A Dama De Negro escrita por Giulia Mikaelson Salvatore


Capítulo 32
“Não reconheço mais a minha irmã gêmea”


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Quem passou no blog, sabe da surpresa. Quem não passou, tem que passar lá.
adamadenegroblogoficial.blogspot.com.br
E, uma coisa: Faltam apenas TRÊS capítulos para a fic acabar.
Isso mesmo, a fic vai até o capítulo 35, então...
Vão ler!



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Capítulo 32: “Não reconheço mais a minha irmã gêmea”

Terminei de tocar para a minha família, que aplaudiram, sorrindo.

- Muito bem, agora vamos. – disse Nathaniel, pegando meu braço e me levantando.

- Largue-me, Nathaniel. – eu disse.

- Oh, ela sabe falar. Que bom! – ele ironizou - Vamos, Isabella. Você tem que comer. Não vou ficar vendo você se dissecar por causa daquele híbrido bastardo!

- Nate, vá com calma... – disse Ellen, se aproximando.

- Não, Ellen! Eu fui com calma uma vez, e ela passou dois dias inteiros naquele quarto chorando! Eu ouvia as lágrimas descendo e os soluços contidos. Papai e mamãe nunca deveriam ter permitido que eles ficassem juntos há mil anos! – ele me puxou até o elevador. Tentei me soltar dele, mas eu não conseguia. Eu estava fraca por não me alimentar há mais de cinco dias, e ele provavelmente se alimentou ontem.

Nós descemos e ele me arrastou para um beco próximo de uma boate ali perto, que havia um casal se agarrando.

Vi meus irmãos nos seguindo. Ele me largou por um momento, avançando no casal e mordendo a jugular do homem, fazendo-o desacordar. A mulher desmaiou de pavor, e Nate pegou o homem, o segurando em minha frente.

- Ande, coma! – ele disse, sacudindo o homem em minha frente.

- Eu não quero, Nate! – eu rosnei para ele.

- Nathaniel, deixe-a. – disse Ellen, colocando sua mão em meu ombro.

- Não, Ellen! Ela tem que perceber que ela não pode vivar assim! Ela não pode ficar assim por Niklaus! – ele pegou meu braço novamente, jogando o corpo do homem para cima de mim.

- Eu já disse que não quero! – eu disse e avancei nele. Peguei-o de surpresa, e ele caiu no chão comigo. Ele me virou e ficou por cima de mim, pegando meu pescoço com uma mão. Rosnei novamente, livrando-me dele e o jogando na parede.

- PAREM! Parecem que são crianças novamente! – gritou Ellen. – Peter! Separe-os!

- Acho que eles estão precisando um pouco disso, Ellen. Deixe-os um pouco. – respondeu Peter.

Continuamos a lutar, até que ele me imobilizou, prendendo-me na parede. Olhei-o com raiva, e por alguma razão, ele começou a rir.

E eu comecei a rir também.

- Loucos. – murmurou Ellen

- Eu disse que eles precisavam disso. – disse Peter.

- Vocês são uns idiotas infantis. – disse Ellen, dando um tapa na minha cabeça e na de Nate.

Nate me soltou.

- Bella. Por favor. Se alimente. – implorou Nate.

- Eu não quero, Nate. Sinceramente, eu só quero voltar para casa.

- Vamos voltar para casa. – disse Ellen

Voltamos para casa e eu fui para meu quarto, e fiquei olhando Nova Iorque, sentada na espreguiçadeira.

- Toc Toc. – ouvi a voz de Henry imitando uma batida.

- Entre, meu pestinha. – eu disse e ele sorriu.

- Aqui. Ellen me mandou entregar para você. – ele disse, me estendendo uma caneca. Vi o que tinha dentro e sorri. Leite quente com mel.

- Agradeça a ela para mim. – eu disse, pegando a caneca e bebendo um gole. Estava mais doce do que eu imaginei, e de alguma maneira, aliviou a queimação em minha garganta. Bebi mais um gole, aquilo estava delicioso. Quando vi, já tinha tomado a caneca inteira.

Olhei para Henry, que ainda estava ali. Entreguei a caneca a ele, que pegou sorrindo. Eu me sentia bem, mais forte, de alguma maneira, o leite com mel me fortaleceu.

- Mais forte... – eu sussurrei, e o sorriso de Henry vacilou. – O que você fez, Henry? – eu perguntei, estreitando meus olhos e percebendo o que tinha dentro da caneca.

- Eu? Eu não fiz nada. – disse ele, seu sorriso sumindo completamente.

- Se não foi você, foi Ellen. ELLEN! – eu gritei com fúria, levantando-me e correndo em velocidade vampira para o térreo, onde eu sabia que ela estaria.

- Oh meus Deus. Ela descobriu. – ouvi o sussurro dela para Nate.

- O QUE VOCÊ FEZ? COMO VOCÊ PODE? – eu gritava para ela, chamando a atenção de todos os meus irmãos, que estavam em outras partes da casa.

- Bella, eu... Desculpe-me, mas... – ela tentava se explicar, mas eu a interrompi

- Desculpar-te? Você não tinha o direito! – eu ainda gritava para ela.

- EU NÃO PODIA VER VOCÊ MORRENDO AO POUCOS ASSIM! – gritou ela, as lágrimas começavam a cair pelo teu rosto.

- Eu não tinha te dado o direito de fazer isso comigo! Eu não queria, Ellen! Você não tinha que ter feito isso comigo! Se eu quero morrer ressecada, é um direito meu! MEU! – eu gritava, até que Nate entrou no meio.

- CALE A BOCA, ISABELLA! – ele mandou e eu olhei para ele assustada. Ele nunca tinha falado assim comigo. – Eu que tive a ideia! Eu que tive a ideia de colocar o sangue em seu chá! EU! Porque eu não quero ver minha irmã morrendo aos poucos, tudo por causa de um híbrido bastardo que nunca deu valor!

- Mas isso é assunto meu, Nathaniel! Você não tinha que ter se metido! Você não é o papai! – eu disse para ele, agora eu chorava desesperada.

- Assunto seu? Meu Deus! Como eu queria que você não tivesse conhecido aquele panaca há mil anos! Olha para você, Isabella! Você está se voltando contra a sua própria família, por aquele bastardo!

- Pare, Nate! Pare! Por favor! Pare! – eu disse, chorando novamente.

- Olhe-se no espelho, Isabella! – ele disse, pegando meu braço e me direcionando à parede espelhada que havia na sala. – Olha só como a temida Dama de Negro está! – ele disse e eu olhei para meu reflexo.

Eu estava descalça, com pijamas encardidos e largos. Meus cabelos estavam com nós visíveis e todo arrepiado e armado, minha pele estava muito pálida, mais pálida que um defunto, apenas com um pouco de cor devido ao sangue que eu havia tomado. Meus olhos estavam injetados e vermelhos. Minha expressão estava caída e morta, minhas unhas estavam quebradas e rachadas. Meus lábios, que antes eram tão vermelhos, estavam pálidos, murchos e machucados.

Eu não parecia nem um pouco com a garota de meses atrás, antes de reatar com Klaus.

- Olhe para você, Bella. – disse Nate, agora restaurado e sem gritar. – Eu não reconheço mais a minha irmã gêmea que cisma em insistir que é a mais velha. – ele disse e me largou.

Eu caí no chão ajoelhada, chorando. Minhas lágrimas caiam no carpete, quando eu senti braços fortes me envolvendo e me pegando no colo.

- Vamos, querida. Já está na hora de você melhorar. – sussurrou a voz de Peter em meu ouvido. – Aileen, me ajude aqui, por favor? – ele disse para minha irmã, que veio logo atrás.

- Nate... Nate me odeia. Meu próprio irmão me odeia. – eu soluçava. – Ellen nem deve estar querendo ver minha cara. Eles desistiram de mim. – eu dizia soluçando.

- Shhh. Não diga nada. Nate só está nervoso. E Ellen está apenas preocupada e magoada pela sua reação. Eles não te odeiam. – disse Peter. Senti que passamos por uma porta, e senti um cômodo aconchegante e iluminado. O quarto de Peter.

Ele me pôs na cama, e eu deitei nela, sentindo a maciez.

- Vou preparar um banho quente para você. Aileen, pegue uma muda de roupas no quarto dela, por favor? – disse Peter e logo ouvi leves passos saindo do quarto.

Peter e sentou ao meu lado, me observando.

- Ok, aqui o que iremos fazer. Você irá tomar um banho, tirando toda essa sujeira do seu corpo. Depois, você vestirá as roupas que Aileen trouxer. Ela vai pentear teu cabelo, e eu irei trazer uma bolsa de sangue, e você a tomará toda, entendeu? – ele disse e eu assenti.

- Muito bem. Depois vou pedir a Aileen que de um jeito nessas unhas, pois estão horríveis. – ele disse, fingindo uma voz afeminada e eu ri. Ele sorriu comigo.

- Isso. Assim que eu gosto de ver minha irmã. Sorrindo e alegre. – ele disse

- Peter... Descul... – eu tentei dizer, mas ele colocou dois dedos em meus lábios.- Nãnãnãnã. Sem desculpas. Um “Muito Obrigada” já está bom. – ele disse

- Muito obrigada. – eu disse e ele sorriu.

- Vamos. A água já deve estar boa. – ele disse. Ele me acompanhou até o banheiro, pois minhas pernas estavam meio fracas para andar. Despi minhas roupas e as entreguei para Peter, que as colocou em um cesto.

Ele fechou a porta e eu entrei na grande banheira, estremecendo pelo contado de minha pele fria com a água quente, mas aos poucos fui relaxando.

Tentei desfazer os nós de meus cabelos, mas sem sucesso. Eles estavam muito embolados, e precisaria de uma pessoa de fora para desembaraçá-los. Deixaria isso para Aileen.

Terminei o banho e me envolvi no roupão que estava separado para mim. Saí do banheiro e encontrei Aileen, já com minhas roupas na mão e um pente e uma escova na outra.

Vesti o conjunto azul marinho e branco de moletom que ela pegou e sentei na cama para ela desembaraçar meus cabelos.

- Onde está Peter? – eu perguntei a ela.

- Foi pegar uma bolsa de sangue para você, e se não me engano agora, está tentando acalmar o Nate. – ela disse e eu não falei mais nada.

Ela separou cuidadosamente nó por nó, deixando meu cabelo de novo liso e normal, sem nenhum arrepiado.

Peter chegou com a bolsa de sangue, e como eu prometi, tomei-a toda. Olhei-me no espelho depois, e eu parecia bem melhor. Eu estava esbelta e elegante com aquele conjunto, parecendo que eu estava prestes a fazer um comercial de uma academia ou algo do tipo. Minha pele estava mais corada e viva. Meus olhos agora estavam de volta ao normal, azuis claros como o gelo. Meus lábios estavam com uma coloração rosada natural, e meus cabelos estavam lisos, sedosos e brilhantes.

- Agora sim. Essa é a minha irmã. – disse Peter atrás de mim.

- Onde está o Nate? – eu perguntei e Peter suspirou

- Está trancado no quarto. – ele respondeu, olhando para nós no reflexo do espelho.

- Quero falar com ele. – eu disse.

Eu tinha que fazer as pazes com meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Quem ficou poker face com a briga de Bella com o Nate? Quem achou a atitude de Peter fofa levante a mão: o/
Comentem! Pois esta será a reta final da fic!!!
Beijos! Vou postar um spoiller do próximo capítulo no blog.
E eu quero recomendações!!!