S2C24

George PDV:

- Eu não acredito. – Fred esbravejou. – Ela realmente foi. George, ela realmente foi.

- Percebi. – Resmunguei.

- George, você não entendeu. – Meu irmão insistiu. – Ela foi. Ela foi jantar com o Krum.

- Não, Fred. Eu entendi. – Confirmei. – Ela foi jantar com o Krum no dia do aniversário dela. Sabe por quê? Porque nós não demos atenção. E Merlin sabe o que mais ele a deu além de atenção. Nós temos uma mulher e não demos atenção a ela, e a culpa ter saído com ele é nossa. Não adianta negar.

Meu irmão bufou e se encostou a uma parede.

- Pega a carteira.

- O que? – Estranhei.

- Pega a carteira. Ela vai ter uma surpresa quando chegar.

Hermione PDV:

-Está entregue – Vitor parou em frente à porta.

- Bom, não precisava me trazer, mas obrigada.

- Eu não ligo. – Deu de ombros. – Então... Tchau.

- Tchau. – Peguei a chave de dentro da bolsa, mas ele segurou o meu braço.

- Eu não vou ganhar nada?

- Ah, claro. – Revirei os olhos e lhe dei um rápido abraço, seguido de um beijo na bochecha.

Voltei a buscar pela chave principal, mas Vitor me segurou e...

Filho de uma mãe.

Ele me beijou.

Tentei empurrá-lo, mas ele é Vitor Krum. O cara joga quadribol há anos.

Abri a boca levemente e ele empurrou sua língua, então fiz o mais sensato que podia.

Mordi.

Não foi uma mordida leve.

Digamos que Fred, George e eu temos uma... Brincadeira preferida. E dentes são realmente necessários nela, o que acaba ajudando a fortalecer os nossos maxilates.

Eu arranquei um pedaço da língua de Vitor Krum. Tinha mais ou menos um ou dois centímetros, pelo que eu consegui medir sem ver. Ele se distanciou rápido com a mão na boca. Havia sangue escorrendo.

- Hermione. – Falou embolado. – O que você fez?

- O que eu fiz? O que você fez. Quem te disse que você podia me beijar? Eu vou me casar.

- Você já tem dois, que mal faz mais um?

Senti minhas narinas inflando e estapeei seu rosto.

- Nunca mais fale assim de mim. E quer saber, búlgaro patético? Nunca mais me toque ou tente se aproximar de mim.

Me preparei para passar pelo portão, mas Fred e George aparataram à frente dele, um com a varinha em seu pescoço e outro na virilha.

- Você tem 5 segundos para pedir desculpas ou vai perder mais do que o pedaço da sua língua. – George avisou.

- Eu...

- 5...

- Hermione, eu...

- 4...

- Eu sinto muito. – Ele falou levemente estrangulado.

- Por... – Fred insistiu.

- Por ter te ofendido...

- 2...

- eu sinto muito. – Repetiu. – Eu espero sinceramente que você me perdoe.

- Deixem-no. – Falei baixo. – Vamos, eu preciso de um banho. E preciso desinfetar a minha boca.

Me afastei, mas parei antes de entrar, estendendo o pedaço de “carne”

- Quer sua língua de volta ou eu posso jogá-la no lixo? Se bem que um leilão pagaria muito bem por isso.

Ele me ignorou e aparatou, então voltei a subir.

- Você está bem? – George se preocupou.

- Estou, estou sim. – Respirei fundo. – Olhe só pra isso, é um pedaço da língua dele, isso é nojento. – Resmunguei, lançando-o em algum lugar e ele riram.

- Vou colocar no triturador. – Fred avisou pegando um pedaço de plástico. – Você arrancou um pedaço da língua dele. Merlin. É por isso que eu te amo tanto.

- Bom, vocês me ensinaram muitas coisas. – Dei de ombros, tirando o casaco e o colar que Vitor havia me dado de presente. – Passe isso pelo triturador também. E o urso.

- Já passamos o urso pelo triturador. - George falou com ates de óbvio. – Acha mesmo que deixaríamos um negócio daqueles na nossa cara.

Ri e me joguei no sofá.

- Desculpem por ter isso com ele. Eu estava irritada. Você nem me deram atenção hoje.

Os dois sorriram levemente, mas pararam à minha frente.

- Bom... Acho que nós vamos te dar toda a nossa atenção essa noite. – Fred avisou.

- E você vai se arrepender por ter sido uma garota tão malvada. – George completou e um arrepio percorreu minha coluna.

Eu tinha a leve impressão de que seria castigada.

Continua...