Learning To Trust escrita por Carol Evans


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente!! Desculpem pela demora no cap, eu ia postar terça, mas foi minha formatura no curso. E ontem foi o meu aniversário, então não deu pra postar =( Mas o próximo cap já ta sendo escrito e com umas 200, 300 palavras. BjBj e não deixem de mandar reviews =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/238465/chapter/3

Pov James

Lily sentou-se à meu lado no sofá e eu lhe entreguei seu celular.

- Me desculpe. Nunca foi minha intenção trazer tristesa pra nossa vida. Te  privar do direito de ser pai, de poder ver o Harry crescer... Eu realmente sinto muito, Jay. - Lily disse fungando.

- Ei! Eu te perdoo. Eu teria feito a mesma coisa. Você ficou com medo se perder esse bebê também, né? - ela assentiu minimamente e eu a abraçei. - Eu teria feito a mesma coisa. Depois do que aconteceu... Nem imagino o medo que você tava sentindo.

- Obrigada. - ela agradeçeu sorrindo e limpando as lágrimas que estavam em suas bochechas.

- Quer uma água com açúcar pra se acalmar? Um refrigerante? Ou whisky? É muito bom pra relaxar... - indiquei.

- Só refrigerante, obrigada.

Fui até a cozinha e peguei uma garrafa de soda na geladeira pra ela.

- Toma. Você ainda gosta de soda, né? - perguntei.

- Claro.  Obrigada.

- Você disse que Harry é bem parecido comigo - comentei.

- Sim, ele de olhos fechados é sua cópia quando pequeno. E ele consegue fazer a mesma carinha de cachorrinho pidão que você adora fazer.

- Deve estar no sangue já que a Amy também faz.

- Pois é.

- Você nunca pensou em se casar? Dar um pai pro Harry?

- Não pensei em me casar. Mas mesmo que me casasse, seria o padrasto do Harry. O pai dele, é você. Eu nunca te substituiria.

- Obrigado.

Ficamos em um silêncio meio constrangedor e resolvi quebrá-lo. 

- Você disse que a menina na foto era a filha da Olívia? - perguntei.

- É. Mellody. Ela é um amor. É alguns meses mais nova do que o Harry.

Fomos pra sala e ficamos conversando até que começamos a falar da época em que ela fora embora.

- Você realmente me perdoou? - ela perguntou incerta.

- Sim. Eu faria a mesma coisa. A gravidez foi de risco, não foi?   

- Foi. Eu quase tive um aborto espontâneo quando tava decidindo ir embora. E o parto foi complicado.

- O quão complicado? - questionei ao vê-la retezar os ombros.     

- Digamos que... Bem, digamos que a chance de eu conseguir engravidar de novo não é muito grande.

A abraçei, comfortando-a.

- Eu sinto muito.

- Tudo bem. Não foi culpa sua, nem do Harry, nem minha. Só... Era pra acontecer. - ela falou dando de ombros. 

Pov Lily

Virei meu rosto para olhá-lo. E ele estava bem perto.

- James...

- Por favor. Só me uma chance. - ele pediu.

- Jay... 

- Antes que você fale qualquer coisa. Se não fosse a gravidez, você teria me deixado?

- Não, mas-

- Então Lils. 

- James... Só pra nós começarmos a namorar já deu muita consusão. Eu já me magoei muito.

- Lily, olha pra mim - ele pediu quando eu desviei meu olhos - Nós não somos mais crianças. Nós temos até um filho. O certo, é nós estarmos juntos.

- Eu sei, mas-

- Não tenta arranjar outra desculpa Lils! - ele disse e logo depois me beijando.

Cansei de resistir a ele e o beijei.

Como eu sentia falta do beijo dele! Não só do beijo, dele todo! Nossas línguas travavam um batalha. E nenhum dos dois ligava pra quem ganharia.

- Você não sabe do quanto que eu senti sua falta - ele murmurou quando o ar foi necessário.

- Também senti sua falta. - falei tirando uma mecha de seu cabelo do olho.

- Eu acho que vou cortar. - ele disse se referindo ao cabelo que insistia em cair em seus olhos.

- Não. Eu gosto dele assim.

- Então ele vai ficar assim. - ele afirmou sorrindo.

- Você vai deixar de cortar o cabelo só porque eu disse que prefiro ele assim?

- Ahan.

- Então se eu falar que prefiro você careca, você corta o cabelo?

Ele fez uma careta.

- Bom... Eu tentaria te convencer de que eu fico horrível careca, mas... Se fosse importante pra você, eu cortaria.

- Sério? - questionei incrédula.

- Sim. Mas você não quer que eu corte, né? - ele me perguntou esperançoso.

- Não. Você fica bem mais sexy assim. - confessei mexendo eu seu cabelo.

- Obrigado. O seu cabelo também ta diferente. Ta mais escuro.

- É. Eu não sei porque, mas ele deu uma escurecida. - disse dando de ombros.

- E ta maior. Bem maior. E ele chama mais atenção pra sua bunda.

- Não chama não!

- Chama sim. Ele ta quase na sua bunda. Que, aliás, ta bem mais definida. - ele comentou como se estivesse falando sobre o tempo.

- Você é muito cara de pau!

- Não. Todos os homens pensam isso. A única diferença é que eu verbaliso.

- Você não tem vergonha na cara, isso sim!

- Você é cruel!

- E você é bobo.

- Só um bobo pra reconhecer outro bobo. Esquece. Isso me faz um bobo. (N/a: Já deu pra perceber que a autora aqui é louca por House e ta doida pela série ter terminado.)

- Você é muito criança.

- Eu sei. Você vai ter que cuidar de 2 crianças agora.

- Quem disse que eu vou cuidar de você?

- Eu.

- E isso significa que eu vou fazer?

- Aí eu te denuncio pro abandono de incapas. Me deixar sozinho é o mesmo do que deixar uma criança pequena em casa sozinha.

- E como você conseguiu viver esse tempo todo?

- Vem cá. - ele chamou se levantando.

O segui até a cozinha e ele abriu a geladeira e os armários. Só tinha comida congelada e salgadinho.

- A Mariana já desistiu de comprar coisa saudável. - ele disse dando de ombros.

- O Harry não fica sozinho aqui com você nem a pau. - decretei.

- Por quê?!

- Porque isso aqui é o paraíso das crianças obesas!

- Eu não to obeso.

- Talvez seja porque você é um jogador de futebol profissional? É sua obrigação estar em forma.

- Odeio quando você ta certa. - ele resmungou.

- Sabe que o Harry tem essa mesma reação? Ficar emburrado quando ta errado.

Voltei pra sala e James se sentou no tapete felpudo que tinha entre o sofá e a tv e me puxou pra sentar em seu colo.

- O que você quer assistir? - ele perguntou.

- Não sei. Vê se tem algum filme passando.

- Hum... Comédia? Ação? Terror? - ele ia sugerindo passando os canais.

- Você escolhe. - falei pegando as almofadas do sofá e colocando no tapete com a gente.

- Não reclama depois - ele falou.

- Tanto faz. 

Ele se recostou nas almofadas e eu deitei em seu peito.

- Prontinho. Quer comer pipoca? - Não! Você sabe que eu odeio pipoca. (N/a: Não sei vocês, mas eu e a Lily odiamos pipoca)

- Que tal... Doritos e Coca? - ele sugeriu.

- Aí sim.

- Pega lá na cozinha enquanto eu pego um cobertor e trabesseiros pra gente?

- Claro. Fui até a cozinha e peguei duas latinhas de coca, deixei-as em cima da bancada e abri um dos armários à procura do Doritos.

- Jay! Onde que fica o Doritos? - perguntei.

- No armário de cima!

Abri o armário e peguei o saco grande de Doritos. Coloquei o salgadinho em uma tigela. Levei tudo pra sala e James havia arrumado os travessseiros encostados no sofá e uma coberta estava em cima do sofá.

- Pronto.

- O filme vai começar agora. - ele avisou se deitando e com a tigela em seu colo, abri uma latinha.

Me sentei a seu lado e coloquei a coberta sobre nós.

- Qual é o filme?

- O último exorcismo. E nem adianta reclamar. Você disse qualquer um.

- Mala.

- Linda.

- Idiota.

- Gostosa.

- Redardado.

- Perfeita.

- Odeio quando você fica fofo assim. - disse lhe dando um selinho.

- Esse filme é legal. 

- Você já viu?

- Não. O Sirius que me recomendou.

O filme começou e até aí não tinha nada demais. Parecia um documentário...

- É um documentário?

- Não. Pelo menos eu acho que não. - James falou meio incerto.

- Esse filme é chato. - resmunguei após 40 minutos.

- Não é não.

- É sim. 

Fiquei intediada e comecei a beijar seu pescoço.

- Lil? - ele chamou.

- Hum?

- O que você ta fazendo?

- Te beijando. - respondi o obvio.

- Por que você não ta vendo o filme?

- Porque é chato. - disse simplesmente e voltei a minha tarefa anterior.

Trilhei os beijos até seu maxilar e ele virou seu rosto, colando nossos lábios. Sentei em seu colo de frente pra ele pra ficar mais fácil. Ficamos nesse amasso até que o celular de James começou a vibrar e tocar.

- É melhor você atender. Pode ser importante.

- Não é importante.

- Como você pode ter certeza? - perguntei passando minhas unhas em sua nuca.

- Por causa do toque.

- É uma boa pergunta. De quem é esse toque?

- Ninguém importante. - James falou voltando a beijar meu pescoço.

Me desliguei do mundo e me conventrei em nós dois.

E quando me dou conta, James está sem camisa, em cima de mim, com suas mãos em minha cintura, por baixo da blusa.


[...]

 Pov James

Fazia carinho nos cabelos de Lily quando a campainha começa a tocar.

- Você ta esperando alguém? - Lils perguntou manhosa se aninhando ainda mais.

- Não. Vou ver quem é.

Me levantei e coloquei uma bermuda que tava jogada no armário. Fui até a porta e a abri, dando de cara com um Sirius puto da vida.

- O que houve com você, cara? To tentando a te ligar já faz 3 horas! - ele reclamou entrando no apart.     

 - Por que não entra? - falei ironicamente fechando a porta.       

- To falando sério.

- Eu tava ocupado. Dormindo. O que é tão importante?

- Meu, você me liga falando que caiu de moto e ta no hospital. Fala que é pra eu ficar tranquilo. Quarenta minutos depois não atende a porra do celular!       

- Deixa de ser dramático, Almofadinhas! - falei indo pra cozinha pegar um refrigerante.

- Dormindo o cacete! Tu tava era com uma mulher! - ele acusou.   

- Hum? - me limitei a um resmungo entanto abria a garrafa.

- Suas costas. Você ta cheio de arranhões. E no peito também.

- Foi o gato da Mari. Eu odeio aquela coisa! - e era verdade. Os arranhões no peito foram feitos por aquele gato assasino.

- Então por que o apartamento ta com cheiro de perfume de mulher? - ele questionou se sentando no sofá.

- A Mariana fez compras pra mim. Ou você acha que a minha geladeira e dispensa se abastecem sozinhas?

- Só não contesto isso porque o perfume não é vagabundo.          Olhei pra ele e vi o par de botas de Lily atrás do sofá.        

Merda!     

 - James? - Sirius chamou.       

- O que? - olhei pra ele.       

- Você acha que eu sou trouxa? Eu conheço você mais do que qualque pessoa. Você acha que eu não reparei o par de botas de salto atrás do sofá? Ou a bolsa que ta no banco do bar? Ou da cara que você ta? Que, aliás, só fica assim depois de que fode? Quem é ela, James? (N/a: Gente, eu não to exagerando não. Eu tenho amigos assim. Bem... Diretos.)       

- Quer saber? Não vou mentir pra você. É eu tava com uma mulher, mas não vou te dizer quem é.       

-Por que? Só o nome e eu te deixo em paz.       

- Se eu te der o nome dela você vai mandar umm investigador fuchicar a vida dela. Sem chance.       

- Eu sou seu irmão, Pontas! Não vai me dizer quem é?       

- Não.       

- Então eu não saio daqui. - ele se esparramou no sofá.     

- Você é muito empata foda, sabia?       

- Ahan.      

- Eu vou me vingar. - prometi.       

Peguei a bolsa, o celular e a bota e fui pro meu quarto fechando a porta em seguida.     

- Oi. - Lily ainda estava deitada só que com uma blusa minha no corpo.       

- Oi. Quem era? - perguntou quando deixei suas coisas na poltrona.       

- Sirius. - ela sorriu.       

- Ele sabe que eu to aqui? - perguntou se espriguiçando.       

- Bom... Mas ou menos. Eu não sabia se eu poderia contar, então me fiz de inocente. Ele chegou reclamando falando que eu não tava atendento o celular e tudo mais. Eu falei que tava ocupado dormindo. Mas ele não engoliu essa quando viu minhas costas.        

- Como assim? - virei de costas pra ela ver os arranhões.

- Meu Deus! Me desculpe, não foi por querer.       

- Eu não senti nada. Eu tentei convencê-lo de que tinha sido o gato assasino da minha prima porque o meu peito e barriga tão arranhados por causa dele. O problema, é que sua bota, celular e bolsa ficaram lá.       

- Ele deveria virar detetive. - ela resmungou com a voz abafada por causa do travesseiro.       

- Aquele desocupado falou que não vai sair daqui até ver quem é. 

 - Ele continua intrometido como sempre.        

- Pois é.

- Então, o que a gente vai fazer?

- Sinceramente, não sei. - me sentei a seu lado.

- Eu sei. Você deita  aqui e me abraça e uma hora ele vai cansar e ir embora.

- Só vou trancar a porta. - tranquei a porta e me deitei a seu lado, a abraçando.


Pov Sirius

Porra! O James é muito filho da mãe! Nem quer me contar quem é a mulher que ele ta dormindo. Ele foi pro quarto e eu me ajeitei no sofá trocando o canal da tv.


[...]

Cacete! O James já ta dentro daquele quarto há meia hora!! Fui até a porta do quarto dele e bati na porta.

- James! Sai daí caramba!

- Que foi? - ele falou abrindo a porta minimamente.

- Você vai ficar aí o resto da tarde?

- Ué! Você não falou que não iria sair daqui até ver quem é ela? Então, eu não to afim de esperar lá a sala com você, então prefiro ficar aqui no meu quarto quentinho, deitado na minha cama vendo tv com uma mulher gostosa. Aliás, por que você não vai pra casa ficar com a sua mulher?

- Você é muito mala. - disse desistindo por hora. Voltei pra sala e peguei meu celular, saindo do apartamento batendo a porta.

Pov Lily

- Ele foi embora. - James avisou voltando a se deitar comigo.

- Finalmente. Agora, Jay... A gente precisa conversar. - falei.

- Eu sei. - ele suspirou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Learning To Trust" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.