POV Olivia

O dia amanhecera não tinha dormido hoje algo me perturbava profundamente não sábia o que era, deveria ser sobre o breve sonho que tivera com Esther de alguma forma ela estava vindo e queria falar comigo.

Eu apenas não conseguia explicar, ela me chamava claramente com se estivesse no meu quarto em que eu morava quando pequena, ela pegava lentamente minha mão e dizia para eu procurar por ela.

O que ela queria dizer com isso? Nossa relação era realmente de mãe e filha e graças a isso brigamos feio e então ela foi morta, se ela quisesse a ajuda de qualquer um deveria ter procurado Rebecca.

Sentei na escada encostando minha cabeça na parede, ainda estava de pijama com um roupão fofo preto por cima da calça listrada de branca, combinando com a camiseta, meu cabelo estava arrumado em um coque perfeito.

Quando estava quase pegando Klaus e Stefan entram, Nik parecia estar extremamente chateado e nervoso Stefan estava de mau humor, mas, não nervoso como o Nik.

- Não dormiu Oli? – perguntou Stefan.

Apenas fiz que não com a cabeça, Nik olhou preocupado, mas, vendo que Stefan notara agiu com desdém.

- Qual o problema Nik? – perguntei bocejando.

- Meus híbridos morrem – disse amargurado.

- Como assim? – perguntou Rebecca entrando na sala.

- Quando eu dou meu sangue eles simplesmente morrem de uma forma nada bonita – ironizou.

-Seu sangue?

-Não dos meus amigos imaginários Olivia – rugiu

- Você tem que dar o sangue da copia – disse

Rapidamente ele estava pressionando meu pescoço contra a parede me deixando sem ar.

- Porque não me disse?

- Porque você não me perguntou – disse com dificuldade

- Como sabe disso?

- Qual é irmãozinho eu estou à maldição para você não se lembra?

- Olivia…

- Lembra-se, o sangue da copia cria híbridos o seu cura mordidas de lobisomens – vociferei.

Nik apertou tanto meu pescoço que ele quebrou e eu morri novamente por suas mãos.

***

Acordei dando um longo suspiro, abri meus olhos rapidamente e graças a alguém eu estava no meu quarto.

Se Nik me queria motivos para eu ficar brava ele tinha conseguido mais um.

Tomei um banho e coloquei um jeans e uma jaqueta de couro vermelha com uma regata branca, calcei meus tênis e arrumei meu cabelo em uma trança embutida.

Assim que desci as escadas Stefan estava sentado no sofá, sozinho tomando uma garrafa de sangue.

- Pensei que não fosse mais acordar - disse sorrindo.

- O que ainda faz aqui? – disse com mau humor.

- Esperando você acordar

- O que você quer?

- Sua ajuda.

- Não ajudo ninguém

- Já me ajudou uma vez

- Todas as vezes que eu ajudo você eu acabo quase morrendo.

- Foram só quatro vezes – disse irônico.

- A resposta é não – disse me levantando e indo para a cozinha.

Stefan me seguiu e ficou atrás de mim enquanto eu pegava uma garrafa de uísque gelada, nem mesmo me preocupei em pegar um copo levei diretamente à garrafa a boca.

- A vê se me erra Stefan – gritei.

Estava estressada e cansada do Klaus.

- Você tem que me ajudar

- Pensei que o estripador não pedisse ajuda – disse.

- Não começa…

Ainda na cozinha, depois de terminar a garrafa de uísque coloquei ela na pia e assim que me virei para trás lá estava Stefan com toda sua graça.

- Se eu decidisse ajudar, sobre o que seria?

Stefan não respondeu, apenas fez uma cara de interrogação então sorri maliciosamente e disse:

- A copia não está morta, não é Stefan?

- Não, não está Olivia

- E você que eu faça o que? A mate? – perguntei mostrando minhas presas.

- Eu tenho que tirar ela da cidade, mas graças ao seu irmão eu não posso até ajuda – ló.

- Novamente uma pergunta, o que eu tenho a ver com isso?

- Enrole ele – disse sorrindo

- Como se eu conseguisse fazer isso.

- Olivia…

- Você faria mesmo tudo por essa humana… - disse aproximando dele.

- Como se você não soubesse disso – rebateu.

Stefan me pegou pela cintura e me colocou em cima da pia da cozinha, aproximou-se mais de mim e beijou docemente meu pescoço, até que chegou a minha boca e beijou-a suavemente, como na nossa primeira noite em Vegas, antes de ele ir para Chicago.

Mas, eu fora mais rápida e peguei um garfo na pia e ele nem notara, sábia o que o Stefan estava tentando fazer, então peguei o garfo e enfiei próximo ao seu coração, assim que ele caiu no chão agachei perto dele e disse:

- Não sou a Elena, conheço os jogos do estripador, mas não se esqueça de que eu também tenho os meus e são… mortais – sussurrei a última palavra.

Ele ainda estava tentando retirar o garfo sem perfurar o seu coração quando o Nik chegou e olhou com curiosidade para ambos.

- O que vocês estavam fazendo? – perguntou

- Brincando – disse sorrindo e ele sorriu também.

Fiquei parada ao seu lado e então ele passou o braço pela minha cintura e me olhou, Stefan tirou o garfo ensanguentado e jogou longe.

Sai andando e deixando os dois na cozinha subi para o meu quarto e no canto da parede tinha um baú de madeira escura e brilhante e na parte superior estava escrito Olivia Mikaelson em persa.

Eu reconhecia muito bem aquele baú, era o mesmo em que ficava na minha casa ficava em ao pé da minha cama no quarto com Rebecca, a mesma também tinha um.

Sentei-me em frente ao baú e o abri com facilidade, olhei as coisas velhas e empoeiradas havia algumas bonecas de louça que Ester fizera para nós, haviam alguns amuletos peguei um deles que era em formato de coração.

Mas, dentre tudo estavam meus diários eram quase 10, mas como aquilo tinha chegado aqui? Eu pensei que estava no lixo em tantos anos.

Peguei um diário e limpei a poeira dele comecei a ler da primeira página onde minha letra clássica e tremida estavam inscritas.

Querido Diário, 1420

Penso que eu e Nik não somos um casal perfeito, talvez não nascemos para completar um ao outro. Mas, eu o amava tanto, seu amor me consumia eu o queria desesperadamente.

Se eu o amava desta forma porque também queria Elijah por perto? Se eu casasse com Nik estaria machucando Elijah, mas, se eu machucasse Elijah perderia o Nik.

Sei que isso era errado, oh droga eu sei como isso é errado! E é por isso que eu não consigo dormir a noite e choro toda vez que penso em alguma coisa desse tipo.

Mas, eu só espero que o Nik me desculpe…

Parei de ler lembrando-se do porque e tinha escrito aquilo, meus olhos se encheram de lágrimas, quando de repente Nik entrou no quarto e ficou parado me olhando na porta enquanto eu limpava minhas lágrimas.

- Desculpa Nik – disse não conseguindo conter meu choro infantil.

- Porque Oli? – disse entendendo perfeitamente o porquê das minhas desculpas.

- Porque eu seria egoísta se amasse os dois.

- Eu deveria não ter deixado você ir – disse – Eu é quem deveria ter sido egoísta.

- Não é tão simples – disse limpando meus olhos.

- Era para ser, só eu e você.

- Mas, não foi Nik e eu sinto muito por isso.

- Aquele filho era para ser nosso

- Não era motivo para fazer aquilo.

- Ah sinto muito Olivia – disse irônico.

- Não se dizia a respeito de você

- Ah não?  Que se exploda – disse saindo o quarto.

Ainda sentada no chão, me joguei no mesmo deixando meu corpo esparramado, agora além de ficar preso com o  Nik “discutiríamos” a relação.