You Changed My Life escrita por NandaChan


Capítulo 2
My first love


Notas iniciais do capítulo

Era pra mim ter postado antes, mas deu uns "pobrema" aí e não deu :/ Mas, tá aí! Boa leitura, espero que gostem~



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Após trocarmos aqueles bilhetes, eu e Aiji nos tornamos grandes amigos, ainda mais por que tínhamos muito em comum. Como você já deve saber, eu nunca tive outros amigos antes dele, mas tenho certeza de que não poderia existir alguém melhor, tanto que acabei por me apaixonar. Não, você não leu errado: eu me apaixonei por Aiji, meu único amigo, e tinha muito medo que algum dia isso pudesse prejudicar nossa amizade.

Já haviam passado dois meses desde que nos conhecemos, e hoje eu iria domir na sua casa, pois meus pais viajariam e iria ser muito chato ficar sozinho, também pelo fato da escola ter feito um feriadão por conta de uns acidentes que aconteceram no dia anterior.

Se eu estou nervoso? Não, capaz, é apenas a minha imaginação fértil me pregando peças, só de pensar que os pais dele estariam fora e a irmã iria dormir na casa de uma amiga. Maravilha, não?

Cheguei lá por volta de umas 14:15h da tarde, nossas casas eram relativamente próximas.

Toquei a campainha, ele não demorou a vir me atender:

– Yo, Maya-chan!- me deu um abraço tão apertado que eu mal conseguia respirar.

– Y-yo, A-aiji-kun.- mais um pouco e eu morreria asfixiado. Aquele garoto pode ser magro, mas de fraco não tem nada, sou a prova viva disso.

– Desculpa, te abracei forte de mais, né?- deu uma risada, meio sem graça.

O encarei, fazendo uma expressão séria, sabendo que não duraria muito. Afinal, se tem uma coisa que aprendi com minha amizade com ele, é que se você está com uma pessoa que é verdadeiramente sua amiga, fingir estar emburrado não dura mais que alguns segundos.

– É, acho que quebrei uma costela, cara.- falei, já começando a rir.

– Entra logo, Maya!- me respondeu, também rindo.

Já dentro da casa, retirei meus tênis e coloquei-os em um canto, calçando um par de chinelos em seu lugar.

A casa de Aiji era realmente muito bonita, a decoração muito bem escolhida, e os móveis e paredes eram todos de cores claras, dando ao local uma sensação incrivelmente acolhedora.

– Onde posso colocar minha mochila?

– Ah, sei lá, coloca em qualquer lugar, tá só a gente aqui mesmo- disse ele em tom de indiferença.

Muito obrigado por me lembrar disso, Aiji.

Acabei por coloca-la em cima do sofá.

– Quer tomar um chá?

– Sério que você sabe fazer esse tipo de coisa?- disse eu, já em um começo de risada.

– ...? Por que a pergunta?

– É que não consigo te imaginar fazendo isso, sabe?

– Há-há-há Sr. Engraçadinho. Sei sim, e eu cozinho muito bem tá?

– Ah é? Vamos ver se isso é mesmo verdade.

– Tá, tá. Sobe as escadas, certamente vai saber que porta é a do meu quarto.

Realmente, acho que até um cego veria aquilo.

Na segunda porta do lado esquerdo do corredor, tinha um “AIJI” escrito em letras com coloração rosa, daquelas que dói os olhos, sabe? Acho que ele fez aquilo com tinta que brilha no escuro, só pode, por que é mais chamativo que meu cabelo.

Tá, eu acho que eu exagerei um pouquinho quando falei que “é mais chamativo que meu cabelo”.

Comparado à porta, o quarto de Aiji era muito normal: logo que entrei vi no canto direito da parede sua cama, que tinha uma colcha listrada de preto e branco por cima. Do lado esquerdo tinha uma escrivaninha com algumas revistas de música e composições acima. Do outro lado do quarto havia um armário branco com alguns detalhes em preto que ocupava quase toda a parede. No canto não acupado da mesma, estava encostado um violão preto. Espalhados pelas paredes estavam colados alguns posters de bandas de rock.

Sentei-me na cama, esperando o dono do quarto trazer o chá. Passados uns sete minutos, Aiji entrou carregando uma bandeja com uma chaleira de porcelana que tinha alguns desenhos de rosas e duas chícaras do mesmo material e estampa, que deixou em cima da escrivaninha.

– Espero que goste.- disse ele me entregando uma das xícaras e despejando o conteúdo quente dentro da mesma.

Sorri, tomando um gole. Chá de Erva Doce com Camomila, meu preferido.

– Razoável, a prova final é na janta.- brinquei.

– Certo, prepare-se para comer a melhor refeição da sua vida!- falou sorrindo para mim e enchendo uma xícara com chá para si.

Sentou do meu lado, um silêncio incômodo pairando no ar.

– Assunto?- perguntou-me.

– Hã-hã- balancei a cabeça em negativa.

– Hm... Você tá’ gostando de alguém?

Quase guspi o chá que estava tomando. Que raio de pergunta era aquela?

– A-a-acho que não, e você?

Merda, eu gaguejei.

–É, tem uma pessoa...

Como assim? Ele... Gosta de alguém? Acabo de perder a minúscula chance que talvez pudesse ter.

– Ah, mesmo? E quem seria a sortuda?- perguntei da forma mais natural que consegui.

– Acho que você vai me odiar depois disso, mas eu não aguento mais, tenho que falar.

Odia-lo? Em hipótese alguma isso aconteceria!

– Masahito Yamazaki, eu te amo.- falou, olhando nos meus olhos.

Como assim ele me ama?

– Hã?- foi a única coisa que saiu da minha boca, eu não conseguia formular algo que fosse digno de ser chamado de “resposta”.

– É, eu te amo, me apaixonei por você logo depois de nos conhecermos. Sua voz, seu sorriso, sua forma –por muitas vezes fofa- de agir, tudo isso me enfeitiçou, fez eu querer ficar cada vez mais junto a você. Espero que isso não estrague nossa amizade e...- calei-o com um beijo.

– Eu também te amo, Shinji Mizui- não me pergunte de onde tirei coragem para fazer tal coisa, por que nem eu sei.

– O quê?

– Foi a mesma coisa que pencei quando você começou a falar.- sorri, recebendo aquele sorriso que eu tanto amo de volta.

Nos beijamos mais uma vez, já sem as xícaras na mão, mas dessa vez pedi passagem com a língua, que logo foi concedida. Nenhum dos dois era experiente naquilo, mas foi extremamente perfeito, parecia que nossas bocas tinham sido feitas uma para a outra. Infelizmente, tivemos que parar para respirar.

Encostamos nossas testas, ao que fechei os olhos.

Oe, Maya-chan- Aiji me chamou, fazendo-me reverter a ação anterior.

– Sim?- indaguei.

– Quer ser meu namorado?



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Notas finais do capítulo

Reeeevieeeeewsss? Sintam-se á vontade pra me corrigir~!



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