Cap 11 - Hipoteticamente, aquilo nunca seria hipotético

Fred PDV

- Cara, não sabe o sonho que eu tive. – Falei com Jorge.

- Você não sabe o sonho que eu tive. – Destacou.

- Você estava lá.

- e você estava lá também. – Se levantou.

- E Hermione.

- e ela estava no quarto dela.

- Com nós dois.

- E a beijamos.

- Várias vezes.

- Ela estava de sutiã.

 - Vermelho.  A melhor visão do mundo.

- Mas antes que pudéssemos avançar dos beijos.

- O despertador tocou.

Olhei Jorge e ele me olhou.

- Nós dois?

- E ela? – Completei.

- Você já...

- Já. Ontem. Nos beijamos no salão depois do jantar. E vocês?

- Anteontem.

Ficamos em silêncio.

- eu realmente gosto dela. – Falamos juntos. – De verdade.

Legal. Eu podia me apaixonar por qualquer garota. Qualquer uma mesmo. Podia querer qualquer uma.

Qualquer uma menos ela.

Mas aqueles olhos com de mel eram irresistíveis de se olhar. E aquele cabelo fofo era irresistível de se tocar.

Mas, como se não fosse demais, ele ainda gosta dela.

Mentes idênticas pensam iguais. Algo me lembrou

É, mas eu não queria pensar tão igual pra chegar a esse ponto. E se ela descobrir... Ah, se ela descobrir...

Jorge PDV:

O que eu estou fazendo? Ela é a melhor amiga do meu irmão, só isso. Não há na da entre nós. Ela não sente nada por mim.

Tudo bem, eu assumo, quero que ela sinta algo por mim, mas ela não sente nada.

E não se trata do que eu quero. Se trata do que ela quer

Essa garota está me deixando louco.

- Nós... Podemos... – Fred começou.

- Dividir? – Completei.

- Não seria estranho? Tudo a três.

- Nem tudo. Podemos variar uma hora ou outra.

Ficamos em silêncio, pensando.

- Mas será que ela vai querer? – perguntei.

- Podemos fazer ela querer.

Nos entreolhamos e sorrimos.

Hermione Granger, você não vai saber onde foi atingida.

(...)

Descemos ao salão comunal e nos batemos com ninguém mais ninguém menos que Hermione.

- bom dia, princesa. – Falamos juntos e beijamos suas bochechas, um de cada lado.

- Que alegria é essa? – Estranhou.

- Acordamos felizes.

- Desejamos acompanhá-la ao salão comunal. – Estendi meu braço e Fred fez o mesmo do outro lado. – nos permite?

Ela sorriu e entrelaçou os braços nos nossos.

- Vamos, senhores? – Sorriu para nós dois e saímos caminhando ao estilo mágico de Oz no corredor da escola.

Sentamos na mesa do salão comunal.

Sentamos na mesa da grifinória e peguei um pouco de suco de abóbora.

- Torradas, mylady? – Meu gêmeo ofereceu.

- Obrigada.

- Lembre-se. – Falei.

- Fique longe dos cremes de caramelo. – Falamos juntos.

 ela olhou as torradas.

- É amora. – Constatou dando uma mordida. – quem é o próximo?

- Cormac. – Falamos juntos vendo-o encará-la.

- E o que vamos usar?

- Vamos? –Perguntei. – Fred, meu querido irmão, você ouviu o mesmo que eu?

- a santinha Granger quer aprontar um pouco. – Ele constatou.

Ela riu.

- O que eu posso fazer se vocês só me guiam para o mau caminho?

Gargalhamos e pus uma mão em sua coxa, fazendo-a me olhar.

Olhei se alguém estava nos observando e mordisquei sua orelha. – Fred me contou sobre ontem.

Pude vê-la corar.

- Sabe, acho que fiquei com um pouco de ciúmes.

Ela se ajeitou no banco quando me distanciei.

Fred riu e segurou sua mão.

- Não a condenamos.

- Até gostamos.

- afinal, porque ter só um quando se pode ter os dois.

- e ser feliz assim? – Sussurrei em seu ouvido.

- O  que querem dizer?

- O que acha, hipoteticamente, de uma garota namorar com dois caras.

- Hipoteticamente?

- É. Hipoteticamente. – Falei.

- Hipoteticamente, é normal.

- E, hipoteticamente, acha que, se ela fosse você, você suportaria o preconceito?

Sorrimos pra ela, que retribuiu.

Aquela conversa nunca seria hipotética.

Continua...