Learning To Trust escrita por Carol Evans


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ooi =) Voltei bem rápido dessa vez e o cap ta bem grandinho. To super feliz, 6 reviews e 1 recomendação. Agradeço a rafapotterkaulitz pela recomendação. Boa Leitura =)



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Pov Lily

Acordei ás sete como sempre e tomei meu banho, lavando meus cabelos. Me sequei rapidamente e penteei meu cabelo deixando solto nas minhas costas.

Fui até o closet e vesti uma calça jeans e uma blusa, deixando um suéter preto junto com um sobretudo em cima da cama. Calcei meu par de botas cinza com salto e voltei ao banheiro, tirando o secador de cabelos da gaveta.

Sequei meus cabelos rapidamente e logo depois me maquiei. Saí do meu quarto e fui até o quarto de Harry.

- Harry... Acorda filho. Eu preciso ir ao hospital e você vai ficar na casa da Tia Liv. - chamei meu bebê fazendo carinho em seu cabelo.

- Hum... Bom dia, mãe. - Harry acordou bocejando.

- Bom dia bebê. Vai tomar seu banho enquanto eu faço o café, ok?

- Uhum.

- O que você quer comer?

- Ovos mexidos e bacon. - ele falou no caminho do banheiro.

- Tudo bem. Não demore muito.

Fui pra cozinha e fiz os ovos mexidos e bacon que Harry pediu. Arrumei a mesa com nossa comida e enquanto fazia suco de laranja, Harry chegou se sentando à mesa com uma cara de sono.

- De tarde você dorme um pouco, tudo bem? Precisa estar descansado pra festa de noite. - falei lhe dando um beijo.

- Eu tinha esquecido da festa. - Harry comentou.

- Bom, ainda bem que eu te lembrei então. E você tem o aniversário do Brad amanhã na casa dele, ok? - avisei colocando a jarra de suco na mesa e começando a comer.

- Tudo bem. Você vai levar na festa de hoje?

- Se você quiser, eu te levo. Por quê?

- Só queria saber. - ele falou dando de ombros. - Terminei.

- Vai escovar seus dentes e pegar um casaco.

Ele subiu as escadas correndo e eu tirei a mesa, lavando a pouca lousa que tinha rapidamente.

Voltei ao meu quarto e escovei meus dentes, passando um gloss rosa clarinho depois. 

Vesti meu suéter e peguei o sobretudo junto com minha bolsa cinza. Coloquei tudo que precisaria dentro dela e voltei pra sala encontrando Harry sentado no sofá com uma mochila.

- Bebê? - chamei e ele se virou rapidamente. - Quer ir com a mamãe hoje?

- Sério? - ele perguntou com os olhinhos brilhando.

- Ahan. - confirmei vendo sua animação.

        - Quero sim.

- Vem só trocar de roupa. - pedi deixando a bolsa e o casaco no sofá.

Fui a seu quarto com ele e escolhi uma calça jeans e uma blusa de manga comprida verde. Peguei seu casaco e um tênis de cano mais alto.

- Pronto. Onde esta aquele seu gorro azul? - perguntei mexendo em suas gavetas.

- Primeira gaveta. Mãe? - ele chamou e quando me virei vi que ele estava com problemas em vestir a blusa.

Ajudei-o a desembolar a blusa e amarrei seu tênis.

- Leva algum jogo de computador pra você jogar na minha sala. - pedi.

Em poucos minutos já estávamos na garagem. Eu prendia Harry na cadeirinha enquanto ele tentava ligar pra Liv.

- Alô? Tia Liv? Pera aí. - ele me entregou o telefone.

- Oi Liv. Eu vou levar o Harry comigo, ta? - avisei fechando a porta de trás e entrando na do motorista.

- Mas eu queria que ele ficasse aqui comigo!!! - a ouvia resmungar enquanto ligava o carro.

- Para de resmungar, Liv! Não vou demorar muito no hospital. Só vou adiantar algumas horas na clínica para a nossa viagem no Natal. Agora eu preciso desligar. Beijos.

                Vinte minutos depois eu desligava o carro já no estacionamento do hospital.

                Coloquei meu casaco e peguei minha bolsa, saindo do carro.

                Abri a porta de trás e acordei Harry.

                - Quer ir no colo? – ofereci ao vê-lo com os olhinhos quase fechados.

                - Uhun – ele apenas resmungou com os olhos um pouco mais abertos.

                Peguei ele no colo e coloquei sua mochila em meu ombro.

                Fechei o carro e fui até o elevador rapidamente por causa do frio.

                - Você quer ficar na sala da mamãe junto com a Jenny? – perguntei.

- Quero. A Jenny é legal.

                - Vou pedir pra ela cuidar de você enquanto a mamãe fica na clínica, tudo bem?

                - Ta bom.

                Jenny é minha assistente. Harry adora ela.

                Assim que o elevador parou, fui direto para minha sala. Jenny já estava lá arrumando a ficha de alguns pacientes.

                - Bom dia, Jenny.

                - Bom dia, Lily. Oi Harry.

                Coloquei Harry sentado em minha cadeira e deixei sua mochila em cima da mesa junto com minha bolsa.

                - Não sabia que você viria hoje. – ela comentou.

                - Eu estou adiantando algumas horas na clínica. Olívia teve a ideia de nós viajarmos no Ano Novo.

                - Hum...

                - Você se importa de dar uma olhada no Harry enquanto eu to lá embaixo? – pedi tirando meu sobretudo e o colocando no sofá que tinha no canto.

                - Claro que não. Eu adoro ele. Sempre se comporta direitinho. – falou sorrindo.

                - Obrigada. Qualquer coisa liga no meu celular, ok? E Harry, se comporte. – mandei lhe dando um beijo na testa.

                - Ta bom. Posso usar o computador?

                - Pode sim. E não de trabalho pra Jenny.

                Peguei meu jaleco e vesti no caminho da clínica.

Pov James

Acordei com alguém batendo na porta.

- Tio Jimmie! Acorda!! – Amy berrava no corredor. Me levantei e vesti minha calça.

- O que houve Amy? – perguntei abrindo a porta.

- Vem assistir desenho comigo! – ela falou me puxando pela mão.

- Cadê a sua mãe? – perguntei a meio de um bocejo.

- Na cozinha. Ela falou pra eu te chamar e mandar você ver desenho comigo. – minha sobrinha falou inocentemente.

- Mariana! – berrei descendo as escadas rapidamente.

- Pra que berrar tão cedo? – ela perguntou colocava a mesa.

- Eu cuidei da Amy a noite inteira! Por que você mandou ela me acordar aos berros?!

- Porque é legal te ver irritado. – ela falou dando de ombros.

- Você não presta.

- Ta no sangue, meu querido! Agora, sobe e coloca sua blusa. Só porque você é gostoso, não precisa ficar desfilando com esse corpaço por aí, ok? Não sei se você sabe, mas está 10º graus, ok?

- Ta bom, mamãe.

Subi de volta ao quarto e coloquei minha camisa e meu relógio.

- Você vai assistir desenho comigo, Jimmie? – Amy perguntou da porta do quarto.

- Tudo bem. O que você quer assistir?

- Bob Esponja. Me leva nas costas ? – ela pediu fazendo biquinho.

- Tudo bem. - A peguei no colo e coloquei-a em minhas costas – Se segura.

Desci correndo com ela e a joguei no sofá.

- Quantas vezes eu já te falei pra não correr com a Amy nas costas, James?!!       

- Seilá! Duzentas?

- E quantas você desobedeceu?

- Seilá! Duzentas? Relaxa Mari!

- Os dois! Tomar café agora!

Pov Lily

- O que você tem aí? – Josh me perguntou olhando a ficha que eu tinha acabado de pegar.

- Mulher, 29 anos. E você? – perguntei.

- Homem, 23 anos. Troca? – ele pediu com cara de cachorrinho pidão.

- Ta bom, seu mala!

Troquei a ficha com ele e fui até a sala em que o paciente dele, agora meu, esperava.

Entrei na sala ainda rindo e me sentei na cadeira lendo a ficha.

- Bom dia.

- Bom- Lily?

- James? O que você ta fazendo aqui? – perguntei.

- Bom, eu caí de moto. E você?

- Eu trabalho aqui.

Olhei pro seu braço e vi que estava com bastante sangue. Peguei o material que precisaria e puxei a cadeira pra perto da maca.

- Braço. – pedi – Derrapou no gelo?

- Ahan.

Limpei o sangue de seu braço e vi que, no final das contas, o corte não ficou muito grande.

- Vai precisar dar ponto? – ele perguntou preocupado.

- Não.

- Que bom.

Enquanto eu fazia o curativo em seu braço, o telefone de James tocou e ele atendeu com a mão boa.

- Fala. Eu to no hospital. Eu caí de moto. Não quebrei nada não. Só cortei um pouco o braço e nem vai precisar levar ponto. Não conta pra ela, se não, é capaz dela vir correndo pra cá. E daí? Ela vai gritar no meu ouvido! Se você contar pra ela, eu te mato. Tchau.

- Pronto. – falei tirando as luvas – Tem mais algum lugar machucado?

- Acho que não.

- Então ta. Bateu a cabeça?

- Não.

- Então, ta liberado.

Joguei o material infectado no lixo e guardei o resto, saindo da sala rapidamente e indo para a cantina do hospital. Comprei um energético e bastante chiclete enquanto ligava pra Liv.

- Alô?

- Liv? Eu preciso que você venha buscar o Harry no hospital. Estaciona na garagem do subsolo e liga pra minha sala e avisa pra Jenny descer com ele pelas escadas.

- Por quê? Lily, o que aconteceu?

- Ele ta aqui. Acabei de atender ele. O James ao pode descobrir desse jeito. – expliquei me sentando em uma mesa vaga.

- Já to elevador. Beijos.

Desliguei o celular e tomei um pouco do energético enquanto eu virava meu celular na mão.

- Qual é o motivo de tanto nervosismo? – ouvi uma voz aveludada em meu ouvido.

- O que você quer dizer? – perguntei enquanto o via se sentar a minha frente.

- Você está tomando energético. Sendo que você não gosta de energético. E comprou muitos chicletes. Você sempre teve essa mania. Você esta nervosa.

- Não é verdade.

- É sim.

- O que você quer James? – perguntei sem paciência.

- Conversar com você. Só que não aqui.

- Não tenho o que falar com você.

- Mas eu tenho o que falar com você. Por favor, Lils.

Recebi uma mensagem da Liv: Já estou com Harry no carro. Boa sorte!

- Tudo bem. Só vou pegar meu casaco e minha bolsa.

- Eu vou com você.

- O.k.

Pov James                    

Não acreditei que era realmente ela. Mas precisava saber o motivo dela ter sumido daquele jeito.

A acompanhei até sua sala e a vi pegar seu casaco e bolsa. Voltamos ao elevador rapidamente e ela apertou o botão da garagem. 

- Não quer ir de moto? -  perguntei a provocando.

- Não nesse frio. Aliás, aonde está a sua moto? Você disse que caiu com ela...

- Eu chamei o reboque e vim de táxi. Falei só pra te irritar.

- Você não mudou nada. - ela disse.

- Você fala como se isso fosse ruim.

- Eu assim porque é ruim.

- Por que?

- Esquece. Fica aí. - ela mandou e continuou a andar.

- Por que?!

- Porque eu vou tirar o carro. - Lily disse entrando no carro.

Pov Lily

Merda! Será que tem algum brinquedo do Harry aqui? Olhei rapidamente e, aparentemente, não tinha qualquer brinquedo. Tirei o carro da vaga e parei ao lado de James.

- Pra onde vamos? – perguntei.

- Posso dirigir? – ele pediu.

- Ta. – bufei.

Ele saiu do carro dando a volta e eu passei pro outro banco. James saiu com o carro do estacionamento bem rápido e só diminuiu a velocidade quando estávamos um pouco longe do hospital.

- Por que você correu tanto?

- Até onde eu sei você não gosta de chamar atenção. Eu não sei se alguém me reconheceu no hospital. Se me reconheceram a chance de ter um bando de fotógrafos do lado de fora é enorme. E aí, amanhã de manhã, você veria nas revistas e jornais: “James Potter é visto com ruiva desconhecida” e logo depois viriam as especulações de que eu e você estamos juntos. E seriam seilá quantos dias pra desmentir essa história toda. – ele falou entediado.

- Hum – me limitei a responder.

- Chegamos. – ele falou estacionando o carro em uma rua pouco movimentada.

- Onde estamos? – perguntei curiosa.

- No melhor restaurante do mundo. – ele falou sorrindo.

- Ta bom... – resolvi não contrariar.

Saí do carro e vi ele trancar o carro e o segui pela calçada até um restaurante italiano pequeno.

- Você vem muito aqui? – perguntei.

- De vez em quando.  Vem – ele puxou minha mão até uma mesa no fundo esse sentou. – O que você acha de almoçarmos?

- Pode ser. To morrendo de fome. O que você me recomenda?

- Hum... Penne ao molho Alfredo. É maravilhoso. – ele recomendou.

- Então eu vou querer esse mesmo. – escolhi sorrindo.

Ele chamou o garçom e pediu:

- Por favor, dois pratos de penne ao molho Alfredo e duas fanta uva.

O garçom se retirou e eu encarei James.

- Então... Você disse que queria falar comigo. Fale. – eu disse.

- Por que você desapareceu daquele jeito?

- Eu não desapareci. Eu fui para Liverpool.

- O que você foi fazer na casa da sua avó? – ele perguntou.

- Eu precisava de um tempo longe de Londres. – Precisava de um tempo longe de você – pensei.

- Você ficou por quanto tempo lá?

Suspirei.

- 2 anos.

- Por que você foi embora sem falar comigo?

- Eu tentei falar com você. Eu te deixei vários recados pra você, tentei te ligar... Mas você... Me ignorou. Eu pedi pra sua empresária contar pra você e ela disse que contou só que você não deu à mínima e outras coisas que, sinceramente, eu prefiro não repetir. – expliquei.

- Como assim? Ela nunca me falou nada. – ele disse se interrompendo quando o garçom chegou com a nossa comida.

- Obrigada. – murmurei tomando um gole do refrigerante.

- E, aliás, ela não é mais minha empresária. Eu a demiti pouco tempo depois de você sumir. – ele falou e logo depois comendo uma garfada.

- Bom o que ela me falou aumentou a minha vontade de ir pra Liverpool, mas ver a sua felicidade quando me contou do contrato com o Fullham que eu não pude fazer isso com a sua carreira. O seu sonho sempre foi jogar profissionalmente na seleção. Você conseguindo esse contrato... A notícia que eu ia te dar poderia atrapalhar sua carreira. Eu te amava demais pra acabar com o seu sonho. – expliquei.

- Qual era essa notícia? – ele perguntou.

- Podemos falar depois de terminarmos de comer? – pedi mexendo no meu prato.

- Tudo bem. O que você fez depois que sumiu?

                - Me formei na faculdade de medicina, fiz especialização em neuropediatria e comecei a trabalhar em um hospital em Liverpool... Até que eu recebi uma proposta no hospital daqui. E você? O que o grande James Potter fez nesses 7 anos?

                - Quando você foi embora, eu entrei em depressão profunda. - ele contou comendo um pouco de seu macarrão - Tive que fazer tratamentos alternativos pra aliviar a depressão. Não sei se você sabe, mas eu não posso tomar antidepressivos. Eu tomo até hoje, em quantidade menor, mas ainda sim... - ele menosprezou dando de ombros. - Há três anos eu consegui um contrato no Chelsea e ano passado, comecei a jogar pela seleção no ano passado e todo mundo acha que eu estou feliz da vida. - ele disse a última parte em um tom desdenhoso.

                - Por que você falou assim? - questionei.

                - Porque eu não sou realmente feliz há 7 anos - ele disse dando um sorriso fraco.

                Isso me fez sentir culpada.

                - A única que tira um sorriso verdadeiro do meu rosto é minha sobrinha. - dessa vez ele sorriu mais verdadeiramente.

                - Irmã ou irmão perdido foi achado?

                - É modo de dizer. É filha da Mariana. Se lembra dela? Ela foi criada como minha irmã, logo, a filha dela é minha sobrinha. É a cara dela. Quer ver? - ele perguntou.

                Me limitei a assentir com a cabeça.

                James puxou seu celular do bolso da calça e me mostrou uma foto dele e com uma garotinha branquinha de cabelos pretos e lisos com os olhos verdes. Era a cara da Mariana.

                - Ela é linda. E se parece muito com Mariana. - elogiei.

                Terminamos de comer, ele pagou a conta e saímos rapidamente do restaurante.

                - Você dirige. - falei jogando as chaves pra ele.

                - Pra onde ele - perguntou colocando o cinto de segurança.

                - Vamos pro seu apartamento. - falei abraçando meus joelhos. - E sem comentários sacanas sobre - completei ao ver seu sorrisinho sacana.

                Me encolhi e encostei a cabeça na janela olhando a paisagem.

                Eu fiz ele sofrer. Privei o direito dele de ser pai... Eu sou um monstro... - esses eram meus pensamentos no momento.

                - Chegamos. - ele falou após alguns minutos. 

                Olhei em volta. O carro estava estacionado em uma garagem subterrânea.

                - Vem. - ele estendeu a do lado e fora do carro.

                Peguei meu casaco e minha bolsa e aceitei sua mão descendo do carro. O acompanhei até o elevador e ele apertão o botão da cobertura.

                - Sinta-se em casa. - ele disse tirando a jaqueta.

                Tirei meu casaco e me sentei no sofá. Ele se sentou na poltrona a minha frente.

                - Pode falar.

                - O que eu vou te dizer... Você vai me odiar. E eu sinto muito mesmo. Eu estava assustada e sei que isso não é desculpa. - falei apoiando meus cotovelos nos joelhos e me deixando chorar.

                - O que? Como assim, Lily? - James disse se sentando ao meu lado e acariciando minhas costas.

                - Não tente me confortar - falei me levantando. - Eu sou um monstro não mereço isso.

                - O que você ta querendo dizer, Lily?

                Peguei meu celular e coloquei uma foto de Harry e Mellody no parque e lhe entreguei o aparelho.

                Ele pegou sem entender e olhou a foto.

                - Quando eu saí de Londres, estava grávida. Eu me desesperei. Eu tentei te contar, mas... Você estava tão feliz que... Eu não pude estragar seu sonho. Eu te amava demais pra isso. Eu tentei te contar uma última vez quando eu estava no aeroporto. Aí sua empresária me falou umas coisas... Certas até eram verdade. Aí foi quando eu decidi não te contar. - expliquei.

                - Você estava grávida. - ele falou deixando uma lágrima - Você teve gêmeos.

                - Não - neguei - Só um garoto. A menininha é filha da Olívia. - expliquei secando minhas lágrimas.

                - Ele tem seus olhos - James falou ainda em choque.

                - E só. Harry é todo você. Tem até algumas manias também. - contei sorrindo um pouco.

                - Harry? - ele perguntou sorrindo.

                - Uhun. Eu... Já que você não iria estar lá comigo pra escolher o nome do seu filho... Eu lembro do que você falou no ano anterior. Achei que você tinha direito de participar na escolha do nome mesmo indiretamente. - contei.

                - Obrigado. - ele agradeceu.               

                Ele olhava a foto com os olhos brilhantes e deixando algumas lágrimas rolarem pela bochecha.

                - O que você falou pra ele? - ele perguntou - Sobre mim?

                - Eu nunca escondi dele. Contei pra ele que quando eu engravidei, era muito nova. E que nós nos desentendemos e eu me desesperei. E fui pra Liverpool morar com a minha avó por um tempo. Não achei certo mentir pra ele. Harry sabe que você não tem ideia de que ele existe.

                - Hum. 

                - Eu sinto muito. Mesmo.

                - Eu sei que sim. Você nunca foi egoísta. Você estava com medo. Eu entendo.

                - Você quer conhecê-lo? - perguntei apreensiva.

                - Sério? - ele perguntou parecendo feliz. Assenti - Claro que sim. Quando?

                - Não sei. Eu preciso de um tempo pra contar pra ele. 

                - Tudo bem. - ele limpou o rosto molhado. - Só não demore muito, por favor?

                - Ahan. Eu... Prometo não demorar muito. 


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