que saem de lá só o fazem por motivos realmente necessários, e são minuciosamente fiscalizados.

Os rostos de James Sirius, Dom, Fred e Roxxie empalideceram.

- Mas professora... – Começou James Sirius.

- Sim?

- O meu pai e os meus tios quebraram todo o estoque de Vira-Tempo que eles tinham no Departamento de Mistérios anos atrás! – Sufocou James.

- Eu me lembro, Sr. Potter, mas tenho certeza que eles já devem tê-lo reposto, afinal, já fazem décadas que isso aconteceu!– Ela respondeu, fazendo todos respirarem aliviados.

- Mas temos um problema –Apontou Minerva – Com certeza vai demorar algum tempo para conseguirmos o Vira-Tempo, e ajustá-lo da forma correta. Vamos tentar acelerar ao máximo o processo, mas provavelmente vai levar no mínimo o feriado todo.

- Ótimo! – Exclamou James, que estava louco para passar mais tempo nessa realidade paralela, conhecendo o seu futuro, por isso não se manifestara muito para tentar resolver essa situação. Ele virou-se para os companheiros do futuro – Podemos passar mais tempo juntos! Ninguém vai notar a nossa ausência, afinal, no nosso tempo também é feriado, todos vão pensar que embarcamos e passamos o natal com nossas famílias!

- Eu pretendia passar o Natal em Hogwarts de qualquer forma, então meus pais não sentirão minha falta. Mas os seus pais não vão? – Lily perguntou aos companheiros.

James balançou os ombros e explicou:

- Não, tive uma briga com meus pais na véspera da partida, se eu e Sirius não formos, provavelmente meus pais vão pensar que eu ainda estou chateado e não quero passar o feriado na presença deles.

- E os meus também não se importam muito – Suspirou Remo, pensando no quanto seus pais o desprezavam desde que descobriram o que ele se tornara.

Lily suspirou, entendendo a condição do amigo, mas mesmo assim pareceu aliviada por não haverem com o que se preocupar, além do óbvio.

- Está tudo resolvido, então. – Concluiu McGonagall.

- Você quer dizer que podemos levá-los para casa?! – James Sirius também se animou, encarando a diretora com o mesmo olhar suplicante que uma criança faz para a mãe quando pede para adotarem um cachorrinho.

- Bem, é o jeito, já que grande parte dos alunos continuarão aqui na escola para passar o feriado este ano, por causa da grande nevasca. – Suspirou Minerva.

- Espere... Mas será que é sensato? E se revelarmos demais? – Começou Roxxanne, imaginando a expressão de seu tio Harry quando se encontrasse de frente com os viajantes do tempo – E se o tio Harry enlouquecer com tudo isso?! Imagina a cara dele quando ele der de cara com eles! – Ela apontou para o grupo de novatos.

- Bom, é claro que nós teremos que lançar um feito da memória neles antes de voltarem, para não mudarem o curso da história. Sei muito bem que o Obliviate de sua tia, Hermione Granger, é muito poderoso. Então, sendo assim, vocês estão liberados para revelarem o quanto quiserem, para o bem da convivência de vocês nesses próximos dias. Quanto a Harry... – Minerva ponderou – Bom, acho que de qualquer forma ele estaria realizando um sonho, então, acho que após o choque inicial, ele vai aceitar tudo isso muito bem.

- Será que deveríamos mandar uma carta avisando antes? – Perguntou Lily. Ela não queria que seu filho fosse parar no St. Mungus.

- Não vai dar tempo, o trem sai em.... – Minerva consultou um relógio que, aparentemente, ninguém mais entendia, exceto ela – MEU DEUS! O TREM SAI EM QUINZE MINUTOS! VOCÊS TEM QUE EMBARCAR, ANDEM, SE APRESSEM!

Minerva se levantou, afobada, e começou a tocar os alunos para fora de sua sala.

- Vou reservar uma cabine à parte para vocês, proibida até para os Monitores. Vocês serão os primeiros a entrar no trem, e os últimos a sair. Ouviram? Vocês só vão deixar o trem quando a plataforma já estiver totalmente vazia, exceto seus familiares. – Minerva falava enquanto os conduzia por passagens secretas até os terrenos da escola, onde as carruagens puxadas por testrálios que os conduziriam até a estação, já esperavam pelos alunos que ainda não haviam chegado – Os seus malões já estão a caminho. Fiquem tranqüilos, eu vou providenciar tudo. Boa sorte!

Minerva fechou com força a porta da carruagem que saiu em direção à estação, e eles se despediram da imagem de Hogwarts, com um aperto na boca do estômago que tinha tudo a ver com o medo e a excitação deles em passar o feriado de uma forma que eles jamais tinham previsto. 


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