Haviam se passado algumas horas mais ainda era noite, ariscava dizer que o dia estava quase amanhecendo.

Elena começava a se remexer, ainda não entendia o motivo pelo qual eu não conseguia sair dali era muito atrativo proteger esta garota, deveria ser pelo simples fato de ela se mostrar tão forte e cuidar tanto dos outros.

Ela levantou rapidamente olhando assustada e a sua volta.

– Bom dia Elena – disse sorrindo.

– O que aconteceu? Como vim parar aqui?

– De nada por salvar sua vida, eu não me importei – sorri sarcástica.

– O que? – perguntou confusa – Eu só lembro-me do Klaus desligando o Stefan.

– Ele desligou – disse – E depois ele mandou que seu namorado lhe mordesse, ele conseguiu parar, mas, você caiu dura no chão e eu trouxe você para sua casa.

– Ele não tem mais nada de humanidade? – vacilou a menina que tinha que viver como gente grande, mas, no fundo era só uma adolescente de no máximo 18 anos.

– É bem por aí – disse – Mas, é culpa do Niklaus seu Stefan é um tanto careta.

– Porque você não me matou? – perguntou mudando de assunto.

– Eu cuido da minha família – disse simplesmente – E mesmo você não gostando de mim, o sangue das suas veias é o mesmo que correu um dia nas minhas e nas veias da Katherine, você gostando ou não é um Petrova.

– Eu passei a vida inteira sendo chamada de Gilbert e depois de descobrir que sou adotada ainda descubro que sou uma Petrova – disse – Só é muita coisa para eu processar, e agora tem o Stefan, Klaus e… acho que… Esquece você nem quer me ouvir.

– Sabe de um segredo?Apesar de viver tanto eu não vivi nada e você não sabe como eu queria que uma descendente minha pudesse viver sem ser cercada por vampiros.

– Porque não viveu?

– Porque eu fujo dos meus irmãos, das obrigações que eu deixei, dos erros que cometi das pessoas que perdi.

– Olivia porque foge dos Mikaelson?

Elena perguntou suavemente, eu apenas precisava conversar com alguém por algumas horas sem que Klaus ou Rebecca me julgassem.

– Porque eu cometi o mesmo erro que você está cometendo com os Salvatore.

– Amar os dois…

– É errado eu sei, mas assim como você eu amei Elijah e Nik ao mesmo tempo era como se um completasse dentro de mim algo especial, enquanto o amor de Nik era seguro o de Elijah me consumia.

– Realmente começo a acreditar que somos da mesma família, mas o que houve?

– Eu estava noiva do Nik, era algo escondido só que ouve um tempo em nossa família em que o Nik viajara com Rebecca e Kol para decidir uns assuntos familiares, foi então que o furacão Elijah começou a despertar um lado meu que eu não conhecia.

– É como o Damon… - disse – Ele me consome.

– Só que eu e Elijah fomos muito adiante e eu fiquei grávida – disse.

– Grávida? – espantou-se Elena.

– É no começo foi fácil esconder do Nik, mas, Esther desconfiou dos enjoos contínuos, quando lhe contei ela ficou feliz.

– Esther?

– É a mãe dos originais.

– Vocês tiveram o filho? – perguntou minha expectadora me sentia como no filme entrevista com o vampiro.

– Quando a criança nasceu com a ajuda do Elijah e de Esther, nós conseguimos esconde lá por cinco anos, mas não me julgue Elena assim como eu amava o Nik e queria voltar atrás eu amava o Noah.

– Eu jamais poderia lhe julgar Olivia, era o seu filhos? Noah?

–Era, mas Nik começou a suspeitar das minhas idas constantes a outros vilarejos e mesmo depois de casados escondidos eu não conseguia contar aquilo, mesmo eu querendo todos os dias, então quando descobriu já éramos os tais originais, e sugou todo o sangue do meu filho – disse com a voz vacilante.

– Eu sinto tanto Olivia, eu não imaginava que…

– Não sinta Elena, a escolha de cair nas histórias do Elijah foi exclusivamente minha, mas eu amava Nik como você ama seu Stefan.

– E por isso que você foge do Klaus?

– Não só por isso, mas quem sabe outro dia eu lhe conto.

Levantei-me para ir embora, Elena já estava segura e eu tinha que voltar para aquele inferno em que me enfiara.

– Porque contou isso para mim?

– Porque não quero que a culpa te corroa como me corroí depois de quase mil anos, não é errado amar o Damon nem o Stefan mas, por mais que digam o contrário é sim errado amar os dois.

– Obrigada Olivia e me desculpa.

– Por quê?

– Por te julgar só por ser mais uma vampira, embora não queira mostrar você é legal Olivia, não é fria dessa forma, seja lá o que o Klaus tenha lhe feito depois aproveita para viver o que você disse que não viveu.

– Nos vemos por aí – disse.

Sai deixando Elena dentro de casa, eu também lhe devia desculpas mas, jamais falaria isso para ela,devia me desculpar por pensar coisas feias sobre ela sem saber o porque ela era daquela forma.

Havíamos conversado como duas irmãs realmente, mas eu estava destruída por dentro cansada e exausta e principalmente com sede, fora ótimo conversar com a Elena e até senti uma vontade de que algo a unisse com Katherine além da aparência, Elena conseguia ver as coisas de vários ângulos já Katherine não via a hora de achar uma forma de me entregar o Klaus.

Ela nunca achou a traição grande coisa, mas, no dia em que Nik descobriu que eu tinha um filho do seu irmão sua primeira reação foi matar a criança libertando a fúria profunda do meu pai, afinal além de Esther ter feito o Nik com outra pessoa, o bastardo ainda tirara a vida do seu neto de uma forma cruel.

Depois Nik até tentou me perdoar e nós ficamos alguns séculos bem com um casamento conturbado, mas, feliz só que esse sossego acabou quando Katherine nasceu.

Esther havia grudado minhas gerações a fim de que Nik realmente se transformasse no hibrido até porque não imaginava que seu filho se transformasse naquilo.

Quando Nik ficou a par desse ritual, descobriu que Katherine era minha copia nada parecida, então eu fiquei amiga da Katt amigas e depois contei a ela sobre nosso parentesco e para poupar mais um membro da minha família morto. Eu transformei Katherine e coloquei a culpa na boba da Rose.

Desde esse dia eu e Nik vivemos tentado matar um ou outro, mas nunca conseguindo nada, os Mikaelson não eram um exemplo de família nem de nobreza como todos pensavam, mas era uma ótima família mesmo eu querendo nunca ter feito parte dela.

Nik então descobriu que o feitiço que Esther jogara em mim quando estava doente me deixava isso mais fraca quanto vampira e que muitos tempos sem sangue e machucados profundos me matavam com mais rapidez, desde esse dia ele jurou que me caçaria e me mataria por ter feito ele de bobo.

Mas, para ele foi o fim da estrada quando eu empalei seus irmãos e matei sua mãe e quando eles acordaram eu convenci todos de que o Nik havia feito isso.

Andava distraidamente por Mystic Falls, o dia havia amanhecido fazia pouco tempo tomei e café algumas pessoas que caminhavam e se eu fosse menos covarde não queria mais viver os anos só me faziam mal, como será que é viver para alegrar alguém?

Andei até a escola e me sentei naquela arquibancada que tanto me agradava por conta as sua vista e do sol que eu fingia aquecer minha pele fria, fechei os olhos e quando os abri vi um Damon sorrindo ao meu lado.

Ótimo! Além de enfrentar meus demônios internos teria que enfrentar um pessoalmente.

– Eu sumo 24 horas e quando volto não sei o que está acontecendo, as coisas meio que explodiram – disse ele sarcástico.

– Pois é – disse com desdém.

– O que a sua família aprontou? – perguntou.

– Klaus desligou a humanidade do seu irmão e o estripadorzinho mordeu sua amada Elena e quase a matou – disse.

– Ele fez o que com a Elena?- perguntou rangendo os dentes e se levantando, mas, eu o sentei com força no banco.

– Calma, super-homem eu cuidei da sua Elena ela está bem e está em casa.

– Porque fez isso?

– Meus motivos só dizem a respeito da Elena e de mim.

– Porque você é tão misteriosa?

– Sabe por que existem segredos? Por que as pessoas são curiosas de mais para tentar desvenda-lós.

– Obrigado por salvar a Elena do namorado psicopata dela.

– Não fiz por você ou por ninguém, fiz por mim mesma, cuido da minha família é só que sobra depois que se passam anos.

– Família? A minha só me da problema para resolver e agora mais esse show do Estripador.

– Eu invejo você e o Stefan – disse olhando para um ponto fixo ao longe.

– Inveja? – perguntou ele curioso.

– É mesmo depois de todos esses anos, mesmo depois de ambos se apaixonarem por minhas irmãs ou de seu irmão se descontrolar, vocês nunca deixaram um ao outro já os meus…

– É vendo por esse lado eu invejaria também, você não se dá bem com nenhum dos originais? É mesmo uma chata – disse ele.

– Quer saber de uma história? Eu empalei meus irmãos e depois coloquei a culpa no Nik.

Damon mostrou-se pela primeira vez ligeiramente surpreso e me olhou erguendo uma das sobrancelhas.

– Você empalou seus irmãos por qual motivo? Foram todos eles?

– Foi preciso para eu fazer um ritual, mas eu não consegui empalar o Nik e assim que ele tirou as adagas convenci todos de que foi o Nik e não eu.

– Vocês curtem um ritual – riu Damon – Mas, o que exatamente não deu certo?

– Eu tinha que empalar todos os originais porque para nós isso é como uma morte, eu precisava deles mortos para eu liberar meu lado Petrova, só que com o Nik vivo nosso sangue não podiam ser grudados porque as bruxas iam sugar o sangue deles até secarem.

–Uau! Mas, lado Petrova como assim? – disse – Os originais são mais estranhos do que eu imaginava.

– Esther me lançou um feitiço que inibe o meu lado Petrova e deixa apenas o Mikaelson a mostra, morrendo mais rápido, eu preciso desse lado para matar meu irmão.

– Além de linda é super poderosa, como Esther pulou a cerca mais de uma vez?

– Mikael e foi antes do casamento – disse sorrindo.

– Você é tão linda Olivia não deixe que seu ódio te cegue.