Casa dos Salvatore

Abri os olhos que se acostumavam com a luz forte, olhei em volta estava em um enorme quarto de casal, haviam me colocado em uma cama grande com lençóis brancos e manchas de sangue, era grande havia uma porta que dava para um banheiro, a cama se encontrava bem no meio do local e atrás da mesma uma enorme janela.

Meu corpo doía intensamente, coforme me mexia sentia alguns ossos voltando ao lugar automaticamente levei a minha mão a perna me sentando um pouco, avistei a enorme ferida que se alastrava por toda ela.

Fiquei desesperada porque a droga da mordida ainda não tinha cicatrizado? Levantei tentando apoiar o pé no chão que doía por conta da perna.

Sai do quarto perambulando segurando-me nas paredes, como aquilo podia doer tanto? Era como se meus sentidos estivessem se esvaindo, quando cheguei a umas escadas e a desci reconheci onde estava era a casa da Elena.

Assim que desci a escada, via Damon , Stefan e Elena que estava sentada no sofá;

Quando Damon notou que eu estava descendo rapidamente veio até mim e disse:

– É para você ficar lá em cima.

– Eu estou ótima - Disse facilmente o empurrando.

Quando dei dois passos, cai no chão minha cabeça doía de tal forma que eu apenas desfaleci.

POV Damon

No momento em que me ergui, olhei para Stefan pegando Olivia desmaiada em seu colo e a colocando no sofá, Elena o olhou feio e eu também, eu era quem deveria estar cuidando dela.

O efeito da mordida em Olivia parecia ter o efeito mais rápido, ela era tão misteriosa quanto um estranho no escuro.

Olhava para suas doces feições, era nítido que mesmo sendo durona, ela sentia falta de alguma coisa parecia carregar toda a dor do mundo sozinha, sendo negada por aqueles que ela conhece.

Stefan olhou para a Elena e pegou sua mão, ela apenas sorriu novamente os dois começariam com aquela história.

Apesar de que eu sábia perfeitamente que os dois tinham coisas sérias a resolver, precisava da Barbie, do lobo barra vampiro, a bruxinha, antes que Klaus chegasse e levasse Elena.

– Nós vamos indo, qualquer coisa me ligue Damon – disse Stefan.

–Pode deixar irmão, não vou matar sua amiguinha.

Então ambos saíram me deixando com a Olivia deitada inanimada no sofá, então peguei um copo de uísque e me sentei na outra poltrona para observa-lá, porque aquela garota me deixava tão curioso?

Será que ela sábia que estava morrendo?

Aos poucos as horas foram passando, Olivia começava a dar os primeiros sinais de que iria acordar, começou a se mexer até que abriu os seus olhos.

Ela olhou assustada para mim, tentou se levantar, mas logo desistiu e se sentou, olhava com cara feia para mim preferia olhar a lareira ao olhar para meu rosto.

– Não vai falar comigo? Eu te salvo duas vezes e é assim que você me trata?

– Duas vezes?

– Na vez em que eu pensei que você fosse humana…

Logo me interrompeu.

– Você foi quem me mordeu?

–Posso terminar?

–Pode

– Eu pensei que fosse humana e comecei a lhe morder, mas, logo notei que se tratava de outra vampira, então de trouxe para aqui, e bem ontem à noite te achei na floresta e trouxe para cá.

– De toda forma obrigado.

Ficamos em silêncio, ela olhou para sua perna e eu também não me contive e olhei andei até o sofá e me sente, colocando suas pernas em meu colo, no começo tentou tirar mas, depois aceitou.

– Está ficando feio – disse.

–Não cicatriza não sei o que está acontecendo – disse olhando novamente.

– Olivia…

Abaixei a cabeça e fechei os olhos, quando voltei à postura normal seus olhos se encheram de água.

– Estou morrendo certo? A lenda é verdadeira? Fala Damon!

– Infelizmente Olivia.

Uma única lágrima caiu de seus olhos, mas logo ela limpou mostrando o quanto era orgulhosa.

Ela ia se levantando, mas, eu a puxei de volta para o sofá.

– Eu tenho que ir.

– Não vai sair desse jeito.

–Tenho que falar com Katherine.

Meus pensamentos pararam, imaginando se a Katherine era a mesma que eu estava pensando, a mesma que me fez assim.

– Katherine Petrova?

–Como a conhece?

– Lembra-se da garota que eu disse que me deixou inconveniente? Bem é a Katherine.

– Ela me disse algo sobre dois irmãos, então o outro é o Stefan…

– É,então eu vim parar em Mystic Falls atrás da copia.

– Há outra Doppelganger?

– Elena - apenas disse.

– Porque ela não me contou?

– Como você não sábia?

– Passei uns anos sozinha.

Não conseguia entender o parentesco das duas, Olivia parecia um pouco atordoada, ela sábia que tinha mais coisa, mas não quis perguntar.

Ficou observando a casa, depois para mim por um longo tempo, até que desviou o pensamento.

– É irônico sabe, a única pessoa que me restou passou milênios mentindo.

–Entre para o clube – sorri sem graça.

– Ainda vou morrer sozinha…

Ao que parecia Olivia estava falando sozinha, não esperava que ninguém a tivesse escutando.

– Vampiros são sozinhos, você tem a Katherine.

– Eu ter ela e não ter ninguém dá no mesmo, mas sabe Damon eu tinha.

–Uma família? Todos nós já tivemos.

– É uma família origi… - ela começou a dizer - Esqueça Damon…

O que de tão misterioso acontecia na vida dela ou simplesmente já tinha acontecido.

– Uma família o que Olivia?

Ela se deitou no sofá, sábia que aos poucos suas forças estavam se esvaindo sua pele estava começando a ficar acinzentada e aos poucos sábia que junto a mim, outra vitima por mordida de lobo morreria.

Sorria levemente, agora parecia frágil não mais aquela que me matara algumas semanas atrás.

– Uma família Original – disse com os olhos fechados.

Fiquei em silêncio, então ela continuou a dizer:

– Quando eu nasci, era humana e tinha uma família perfeitamente normal, mas, eu fiquei muito doente e estavas prestes a morrer meus pais então com medo de que eu infectasse meus outros irmãos,me mandaram embora e me deixaram na casa da Esther que eles nem se quer sabiam que era, foi até bom eles nunca gostaram de mim.

– Porque lhe fizeram isso?

–Porque eu era apenas filha do meu pai, ela havia pulado a cerca e a mulher que cuidava de mim me odiava, ficava às vezes sem comer por meses e meu pai não fazia nada.

Não conseguia dizer nada, ainda não estava entendo perfeitamente à história, então apenas continuei a ouvir.

– Ela obviamente ficou com dó de mim e me acolheu, ela conseguiu que com alguns feitiços que eu me recuperasse então a partir desse dia eu me tornei uma Mikaelson, foram bons os tempos que eu passei com eles, eu pela primeira vez tive uma família.

– Difícil de acreditar… - disse sem pensar.

Olivia me olhou feio.

– Desculpa, desculpa pode continuar…

– Mas, Rebecca tinha um ciúme enorme contra mim e começou a contar isso ao Mikael que também não gostava nem um pouco do amor que Esther me dava.

– A Barbie loira é difícil de lidar…

Sábia que ela se perguntava como eu os conhecia, mas eu queria muito saber o que estava acontecendo.

– Quando ela os transformou ele ficou furioso e logo por ser querida achou que também tinha sido transformada e tentou me matar, ou melhor, me matou, mas Elija me encontrou no meio do mato bem longe da casa e me transformou, Esther quando descobriu tentou me matar achando que aquilo era uma afronta, Klaus ficou com raiva da mãe por querer me causar isso então a matou.

– Mas, porque ela achou isso uma afronta? – questionei.

–Porque até então ela não entendia sobre vampiros em si, Esther não sábia que eles podiam se transformar e reproduzir pessoas iguais aos filhos, quando Elijah me transformou ela soube disso e não queria mais pessoas como os Mikaelson ela sábia o que havia criado maquinas de matar.

Sua voz estava fraca, enquanto eu estava confuso, mas, agora sábia que a história dos Mikaelson estava muito além de uma maldição.

– Esther morreu por sua culpa?

– Pode se dizer que sim.

Misteriosamente a porta se abriu, entrando Katherine com suas roupas provocantes, um decote que valorizava muito bem o seu busto, ela ainda não tinha visto a Olivia e vice e versa, entrou rebolando e sorrindo.

– Damon, temos alguns assuntos para resolver…

Olivia levantou-se obviamente reconhecendo a voz, Katherine parou de falar e olhou espantada para a amiga, eu como bom observador apenas concordei e disse:

– O que você quer Katherine? – sorri

Katherine não sábia o que responder Olivia sábia que ela escondia mais coisas, ela abriu as bocas algumas vezes mais a fechou.

–Olivia…

– Quer saber suma.

Era interessante vendo as duas brigar, Katherine era protetora em relação à Olivia, eu tinha certeza de que ambas ainda não haviam conseguido me contar alguma coisa era como um furo de memória.

Katherine olhou para a perna da Olivia porque ela nitidamente mancava e depois olhou de volta para mim com uma cara de dor que eu nunca vira estampada em seu rosto.

– Eu vou encontra ló – disse dirigindo-se a Olivia.

Ela virou-se para ir em direção a porta, Olivia correu e a seguiu agora com cara de dó.

– Mesmo que você o encontre não vai dar tempo, nós sabemos disso Katt.

– Não Oli têm que dar tempo – podia ver os olhos dela enchendo de lágrimas, mas nada caiu e logo voltou ao olhar frio dela.

Katherine saiu pela porta rapidamente, Olivia não a seguiu por algum motivo ela não queria ir à trás.