A Dama De Negro escrita por Giulia Mikaelson Salvatore


Capítulo 7
"Rebekah"


Notas iniciais do capítulo

Sabe que eu não consigo ficar sem vocês? Houveram apenas 4 comentários, e NENHUMA recomendação. Vocês são ruins de jogo, hein?!
Mas, mesmo assim, eu bebi um pouquinho, e nesta madrugada de sexta para sábado, eu vou postar um novo capítulo para vocês.
Xoxo



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Capítulo 7: "Rebekah"


Já faziam mais de vinte minutos, e Rebekah não acordava.

Levantei do caixão onde eu estava sentada, acho que é o de Finn.

– Vamos logo Rebekah! Eu quero curtir! E não adianta sem minha melhor amiga! – eu disse, parando em frente ao caixão onde ela ainda continuava imóvel.

– Quando quiser, Rebekah. – Niklaus se aproximou. Stefan andou de um lado para outro, bufando. – Ela está sendo dramática.

– Rebekah! Pelo amor dos Deuses! – eu disse impaciente.

– Por que não me conta o que está acontecendo? – Stefan se aproximou de nós, falando com maliciosidade e sarcasmo. - Obviamente, me quer aqui por um motivo, não é? – ele disse, tentando conseguir alguma informação.

Mas eu não estava ouvindo. Hoje eu estou meio nostálgica, acho que é a volta a Chicago. As memórias de tanto tempo atrás, há muito não relembradas. Memórias da década de 1920. Foi um tempo de prosperidade, na cidade, bem como nos Estados Unidos em geral. A indústria ainda prosperava, os habitantes da cidade gastavam seu dinheiro sem pensar. Bons tempos criados pela primeira guerra mundial que pareciam que iriam durar para sempre. Também foi marcada por altas taxas de criminalidade, com diversas gangues lutando entre si, pelo controle regional de drogas e álcool, ainda proibido na época. O Jazz, as festas, as roupas, o glamour...

Voltei à realidade quando ouvi as vozes dos dois se afastarem.

– Quando ela acordar, mande-a nos encontrar no bar da Gloria. Então deixe-a beber seu sangue até você morrer. – Klaus hipnotizou o guarda que lá havia.

– Para onde vocês vão? – eu falei, mas parece que não me ouviram, mas mesmo assim Nik me “respondeu” por assim dizer.

– Vamos ao seu apartamento – ele falou com Stefan.

– Não. De jeito nenhum eu entro naquela espelunca. – eu disse, ganhando a atenção deles para mim. Cruzei meus braços, frisei meu cenho e fiz um beicinho com meu lábio inferior. - Eu estou cansada de ser guiada a todos os lugares. Eu estou na minha cidade, não mereço ser arrastada para os lugares, ainda mais que não é mais 1920, agora eu tenho liberdade, não que eu não tivesse antes, mas agora sem necessitar de compulsão!

– O que você quer, Isabella? – perguntou Nik e eu estreitei os olhos, detesto que me chamem de Isabella sem necessidade.

– De você nada, Niklaus. – frisei bastante seu nome, o deixando surpreso com minha irritação - Apenas não quero ser arrastada para os lugares, com você e o estripador de Monterrey determinando os lugares onde devo ir. Agora eu vou andar por minha cidade, queira você ou não. Volto mais tarde, quando Rebekah acordar.

Saí daquele galpão, provavelmente deixando os dois pasmos.

Hoje estou mais irritada do que o normal, uma coisa que não ocorria normalmente, já que eu era bastante irritada.

Já havia anoitecido, e o vento batia forte nas árvores e nos prédios. Pessoas se agarravam aos seus casacos e chapéus, impedindo que o vento os levasse.

Fui andando por Chicago, a cidade é linda, com muitas luzes. Eu não via para onde estava indo, apenas agia no automático. Eu pensava em como as coisas haviam mudado, Niklaus havia mudado.Quando eu penso em Nik, lembro-me daquele rapaz que me fazia sorrir e rir de suas brigas com seus irmãos, penso naquele rapaz doce, que havia acabado de me pedir em casamento quando nos tornamos vampiros. Não esse cara que agora só pensa em poder, que quer a qualquer custo criar híbridos, para se proteger.

Vi-me diante do Lincoln Park. Sorri – havia muito tempo em que não vinha aqui. Mudou bastante com o passar dos anos.

*****

Já se passavam de onze horas. Não havia visto o tempo passar, Rebekah já havia ter acordado – ou não. Ela deve estar muitíssimo brava com Niklaus

Voltei para o bar da Glória, queria que Rebekah acordasse logo, e também queria tomar um drink.

Entrei no bar e vi o Salvatore saindo. Sentei-me no bar, ao lado de Nik, ele estava tomando tequila. Glória parou em minha frente.

– Bourbon, puro. – eu disse e ela foi pegar meu uísque. – Para onde o Salvatore foi? – eu perguntei a Nik

– Para que lhe interessa? Você não foi arrastada com ele. – ele disse e eu revirei os olhos. Precisaria estar bêbada para esta conversa. Glória chegou com o copo e a garrafa.

– Glória. – eu disse e ela se aproximou. – Acho melhor fechar o bar. Rebekah está chegando, e... Bem, ela passou quase um século sem se alimentar. – ela assentiu

– Estamos fechando. Terminem de beber. – ela anunciou e um cara de cabelos pretos sentou-se do outro lado de Nik. Revirei os olhos quando eu o reconheci. Damon Salvatore – O vampiro louco e impulsivo.

Não falei nada, não queria que ele descobrisse quem eu sou, então apenas fiquei bebendo doses e mais doses de uísque.

– Abriram as portas para a ralé entrar. – Nik disse ao Salvatore mais velho. Elitista.

– Querido, já me chamaram de coisa pior. – ele disse e Nik deu um sorriso que dizia: Estou louco para te matar. Nik pegou um guarda chuva pequeno, desses que servem nos drinks e ficou o rodando na mão.

– Você não desiste, não? – Niklaus disse para o Salvatore.

– Devolva meu irmão... E nunca mais precisará me ver. – Damon disse

– Estou triste. Prometi ao Stefan que não deixaria você morrer, mas quantas promessas eu preciso cumprir? E você quer morrer... Caso contrário, não estaria aqui, então... – Nik dizia, fazendo expressões teatralmente engraçadas, interpretando o que ele dizia, enquanto o Salvatore mantinha uma expressão... Preocupada com sua própria vida, talvez?

– O que posso falar? Adoro fortes emoções. – Damon disse, acho que em uma tentativa de ser engraçado, ou sarcástico. Mas isso acabou quando Nik o pegou pelo pescoço com sua mão. Revirei os olhos, isso era tão “coisa de vampiro”.

Nik o levantou até acima de sua visão. O Salvatore estava gemendo, tentando respirar. Ouve um estalo.

– O que foi isso? – Nik falou, colocando a madeira do pequeno guarda chuva que estava em sua mão na jugular de Damon. – Estou meio bêbado, desculpe se eu errar seu coração nas primeiras tentativas. – ele falou a Damon e depois disse em voz alta, apesar de eu ouvi-lo perfeitamente bem. – Quer me ajudar com isso, Is? – “Is” era o nome que ele me chamava quando ainda éramos humanos, faz tempo que não ouço esse apelido.

– Desculpe, dear. Mas você começou, e agora eu quero beber. – eu disse e no momento que o Salvatore tenta se virar para ver meu rosto eu me viro e o tapo com meu cabelo negro.

Ouvi o barulho da madeira penetrando na carne de Damon. Ugh, isso doía. Madeira não pode nos matar, mas nós sentimos dor. Ouvi o arfar de dor de Damon

– Não é aqui... – ouvi o barulho de novo. Revirei os olhos. Nik estava “torturante” hoje, literalmente. O grito de Damon soou em meus ouvidos. – Quase. – Nik disse, penetrando a madeira no local onde devia estar próximo do coração de Damon.

– Quer um parceiro de crime? Esqueça o Stefan. Sou bem mais divertido – Damon disse, com a voz sufocada, tanto pela dor, tanto pelo fato de Nik estar apertando sua garganta.

Glória deve ter ouvido e andou até a mim.

– Não irá impedir? – ela perguntou

– Eu deveria?

Klaus fez um estalo com a língua e jogou o Salvatore longe. Andou até uma cadeira que havia sido derrubada e arrancou uma perna, formando uma estaca mal feita. O Salvatore estava caído no chão e Nik se aproximou.

– Não será mais divertido depois de morto – Nik disse, colocando a estaca em seu peito, pronto para mata-lo. Mas...

Glória interviu.

Colocando fogo na estaca com magia.

Ela devia gostar do Salvatore impulsivo.

Nik jogou a estaca longe.

– Sério? – Nik disse. Eu também não acreditava no que ela tinha feito.

– Não no meu bar. Faça isso lá fora. – ela “mandou”

Damon ia se levantar, mas Nik o empurrou, dando-lhe um último aviso:

– Não precisa negociar a liberdade de seu irmão. Quando terminar com ele, ele não vai querer voltar. – e o soltou.

– Vamos, Is. – ele disse e eu peguei a garrafa, revirando os olhos.

Olhei para Damon, que agora me olhava. Pisquei para ele e segui Niklaus.

*****

– Não deveríamos esperar Stefan? – eu disse, quando estávamos chegando ao galpão.

– Quero fazer uma surpresa para ela. Fique aqui fora, Is. – ele disse. Ele estava quase entrando no galpão quando eu perguntei:

– Por que está me chamando de Is? – eu não tinha intenção de perguntar, mas “escapuliu” de minha boca.

– Eu li sua mente. – ele disse e eu estreitei meus olhos. - Enquanto você andava pela cidade, vi o que pensava sobre mim, sobre eu ter mudado. Você tem razão, eu mudei. Mas isso não significa que uma parte de mim seja não seja a mesma que você conheceu há mais de mil anos.

– Então pelo menos dirija essa parte para mim, Nik. Sinto sua falta. – eu disse e ele deu uma piscadinha

– Já estou fazendo isso. – e entrou.

Nesse meio tempo, o Salvatore chegou.

– Onde está Klaus?

– Lá dentro, talvez tentando acalmar Rebekah. Ele irá fazer uma surpresa para ela. Acho que envolve você. – eu disse e me aproximei do galpão, ouvindo as vozes.

Vá para o inferno, Nik!” – ouvi a voz de Rebekah.

– Eu disse que ela estaria com raiva. – sussurrei. E ela tinha toda a razão. Ele enfiou uma adaga em seu peito.

Ouvi um tilintar, talvez de algo de prata caindo no chão – A adaga.

Não fique triste. Sabia que não me mataria” – Nik falou.

Sim. Mas achei que machucaria mais” – Rebekah disse.

Sei que está chateada, Rebekah...” – Nik falou – ”Deixarei essa passar. Só dessa vez. Trouxe uma oferta de paz. Pode entrar.

– Sua vez de encarar a fera. – eu disse baixinho para o Salvatore.

Ele entrou e ouvi a voz “emocionada” de Rebekah.

Stefan?” – ela disse, quase em um sussurro

Agora você se lembra.” – ouvi a voz de Nik. Eu sabia que ele o tinha hipnotizado em 1920!

Rebekah.” – o Salvatore disse.

Stefan...” – disse Niklaus.

Lembro de você. Fomos amigos.” – disse Stefan

Somos amigos” – disse Nik e eu decidi fazer minha entrada triunfal.

– Estou magoada! Como é possível que Stefan Salvatore seja melhor do que eu no quesito de surpreender minha melhor amiga? – eu disse sarcástica, entrando no recinto.

– Você tem uma amiga? – o Salvatore perguntou para mim.

– Cale a boca, Salvatore.

– Isabella? – ela perguntou.

– Rebekah – eu disse, indo abraça-la.

– Oh meu Deus! Quanto tempo! – ela me abraçando de volta

– Basicamente, mais de mil anos.

– Agora o motivo de estar aqui... – Nik disse, nos fazendo separar do abraço e me fazendo revirar os olhos. – Gloria me disse que sabe como contatar a bruxa Original.

– A bruxa Original? – ela disse com desprezo

– O que você tem que Gloria precisa? – ela passou a mão no pescoço. Mas como eu não percebi antes! O colar!

– Onde está meu colar? O que fez com ele? Eu nunca o tiro! – ela disse e inconscientemente olhei para Stefan. Ele estava com uma cara de que sabia o que ela queria.

– Não sei, não peguei. – Nik falou, atraindo minha atenção para ele de novo.

– Precisamos acha-lo, Nik. Agora, quero de volta. – eles começaram a discutir, quando Nik gritou:

– Diga que não é isso que ela quer, Rebekah! – e a agarrou pelos ombros.

– Niklaus... – eu disse, colocando a mão em seu ombro, tentando acalma-lo. Ela tirou as mãos dele de seus ombros e foi procurar desesperadamente no caixão. Olhei para o Salvatore, que estava cada vez mais nervoso. Por fim, Rebekah virou o caixão, o derrubando no chão. Fui até ela e coloquei a mão em seu ombro, refreando-a.

– Iremos acha-lo, dear. Tenha paciência. – eu disse, mas não olhando para ela, e sim para o Salvatore.

Afinal, o que você está escondendo, Salvatore?


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Cinco reviews para o próximo, por favor!!!
Beijos!