(Stefan)

(Ouça essa música: http://www.youtube.com/watch?v=-TTPGAy5H_E)

Acordei com uma sensação que há muito tempo não sentia. Como se estivesse no passado. Só não sabia se isso era bom ou ruim. Demorei apenas alguns segundos para me lembrar do que havia acontecido, e quando lembrei, olhei ao lado e vi Katherine sentada numa poltrona lendo meu diário. Aquilo de fato era real. Dormi com Katherine pra afundar minhas magoas por causa de Elena.

– "Querido Diário, Katherine apareceu novamente. Isso está mexendo comigo. Devo contar a Elena? Elena sabe que ela está aqui na cidade?..." Quando foi isso? - Ela estava lendo meu diário. - A sim, ano passado. Hmm, sabia que você ainda sente alguma coisa por mim.

Demorei apenas alguns instantes para colocar meus pensamentos no lugar, e arrancar meu diário das mãos de Katherine.

– Oh mal garoto, mal garoto. Cadê o Stefan de ontem?

– Aquilo de ontem... foi... foi...

– O gato comeu a sua língua? – Ela deu uma leve mordida na sua própria língua. – Ou eu comi?

– Se não for pedir muito, será que eu posso tomar um banho em paz?

– Ok, ok. Eu estarei te esperando lá embaixo, vê se não demora, se não venho aqui em cima te buscar. – Ela levantou da poltrona, usava roupas intimas e um leve roupão de seda prata.

(Pause a música)

Fui direto ao meu banheiro tomar um longo banho e pensar sobre o porque eu passei a noite com Katherine. Será porque sentia algo por ela? Ou só seria pra afundar as minhas magoas? Não sabia. Estava tudo tão confuso que percebi que estava há muito tempo no banho, então finalmente sai do banho demorado e quente...

Sai do meu banheiro e fui diretamente para o meu quarto, enrolado em uma toalha branca. Cheguei ao meu quarto, peguei meu celular, e fiquei observando o visor, pensando se deveria ou não ligar para Elena. Depois de alguns longos minutos pensando, decidi ligar a Damon.

– Damon, sou eu, Stefan!

– Stefan? Stefan! – Aquela voz definitivamente não era de Damon.

– Elena?!

(Caroline)

Tinha acordado, não me lembrando de nada. Apenas de... Klaus! Estava deitada numa cama, extremamente grande, com lençóis de vários tons de vermelhos, algumas partes fracas o bastante para serem rosa, e outras forte o bastante para serem sangue. Sangue... Precisava me alimentar! Levantei da cama, com uma leve dor no pescoço, e percebi que vestia uma camisola, com tom verde nude.

Olhei atentamente o quarto em que estava, e eu não reconheci. Um quarto absolutamente grande, com grandes cortinas beges, pratas e brancas. Poltronas que aparentavam ser extremamente confortáveis rodeavam o quarto. Procurava uma porta, até que então encontrei, logo após o armário.

Fui rapidamente até ela, e quando cheguei, me surpreendi. Não consegui sair do quarto, como se alguma barreira me impedisse.

– Alguém? – Eu repetia algumas vezes.

– Olha só quem resolveu acordar.

– Sério? Você?

(Elena)

Acordei com o barulho de alguns pássaros voando na maresia, e com a luz do sol no meu rosto, me virei e vi Damon ainda dormindo. Em um salto sai daquela cama enorme e fui ao banheiro tomar um banho. Aquela casa era tão perfeita, tão grande, ainda não acreditava que ela era do Damon. Tinha tantas coisas que eu ainda não sabia sobre ele. Sai do banho e me enrolei em uma toalha, lembrei que não tinha roupas então fui ao guarda roupa com esperança de achar alguma camiseta de Damon. Mas quando o abri vi que tinha apenas um vestido azul escuro, achei estranho, mas vi que servia em mim, então vesti. Penteei meu cabelo, e já que não havia nada pra eu fazer naquela casa enorme, então decidi sair um pouco já que aquela casa era de frente para o mar.

Foi quando ouvi o celular de Damon tocando e não pensei duas vezes em ir verificar quem era.

– Damon, sou eu, Stefan!

– Stefan? Stefan!

– Elena?! – Ele parecia desapontado

– Stefan, meu Deus. Como você está?

– Já estive melhor... Aonde está Damon?

– Dormindo. – Depois percebi o que havia acabado de falar. – Stefan, me... me des...

– Está, tudo bem, Elena. – Ele não deixou com que eu terminasse a frase. – Quando Damon acordar peça que me ligue.

Olhei para o visor do celular de Damon, que marcava 11:45, levantei da cadeira em que estava, indo colocar o celular de Damon em cima da cômoda novamente. Quando senti duas mãos me entrelaçando pela cintura, e me abraçando levemente, dando um ar de segurança.

– Bom dia. - Eu me virei e coloquei as mãos atrás de tua nuca. - Caiu da cama?

– Shhhhhhhhhhh... - Ele pos o dedo indicador delicadamente em meus lábios, sorriu e me beijou, como nunca.

Me entreguei totalmente aquele beijo, era tão bom estar com Damon que me esquecia de tudo, o estranho é que só percebia aquilo naquele momento , sendo que ele sempre me consumiu. Quando vi, estava na cama com ele em cima de mim, e por algum motivo não conseguia parar o beijo. Então consegui vencer a extrema vontade e disse interrompendo o beijo.

– Você devia ligar para o Stefan.

– Elena, você deve ter alguma maldição das bruxas pra estragar os melhores momentos, já percebeu? - Eu sorri, o dei um pequeno beijo, e levantei.

– Muito engraçado... - Eu disse na frente da enorme janela que tinha vista para o mar - Será que ele esta bem com tudo isso? - Disse sem pensar quando lembrei dos dias na casa do lago em que passei com Stefan.

– Está preocupada demais com o querido Stefan, não acha? - Ele falava num tom de irônico e ao mesmo tempo dava para sentir uma ponta de ciúmes naquela frase.

– Ciúmes, é? - Virei para ele com um sorriso - Creio que as coisas entre mim e Stefan acabaram... - Disse com receio.

– Espero que sim. - Ele levantou da cama, e foi em direção ao banheiro. - E sim, ele está bem.

– Diz isso como se soubesse de algo que eu não sei ... - Fui seguindo ele ate o banheiro.

– Yep, não sou um simples vampiro, sou um vampiro detetive, sabia?

– Então querido vampiro-detetive, me responda uma coisa: de quem é esse vestido que encontrei no guarda-roupa?

(Matt)

Já fazia 1 mês em que estava mora de Mystic Falls, para tentar não ser morto por Damon. Jeremy viajou a 3 semanas também, e por coincidência, para a casa em que eu estava.

*Flashback* Eram 9:43 da manhã, levantei, tomei um rápido banho e refrescante, e fui para a cozinha tomar café, como de costume, para depois correr.

– Matt? – Aquela voz me parecia muito familiar.

– Jeremy! – Nós nos cumprimentamos. - Cara, o que você está fazendo aqui na casa do Will?

– Tentando fugir de Mystic Falls. – Ele disse sorrindo. – Andei esquecendo que ainda sou humano, e não um vampiro, ou um híbrido, aquelas coisas que eles são...

– Somos dois! – Eu disse tomando um pouco de meu café. – Mas e Elena, como ela está?

– Demorou algum tempo para ela se acostumar com tudo isso. Eu nunca a vi tão emotiva, tão rancorosa, nervosa. Ela se parecia um pouco até com o...

– Damon? – Eu não hesitei em falar.

– Isso, com ele. Ela e Stefan começaram a se afastar, e... bom, eu não sei mais.

– Eu sinto como se tudo isso fosse minha culpa.

– Isso não foi sua culpa, e sim de Rebekah.

(Bonnie)

Depois de tanto tempo sem ir para a escola, 1 mês mais ou menos, o mesmo tempo da transição de Elena, resolvi voltar, esperando encontrar Elena e Caroline lá, também. Mas, ao chegar, estava completamente, só. Elena e Caroline não estavam lá, nem Matt ou Jeremy. Fui andando pelos corredores, lembrando de quando todos nós éramos apenas adolescentes, tentando desfrutar da vida o melhor possível, e o trajeto da nossa vida, foi para um caminho totalmente diferente. Fui para a aula de geometria, e não consegui prestar muita atenção no conteúdo da aula. A aula acabou, e segui para a aula de história, e nem me recordei de que o professor não era mais o Alaric.

– Bom dia, classe. – Ele olhou para a minha turma. – Vejo que temos uma nova aluna por aqui, qual o seu nome? – Ele direcionou a mim.

– Bonnie. – Eu pude perceber que todos olhavam para mim. – E aliás, não sou nova aqui, estou aqui desde pequena.

– Mas nunca te vi por aqui. A proposito, sou seu novo professor de história, Mr. Shane, mas pode me chamar de Shay. – E sorriu para mim.

(Caroline)

– Pelo que eu saiba, eu que moro aqui. E não você.

– E pelo que eu sei, foi seu querido irmão que me sequestrou. – Eu disse posicionada no mesmo lugar.

– Rebekah... Rebekah... Não vamos irritar a nossa nova cunhadinha! – Kol apareceu atrás de Rebekah.

– Você conseguiu ficar mais patético ainda ao voltar. Não pensaria duas vezes para te empalar novamente.

– Será que vocês poderiam deixar a briguinha de irmãozinhos para mais tarde? – Eu interrompi aquela cena entediante.

– Oque está acontecendo aqui? – Elijah apareceu.

– Eu também gostaria de saber. – Eu já não estava com paciência, e queria sair daquele quarto. – Eu preciso sair daqui. Estou faminta.

–Ninguém está te impedindo de nada. – Rebekah disse se apoiando na parede do corredor.

– Como você pode ver, eu estou presa. – Eu disse a olhando nos olhos. – Você acha mesmo que eu ainda estaria aqui?

– Klaus e suas brincadeiras. – Kol falou num tom de ironia, entrando no quarto a frente.

– Klaus e suas vinganças. – Elijah o corrigiu.

(Damon)

– Você sabe como... – Eu sorri tentando disfarçar.

– De quem era? – Eu senti um pouco de desapontamento.

– Tantas que vieram aqui... Tantas que colocaram seus vestidos nesse mesmo armário, como posso me lembrar? Blaze... Carly... Érica... Megan... Silvia... Alison... – Eu dei uma pausa. – Katherine! – Eu disse na tentativa de a deixar com ciúmes, e consegui.

– Como? – Ela disse saindo da porta do banheiro e indo em direção a porta do quarto.

– Ei, ei, eu estava brincando. – Eu disse indo a sua direção. – Sabia que você fica muito sexy quando está com ciúmes? Você foi a única, e sempre será.

– Mas como eu posso acreditar em você? – Ela se virou para mim. – Sendo que esse vestido estava no armário. Nós não podemos esquecer que você ainda é o Damon!

– Eu comprei hoje mais cedo enquanto você ainda dormia. – Eu menti.

– Serio?

– Claro, por que eu mentiria para a minha vampirinha?

(Klaus)

Estava levando algumas bolsas de sangue para Caroline, quando me deparei com Rebekah e Elijah no corredor, e Caroline na porta do quarto.

– Olha quem chegou. – Rebekah disse olhando para mim.

– VOCÊ ESTÁ LOUCO? ME TIRA DAQUI AGORA, KLAUS! – Caroline falou num tom de raiva e gritando.

– Irmão e irmã, poderiam nos dar licença? – Eu disse me referindo a Rebekah e Elijah.

– Vamos Elijah, eles precisam ter a lua de mel ainda. – E Rebekah desapareceu.

(Ouça essa música: http://www.youtube.com/watch?v=xYN3GZ0316Y)

– Não faça nenhuma besteira. Lembre-se do que conversamos ontem. – Elijah falou a mim e saiu.

Eu fui em direção a Caroline, e lhe dei uma bolsa de sangue, ela recusou e jogou-a em mim, eu desviei, e a bolsa de sangue estourou na parede.

– Não seja rude, doce Caroline.

– Você vai na minha casa, me chama de linda, é todo fofo comigo, depois quebra meu pescoço e me tranca nesse quarto? Qual o seu problema?

– Meu problema é simples. – Eu a fitei. – Se chama Elena.

– Vingança... É claro. – Ela se virou, sentou na cama, e colocou as mãos no rosto. – Por que eu sempre sou o alvo de vocês para atrair a Elena ou o Damon? Mesmo não tendo nada a ver com a história?

Percebi que ela estava fraca, e que precisava de sangue. Então entrei no quarto, e sentei ao seu lado. Ela tentou levantar, mas estava fraca ao ponto de não conseguir.

– Tome, você precisa. – Eu estendi a mão para que ela pegasse a outra bolsa.

– Prefiro morrer.

– Eu nunca deixarei que isso aconteça.

Ela me olhou, e pegou a bolsa de sangue.

– Está melhor, querida?

– Obrigada. Mas isso não faz eu ficar com menos raiva de você.

– Eu sei. Eu não farei nada a você.

– Mas fara para a Elena. Isso não muda nada. Você só pensa em você. Se você sente mesmo algo por mim, como demonstra, não faria nada disso. – Ela me olhou, num olhar desafiador. – Você é sozinho, por ser desse jeito. Precisa dos híbridos, para preencher esse vazio. Mas se você não fosse assim, você poderia ter a mim.

Eu fiquei sem palavras, e sai do quarto.

(Pause a música)

(Katherine)

Estava fazia uma hora esperando Stefan no sofá. Como prometi, se ele demorasse, iria busca-lo. Então subi ao quarto dele, e ao chegar, me deparei com Stefan, segurando um quadro que tinha sua foto com Elena.

– Você vai mesmo ficar sofrendo pela ultima doppelganger enquanto a segunda está bem aqui na sua frente? – Eu tirei meu roupão prata. – Só para você?

– Por que você está fazendo isso comigo?

– Porque eu te amo, Stefan. E você sabe disso.

–O que você quer que eu diga? – Ele disse levantando da cama, num tom de fúria. – Que eu te amo? Que eu esqueci Elena? As coisas não são tão fáceis como parecem ser.

–Eu já estive no seu lugar, quando me apaixonei por você, e pelo Damon. E olha, não foi tão difícil escolher você.

(Bonnie)

Senti algo ruim com o novo professor de história, Mr. Shane. Mas ignorei, achando que era apenas por sentir falta de Alaric, e sentir que ele estava tomando seu lugar. As aulas finalmente tinham acabado, e na porta da saída, me surpreendi com quem eu vi.

– Jamie? Jamie!! – Eu sai para abraça-lo.

– Bonnie, oi! – Ele retribuiu meu abraço.

– O que você está fazendo aqui? Como é bom te ver.

– Tenho boas noticias. E elas explicarão essa sua pergunta.

– Me conte.

– Não agora, em público.

(Ouça essa música: http://www.youtube.com/watch?v=P58tNCBlr3U)

– Então passe lá em casa daqui uma hora?

– Claro. Então, até.

(Elena)

Eu e Damon andávamos pela cidade, até que resolvemos ir para a praia dar um passeio. O sol estava se pondo, e nós sentamos em uma das dunas em que ali havia. Uma leva brisa batia em meu rosto, e em vão, tentei prender meus cabelos em um rabo de cavalo. Conversamos por horas e horas, observando o por do sol até anoitecer, e um céu cheio de estrelas caiu sobre nós. Ele me contava sobre sua vida, e eu sobre a minha. Sobre coisas que eu nunca contava para ninguém. As vezes falávamos simplesmente para preencher os momentos de silencio, falávamos até de nossos filmes prediletos, ou comidas e músicas.

– Então, você gosta de cozinhar? Poderia me mostrar um dia desses.

– Yep, não sou tão bom quanto Stefan, mas faço um dos melhores chilis.

Eu sorri, e encostei minha cabeça em seu ombro, imaginando o que aconteceria daqui para frente. Damon pareceu ler meus pensamentos.

– No que está pensando?

– Pensando no futuro. – Eu olhei em teus olhos, que refletiam a luz do luar na negridão da noite. – O que acontecera quando voltarmos para Mystic Falls?

– Até lá nós saberemos...

O meu celular tocou, interrompendo a frase de Damon.

– Caroline? Você está bem?

– Não. Ela não está bem, Elena. E eu já estou ficando impaciente com ela. – A voz e o sotaque davam certeza de que era Klaus, e eu podia ouvir a voz e o choro de Caroline no fundo da ligação. – E se você quiser ver ela novamente, voltará até amanhã para Mystic Falls. – E a ligação caiu.