Cap 7 - Lágrimas, soluços e um abraço sanduíche

George PDV:

Acordei com Lino me chacoalhando.

– quié Carai? – Resmunguei.

– Olha lá. – Apontou para a cama de Fred

Meu irmão estava sentado na cama, com a cabeça tombada para um lado.

– E daí?

– Olha direito, seu pateta.

Olhei novamente. Fios castanhos quase loiros estavam esparramados sobre seu colo. Cocei os olhos e consegui focalizar o dono. Ou melhor. A dona.

Hermione estava deitada no colo de Fred, com suas mãos entrelaçadas na dele.

– Acha que fizeram algo ontem à noite?

– Eles estão vestidos e Fred está sentado. – analisei – Ela provavelmente dormiu no salão comunal e ele teve a ideia de trazê-la para a nossa cama livre.

– Mas aquela é a cama dele.

– E as coisas dele estão na livre. – apontei. – não fizeram nada. Agora vai deitar.

– Porque?

– eu preciso acordá-la.

– E daí?

– E saí que se ela te ver vai ficar sem-graça e nos evitar.

– Não quero nem saber o seu objetivo com ela.

– Há há. Hilário. Agora vai.

Ele se deitou novamente e virou para o lado oposto, então andei até Fred e Hermione, então acordei meu irmão.

– Quié, carai?

– Tão parecido comigo... – Comentei. – Temos que levar Hermione para o dormitório dela.

– Verdade. – Deu um tapa na própria cabeça. – Hermione.

– Hermione. – Chamei com ele e ela abriu os olhos levemente.

– Tem que ir para o seu dormitório. – Fred avisou. – Vamos.

Descemos com uma Hermione completamente – e até mesmo sensualmente – grogue de sono.

Ela seguiu escada a cima e entrou no dormitório do quarto ano e eu e Fred nos jogamos no sofá.

– Pode começar a contar. – Mandei.

Fred PDV:

Contei o que houve para George, que me ouviu silenciosamente.

– Nossa, que pena.

– Do gato ou dela?

– Sei lá. Acho que dos dois.

Ficamos em silêncio.

– Como acha que ela vai reagir?

– Sei lá. – Coloquei o cabelo para trás. Estou preocupado.

– Só você?

George sorriu de lado.

– Acha que vai ligar ou mandar uma coruja.

– Sr. Weasley. – Minerva entrou e pulamos. – Que bom que estão acordados, onde está a senhorita Granger?

– Aqui. – A morena falou no topo da escada.

– Tome um banho e vistam-se, a clínica pediu que a senhorita fosse para lá.

– Fred e George podem vir comigo?

– Não haverá problemas, agora vá. Os dois também.

(...)

Nos trocamos e voltamos para o salão comunal grifinório. Hermione já nos esperava vestida.

– Vamos. – A professora chamou.

Aparatamos na porta da clínica e entramos. A recepcionista logo levou Hermione para o outro lado.

Sentei nos bancos com George.

– Em quanto tempo?

– Menos de um minuto. Lágrimas, soluços e um abraço sanduíche.

Dito e feito, Hermione voltei menos de um minuto depois, chorando e soluçando.

Nos levantamos e George a abraçou, então fui por trás e fiz o mesmo, num abraço sandubão.

Hum... George pela frente, Fred por trás e Hermione no meio. Isso está me dando ideias.

– Ele morreu. – Ela confirmou nossas suspeitas.

Beijei o topo de sua cabeça.

– a enfermeira disse que fizeram tudo o que podiam, mas ele estava velho e desidratado. Ontem ele estava tão bem.

– Sentimos muito. – Falamos juntos. – Podemos te dar outro.

Ela negou.

– Não seria igual. Mas obrigada.

– O que vão fazer com ele.

– Enterrar. Tem um cemitério atrás da ala.

– Quer que nós te acompanhemos.

Ela confirmou com a cabeça. Minerva observava tudo de longe.

Confesso que achei um tanto... Estranho enterrar um gato, mas vai saber o que Hermione sentia pelo bichinho.

Suspirei triste enquanto saímos de lá e aparatávamos em Hogwarts novamente.

Eu odiava ver Hermione chorar. Era como se um pedaço meu estivesse se despedaçando dolorosamente enquanto eu não podia impedir. Ela era... Especial pra mim. Mais especial do que eu pensava.

Continua...